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Foi prorrogado por 14 dias o período de afastamento do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, para tratamento de saúde. O despacho presidencial foi publicado nesta quinta-feira no Diário Oficial da União (DOU). Desde o último dia 18, Lobão está internado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. O período de licença estava previsto para terminar no próximo dia 23. Ele havia se submetido a uma série de exames, em Brasília, após reclamar de forte gripe e febre. De acordo com o despacho presidencial, o afastamento fica prorrogado até 6 de novembro.

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, ficará afastado do cargo até a próxima terça-feira (23), para tratamento de saúde. O período de afastamento, autorizado pela presidente Dilma Rousseff, é de 18 a 23 de outubro e foi publicado nesta sexta-feira no Diário Oficial da União.

Lobão está internado no Hospital Albert Einstein, na capital paulista. Boletim médico do hospital divulgado às 19h50 desta quinta-feira (18) confirma que o ministro foi internado às 16h de ontem, após apresentar febre. Segundo os médicos, Lobão permanecerá no hospital para diagnóstico e tratamento.

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Na quarta-feira (17), o ministro fez uma série de exames em Brasília, mas a família decidiu que ele deveria ir para São Paulo. Lobão se queixou de gripe forte nos últimos dias e também apresentou febre, segundo assessores do Ministério.

O presidente do Instituto Brasileiro do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (IBP), João Carlos De Luca, previu nesta terça-feira que o governo federal arrecadará cerca de US$ 1 bilhão com os bônus pagos pelas empresas interessadas em disputar a 11ª rodada de licitação de blocos exploratórios de óleo e gás, que será realizada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Para o dirigente, ainda não está claro se a 11ª rodada só será realizada em maio caso as pendências em relação à nova Lei dos Royalties no Congresso Nacional estejam superadas. Ele disse que não tratou da questão quando conversou por telefone com o secretário nacional de Petróleo e Gás do governo, Marco Antônio Martins Almeida.

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"Não tenho esse nível de detalhes. O secretário me falou apenas das datas", disse De Luca, que comemorou o agendamento dos leilões, definindo-a como "uma notícia extraordinária".

Para De Luca, ao marcar as datas o governo promove o "retorno à normalidade". "A 11ª rodada vai ser um sucesso, com muita competitividade e muitas empresas participando em áreas que ainda não receberam investimentos em petróleo", concluiu.

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse nesta terça-feira que as empresas do setor elétrico terão de se adaptar a uma nova ordem. O ministro fez a afirmação ao ser questionado sobre as demissões anunciadas por algumas empresas, como AES Eletropaulo e Furnas, após a publicação da medida provisória que dispõe sobre a renovação das concessões de geração, transmissão e distribuição do setor.

"Essas empresas são, basicamente, mais de 60% do sistema Eletrobras e cerca de 30% dos Estados. Elas terão de ajustar suas despesas e contas à nova ordem, às circunstâncias novas que surgiram", afirmou. "Elas terão que eleger suas prioridades ao efeito da redução de custos e se adaptar a isso. Cada qual saberá o que fazer."

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O ministro disse que ainda é cedo para avaliar esse cenário de demissões. "Ainda estamos na madrugada do anúncio dessas medidas. Isso vai ocorrer em 5 de fevereiro do próximo ano. Até lá, temos alguns meses. Então, elas vão examinar, com seu corpo diretivo, contabilidade e administração o que fazer", afirmou.

Lobão afirmou que, no caso das empresas do sistema Eletrobras, todas as deliberações terão de ser submetidas a ele. "Nós estamos na esperança de que isso possa se resolver sem alteração profunda de pessoal", acrescentou, ponderando que as empresas do sistema Eletrobras costumam pagar salários mais elevados e oferecer vantagens aos funcionários. "Isso tudo será avaliado cautelosamente porque a tradição do governo e suas preocupações são sempre no sentido de preservar os empregos no Brasil."

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, anunciou nesta terça-feira que a presidente Dilma Rousseff aprovou a realização da 11ª rodada de licitação de petróleo e gás em maio de 2013, em dia a ser estabelecido pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A última rodada, a 10ª, ocorreu em dezembro de 2008.

