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O Grêmio foi preciso para sair de Guayaquil com uma enorme vantagem nas semifinais da Libertadores. Em dia iluminado de Luan, Edílson e Marcelo Grohe, a equipe brasileira aproveitou as oportunidades que teve e os erros do Barcelona-EQU para fazer 3 a 0 nesta quarta-feira, mesmo atuando na casa do adversário, e colocar um pé na grande decisão do torneio continental.

Luan e Edílson tiraram proveito dos erros da zaga e do goleiro Banguera para abrir vantagem confortável no primeiro tempo. Quando o Barcelona-EQU pressionava no início da etapa final, Marcelo Grohe protagonizou uma defesa inacreditável no chute do ex-colorado Ariel Nahuelpán. Logo na sequência, Luan, de novo, apareceu na área para marcar o terceiro e acabar com qualquer possibilidade de reação do adversário.

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O resultado deixou o Grêmio muito perto de disputar sua quinta decisão de Libertadores. Campeão em 1983 e 1995, e vice em 1984 e 2007, o time gaúcho pode perder por até dois gols de diferença diante de sua torcida na Arena, quarta-feira que vem, que estará na final contra River Plante ou Lanús - o River venceu a ida, em casa, por 1 a 0.

Havia a apreensão para esta quarta sobre a condição física de Luan, que ficou um longo período afastado e só voltou a atuar nas duas últimas partidas do Brasileirão, nas quais demonstrou clara falta de ritmo. Mas logo no primeiro minutos, o melhor jogador do Grêmio aproveitou sobra na entrada para exigir boa defesa de Banguera e mostrar que estava muito bem.

O Barcelona respondeu e assustou em falha de Pedro Geromel, aos cinco minutos, que Vera jogou para fora. Mas em um jogo tão truncado, aproveitar-se dos erros adversários era necessário, e o Grêmio foi muito superior neste quesito. Aos sete, Cortez recebeu pela esquerda, passou pela marcação e cruzou rasteiro, sem força. Oyola errou ao tentar dominar e a bola sobrou no meio da área para Luan, que chegou batendo firme. Um desvio no meio do caminho ainda matou o goleiro.

A vantagem abalou o Barcelona e o Grêmio continuou fazendo sua parte: fechando bem os espaços, tocando a bola e, mais do que isso, aproveitando-se das falhas dos equatorianos. Aos 20 minutos, Banguera pareceu não confiar muito no perigo que Edílson poderia levar em falta de longe e armou muito mal a barreira. O lateral aproveitou para bater de trivela, por fora dela, matando o goleiro equatoriano, que nem se mexeu.

Com o segundo gol, o Grêmio recuou demais e viu o Barcelona ocupar o campo de ataque. Mas o time equatoriano insistia nas jogadas pelo alto, rebatidas por Geromel e Kannemann. Somente aos 35, Esterilla conseguiu finalizar após cruzamento da esquerda, mas isolou.

As entradas de Marcos Caicedo e Ayoví no intervalo, porém, mudaram totalmente o Barcelona, que no segundo tempo voltou a ser a equipe veloz que eliminou Santos e Palmeiras. Logo com 30 segundos, Caicedo passou como quis por Jaílson e cruzou. A bola chegou em Damián Díaz, que dominou de costas para o gol e tentou de calcanhar, jogando em cima de Grohe.

Aos dois minutos, o goleiro gremista precisou fazer um "milagre". Ayoví levou vantagem sobre Cortez, foi à linha de fundo e cruzou para Díaz, que não pegou em cheio de cabeça. A bola sobrou para Ariel, que finalizou da pequena área, com força. Grohe voou, esticou o braço e realizou uma defesa inacreditável.

Se o Barcelona desperdiçava as oportunidades, a precisão do Grêmio fez novamente a diferença aos cinco minutos. Na primeira ida da equipe ao ataque no segundo tempo, Edílson tabelou com Luan pela direita, passou pela marcação e levantou a cabeça para encontrar no meio da área o mesmo Luan, que finalizou de primeira, sem chances para Banguera.

O Barcelona tentou responder rapidamente e perdeu outra grande chance aos 14, com Damián Díaz, mas a cada minuto, o time equatoriano esmorecia mais. Foi então que apareceram as oportunidades para o Grêmio golear. Luan, aos 33, jogou por cima o grande momento que teve dentro da área. Aos 43, o estreante Cícero recebeu de Ramiro e finalizou rente ao travessão.

 

FICHA TÉCNICA:

BARCELONA-EQU 0 X 3 GRÊMIO

BARCELONA-EQU - Banguera; Velasco, Luis Caicedo, Arreaga e Beder Caicedo; Minda, Matias Oyola, Esterilla (José Ayoví), Damían Díaz e Washington Vera (Marcos Caicedo); Ariel Nahuelpán (Erick Castillo). Técnico: Guillermo Almada.

GRÊMIO - Marcelo Grohe; Edílson (Léo Moura), Pedro Geromel, Kannemann e Cortez; Jaílson (Michel), Arthur, Ramiro, Luan e Fernandinho; Lucas Barrios (Cícero). Técnico: Renato Gaúcho.

GOLS - Luan, aos sete, e Edílson, aos 20 minutos do primeiro tempo. Luan, aos cinco minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Néstor Pitana (Fifa/Argentina).

CARTÕES AMARELOS - Beder Caicedo (Barcelona-EQU); Lucas Barrios (Grêmio).

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Estádio Monumental Isidro Romero Carbo, em Guayaquil (Equador).

O Corinthians/Audax conquistou na noite deste sábado o título da Copa Libertadores Feminina, realizada em Assunção, no Paraguai. Na grande decisão, o time paulista superou o chileno Colo Colo por 5 a 4 na disputa de pênaltis, após empate por 0 a 0 no tempo regulamentar da decisão realizada no Estádio Arsenio Erico.

A disputa nos pênaltis foi emocionante e com uma reviravolta, pois o Corinthians errou a sua primeira cobrança, com Cacau, que bateu para fora. Mas o time conseguiu o título com atuação decisiva da goleira Lelê, que defendeu duas cobranças do Colo Colo. No último pênalti da equipe chilena, Rocio Soto bateu para fora, o que garantiu a conquista do time paulista.

