Tópicos | Museu de Arte Moderna de São Paulo (Mam)

Vereadores do Recife aprovaram um voto de repúdio à performance do coreógrafo Wagner Schwatz no Museu de Arte Moderna de São Paulo (Mam), durante a estreia do 35º Panorama da Arte Brasileira na última semana. A proposta foi da vereadora Aimée Carvalho (PSB) e aprovada por 15 votos favoráveis, dois contrários e três abstenções. Sob a ótica da socialista, a performance é “um escárnio inaceitável e lamentável". 

Wagner Schwatz se apresentou nu, permitindo que o público tocasse o seu corpo. Ao longo de uma sessão, uma criança que estava acompanhada pela mãe, interagiu com o artista tocando seu pé, enquanto ele ficou deitado sobre o chão. 

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“Não confundam arte com essa triste desmoralização. A Câmara do Recife tem o dever de repudiar este tipo de conduta. O Estatuto da Criança e do Adolescente é claro ao proibir qualquer tipo de exposição de crianças a contextos de conotação pornográfica”, declarou. "É um trabalho repugnante, que causa asco em qualquer pessoa que possua um mínimo de bom senso. Uma imoralidade sem tamanho que causou nojo em toda a população", acrescentou Aimée Carvalho.

Corroborando o voto de repúdio, o vereador Renato Antunes (PSC) considerou que a nudez da performance "é uma afronta à moral e à família. É necessário preservar as crianças", afirmou.  Outro que justificou ter sido favorável foi André Régis (PSDB). "Sou liberal convicto, mas não se estava falando sobre arte. Estávamos tratando de uma cena em que uma criança tocou em um homem nu. Consentido ou não pela mãe, a criança poderá sofrer danos irreparáveis e ainda acabou sendo exposta na mídia".

A vereadora Michele Collins (PP) disse vai dar entrada a um requerimento que será assinado pela Frente Parlamentar em Defesa da Família e da Vida "para que a justiça estabeleça a classificação por faixa etária nos museus. Os cinemas e teatros já têm essa classificação".

Em contrapartida aos demais parlamentares, o vereador Ivan Moraes (PSOL) disse que não se pode repudiar a manifestação artística. "Não podemos andar contra o processo civilizatório. Sou contra o repúdio, pois a Casa não pode repudiar obras de arte. Além disso, o museu informou que havia cenas de nudez".

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