Os blocos a serem licitados serão conhecidos nos próximos dias. Serão 174 blocos, metade deles em terra e metade na margem equatorial. O ministro disse ainda que o governo pretende realizar a primeira rodada com blocos da camada pré-sal em novembro de 2013.

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A realização dos leilões da 11ª rodada e da 1ª rodada do pré-sal está condicionada, porém, à aprovação do projeto de lei que tramita no Congresso a respeito da distribuição dos royalties de petróleo.

Segundo o ministro, o governo está em tratativas com o Congresso para assegurar que o projeto de lei seja aprovado ainda neste ano, com a antecedência necessária para a realização dos leilões. "Contamos com a aprovação do projeto dos royalties ainda neste ano, pois as próximas rodadas de petróleo e gás serão realizadas sob a égide da nova lei", afirmou.

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse nesta quinta-feira que um novo aumento no preço da gasolina não está no momento na pauta do governo. Ele disse, no entanto, que o Ministério da Fazenda deve examinar a ocasião mais apropriada para atender a essa demanda da Petrobras.

"A Petrobras tem suas necessidades próprias e a presidente Graça Foster tem de zelar pela saúde financeira da companhia. No próximo ano, vamos começar a explorar o pré-sal e os investimentos da empresa precisam ser feitos", completou Lobão.

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Embora o Tribunal de Contas da União (TCU) ainda não tenha concluído o julgamento sobre o erro na fórmula de reajuste nas contas de luz entre 2002 e 2009, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse nesta quinta-feira que os valores pagos a mais pelos consumidores não deverão ser devolvidos.

"A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) diz que não há devolução a ser feita. Então esses recursos surgiram da imaginação de alguém e, na prática, não há o que ser devolvido", disse Lobão durante o programa de rádio "Bom Dia Ministro", na sede da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

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No mês passado, o ministro relator do caso no TCU, Valmir Campelo, disse que os consumidores têm direito de receber de volta esses valores, estimados em pelo menos R$ 7 bilhões. O ministro Raimundo Carreiro, porém, pediu vista do processo.

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou nesta terça-feira (11) que a redução média do custo de energia para todos os brasileiros será de 20,2%. Isso foi possível porque a eliminação ou redução de encargos setoriais nas contas de luz representará um desconto de 7%, enquanto a renovação das concessões equivalerá a um corte médio de 13,2% nas tarifas.

"O que ocorre hoje é uma verdadeira revolução, e não se trata de decisão voluntariosa ou ação improvisada", avaliou Lobão. "Isso só foi possível porque ainda em 2003 a presidente Dilma o propôs ao então presidente Lula. A reforma do MME (Ministério de Minas e Energia) foi fundamental para a segurança energética e a garantia de investimentos no setor", acrescentou o ministro.

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Segundo ele, a expressiva redução do custo da energia terá forte impacto na economia, dando competitividade à indústria e ao comércio, gerando empregos. "Essa corajosa decisão da presidente Dilma mostra que estamos no caminho certo", frisou, citando que as medidas vão garantir crescimento, inclusão social e competitividade.

Lobão lembrou que o Brasil é conhecido mundialmente pela oferta abundante de energia limpa e renovável e diversidade de fontes de geração. "É nossa obrigação transformar esse diferencial em uma vida melhor para os brasileiros", concluiu.

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, salientou na manhã desta terça-feira (11) que, para obter prorrogação dos contratos vigentes, a empresa concessionária terá que se submeter à remuneração calculada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Ele fez a afirmação durante o anúncio de medidas de redução do custo de energia elétrica no País, realizado no Palácio do Planalto. "A prorrogação poderá ser feita por, no máximo, 30 anos", afirmou, acrescentando que a medida será antecipada para que os benefícios ao consumidor sejam alcançados já em 2013.