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No lado do Corinthians, além de Cacau, também Yasmin falhou ao parar na goleira Armijo. Mas o time converteu outras cinco cobranças, com Daiane, Kerolin, Ingrid, Byanca Brasil e Ana Vitória, assegurando o título do torneio continental.

No primeiro tempo da decisão deste sábado, o Corinthians foi bem superior ao Colo Colo, tendo criado diversas oportunidades de gol, mas desperdiçando todas. Ainda assim, levou um grande susto em chute por cobertura de Karen, que acertou o travessão da equipe brasileira.

Na etapa final, o Corinthians seguiu exibindo a sua superioridade técnica, mas as jogadoras pareciam nervosas no momento de finalizar, o que acabou mantendo o placar em 0 a 0. Além disso, o time reclamou muito da árbitra Eryerlitz Escalona. As corintianas pediram a marcação de dois pênaltis. Além disso, Raquel foi expulsa nos minutos finais da segunda etapa.

O Corinthians se classificou para a disputa da Libertadores Feminina ao conquistar o título da Copa do Brasil de 2016. E o time teve campanha perfeita até a decisão deste sábado. Venceu o paraguaio Sportivo Limpeño (2 a 0), o boliviano Deportivo Ita (6 a 1) e o colombiano Santa Fe (2 a 1) na fase de grupos e o paraguaio Cerro Porteño (3 a 0) nas semifinais.

Adversário do Corinthians, o Colo Colo também chegou invicto até a final, mas tendo empatado um dos três jogos que disputou na fase de grupos. O time tentava conquistar o seu segundo título da Libertadores Feminina, pois havia vencido a competição em 2012, mas acabou ficando com o vice-campeonato.

Esta foi a nona edição da Libertadores, sendo que seis delas haviam sido vencidas por clubes brasileiros, com o São José, de São José dos Campos (SP), sendo o maior vencedor, com três conquistas. Agora o sétimo título veio com o Corinthians/Audax.

Novidade promovida pela Conmebol a partir das semifinais, a tecnologia do árbitro de vídeo (VAR) terá um brasileiro no comando em sua primeira aparição na Libertadores. Nesta quarta-feira, a entidade anunciou que Sandro Meira Ricci será o responsável pelo sistema no confronto entre River Plate e Lanús, na próxima terça-feira.

Quando os times argentinos se enfrentarem no Monumental de Núñez, Sandro Meira Ricci será o responsável por analisar as imagens do confronto através do vídeo e sanar as possíveis dúvidas em lances polêmicos. Utilizada em alguns países do exterior, a tecnologia viverá sua primeira experiência na Libertadores.

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No vídeo, Ricci será auxiliado pelo equatoriano Christian Lezcano e o uruguaio Martín Vázquez. O quarteto de arbitragem em campo, porém, será todo brasileiro. Wilton Pereira Sampaio será o juiz, auxiliado por Bruno Boschilia e Kleber Lúcio Gil, com Anderson Daronco como quarto árbitro.

Um dia depois de River x Lanús, o Grêmio encara o Barcelona-EQU, em Guayaquil, na primeira partida desta semifinal. O trio de arbitragem será argentino, com Nestor Pitana como juiz e Hernan Maidana e Juan Pablo Belatti como auxiliares. O quarto árbitro será o peruano Diego Haro, enquanto o árbitro de vídeo será outro argentino, Mauro Vigliano.

A Conmebol anunciou nesta quarta-feira que vai utilizar a tecnologia de árbitro de vídeo (VAR, da sigla em inglês) nas semifinais e finais da Copa Libertadores deste ano, e nos dois jogos da decisão da Copa Sul-Americana. A iniciativa é um primeiro passo para que a utilização das imagens de TV das partidas durante os duelos se torne mais frequente para minimizar erros.

"É obrigatório a contratação de uma empresa de tecnologia para gerenciar as imagens. O árbitro assistente de vídeo foi uma solicitação do presidente Alejandro Domínguez e vestimos a camisa do projeto. Vimos que era possível fazer e queremos ajudar a arbitragem sem modificar o jogo", afirmou Wilson Seneme, presidente da Comissão de Árbitros da Conmebol.

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O ex-árbitro explicou que o projeto, que estará em um período experimental, necessita de auxílio dos diversos departamentos envolvidos com uma partida, incluindo dos clubes e das associações filiadas. "Temos de contar com toda estrutura para poder ter sucesso no evento", comentou Seneme.

Ele lembra que a Conmebol é a primeira confederação continental que vai implementar o VAR em suas competições. "Queremos dar mais transparência para todo segmento do futebol", continuou, deixando claro que a tecnologia não vai entrar no mérito de qualquer lance durante uma partida. "Queremos evitar erros claros", disse.

As decisões verificáveis pelo uso do VAR são: no momento dos gols, se houver impedimento, infração ou saída de bola antes da jogada; na marcação de pênaltis, para garantir se houve ou não a falta; em cartões vermelhos, para confirmar se a expulsão foi correta; e na identificação dos atletas que receberam alguma punição, para que não exista confusão de identidade.

"Não buscamos que os árbitros tenham as melhores decisões, nós buscamos erros claros. É a mínima interferência para ter o máximo benefício. A intenção não é buscar 100% de acertos, é efetivamente interferir no jogo quando ocorrem erros claros", explicou Seneme. "O árbitro tem de estar convencido de que isso é bom para ele. Vai ter alguém que vai salvar sua carreira, o jogo, o investimento dos clubes e a paixão do torcedor. É para evitar grandes erros", concluiu.

O Santos viveu o seu dia mais difícil do ano na última quarta-feira. A tristeza pela eliminação na Copa Libertadores diante do Barcelona, do Equador, foi marcada por folga do elenco e reflexão sobre mais uma das decepções vividas pelo futebol brasileiro na competição.

A derrota por 1 a 0 teve como um dos momentos principais a expulsão de Bruno Henrique. O atacante cuspiu em um jogador adversário e escreveu um pedido de desculpas nas redes sociais. "No calor do momento do jogo, cometi um grande erro ao cuspir em um adversário e colega de profissão", comentou.

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O adeus santista selou o terceiro ano seguido em que somente um time brasileiro chega às semifinais da Libertadores. Apesar do recorde de oito participantes no torneio, o País manteve o retrospecto e agora depende somente do Grêmio para quebrar o jejum de quatro anos sem títulos no torneio.

