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Apesar da queda da inflação, do recuo dos juros e da melhora da confiança dos empresários e dos consumidores, o quadro para as micro e pequenas empresas segue difícil. Em agosto, 4,8 milhões de micro e pequenas empresas estavam inadimplentes no País. É uma marca recorde.

Em um ano, o número de companhias desse porte que não conseguiram pagar em dia as suas dívidas aumentou 14%. No período, 600 mil, em todo o País, engrossaram a lista de inadimplentes, aponta um estudo da Serasa Experian, consultoria especializada em informações econômicas e financeiras.

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"Essas micros e pequenas representavam 93% do total de companhias inadimplentes no Brasil em agosto deste ano", afirma o economista Luiz Rabi, responsável pelo estudo. Em agosto, existiam 5,1 milhões de empresas, de todos os portes, que estavam na lista de devedores e com o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) negativado. Isto é, elas estavam impedidas de fazer transações bancárias. O estudo considera como pequena e microempresa companhias com faturamento anual de até R$ 4 milhões.

O critério de inadimplência varia e depende do parâmetro usado pelo credor que enviou o CNPJ para a lista da Serasa. A maior parte das dívidas em atraso (75%) é não bancária. Isto é, são pendências com fornecedores e factorings, com quem os empresários costumam descontar as duplicatas.

Primeiro estudo

O economista observa que foi a primeira vez que foi feito um estudo para avaliar a inadimplência das empresas segmentado por tamanho: "Observamos que a inadimplência do consumidor vem caindo por conta da queda dos juros e da inflação. E a inadimplência das pessoas jurídicas não para de crescer."

Os resultados mostraram que a inadimplência das pessoas jurídicas foi puxada pelo avanço do calote das micro e pequenas empresas. Em março deste ano, havia 5 milhões de empresas de todos os portes inadimplentes, segundo a Serasa. Destas, 4,1 milhões ou 82% eram pequenas e microempresas. Desde junho, o total de empresas com dívidas em atraso ficou estabilizado em 5,1 milhões e o número de pequenas e microempresas inadimplentes avançou.

O economista explica que as médias e grandes empresas conseguiram sair da lista de inadimplentes favorecidas pelo aumento das exportações. Já a pequenas e microempresas, que dependem basicamente das vendas no mercado interno e não exportam, viram a situação piorar porque a recuperação do consumo doméstico é gradual. Das 4,8 milhões de pequenas e microempresas inadimplentes, 45,4% são prestadoras de serviços, quase a mesma fatia (45,3%) atua no comércio e 8,8% são empresas industriais.

O presidente do Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo (Simpi), Joseph Couri, diz que apesar de as expectativas dos pequenos e microempresários em relação ao futuro terem melhorado, os dados concretos revelados por um pesquisa feita pelo Simpi em setembro indicam que a situação é preocupante porque o mercado interno continua em crise e as pequenas e microempresas têm como alvo esse setor. Metade das micro e pequenas indústrias não tem capital de giro para passar o mês: "O crédito a custos reduzidos não chegou na ponta para o pequeno e microempresário." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Empreender no Brasil será mais simples e terá mais incentivos com a parceria fechada pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) com o governo federal e o Banco do Brasil. A iniciativa chamada "Empreender Mais Simples: menos burocracia, mais crédito" foi celebrada na quarta-feira, 18, na sede do Sebrae Nacional, em Brasília, sendo disponibilizado um total de R$ 1,2 bilhão às micro e pequenas empresas nos próximos dois anos. O objetivo é orientar donos de pequenos negócios no acesso a financiamentos e na facilitação de processos de pagamentos de tributos e de registro empresarial.

Para o superintendente do Sebrae no Pará, Fabrizio Guaglianone, com a facilitação de acesso a crédito e com a diminuição da burocracia as empresas terão condições de ganhar um novo fôlego para expandir seus negócios. "A partir desse programa, iremos fazer orientação às empresas de micro e pequeno porte sobre como utilizar esse crédito, realizando um diagnóstico por meio de consultoria especializada para preparar essas empresa para o acesso ao crédito, de forma adequada. Além disso, nós estamos com uma intensa campanha para sensibilizar e instruir as empresas que estão inadimplentes com o fisco a parcelarem seus débitos para que possam voltar ao mercado de maneira regular e mais inteligente com as capacitações do Sebrae, seja por meio de cursos, oficinas, palestras ou consultorias", ressaltou Guaglianone.