O ministro disse que as concessões incluídas na Medida Provisória assinada nesta manhã são de geração, de transmissão e de distribuição de energia elétrica não licitadas pela União. "São 20 contratos de concessão, com prazo de 2015 e 2017, e 22 mil megawatts, que representam 18% do parque gerador nacional", disse. Ele informou ainda que a distribuição conta com 44 contratos com vencimento entre 2015 e 2016 e que representam 35% do mercado nacional.

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O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse nesta sexta-feira que a direção da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) está reunida neste momento para avaliar a possível intervenção no Grupo Rede. O ministro explicou que a MP 577 justamente transferiu a responsabilidade sobre essa decisão à Aneel. "Se houver necessidade de intervenção, a Aneel fará", afirmou. "A Aneel está reunida neste momento para examinar essa possível intervenção no Grupo Rede."

O Grupo Rede possui diversas concessionárias de energia elétrica, entre elas a Celpa, que entrou em processo de recuperação judicial em fevereiro. Em dificuldades financeiras, o Grupo também é dono das concessionárias Caiuá, Cemat, Celtins, Enersul, Nacional, Bragantina, Vale Paranapanema e Força e Luz do Oeste.

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De acordo com o advogado-geral da União, Luís Inácio Lucena Adams, em caso de necessidade, o interventor poderá ficar até um ano na empresa. Nesse período, todos os bens ficam indisponíveis e não podem ser arrendados até a liquidação final de suas responsabilidades. "Os bens ficam indisponíveis e serão utilizados para reparação financeira caso haja extinção da concessão. Não pode alienar o bem."

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse nesta sexta-feira que a Medida Provisória 577/2012, do setor elétrico, editada na quinta-feira (30), apenas tornou possível a intervenção, com maior fluidez, do poder público nas concessionárias de energia elétrica. "Não se trata de uma intervenção de outra natureza. Não temos a intenção de ferir contratos. O Brasil tem tradição de cumprir contratos", garantiu o ministro.

Lobão salientou, porém, que a decisão de publicar a MP foi a de garantir a segurança de entrega de energia para os brasileiros. "O Estado tem de zelar pelo funcionamento adequado de todo o sistema. É bom lembrar que se tratam de concessões", afirmou. Segundo o ministro, a Aneel, como agência reguladora, tem de estar atenta aos interesses do povo brasileiro. Ele afirmou também que houve interpretações "que não são muito corretas" das intenções do governo feitas por advogados.

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Citando a avaliação de um defensor, Lobão disse que a MP não tem como objetivo estatizar o setor. "Não se trata disso", garantiu. "Queremos apenas garantir segurança de fornecimento de energia", reforçou. O ministro disse que a intervenção poderá ocorrer onde for constatada que há um mau gerenciamento da concessão. "A agência (reguladora) tem de ter mecanismos legais para promover intervenções quando esta for necessária e indispensável."

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse nesta segunda-feira que o acordo entre a Vale e o Departamento Nacional da Produção Mineral (DNPM) sobre o valor da cobrança da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM), conhecido como royalties da mineração, deve sair até setembro. Lobão não quis adiantar uma estimativa sobre o valor do acordo e disse que as negociações continuam.

"Se não sair neste mês, no próximo mês, com segurança, sim. Nós continuamos negociando. Essa é uma questão que vem de muito longe. Tivemos que examinar 12 mil documentos para podermos chegar com segurança a uma conclusão que não seja prejudicial nem para o Tesouro Nacional, nem para a Vale", afirmou Lobão.

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O ministro afirmou que o governo não quer o prejuízo da mineradora. "A Vale é uma grande empresa brasileira, que faz parte da paisagem econômica brasileira. Nós temos todo o interesse na saúde financeira dela e não queremos que ela tenha prejuízo. É preciso se chegar a uma conclusão que seja justa para as duas partes."

O ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, admitiu nesta quinta-feira que as projeções do governo federal para a produção e estoques de etanol anidro não apontam para o retorno da mistura do combustível à gasolina dos atuais 20% para 25%. Segundo Lobão, no entanto, os usineiros avaliam que há uma oferta suficiente de etanol para o aumento da mistura.

Por isso, na avaliação de Lobão, o governo ainda trabalha com a hipótese da elevação da mistura no final deste ano.