Para o ex-zagueiro Mauro Galvão, a rotina de frustrações na competição deveria fazer o futebol brasileiro mudar de postura. "Os clubes muitas vezes menosprezam os adversários. Veja o Barcelona, do Equador, por exemplo. Fisicamente o time é melhor e muito mais rápido do que os brasileiros que enfrentou e ganhou", disse ele, que foi campeão da Libertadores pelo Vasco, em 1998.

O declínio na participação de brasileiros em fases decisivas do torneio contrasta com o protagonismo conquistado pelo País recentemente. Nas últimas 25 edições da Libertadores, 19 finais tiveram a participação de pelo menos um clube do Brasil, retrospecto ameaçado agora pela série de fracassos.

"Há um momento de alternância no futebol. O Brasil dominou nos anos 1990, mas agora vemos países sem muita tradição crescer porque têm jogadores de nível de seleção", analisou Mauro Galvão. O ex-zagueiro chamou a atenção para o futebol equatoriano. No ano passado o país teve o vice-campeão, Independiente del Valle, e agora volta a colocar um representante, o Barcelona, entre os quatro mais bem colocados.

Na opinião do ex-diretor executivo do Inter Newton Drummond, o Brasil tem sido superado por outros países porque só consegue enxergar os argentinos como rivais à altura e acaba por deixar de lado os outros adversários. "Houve evolução em outros países, principalmente na parte tática. Times colombianos e equatorianos são muito mais organizados que os brasileiros, que também pecam pela falta de liderança técnica e controle emocional", afirmou o dirigente, responsável por montar os elencos do Inter bicampeão da Libertadores (2006 e 2010).

Um dia após a eliminação do Santos nas quartas de final da Copa Libertadores pelo equatoriano Barcelona, Bruno Henrique se manifestou sobre um dos momentos marcantes da derrota por 1 a 0, na Vila Belmiro, a sua cusparada em Damián Diaz. Através de uma nota oficial, ele pediu desculpas ao adversário, aos seus companheiros de clube e aos torcedores santistas, se declarando arrependido pelo seu ato.

"Ainda muito chateado com a eliminação, venho aqui pedir desculpa a todos pela minha atitude no jogo de ontem. Aos meus companheiros, aos torcedores e, principalmente, ao jogador do Barcelona com quem me desentendi. No calor do momento do jogo, cometi um grande erro ao cuspir em um adversário e colega de profissão. Me arrependo e peço desculpa", afirmou, na nota oficial divulgada no perfil de Bruno Henrique no Instagram nesta quinta-feira.

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O incidente envolvendo Bruno Henrique aconteceu nos minutos finais da partida e provocou a expulsão do atacante pelo árbitro peruano Victor Carrillo. Além disso, o volante Gabriel Marques, do Barcelona, também recebeu o cartão vermelho no lance, pois revidou com um tapa o ato do jogador santista.

Após a partida, o técnico do Santos, Levir Culpi, assegurou não ter visto a cusparada dada por Bruno Henrique, mas avaliou que o ato foi provocado pelo descontrole emocional do seu jogador diante da catimba da equipe equatoriana.

"Não vi o lance, estou sabendo agora, através de vocês. Isso explica uma certa perda de equilíbrio, algo já previsto. Eles prenderam o jogo por uns dez minutos, conversaram com o árbitro, são espertos. E nós fomos imaturos", disse Levir.

O entorno da Vila Belmiro viveu cenas de selvageria na noite desta quarta-feira, após o Santos perder em casa para o equatoriano Barcelona, por 1 a 0, e dar adeus à Copa Libertadores. Depois do apito final, torcedores do clube entraram em conflito com a Polícia Militar nos arredores do estádio. A PM interveio com bombas de efeito moral e gás de pimenta.

A confusão depois da partida obrigou o Santos a fechar os portões da Vila por alguns minutos, segurando dentro do estádio parte da torcida que ainda não havia deixado as arquibancadas. A fumaça gerada pelas bombas lançadas pela PM chegou a entrar na arena durante o tumulto.

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Além de brigar com a polícia, alguns torcedores atiraram pedras em direção ao ônibus do Santos, que acabou danificado. Já na parte interna da Vila Belmiro, um grupo ainda tentou invadir o vestiário santista depois do revés.

O confronto só foi controlado após cerca de 20 minutos, o que possibilitou com que os portões fossem reabertos para que o público pudesse enfim deixar o estádio com alguma tranquilidade.

Sob clima de pressão, o Santos volta a campo no próximo sábado, às 21 horas, quando vai receber o Atlético Paranaense, na Vila Belmiro, pelo Campeonato Brasileiro.

A Conmebol anunciou nesta sexta-feira a tabela detalhada das quartas de final da Libertadores deste ano. Os três clubes brasileiros ainda vivos na competição - Botafogo, Grêmio e Santos - entrarão em campo em duas quartas-feiras, nos dias 13 e 20 de setembro.

Dois deles estarão frente a frente nesta fase da competição. Botafogo e Grêmio começarão a definir uma vaga nas semifinais no dia 13 às 21h45, no Engenhão. A volta está marcada pra a semana seguinte, dia 20, no mesmo horário, mas desta vez na Arena gremista.

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Também na quarta às 21h45 (de Brasília), o Santos visitará o Barcelona de Guayaquil no Equador. A volta está marcada para a quarta-feira da semana seguinte, dia 20, no mesmo horário. O time paulista terá a possibilidade de definir o confronto em sua casa, a Vila Belmiro.

No confronto de argentinos, San Lorenzo e Lanús começarão a decidir a classificação às semifinais também no dia 13, no Nuevo Gasómetro, às 19h15, mas a volta será no "La Fortaleza", como é conhecido o estádio do Lanús, no dia 21, quinta-feira, às 21h45.

No quarto e último duelo desta fase do torneio, o River Plate começará a definir uma vaga contra o Jorge Wilstermann dia 14, na Bolívia, às 21h45. A volta está marcada para a quinta-feira seguinte, às 19h15, no Monumental de Núñez.

