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Um jovem indiano, de 24 anos, decepou um pedaço da própria língua e ofereceu à deusa Kali em troca do fim da pandemia do novo coronavírus. No último domingo (19), o escultor Vivek Sharma foi encontrado no chão de um templo.

Há dois meses Vivek trabalhava na ampliação do templo Bhavani Mata, em Suigam, junto ao irmão e outros seis ajudantes. Os companheiros afirmaram que ele estava angustiado por não poder voltar para casa duarante a quarentena, conforme reportagem do Times of India.

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No domingo (19), o escultor disse que iria ao mercado. No entanto, visitou o templo Nadeshwari, em Gujarat, e arrancou uma parte da língua em oferenda para "impedir o avanço do coronavírus".

Ele foi encontrado por um sacerdote, que acionou a polícia e o levou inconsciente para um hospital em Tharad. Um médico costurou a parte decepada, porém ainda não é certa a eficácia do procedimento.

Realizar oferendas aos orixás é uma prática muito comum entre as religiões de matriz africana, seja para agradecer ou pedir que os caminhos se abram. Porém, muitas pessoas não têm a consciência de preservar o meio ambiente no ato da oferenda, e o que era pra ser um presente ao sagrado acaba sendo um desrespeito.

Pensando nessa situação e em levar a mensagem de preservação da natureza, Mãe Renata Monankulo, realizou um mutirão para limpar os arredores de uma cachoeira próximo a Araçariguama, interior de São Paulo. "Eu fiquei muito triste porque as pessoas não tem cuidado com o meio ambiente. Decidi agradecer as forças da natureza limpando o local para que, quando eu precisar, ele também esteja limpo", explica.

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A ação reuniu 22 filhos da casa Inzo Kaiango, onde Mãe Renata é dirigente e sacerdotisa. Ao todo, foram recolhidos mais de 50 sacos de lixo com diversos resíduos de garrafas, aparelhos de barbear, tecidos, latas de alimentos e diversos plásticos. "O certo é fazer as oferendas de maneira sustentável, em cima de folhas, sem plástico, óleo ou qualquer outro material que possa agredir a natureza, principalmente nos comemorações de final de ano, quando as pessoas costumam agradecer e fazer pedidos para Iemanjá nas praias. Ao invés de oferecer um vidro de perfume, despeje um pouco de alfazema no mar, apenas as pétalas das flores, ou seja, tudo o que a natureza pode decompor", orienta Mãe Renata.

Para o Pai Rodrigo Queiroz, presidente do Instituto Cultural Aruanda, ainda falta educação e consciência ecológica entre os fiéis, além de uma compreensão clara do que significa a religião de culto à natureza em todas as esferas de atuação. "Uma conscientização popular se faz necessária. O equívoco do religioso mal instruído no manejo das oferendas é um reflexo da falta de cultura ecológica nacional", afirma.

 

Após matar cadela em "oferenda" para conseguir uma promoção no trabalho, um homem de 27 anos foi autuado por maus-tratos a animais e terá de pagar multa de R$ 19.960, o que corresponde a cerca de 20 salários mínimos, aplicada pelo Instituto Brasília Ambiental (Ibram).

O Ibram deu prazo de 10 dias para o suspeito apresentar defesa. O jovem havia sido preso em flagrante na segunda-feira (21), no Núcleo Bandeirante, Distrito Federal. Na época, o homem alegou que a cadela havia sido atropelada.

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A versão levantou suspeitas, já que havia rastro de sangue que ia do local onde o animal estava, até a casa do suspeito. Por isso, os policiais foram averiguar o que, de fato, teria acontecido com a cadela.

Na casa, os agentes encontraram, dentro da casinha da cachorra, um prato de sangue junto com uma carta, onde o suspeito "oferecia" a vida da cadela para receber em troca uma promoção no trabalho por estar passando "por um momento financeiro difícil". O companheiro do suspeito estava na residência, mas não foi autuado pelo Ibram.

A banda pernambucana Café Preto se prepara para um momento importante em sua carreira. O grupo, liderado por Cannibal Santos - vocalista e baixista da Devotos -, faz o lançamento do seu segundo disco, Oferenda, no palco do Teatro de Santa Isabel, na próxima sexta (25), dentro da programação do Janeiro de Grandes Espetáculos (JGE). Na ocasião, Cannibal também recebe os fãs para uma noite de autógrafos do livro ‘Música para o povo que não ouve’, lançado em 2018.

Pisar no palco do Santa Isabel não é novidade para Cannibal, porém, esta será a primeira vez que o músico apresenta ali um projeto seu. Para ele, artista periférico, esse não será apenas mais um show, mas sim uma oportunidade de, além de alcançar novos públicos, fazer o que tem feito de melhor durante sua trajetória, representar os seus.

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“Tocar num teatro daquele, é pra mim uma satisfação muito forte e grande; é o reconhecimento do nosso trabalho. Eu digo isso como se estivesse mesmo representando minha comunidade, representando não só o Alto (José do Pinho),  mas todos os artistas de comunidade, independente de seu estilo de música”, disse em entrevista exclusiva ao LeiaJá.