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"Não é uma decisão. Estamos conversando com os produtores e, na medida em que eles derem garantia de fornecimento, nós temos interesse em aumentar", disse. "As nossas projeções não apontam para isso (oferta suficiente para elevação da mistura) e a deles, sim. Por isso, vamos confrontar as informações para chegar a uma conclusão", completou Lobão, em rápida entrevista, ao chegar para a entrega do prêmio "Melhores da IstoÉ Dinheiro", nesta noite, na capital paulista.

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse nesta quarta-feira que o aumento do preço dos combustíveis é necessário, mas reforçou que ainda não há uma decisão do governo sobre o assunto. "Reajuste é necessário. Reajuste é uma possibilidade, não é uma decisão. A grande preocupação é com o impacto na inflação", disse o ministro. O ministro participa de cerimônia de lançamento do Plano Nacional de Gestão de Risco e Resposta a Desastres Naturais e inauguração das novas instalações do Centro Nacional de Gerenciamento de Risco e Desastres (Cenad), em Brasília.

A supressão de encargos setoriais, conforme anunciou nesta quinta-feira (26) o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, somada a medidas como desoneração de PIS/Cofins e outros tributos incidentes sobre as tarifas de energia elétrica, poderá levar a uma redução de até 20% na conta de luz da indústria, avalia o diretor de Políticas e Estratégia da Confederação Nacional da Indústria (CNI), José Augusto Fernandes.

O governo federal deverá anunciar até o dia 7 de agosto um conjunto de medidas para diminuir o custo da energia. O ministro Lobão prometeu uma "revolução na área de energia elétrica" e antecipou a eliminação de três encargos setoriais: a CCC (Conta de Consumo de Combustíveis), a RGR (Reserva Global de Reversão)e a CDE (Conta de Desenvolvimento Energético). Provavelmente, segundo o ministro, o governo poderá também suprimir o Proinfa (Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica). Ainda de acordo com Lobão, "isso será feito porque a geração de energia elétrica (no País) é uma atividade barata, mas que encarece no meio do caminho".

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Para o diretor da CNI, os encargos setoriais formam uma questão central para o elevado custo da energia. Mas o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), de competência estadual, é uma das maiores variáveis para a composição do preço da eletricidade no País.

Conforme estudo do Departamento Econômico da LCA Consultores, com base nas Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em média, a energia elétrica responde por 5% do custo total da indústria. Para o setor de metalurgia, o insumo responde por 12% dos custos; no de cimento, por 9%; no de têxtil, por 8%; e no de celulose, por 7%.

"É importante que tenhamos uma redução importante no custo da energia para incentivar investimentos nos setores mega intensivos em energia, como o de alumínio, aço, papel e celulose, entre outros", diz o diretor da CNI. Para ele, a queda da energia, somada a outras medidas já adotadas pelo governo, como a redução dos juros e melhoria progressiva do câmbio, tornará a indústria mais competitiva.

Distorção no custo

De acordo com levantamento da KPMG, divulgado em abril, o elevado preço da energia elétrica, a tributação sobre lucro e alocação de instalações estão entre os principais custos que encarecem a produção industrial no Brasil. "O estudo da KPMG mostra a distorção no custo da energia elétrica no Brasil desde a privatização até há mais ou menos cinco anos, quando a tarifa era corrigida pelo Índice Geral de Preços Mercado (IGP-M) cheio. Só de cinco anos para cá que a tarifa começou a ser corrigida por um indicador específico", diz o economista-chefe da LCA Consultores, Bráulio Borges.

Segundo Borges, uma série de encargos foram agregados à conta de luz depois do apagão de 2001, para a instalação de um parque de termelétricas, cujos custos seriam maiores do que o das hidrelétricas. "Agora temos um potencial enorme de reduzir o custo da indústria", diz o economista, para quem a redução da energia elétrica equivale a uma valorização cambial interna.

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, revelou nesta segunda-feira que o governo aumentará "a qualquer momento" de 20% para 25% a cota de álcool anidro na gasolina. O assunto, segundo o ministro, está em análise pelo governo.