Confira como ficaram as quartas de final da Libertadores (horários de Brasília):

IDA:

13/9 - 19h15 - San Lorenzo x Lanús

13/9 - 21h45 - Barcelona-EQU x Santos

13/9 - 21h45 - Botafogo x Grêmio

14/9 - 21h45 - Jorge Wilstermann-BOL x River Plate

VOLTA:

20/9 - 21h45 - Grêmio x Botafogo

20/9 - 21h45 - Santos x Barcelona-EQU

21/9 - 19h15 - River Plate x Jorge Wilstermann-BOL

21/9 - 21h45 - Lanús x San Lorenzo

O adeus precoce à Copa Libertadores, ainda nas oitavas de final, deixou no Palmeiras duas sensações. A tristeza pelo resultado ruim está aliada à certeza de ser necessário começar a pensar na próxima temporada, pois, sem grandes chances de título no ano, a equipe jogará os meses finais de 2017 apenas com a missão de construir um 2018 mais convincente.

O clube que gastou mais de R$ 110 milhões em reforços para 2017 e trouxe 15 jogadores vai jogar os 19 compromissos finais da temporada apenas em uma competição, o Campeonato Brasileiro, e com uma meta modesta em comparação aos sonhos traçados no começo do ano. A meta de conquistar todos os títulos possíveis, inclusive o Mundial de Clubes da Fifa, deu lugar ao plano de recomeçar o caminho com a conquista de vaga na próxima Libertadores.

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"O futebol tem imponderáveis. Nem sempre o melhor time vai ganhar. Ficamos abaixo do planejado e é natural sermos cobrados por títulos e grandes jogos", disse o meia Moisés.

O presidente do Palmeiras, Maurício Galiotte, prefere avaliar a situação com calma e sem tomar medidas bruscas. Apesar de o técnico Cuca ter afirmado após o jogo que se via em risco no cargo, o dirigente não pensa em fazer trocas, porém vê a pressão nos bastidores aumentar pela série de fracassos do time.

Junto com a redução das expectativas dos objetivos, a diretoria tem em mente algumas mudanças no elenco para a próxima temporada. O mais provável é a quantidade de contratações ser inferior à registrada para 2017. O Palmeiras entende ter adquirido jogadores jovens e que no futuro podem ter mais espaço entre os titulares como Hyoran, Raphael Veiga, Juninho e Borja.

O clube vai aumentar as opções para as laterais para 2018. A solução pensada no momento é contar com os retornos de empréstimo de Victor Luís, do Botafogo, e João Pedro, da Chapecoense. Os dois foram revelados nas categorias de base do Palmeiras.

A diretoria também vai monitorar possíveis contratações para o gol. Com o titular Jailson, de 36 anos, o reserva Fernando Prass, de 39, e mais dois suplentes jovens, o Palmeiras avalia a necessidade de buscar alguém experiente, mas que tenha uma idade intermediária entre essas duas gerações.

Fernando Prass, inclusive, vive situação de indefinição, assim como o mais veterano do elenco, o meia Zé Roberto, de 43 anos. Os dois têm contratos até o fim deste ano. Zé Roberto pretende se aposentar ao fim da temporada. O goleiro ainda aguarda o clube lhe chamar para negociar a renovação, mesma situação do lateral-esquerdo Egídio.

O San Lorenzo foi a última equipe a garantir classificação para as quartas de final da Libertadores. Nesta quinta-feira, a equipe entrou em campo com boa vantagem diante do Emelec, mas foi surpreendida em pleno Nuevo Gasómetro e só confirmou a oitava e última vaga na próxima fase nos pênaltis.

Depois de vencer por 1 a 0 no Equador, o San Lorenzo precisava apenas de um empate para confirmar a vaga. Mas Lastra, logo aos dois minutos do segundo tempo, garantiu o gol que devolveu o placar ao Emelec. O time visitante ainda atuou com um a menos por quase meia hora, após a expulsão de Bagui, mas segurou a pressão e levou o duelo para os pênaltis.

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Na disputa das penalidades, mais emoção para o torcedor do San Lorenzo. Luna, do Emelec, foi o primeiro a perder, na terceira cobrança equatoriana. Belluschi encerrava a série para os argentinos e precisava marcar para garantir a vaga, mas Dreer defendeu.

O duelo, então, foi para as cobranças alternadas. Reniero cobrou no centro do gol e deu a vantagem mais uma vez ao San Lorenzo. Na sequência, Christian Ramos parou em Navarro, herói da classificação argentina.

Com isso, os quatro duelos de quartas de final da competição continental foram definidos. Serão eles: Jorge Wilstermann-BOL x River Plate, San Lorenzo x Lanús, Barcelona-EQU x Santos e Botafogo x Grêmio.

O vasto currículo de Vanderlei Luxemburgo praticamente não permite dúvidas quanto aos bons trabalhos realizados no futebol nacional. Levando em consideração apenas a Série A do Campeonato Brasileiro, o treinador conquistou cinco títulos, sendo considerado o comandante mais vencedor da competição. Entretanto, ao ser anunciado como técnico do Sport, muita gente questionou a contratação, pelo fato de Luxa ter ficado um bom tempo longe dos gramados.

No comando do Leão, até o momento, a passagem de Vanderlei pode ser considerada positiva. Conquistou o Campeonato Pernambucano diante do Salgueiro, se classificou para as oitavas de final da Copa Sul-Americana e ainda mantém o Sport na sexta colocação do Brasileiro, posição que dá acesso a Libertadores 2018. São, ao todo, 17 jogos: oito vitórias, três empates e seis derrotas.

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Quando Luxemburgo assumiu o Sport no Brasileiro, o time pernambucano ocupava a 12ª colocação, na quarta rodada da competição. Hoje, na sexta posição, o Rubro-Negro soma 24 pontos e precisa manter o caminho das vitórias para continuar brigando pela Libertadores.

Neste domingo (30), fora de casa contra o Bahia, Vanderlei Luxemburgo completa dois meses no comando do Leão. Em suas entrevistas, já deixou claro que a briga do time leonino é pela classificação para a Libertadores, além da chegada à final da Sul-Americana. Nessa competição, inclusive, o Sport já sabe que enfrentará a Ponte Preta na próxima fase, após classificação contra o Arsenal de Sarandi.

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Em uma partida com poucas emoções e parcialmente disputado sob chuva, o Botafogo venceu o Nacional, do Uruguai, por 1 a 0, nesta quinta-feira, no estádio Parque Central, em Montevidéu, e abriu boa vantagem nas oitavas de final da Copa Libertadores. O jogo de volta será em 10 de agosto, às 19h15, no estádio do Engenhão, no Rio.