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O convênio contempla a criação de uma série de sistemas para melhorar o ambiente de negócios, reduzir a burocracia e dar mais agilidade aos processos de gestão dos pequenos negócios, através de dez sistemas que irão diminuir a complexidade e o tempo gasto no cumprimento das obrigações tributárias, previdenciárias, trabalhistas e de formalização. Ao todo, serão aplicados R$ 200 milhões no desenvolvimento e melhoria desses sistemas.  

A parceria também visa ao acompanhamento de empreendedores que já obtiveram empréstimo, mas apresentam sinais de dificuldade para se manter em dia com o pagamento das parcelas. Segundo pesquisa do Sebrae, 83% dos donos de pequenos negócios não recorreram a crédito no último ano e 19% dos empreendedores que já buscaram as instituições financeiras para obter financiamento, em algum momento da vida empresarial, tiveram o pedido de empréstimo negado. O estudo aponta ainda para o aumento da inadimplência, que passou de 3,4 para 8% entre 2012 e 2016.

De acordo com a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), no ano passado, o Brasil atingiu a maior taxa de empreendedorismo de sua história. De cada dez brasileiros adultos, quatro já possuíam ou estavam envolvidos com a criação de uma empresa. Entretanto, apesar da cultura empreendedora, a burocracia ainda continua sendo um entrave para o desenvolvimento das micro e pequenas empresas. De acordo com a pesquisa do Banco Mundial “Doing Business”, o empresário brasileiro gasta 2.600 horas, ou seja, 108 dias, para calcular e pagar impostos e contribuições. 

Da assessoria do Sebrae Pará.

 

 

A Oracle, gigante americana de software para empresas, confirmou nesta segunda-feira (8) que leitores de cartões de crédito Micros foram pirateados em restaurantes e hotéis ao redor do mundo. "Oracle Security detectou um vírus em certos sistemas micros", revela uma carta enviada aos clientes obtida pela AFP.

"Oracle solicita aos seus clientes que modifiquem suas senhas para todas as contas micros", informou a empresa. O gigante do software para empresas comprou o sistema Micros há dois anos, em uma operação avaliada em US$ 5,3 bilhões.

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No momento da aquisição, o Micros era utilizado em mais de 330 mil restaurantes, lojas e hotéis, de 180 países. Oracle não revelou a extensão do ataque, que o site KrebsOnSecurity.com atribui a um grupo russo do crime organizado com reputação de hackear bancos e lojas.

Na carta aos clientes, Oracle diz que seus sistemas internos e outros serviços na nuvem não foram violados, e que os dados dos cartões de crédito estão codificados. A empresa sediada na Califórnia disse que elevou suas medidas de segurança.

A crise econômica que eclodiu no Brasil em 2015 preocupa os pequenos empresários que pretendem fazer crescer seu negócio em Belém. No momento parece arriscado investir em lojas, bares e restaurantes, mas algumas pessoas procuram alternativas para prosperar no mercado em 2016, mesmo que isso signifique ir para um caminho diferente de sua formação acadêmica.

Há um ano e meio, Felipe Beckman, de 27 anos, e o sócio Orlando Martins, de 28 anos, abriram a barbearia Brooklyn, na avenida Senador Lemos. O espaço diferenciado conta com a criatividade e oferece serviços como bar, barbearia, sala de jogos e estúdio de tatuagem. “Posso agregar muita coisa aqui. A ideia é sempre encher de serviços”, explica Felipe. Formado em administração, Felipe afirma que os custos para manter a barbearia são baixos.