Ele não quis dar um prazo. Lobão afirmou apenas que o Ministério aguarda um aumento da produção da safra de cana-de-açúcar para elevar a presença do anidro de volta aos 25%, como ocorria até o ano passado.

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O ministro, que participou da cerimônia de entrega do navio Sérgio Buarque de Holanda à Transpetro, disse ainda que a 13ª rodada de licitação de blocos de petróleo continua sem data definida, à espera de uma decisão da presidente Dilma Rousseff.

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse nesta quinta-feira que ainda não há definição por parte do governo sobre um reajuste do preço da gasolina, mas admitiu que há estudos da Petrobras sobre aumento do combustível. "A gente vai avaliando, estudando o cálculo do impacto possível na inflação. Nós fazemos isso há muito tempo", afirmou o ministro em entrevista no hotel na Barra da Tijuca, onde participa da Rio+20.

Na conversa, Lobão disse que as simulações dos cálculos de reajuste do combustível são feitas pelos ministérios da Fazenda e de Minas e Energia e levam em conta o plano de investimento da Petrobras. "Não há um aumento de preços para o consumidor há nove anos", disse o ministro.

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Lobão rejeitou a ideia de uso da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) como instrumento para equilibrar o preço do combustível se houver reajuste. "Esgota-se com isso a Cide", disse. Já o ministro da Fazenda, Guido Mantega, evitou comentar um possível reajuste no preço da gasolina.

Diante da escassez de recursos e do aumento da demanda por combustíveis, a Argentina tentará ampliar o acordo de troca energética com o Brasil. O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, desembarca hoje em Buenos Aires para discutir acordos entre os dois países. Está previsto um jantar com o ministro de Planejamento da Argentina, Julio De Vido. Amanhã, os dois países deverão renovar o acordo de troca de energia elétrica.

O encontro é realizado em plena campanha do governo argentino para ampliar acordos de importação de combustíveis sem pagar dólares, ação que tem como objetivo preservar as divisas argentinas. Amanhã, o ministro brasileiro deve participar também da cerimônia de abertura das ofertas da licitação dos estudos de viabilidade econômica e socioambiental e do projeto básico de engenharia para aproveitamento hidrelétrico de Garabi e Panambi.

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A Argentina enfrenta escassez de dólares, declínio da produção de petróleo e gás e, consequentemente, aumento das compras externas e elevados custos de importação de combustíveis. Pelo acordo com o Brasil, a Argentina recebe até 1.500 megawatts de energia por dia, durante o inverno, e devolve o mesmo volume no verão, sem pagamentos em dinheiro. A Argentina quer estender esse tipo de modelo a outros países e pressiona pela mudança dos termos de pagamento de suas importações de gás. Fontes do mercado energético confirmaram à Agência Estado que o país está oferecendo biodiesel e alimentos como pagamento, além de pedir descontos nos preços.

A estatal energética argentina Enarsa enviou uma carta aos fornecedores de gás natural liquefeito (GNL), há pouco mais de duas semanas, pedindo um desconto de 15%. Com um gasto de US$ 2,8 bilhões, no ano passado, a Argentina importou 57 barcos de GNL, que foram regasificados em unidades instaladas nos portos de Bahia Blanca e Escobar. Para 2012, as estimativas são de importação de 80 barcos a um valor de US$ 4 bilhões, aproximadamente. Fonte da estatal evitou comentar sobre os valores, mas confirmou que "há conversas adiantadas para pagar uma parte dos carregamentos em biodiesel".

Operação similar já foi realizada em 2009, envolvendo o banco norte-americano Morgan Stanley, um dos principais agentes de comercialização de gás. Agora, uma missão comercial se encontra em Angola, liderada pelo secretário de Comércio Interior, Guillermo Moreno, e pelo chanceler Héctor Timerman. O objetivo de Moreno é justamente o de intercambiar alimentos por petróleo e replicar o acordo que a Argentina tem com a Venezuela, pelo qual o governo local recebe óleo diesel em troca de alimentos.