Quem se classificar enfrenta o vencedor da disputa entre Grêmio e o argentino Godoy Cruz - o clube gaúcho venceu o primeiro jogo, fora de casa, por 1 a 0. Portanto, se os dois clubes brasileiros confirmarem as suas vantagens, vão se enfrentar nas quartas de final do torneio continental.

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O primeiro tempo da partida desta quinta-feira começou com a esperada pressão do time da casa. O Nacional-URU teve a primeira boa chance aos 11 minutos, quando Silveira aproveitou cruzamento de Polenta e cabeceou à esquerda do gol de Gatito Fernández. Três minutos depois, nova chance para a equipe uruguaia. Após falta cobrada para a área, um bate-rebate terminou com cabeceio de García para fora.

A primeira oportunidade do Botafogo foi aos 19 minutos. Rodrigo Pimpão cruzou e Bruno Silva tentou cabecear, mas não chegou na bola. Aos 28, o lance mais polêmico do primeiro tempo. Victor Luís tentou interceptar um cruzamento na área do Botafogo, saltou com as duas mãos para cima e a bola bateu nelas. Os uruguaios reclamaram pênalti, ignorado pelo árbitro.

Depois de equilibrar o jogo, o Botafogo aproveitou um contra-ataque para abrir o marcador, aos 37 minutos. Rodrigo Pimpão recebeu a bola na esquerda e lançou Bruno Silva, que entrava na área pela direita. O meia bateu de primeira, a bola bateu em Espino e sobrou para João Paulo, que só precisou desviar do goleiro Conde para as redes.

Após o impacto do gol sofrido, o Nacional-URU voltar a pressionar e perdeu uma ótima chance aos 43 minutos. Arnaldo passou de cabeça para Emerson Silva, que escorregou e perdeu a bola para Fernandéz. Ele rolou para Silveira, que estava sozinho na marca do pênalti e chutou por cima do gol.

No segundo tempo, o Botafogo conseguiu neutralizar a pressão do Nacional-URU. Com mais toque de bola, o clube carioca não correu grandes riscos - Gatito Fernández não fez nenhuma defesa importante. A torcida uruguaia tentou pressionar e pediu pênalti em dois ataques, mas o árbitro não marcou. O clube brasileiro até teve chances de ampliar, mas não aproveitou.

O próximo jogo do Botafogo será neste domingo, às 19 horas, contra o Atlético Mineiro, no estádio do Engenhão, pela 12.ª rodada do Campeonato Brasileiro. O time alvinegro carioca está em 10.º lugar, com 15 pontos.

OUTROS JOGOS - Mais duas partidas foram disputadas nesta quinta-feira pela Libertadores. Destaque para o San Lorenzo, que viajou até o Equador e derrotou o Emelec por 1 a 0, no estádio George Capwell, em Guayaquil. O gol foi do meia Fernando Belluschi, em cobrança de falta aos 24 do primeiro tempo. A volta será no dia 10 de agosto, no estádio Nuevo Gasómetro, em Buenos Aires.

Quem passar deste confronto terá pela frente, nas quartas de final, o vencedor do confronto entre The Strongest e Lanús. Nesta quinta-feira, na altitude de 3.600 metros acima do nível do mar de La Paz, na Bolívia, o clube argentino arrancou um empate por 1 a 1 e terá vantagem no duelo da volta, no dia 8 de agosto, como mandante.

FICHA TÉCNICA

NACIONAL-URU 0 x 1 BOTAFOGO

NACIONAL-URU - Conde; Fucile (Kevin Ramírez), Rafael García, Polenta e Espino; Santiago Romero, Álvaro González e Felipe Carballo; Viúdez (Ligüera), Hugo Silveira (Diego Coelho) e Sebástian Fernández. Técnico: Mártin Lasarte.

BOTAFOGO - Gatito Fernández; Arnaldo, Joel Carli, Emerson Silva e Victor Luis; Rodrigo Lindoso, Bruno Silva, Matheus Fernandes e João Paulo (Camilo); Rodrigo Pimpão (Guilherme) e Roger (Marcos Vinícius). Técnico: Jair Ventura.

GOL - João Paulo, aos 37 minutos do primeiro tempo.

CARTÕES AMARELOS - Polenta, Fucile e Santiago Romero (Nacional-URU); João Paulo e Bruno Silva (Botafogo).

ÁRBITRO - Julio Bascuriñan (Fifa/Chile).

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Estádio Parque Central, em Montevidéu (Uruguai).

A Conmebol diminuiu a pena do jogador do Palmeiras, Felipe Melo, de seis para três jogos de suspensão na Libertadores. O documento foi divulgado na última sexta-feira (16) no site oficial da entidade, que é responsável pelo futebol sul-americano. A multa também foi reduzida. O valor passou de US$ 10 mil (mais de R$ 32 mil) para US$ 5 mil (mais de R$ 16 mil). 

O volante do Palmeiras já tinha cumprido dois jogos, contra o Jorge Wilstermann e Atlético Tucumán. Depois da redução da pena, Felipe Melo precisa cumprir apenas mais uma partida de suspensão contra o Barcelona (EQU), nas oitavas de final, no dia 05 de julho, mas já está liberado para jogar na partida de volta, em agosto, no Allianz Parque. 

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Felipe Melo tinha recebido seis jogos de suspensão depois de dar socos em Matias Mier, no fim da partida em Montividéu, após ser perseguido pelo jogador do Peñarol.

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A Conmebol definiu nesta quarta-feira, em sorteio realizado em sua sede, no Paraguai, os confrontos das oitavas de final da Libertadores. Com cinco brasileiros ainda vivos no torneio, haverá um confronto entre equipes do País: Atlético-PR x Santos. E quem avançar desta disputa, poderá encontrar nas quartas outro time do Brasil, o Palmeiras, que encara o Barcelona-EQU.

O sorteio desta quarta dividiu seus dois potes entre campeões e vice-campeões dos grupos e também definiu o caminho das equipes até as finais. Trata-se de uma mudança no regulamento em relação aos anos anteriores quando os confrontos de oitavas já eram decididos pelas pontuações das equipes na fase de grupos.

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E com este novo regulamento, Atlético-PR e Santos foram sorteados para se encontrar. Por ter sido o segundo colocado de seu grupo, o time paranaense vai fazer a primeira partida em casa, enquanto o segundo jogo será de mando paulista. As equipes já se enfrentaram no mata-mata da Libertadores em 2005, quando o Atlético-PR eliminou o Santos nas quartas.