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Na lida há pouco mais de 30 anos, juntando o trabalho da Devotos com a Café Preto, o baixista e vocalista entende o que é defender uma arte que enfrenta barreiras grandes para escoar: “A gente sabe a dificuldade que é para as pessoas valorizarem a música da periferia, da comunidade, da Zona da Mata. As pessoas bebem muito da fonte, mas valorizar é muito difícil. É uma resistência, queira ou não; quem faz cultura, música, é uma resistência muito forte, principalmente quando faz música autoral”.

Para o show da próxima sexta (25), a Café Preto promete um verdadeiro espetáculo. A noite conta com convidados especiais, como o Maestro Spok, Flaira Ferro, o poeta Miró, Lucas dos Prazeres e o rapper Zé Brown. Todos (com exceção de Flaira), participam de Oferenda, que já está disponível nas plataformas de streaming e em fevereiro chega na versão vinil. O show também vai virar um DVD, realizado com apoio da TV Viva, Aeso e outros “amigos”. “É uma mistura de amigos que estão afim de apoiar, ajudar para que o negócio saia e fique bem bonitão, e é o que vai ficar”. Bem no estilo da ‘comunidade’, onde geralmente, todos se dão as mãos.

Sessão de autógrafos

Cannibal vai aproveitar a noite de celebração para fazer uma sessão de autógrafos do livro Música para o povo que não ouve, lançado em setembro de 2018. A publicação traz a transcrição das músicas da banda Devotos, primeiro projeto do músico, com comentários e fotos.

Serviço

Café Preto lança ‘Oferenda’

Sexta (25) | 19h

Teatro de Santa Isabel (Praça da República, s/n - Santo Antônio)

R$ 40

 

Uma cadela foi morta a facadas como oferenda por dois homens suspeitos. A polícia encontrou uma carta perto de um prato cheio de sangue dentro da casinha da cachorra, onde um dos suspeitos pedia para que fosse promovido no trabalho e a sua situação financeira melhorasse.

A cadela foi encontrada morta pela equipe da Polícia Militar do Distrito Federal, numa ronda pelo Núcleo dos Bandeirantes, na noite deste último domingo (20). Próximo ao animal estava um homem, sujo de sangue que, depois de ser abordado, entrou em sua residência, onde foi encontrado a tigela com o sangue da cadela e a carta de oferenda.

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Segundo o Correio Braziliense, o suspeito de 27 anos informou aos PMs que o animal havia sido atropelado, o que foi desconfiado pela equipe, já que havia um rastro de sangue de onde o animal estava jogado até a casa dos suspeitos.

Na carta, o suspeito pede para ser escolhido no processo seletivo para ocupar nova função no trabalho e conseguir um aumento no salário. "Peço que abra os nossos caminhos e tire qualquer obstáculo aos nossos projetos, que possamos aumentar nossos ganhos e superar a crise financeira", estava escrito na carta oferendada à um santo da Umbanda. Os dois suspeitos, um jovem de 27 e outro homem de 30 anos, segundo a polícia responsável pelo pedido, assinaram um Termo Circunstanciado de ocorrência (TCO) e foram liberados.

Nesta última terça-feira (10), uma suspeita de bomba em frente a uma agência bancária chamou a atenção, uma oferenda ligada a ato religioso foi confundida com uma bomba, o Esquadrão Antibombas do Batalhão de Operação Políciais Especiais (Bope) foi acionado por funcionários do banco em Bairro Alto, Curitiba. 

O pacote foi encontrado por volta das 7hrs da manhã, na esquina entre as ruas Alberico Flores Bueno e Rio Guaporé, onde o trânsito foi fechado por cerca de duas horas, segundo o empresário Rubens Costa, que trabalha em frente ao banco, a suspeita da bomba chamou atenção de quem passava pela região e muitos se aglomeraram ao redor da área isolada, disse. 

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Após utilização de scanner, polícias do Esquadrão Antibombas foram até o pacote suspeito e ao abrir constataram que era uma oferenda que foi deixada em frente à agência bancária.   

 

*por Tayná Barros 

Uma idosa de 81 anos morreu após o barco em que estava virar em Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador-BA, na tarde de sexta-feira (2). Eunice Menezes de Oliveira participava dos festejos de Iemanjá na Praia de Buraquinho e tinha ido fazer uma oferenda.

O Centro Integrado de Comunicação das Polícias Civil e Militar (Cicom) informou que a embarcação naufragou por causa das fortes ondas. Outras cinco pessoas estavam na embarcação, mas foram socorridas com vida. 

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Eunice recebeu os primeiros socorros ainda na praia, sendo encaminhada ao Hospital Menandro de Faria, segundo o Correio 24 Horas. A idosa deu entrada por volta das 17h, já sem sinal de vida.