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Segundo ele, apesar de parecer um local para clientela masculina, também é frequentado por mulheres, principalmente na área do pub. “Esse mercado, há uns cinco anos no Brasil, principalmente em São Paulo, pegou fogo. Nós pesquisamos e vimos o que têm aí fora”. Além dos serviços já disponíveis, Felipe e Orlando resolveram construir uma sala do noivo, prevista para ficar pronta entre junho e julho deste ano, onde os homens podem relaxar antes de subir ao altar.

Para o administrador, preço bom e qualidade no serviço são a receita do sucesso nos negócios. “A demanda está grande”, conta Felipe.

Em março de 2015, Samantha Quemel trabalhava como redatora publicitária, mas fez os planos para abrir seu próprio restaurante japonês. Agora, em 2016, ela é proprietária do Miyazaki, na travessa Nina Ribeiro.

Com 29 anos e formada em publicidade, Samantha conta com o serviço de sushimans japoneses e que conhecem bem a técnica de preparo da comida típica. Isso, segundo ela, é um diferencial do restaurante na hora de pensar na quantidade de restaurantes japoneses na capital.

Para Samantha, o maior obstáculo é o valor do dólar. “Antigamente pagávamos uma peça de salmão, hoje em dia pagamos o dobro”, explica. “O peixe, a lula, o atum, nada vem daqui. Com a alta dos preços, sofremos com isso.” Uma altternativa que Samantha encontrou é abrir a cozinha para outras comidas, como pratos executivos para o almoço.

Para quem gostaria de abrir um negócio, Samantha aconselha: “Pesquise e estude mercado, estude fornecedor, preços e documentação. Tem que estar tudo em ordem”.

De acordo com levantamento feito pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), apenas nos dez primeiros meses de 2014 foram criados mais de 1 milhão de empreendimentos formais no país. Esse número está próximo à quantidade de empresas criadas no mesmo período de 2013.  O estudo detectou ainda que em alguns segmentos da economia voltados para o mercado interno haverá atividades com boas perspectivas, apesar da crise. Entre elas estão empresas ligadas à alimentação, construção, estética e reparação de bens duráveis, como automóveis, que tiveram seu consumo estimulado durante o período de mais forte aquecimento da economia.

Além disso, figuram entre as atividades com maior potencial aquelas típicas de pequenos negócios e que independem da conjuntura econômica: preparo de alimentos para consumo domiciliar e comércio de alimentos, construção, instalações elétricas, sanitárias, hidráulicas e de gás, confecção e comércio de roupas, cabeleireiros, atividades de estética e beleza, comércio de cosméticos, bijuterias e artefatos semelhantes.

No vídeo abaixo, veja entrevistas com empreendedores de Belém.

Com apoio de Mirelly Pires e Yasmin Paschoal.

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O salário dos trabalhadores empregados em micro e pequenas empresas do País cresceu em média 14,3% (em valores reais, já descontada a inflação) entre 2000 e 2010, praticamente três vezes mais que o reajuste de 4,3% da remuneração paga pelas médias e grandes empresas. De acordo com o Anuário do Trabalho da Micro e Pequena Empresa, o segmento responde por 51,6% das vagas formais - ou 14,7 milhões de 28,5 milhões de empregos - do setor privado brasileiro. São 6,1 milhões de micro e pequenos negócios, o que corresponde a 99% do número total de empresas do País.

O anuário foi divulgado hoje (5) pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e mostra que, de 2000 a 2010, houve uma queda na diferença da média salarial do segmento em relação ao pago pelas médias e grandes empresas. Em 2000, o salário médio do segmento era 43,8% menor. Já em 2010 quem trabalhava em micro ou pequena empresa recebeu em média 38,4% a menos.

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Nas micro e pequenas empresas, o salário médio pago passou de R$ 961 em 2000 para R$ 1.099 em 2010. Já entre as grandes e médias o salário foi de R$ 1.711 em 2000 para R$ 1.786 em 2010. As remunerações pagas pelas micro e pequenas representam 40% da massa salarial total de todo o País.

As micro e pequenas empresas foram responsáveis pela criação de 48% do total de postos gerados entre 2000 e 2010, o que significa 6,1 milhões de vagas do total de 12,6 milhões de postos abertos em todo o País.

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