Quem passar deste confronto poderá encarar o Palmeiras. Líder de seu grupo na fase anterior, o time paulista vai enfrentar o Barcelona-EQU, com o primeiro jogo realizado no Equador, e o segundo, em São Paulo.

A maior parte dos brasileiros, aliás, está do mesmo lado da chave. O Botafogo vai duelar com o Nacional, do Uruguai, com o primeiro jogo sendo realizado na casa do adversário, e a volta, no Rio. Se passar, pode ter pela frente o Grêmio, que enfrenta o Godoy Cruz, da Argentina, também fazendo a primeira partida fora de casa.

Todos estes confrontos acontecem do mesmo lado da chave, o que significa que uma suposta semifinal poderia envolver duas destas equipes: Santos, Atlético-PR, Palmeiras, Grêmio e Botafogo.

Assim, o único outro brasileiro restante só poderá duelar com uma equipe do País na final. Trata-se do Atlético-MG, que terá pela frente nas oitavas o Jorge Wilstermann, da Bolívia, com o primeiro jogo realizado na casa do adversário. Se avançar, o time mineiro pode encarar nas quartas o River Plate, que agora pega o Guaraní-PAR.

Deste mesmo lado da chave, os dois confrontos restantes, e que não possuem nenhum brasileiro na briga. O San Lorenzo encara o Emelec, com a primeira partida realizada no Equador. Já o também argentino Lanús terá pela frente o The Strongest, com a ida disputada na altitude de La Paz.

Confira os confrontos das oitavas de final da Libertadores (os times que jogam a primeira partida em casa aparecem primeiro):

Guaraní-PAR x River Plate

Atlético-PR x Santos

Nacional-URU x Botafogo

Emelec x San Lorenzo

The Strongest x Lanús

Godoy Cruz x Grêmio

Barcelona-EQU x Palmeiras

Jorge Wilstermann x Atlético-MG

O Palmeiras vai iniciar nos próximos dias a operação para recorrer das punições aplicadas pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) ao clube e ao volante Felipe Melo pelo envolvimento na confusão ao fim do jogo contra o Peñarol, no último dia 26 de abril, no Uruguai, pela Copa Libertadores. A diretoria palmeirense formalizou à entidade o pedido por uma audiência, na qual vai recorrer formalmente da decisão e tentar de novo se defender.

O primeiro passo para concretizar o encontro com a Conmebol foi dado na última semana. O presidente do Palmeiras, Maurício Galiotte, encontrou o presidente da entidade sul-americana, Alejandro Dominguez, em evento na sede da CBF, no Rio, e voltou a manifestar descontentamento com a punição. O dirigente alviverde pediu para ter a oportunidade de a equipe ser recebida na sede da Conmebol, em Assunção, para tratar do tema. A resposta foi positiva.

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O clube, então, enviou na quarta-feira o pedido formal de audiência. A entidade sul-americana acatou e deve marcar o encontro para as próximas semanas. O Palmeiras diz não ter pressa, pois entende que, além de as oitavas de final da Libertadores se iniciarem apenas em julho, é preciso usar o tempo a favor para elaborar melhor o recurso para diminuir as punições aplicadas.

A Conmebol determinou ao Palmeiras a realização de três partidas como visitante pela Libertadores sem poder levar torcedores ao estádio do adversário. A outra decisão da entidade puniu o volante Felipe Melo em seis partidas por ter agredido Mier, do Peñarol. Com essa restrição, o clube só poderia voltar a escalar o jogador em uma possível partida de volta da semifinal da competição.

Apesar de ter se revoltado com as duas penas, o Palmeiras ainda não formalizou o recurso e vai esperar a audiência para entregar a segunda tentativa de defesa. Na primeira argumentação entregue à Conmebol, o clube elaborou um dossiê com fotos e vídeos para tentar provar que o clube uruguaio premeditou e causou a confusão no estádio Campeón del Siglo, em Montevidéu.

Para defender Felipe Melo, o departamento jurídico tentou convencer os auditores do tribunal disciplinar da Conmebol de que o volante não provocou os uruguaios ao fim da partida, vencida pelo clube paulista por 3 a 2. A briga começou após o apito final, quando o palmeirense foi cercado por adversários enquanto fazia um gesto com as mãos apontando para o céu.

Os advogados se preocuparam em comparar a manifestação com outras feitas por Felipe Melo para comemorar vitórias em partidas anteriores. O intuito foi reforçar à Conmebol de que se tratou de uma celebração recorrente dele e de cunho religioso, e não provocativo.

A fase de grupos da Copa Libertadores foi encerrada nesta quinta-feira (25) com a definição dos últimos três grupos. Com Atlético Paranaense e Botafogo passando por duas fases eliminatórias, o Brasil contou com oito representantes nesta etapa da competição e seis deles conseguiram a classificação às oitavas de final: Atlético Mineiro, Grêmio, Palmeiras, Santos, Botafogo e Atlético Paranaense. Somente Flamengo e Chapecoense decepcionaram e ficaram em terceiro lugar em suas chaves, tendo como consolo uma vaga na segunda fase da Copa Sul-Americana.

Com exceção do Atlético Paranaense, que obteve a classificação de forma heroica na última rodada do Grupo 4 com uma vitória no Chile sobre a Universidad Católica, os outros cinco clubes brasileiros avançaram como líderes de suas chaves. Isso significa fazer como mandantes o duelo da volta das oitavas de final. O sorteio dos confrontos será realizado apenas em 14 de junho na sede da Conmebol, no Paraguai.

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Neste sorteio, os primeiros colocados de cada grupo serão colocados em um pote e enfrentarão qualquer um dos times que ficaram em segundo lugar. Não há qualquer trava e, assim, é grande a chance do Atlético Paranaense ter um duelo brasileiro nas oitavas de final. Os outros líderes foram River Plate, Lanús e San Lorenzo, todos da Argentina.

Diferentemente dos anos anteriores, o regulamento da Libertadores em 2017 prevê um sorteio em todas as fases de mata-mata. Só para efeito de mando de campo é que uma tabela de classificação foi formada de 1 a 16 de acordo com as campanhas dos times na fase de grupos - o menor número decidirá a vaga em casa. Assim, o melhor desempenho desta etapa foi do Atlético Mineiro, que sempre jogará o segundo duelo em Belo Horizonte até uma eventual decisão.