A Prefeitura de Lauro de Freitas lamentou o ocorrido. Leia a nota oficial:

A Prefeitura de Lauro de Freitas se solidariza com a família de Dona Eunice Menezes Oliveira, 81 anos, e lamenta, profundamente, o acidente ocorrido no final da tarde desta sexta-feira (2), na Praia de Buraquinho. Dona Eunice, moradora de Cosme de Farias, em Salvador, e outras cinco pessoas estavam em um barco que adernou próximo à praia. Foram imediatamente socorridas pelos salva-vidas e retiradas do mar. Dona Eunice recebeu os primeiros socorros no local e depois foi encaminhada ao Hospital Menandro de Faria onde faleceu. Além dos salva-vidas e enfermeiros do município que prestaram atendimento às vítimas no local, a Prefeitura disponibilizou todo apoio à família de Dona Eunice.

“Tire os sapatos! Aqui só entra descalço, pois o solo é sagrado”, avisa a placa em frente ao terreiro. O som forte do tambor, os cânticos entoados e o cheiro de ervas convidam a entrar. O bairro é Vasco da Gama, Recife. Na parte interna da casa, velas de diversas cores, pratos de comida espalhados pelo chão e imagens de orixás e caboclos, completam o cenário. Gritos e gemidos saem de uma sala, algumas pessoas que estão no espaço começam a se debater, e a falar uma linguagem desconhecida. A cena descrita faz parte de uma cerimônia de umbanda, chamada gira, na qual as pessoas rezam, cantam, dançam e incorporam várias entidades.

Este mesmo ritual ocorre em todo o País desde a constituição da crença, datado de 15 de novembro de 1908. Há dois anos, a data foi oficializada como o Dia Nacional da Umbanda.  Porém, devido ao preconceito e o desconhecimento que o culto ainda carrega pouco se tem a comemorar. “Para muita gente a umbanda é sinônimo do mal, de ‘macumba’, despacho”, diz o engenheiro e funcionário público, Jairo Jogaib.

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Carioca, Jairo teve o primeiro contato com a religião há 14 anos, no Recife. “Eu era católico, assim como meus pais. Fui parar na umbanda por acaso. Minha esposa foi chamada por uma amiga para fazer uma consulta e fui acompanhar. Assim que cheguei senti uma coisa diferente e quando começaram a tocar os atabaques entrei em alfa. Depois disso não parei mais de ir”, relata.

Hoje, médium, o engenheiro ajuda a mãe de santo nos trabalhos realizados em um centro umbandista, localizado no Ipsep, zona sul da capital. “Na nossa casa tem a desobsessão, fluído terapia, um tratamento de saúde que é uma aplicação de luzes através da mente. Realizamos vários outros trabalhos sem cobrar nada por isso. É caridade pura, buscamos fazer apenas o bem”.

Discriminação, desconhecimento e medo

Sobre o preconceito, Jairo diz que costuma levar na brincadeira. “As pessoas ficam chocadas quando falo qual é minha religião. Trabalho no Tribunal Regional Federal e faço questão de dizer que sou umbandista. Nas quartas, aviso que vou para o centro. Quando vejo que alguém acha estranho, na mesma hora brinco que vou fazer uma macumba e que se no outro dia a pessoa for parar no hospital a culpa foi minha”, diz aos risos.

O funcionário público faz questão de completar a frase explicando o que é macumba. “É uma árvore africana enorme e por isso tem muita sombra. Era embaixo dela onde as pessoas cultivavam seus deuses. E era da madeira dessa espécie de onde saíam os tambores utilizados em cerimônias religiosas. Foi daí que veio o nome macumbeiro, e não tem nada de ruim nisso”, detalha.

Não é como a mesma naturalidade que a enfermeira Júlia Lins encara a intolerância religiosa. “Sou filha de santo, faço consultas, mas não é para todo mundo que revelo. Já fui vítima de muito preconceito”, desabafa. 

Júlia não entra na taxa dos 0,3 % da população brasileira que se declara seguidor da religião. “Prefiro falar que sou espírita, pois os próprios praticantes não conhecem a filosofia da crença, misturam com o candomblé (religião afro-brasileiras), a jurema (doutrina de matriz indígena). Nós não usamos sangue, não fazemos sacrifícios de animais. A nossa filosofia prevê a humildade e a caridade, mas boa parte dos centros, mais conhecidos como terreiros, cobram pelo trabalho. Essa não faz parte da minha crença”, argumenta.

Foto: Úrsula FreireA enfermeira completa falando sobre o medo que as pessoas têm da religião. “Existe, sim, o despacho com intuito de fazer mal as outras pessoas. E as negatividades. Mas não ocorre em todos os centros (terreiros) e só funciona para quem não é do bem. Todo mal que é feito para pessoas de coração bom, acaba voltando para quem fez”.

Outro ponto citado pela umbandista é a incorporação. “A maioria da sociedade pensa que ao entrar em um terreiro, vai ‘baixar um santo’ e perder a consciência. Não funciona assim. Não é qualquer pessoa que pode incorporar. Existe uma preparação para isso, e leva um tempo”, completa.

“As pessoas deveriam visitar um centro umbandista para conhecer. Não precisa seguir a religião, é só para não ficar tirando conclusões cheias de preconceito”, finaliza a filha de santo. 

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