Entre as múltiplas funções de Moreno, vigiar o saldo comercial argentino é uma delas. Por isso, o secretário decidiu partir para sua primeira missão comercial, porque as barreiras contra as importações da Argentina não seriam suficientes para manter o superávit comercial, em consequência das importações do setor energético. O pais importou US$ 9,4 bilhões de combustíveis no ano passado, um aumento de 110%. Esse volume se elevaria a US$ 12 bilhões em 2012, segundo estimativas oficiais.

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, convocou uma entrevista coletiva para comunicar que não haverá mudanças significativas na Petrobras com a nomeação de Maria das Graças Foster para o lugar do presidente José Sérgio Gabrielli.

"A rigor, não muda nada na Petrobras, só a presidência", afirmou Lobão. Apesar dos rumores sobre a saída do diretor de Exploração e Produção, Guilherme Estrella, Lobão disse que só haverá mais mudanças se for de "iniciativa própria" de algum diretor. E para acalmar o PMDB, Lobão acrescentou que o diretor da Transpetro, Sérgio Machado, permanecerá no cargo.

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O ministro assegurou que só haverá mais mudanças na Diretoria Executiva da estatal se algum dos diretores pedir para sair, por iniciativa própria. Ele admitiu a possibilidade de criação de uma sétima diretoria - a Corporativa, e acrescentou que o substituto de Graça Foster na diretoria de Gás e Energia ainda não foi escolhido, mas disse que o nome poderá ser anunciado na próxima reunião do Conselho de Administração da empresa, marcada para 9 de fevereiro. Ele disse que Foster está selecionando nomes para levar à presidente Dilma Rousseff.

Segundo Lobão, a criação da diretoria Corporativa - que acomodaria o ex-presidente do PT José Eduardo Dutra, "vem sendo reivindicada há muito tempo por Gabrielli". O ministro disse que a nova diretoria teria atribuições administrativas, como a definição do quadro de pessoal. "É uma necessidade que já não é de hoje", classificou. Sobre a eventual indicação de Dutra para assumi-la, ele disse que é um "excelente nome", porque já foi presidente da estatal e, na sequencia, presidente da BR Distribuidora, subsidiária com o segundo maior faturamento da empresa.

Por fim, Lobão afirmou que o presidente da Transpetro, Sérgio Machado, continuará no cargo. "Ele está tão firme quanto o Pão de Açúcar", comparou, em alusão ao morro carioca. O ex-senador Sérgio Machado foi indicado para o cargo pelo líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), e tem a simpatia do presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP). Rumores de que Machado poderia deixar o cargo com a posse de Graça Foster assustaram o PMDB, deflagrando ameaças de que o Planalto poderia sofrer retaliações no Senado.

O movimento de Organizações Não-Governamentais (ONGs) contra a construção de grandes hidrelétricas foi duramente criticado ontem pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão."Somos atropelados a cada dia por gênios que querem nos impedir, a todo custo, de construir as hidrelétricas, que são a energia mais limpa e renovável do mundo", afirmou Lobão, na abertura do seminário "A Lei do Gás e o Planejamento da Expansão da Malha de Transporte", realizado ontem no Ministério de Minas e Energia.

O ministro destacou que a construção de hidrelétricas, com a usina de Belo Monte, evita o uso de outras fontes energéticas mais poluentes, como o carvão e o óleo, e que há "desinformação a respeito do assunto". Segundo Lobão, há representantes de ONGs que "se infiltram" entre os estudantes universitários para "denegrir" a imagem desses empreendimentos.

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O ministro estima que, das cerca de 340 mil ONGs que atuam no mundo, 300 mil "não defendem nossos interesses". As críticas às grandes hidrelétricas brasileiras, segundo Lobão, também são fruto da "inveja" que muitos países lá fora têm do Brasil, que hoje ocupa a posição de sétima economia mundial e "caminha rapidamente" para subir para a quarta ou quinta posição. "Essa gente lá fora odeia isso, mas nós chegaremos lá", afirmou Lobão.

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