Pela ordem, a classificação dos primeiros colocados foi: Atlético Mineiro, Lanús, Grêmio, River Plate, Palmeiras, Santos, Botafogo e San Lorenzo. Dos segundos colocados foi: Godoy Cruz (Argentina), Guaraní (Paraguai), Emelec (Equador), Barcelona (Equador), Atlético Paranaense, The Strongest (Bolívia), Jorge Wilstermann (Bolívia) e Nacional (Uruguai).

A terceira colocação em cada chave valeu uma vaga na segunda fase da Copa Sul-Americana, que já conta com quatro clubes brasileiros - Corinthians, Fluminense, Sport e Ponte Preta; Cruzeiro e São Paulo foram eliminados. Além de Flamengo e Chapecoense, os outros classificados são: Estudiantes (Argentina), Independiente Santa Fe (Colômbia), Independiente Medellín (Colômbia), Atlético Tucumán (Argentina), Libertad (Paraguai) e Deportes Iquique (Chile). Somam-se a eles Olimpia (Paraguai) e Junior Barranquilla (Colômbia), que foram os melhores eliminados na terceira fase eliminatória da Libertadores.

COLÔMBIA FORA - País do atual campeão, o Atlético Nacional, pela primeira vez desde 2009 que a Colômbia não classifica um time para os mata-matas da Libertadores. O clube de Medellín decepcionou e ficou na lanterna do Grupo 1. Seu rival Independiente não conseguiu superar River Plate e Emelec no Grupo 4 e o mesmo aconteceu com o Independiente Santa Fe no Grupo 2, atrás de Santos e The Strongest.

O técnico Cuca apontou a ansiedade como principal razão para a difícil vitória do Palmeiras sobre o Atlético Tucumán, nesta quarta-feira, pela Copa Libertadores, no Allianz Parque. Mesmo com o placar de 3 a 1, a equipe perdeu muitas chances e deixou o time argentino, inferior tecnicamente, comandar a partida no segundo tempo porque os jogadores ficaram nervosos demais dentro de campo.

O treinador disse ter visto a sua equipe cometer erros incomuns. "Erramos passes fáceis, por puro nervosismo, por ansiedade. Foi um jogo excelente para narrar, mas para torcer e trabalhar não foi muito bom. Foi frenético demais. Desde o ônibus o time estava ansioso", explicou Cuca, ao enumerar o grande número de finalizações dos times. Foram cerca de 15 do Tucumán e mais de 20 do Palmeiras, que só confirmou a vitória com um gol nos acréscimos.

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"Tínhamos o jogo controlado no primeiro tempo para fazer o segundo, mas em um escanteio eles saíram no contra-ataque e chutaram na trave. Aí o jogo virou, eles cresceram e a gente se perdeu um pouco", lamentou Cuca.

O treinador afirmou que pelo nervosismo, dois palmeirenses chegavam a ir na mesma jogada e se atrapalhavam. "Tivemos contra-ataques incríveis, com mais jogadores do que eles. Mas não definíamos o lance", afirmou.

Com a vitória o Palmeiras chegou a 13 pontos e passou às oitavas de final como líder do Grupo 5 da Libertadores, seguido pelo Jorge Wilstermann, da Bolívia. Os confrontos serão definidos por sorteio nas próximas semanas e o adversário será um dos oito segundos colocados que também avançaram. O primeiro jogo do mata-mata será em julho, com a partida de volta em agosto, no Allianz Parque.

Cuca disse que por ter estreado nesta quarta-feira no comando do time pela Libertadores, o mérito da classificação é do antecessor, Eduardo Baptista. "Eu participei desse jogo só. A classificação é toda do Eduardo e dos jogadores que estavam aqui. Eu sou apenas um pequeno ingrediente, o mérito é todo deles", explicou o palmeirense.

Curiosamente, Palmeiras e Atlético-PR, agora dirigido por Eduardo Baptista, podem se enfrentar nas oitavas de final da Libertadores, já que o sorteio não exclui a possibilidade de cruzamento entre times do mesmo país.

O técnico Cuca tem uma missão dupla para cumprir nesta quarta-feira, às 21h45, quando estreia na Copa Libertadores deste ano no comando do Palmeiras diante do Atlético Tucumán, da Argentina, no estádio Allianz Parque, em São Paulo. Campeão do torneio em 2013 pelo Atlético Mineiro, o treinador precisa confirmar a passagem do time para as oitavas de final com uma vitória tranquila, condição que a equipe ainda não viveu nesta edição.

O líder do Grupo 5 conquistou as três vitórias na competição sob sufoco. Em casa, bateu o Jorge Wilstermann e o Peñarol com gols depois dos 50 minutos do segundo tempo; como visitante, conseguiu derrotar o time uruguaio de virada após levar 2 a 0 antes do intervalo.

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Os resultados sofridos contribuíram para o antecessor de Cuca, Eduardo Baptista, ficar sob pressão no clube e ter a saída anunciada no dia seguinte à primeira derrota do Palmeiras na competição. "Tudo o que já passamos fica de alerta, mas sabemos da força que nós temos. Como é um jogo em casa contra um concorrente direto, temos de vencer", disse o lateral-esquerdo Zé Roberto.

Ao entrar em campo nesta quarta-feira, o veterano de 42 anos vai se tornar o segundo jogador mais velho a disputar uma partida de Libertadores. Zé Roberto ficará atrás apenas do ex-atacante peruano Villanueva, escalado aos 43 anos pelo Sporting Cristal na década de 1960.

A vantagem para Cuca é, mesmo diante de grandes expectativas, ter condições favoráveis à classificação no grupo. O líder Palmeiras pode perder até por um gol de diferença que estará nas oitavas de final. Em caso de desvantagem maior, terá de torcer para o Jorge Wilstermann não derrotar o Peñarol, em Montevidéu. A arena deve estar lotada, pois até esta terça-feira foram vendidos 33 mil ingressos.

A equipe deve ter como novidade a entrada do atacante Róger Guedes como titular na vaga de Willian. O último treino deixou como dúvida o atacante Miguel Borja. O colombiano sofreu um pancada no joelho esquerdo e saiu do campo mais cedo. Caso não tenha condição, quem reassume lugar no time será o próprio Willian.

O Atlético Tucumán vai jogar de luto. Dois torcedores morreram em um acidente de carro nesta terça-feira, no norte da Argentina, quando viajavam ao Brasil para a partida. A equipe ainda não pontuou fora de casa na fase de grupos.

A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) puniu nesta terça-feira (23) a Chapecoense pela escalação irregular do zagueiro Luiz Otávio na partida disputada contra o Lanús, em Buenos Aires, no último dia 18 de maio, no estádio La Fortaleza, pela Copa Libertadores.

Com a punição, o Lanús foi decretado vencedor da partida pelo placar 3 a 0 - o time catarinense venceu o duelo dentro de campo por 2 a 1 e o segundo gol da equipe foi justamente marcado por Luiz Otávio, que havia sido expulso no compromisso anterior do clube: a derrota para o Nacional do Uruguai, fora de casa, sendo que depois ele cumpriu apenas a suspensão automática no confronto com o Atlético Nacional, pela final da Recopa Sul-Americana.

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O problema é que o zagueiro teria sido suspenso por três partidas, além de multado, pela Conmebol antes do compromisso na Argentina. A Chapecoense alega, no entanto, que não foi avisada formalmente sobre a punição.

"Estamos convictos da nossa decisão. O jogador que entrou em campo estava dentro do regulamento e não temos nada a declarar além disso. Estamos tranquilos com essa decisão, que foi minha como presidente do clube", afirmou o presidente da Chapecoense, Plinio David de Nes Filho, na semana passada.

O diretor jurídico da Chapecoense, Luiz Antonio Palaoro, afirmou à reportagem do Estado nesta tarde de terça-feira que clube e Conmebol farão uma videoconferência nas próximas horas. O clube se manifestou agora há pouco, por meio de sua página no Twitter, para informar que vai entrar com recurso para tentar reverter a punição.

A Chapecoense recebe o Zulia, da Venezuela, justamente nesta terça na Arena Condá, às 19h30 (de Brasília), mesmo horário do confronto entre Nacional e Lanús, em Montevidéu, no Uruguai. Com a punição confirmada, o time brasileiro volta a ter quatro pontos em cinco jogos, contra dez do Lanús e oito do Nacional, e fica sem chances de se classificar para a segunda fase da competição.

Foi no sufoco e com direito a gol no fim, mas a Chapecoense venceu o Lanús na Argentina, nesta quarta-feira, para manter vivo o sonho da classificação à próxima fase da Copa Libertadores. Mesmo com a necessidade do triunfo para seguir vivo, o time não sentiu a pressão no estádio La Fortaleza e, com gols de Wellington Paulista e Luiz Otávio, conseguiu a vitória por 2 a 1 pela quinta rodada do Grupo 7.

Mesmo pressionada, a Chapecoense fez um bom jogo na Argentina e se aproximou da vaga. O resultado coloca a equipe no terceiro lugar com sete pontos, mesma pontuação do Lanús, que ocupa a vice-liderança. O líder é o Nacional-URU, com oito pontos, mas uruguaios e argentinos se enfrentarão na última rodada.

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Por isso, os comandados de Vagner Mancini chegam ao último jogo contra o Zulia, na próxima quarta-feira, às 19h30, na Arena Condá, dependendo apenas de si para avançar. Mesmo em terceiro, a Chapecoense irá enfrentar o lanterna da chave e, como Nacional e Lanús se enfrentam, uma vitória mínima classifica o time brasileiro.

O JOGO - A primeira chegada do mandante já colocou Jandrei para trabalhar. Depois de bola levantada na área, Silva cabeceou no contrapé do goleiro, que se esticou para espalmar para escanteio. Apesar da chance criada logo no início, o ritmo do jogo caiu bastante com a Chapecoense melhorando a marcação e dificultando para os argentinos.

A Chapecoense sofria com os passes errados, apesar de se defender muito bem. Em uma desatenção do Lanús, porém, o time brasileiro abriu o placar. Arthur recebeu na esquerda e colocou na cabeça de Wellington Paulista, que desviou para marcar o primeiro aos 23 minutos.

Em busca do empate, o time da casa tomou conta do jogo no segundo tempo. Sem dar espaço para a Chapecoense, os argentinos controlaram os 20 minutos iniciais, mas não criaram perigo ao goleiro Jandrei. Depois da pressão, o time brasileiro conseguiu se soltar e trabalhar a bola com mais tranquilidade.

Acuados, os brasileiros se defenderam durante quase todo segundo tempo, mas tiveram a retranca furada aos 34 minutos. Depois de bola colocada na área, Wellington Paulista tocou com a mão, e o árbitro marcou pênalti. Na cobrança, José Sand bateu no canto esquerdo de Jandrei, que pulou para o outro lado.

Com pouco tempo para buscar o gol da vitória, a Chapecoense foi com tudo para o campo de ataque e quase marcou com Osman. Mas o gol da salvação saiu em cobrança de escanteio. Reinaldo colocou a bola na área e Luiz Otávio subiu mais que todo mundo para, de cabeça, colocar o time brasileiro na frente aos 43 minutos. Depois, foi só se segurar para manter vivo o sonho pela classificação.

FICHA TÉCNICA:

LANÚS 1 X 2 CHAPECOENSE

LANÚS - Andrada; José Goméz, Marcelo Herrera (Rolando Garcia), Braghieri e Pasquini; Marcone, Nicolás Aguirre (Germán Denis) e Román Martínez; Alejandro Silva (Hernán Toledo), José Sand e Lautaro Acosta. Técnico: Jorge Almirón.

CHAPECOENSE - Jandrei; Apodi, Douglas Grolli, Luiz Otávio e Reinaldo; Moisés Ribeiro (Moisés), Luiz Antonio (Nenén) e João Pedro (Osman); Rossi, Wellington Paulista e Arthur. Técnico: Vagner Mancini.

GOLS - Wellington Paulista, aos 23 minutos do primeiro tempo. José Sand, aos 34, e Luiz Otávio, aos 43 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Wilson Lamouroux (Fifa/Colômbia).

CARTÕES AMARELOS - Marcelo Herrera e Pasquini (Lanús); Moisés Ribeiro, Reinaldo e Wellington Paulista (Chapecoense).

PÚBLICO E RENDA - Não disponíveis.

LOCAL - Estádio La Fortaleza, em Lanús (Argentina).

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