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Os eleitos gregos rejeitaram nas urnas os dois maiores partidos que vêm governando o país na maioria das últimas quatro décadas e o mais provável é que precisem do apoio de um terceiro partido para verem as novas medidas de austeridade aprovadas no Parlamento. Segundo estimativas preliminares de pesquisas de boca de urna, o partido socialista Pasok e o partido conservador Nova Democracia obtiveram juntos apenas 35% dos votos, indicando que não terão maioria suficiente no Parlamento grego de 300 membros, mesmo considerando o bônus de 50 assentos ao partido que obtiver o maior número de votos.

O resultado seria uma esmagadora derrota em relação aos 77% de apoio que os dois partidos obtiveram nas eleições anteriores, ocorridas a menos de três anos. O resultado final das eleições deste domingo apontar um Parlamento extremamente fragmentado, refletindo o descontentamento da população com anos de austeridade econômica. De acordo com as pesquisas de boca de urna divulgadas logo após o encerramento das votações, às 14 horas (de Brasília), a Nova Democracia liderava com cerca de 20% dos votos.

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A surpresa ficou por conta do partido Coalizão da Esquerda Radical ou Syriza, que se opõe ao programa de austeridade do governo grego e viu seu apoio mais do que triplicar, para 15,5% a 18,5% dos votos, tornando-se o segundo maior partido do Parlamento.

O Pasok caiu para o terceiro lugar atraindo cerca de 14% dos votos, segundo a mesma pesquisa. Mesmo que a Nova Democracia e o Pasok consigam renovar a coalizão após a votação deste domingo, terão maioria muito menor do que os 201 assentos que tinham juntos e com os quais comandaram o Parlamento. Ambos podem precisar de um terceiro parceiro para garantir que as novas reformas sejam aprovadas.

A eleição de hoje é a primeira desde o início da crise econômica da Grécia, no fim de 2009, e após o país receber dois pacotes de ajuda de seus parceiros europeus e do Fundo Monetário Internacional (FMI) para evitar uma saída grega desordenada da zona do euro. As informações são da Dow Jones.

Para garantir que 21 mil políticos que tiveram suas contas rejeitadas possam ser candidatos, 18 partidos da base aliada do governo e da oposição se uniram hoje para pedir ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que revogue a decisão de barrar nas eleições deste ano os políticos que tiveram prestações de contas rejeitadas em eleição anterior. A proibição consta da resolução do TSE aprovada dia 1º de março último, por 4 votos a 3.

Eles decidiram por unanimidade, reunidos na liderança do PMDB, apoiar o pedido de reconsideração da medida feito pelo PT no último dia 8. Alegam que a decisão ignora o prazo da anualidade, pela qual a legislação eleitoral deve ser adotada pelo menos um ano antes do pleito. Se for mantida a proibição, o próprio tribunal avalia que 21 mil candidatos que tiveram contas reprovadas não poderão disputar, em outubro, as eleições para prefeitos e vereadores.

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O presidente do PMDB, Valdir Raupp (RO) nega na iniciativa a tentativa de proteger políticos com ficha suja. "A Lei da Ficha Limpa é uma coisa e essa resolução é outra, o que queremos é o respeito ao prazo da anualidade", alega. O presidente do DEM, senador José Agripino (RN), reitera não existir "nenhuma segunda intenção" contrária à Lei da Ficha Limpa. "Não se trata de defender a ficha suja, não é isso", acrescenta.

Na representação ao relator da matéria, ministro Arnaldo Versiani, o PT afirma que a lei em vigor, de 2009, entende como quitação eleitoral a apresentação das contas, "afastando, pois, de modo definitivo, a exigência de julgamento do mérito". "Estar quite é apresentar a prestação de contas", insiste, contrariando a decisão da resolução.

Desde o início, era certo que a proibição provocaria questionamento na Justiça. O presidente do PMDB informa que o assunto não foi tratado antes "porque ninguém tinha conversado sobre isso". Patrocinador do encontro, Valdir Raupp diz que a oposição se deve apenas ao desconhecimento da anualidade e não com relação a outros itens da resolução que trata de doações de campanha. A resolução não fixa prazo para a Justiça Eleitoral examinar as contas de candidatos. Daí porque é certo que, se houver atraso, o candidato poderá disputar a eleição.

No início de março, o TSE mudou uma interpretação que estabelecia como condição para o registro de candidaturas apenas a apresentação das contas e não a sua necessária aprovação. Cerca de 21 mil políticos integram o cadastro da Justiça Eleitoral de contas rejeitadas . Após as eleições, todos os candidatos têm de prestar contas sobre gastos e arrecadações.

"Quem não tiver quitação eleitoral (conta aprovada), não terá o registro (da candidatura)", resumiu na ocasião o presidente do TSE, Ricardo Lewandowski. A nova restrição se somou à da Lei da Ficha Limpa, que impede a candidatura de políticos condenados por órgãos colegiados e daqueles que renunciam para escapar de processos de cassação. Depois de muita polêmica, a regra da ficha limpa foi chancelada em fevereiro pelo STF.

A nova norma agora contestada pelos partidos da base e da oposição estabelece regras para a eleição municipal deste ano. O prazo de impedimento das candidaturas deverá ser estabelecido pela Justiça Eleitoral durante o julgamento de casos concretos. Esse detalhe deverá provocar diversos questionamentos judiciais de políticos eventualmente barrados na eleição deste ano. Mas o TSE definiu que se as contas foram prestadas e a Justiça Eleitoral ainda não as analisou, o candidato poderá participar da eleição.

A presidente Dilma Rousseff pediu hoje, em café da manhã com jornalista, que os partidos da base aliada não interfiram em questões do governo. Para a presidente, depois da indicação de nomes ao governo, os indicados devem prestar contas apenas ao Palácio do Planalto.

"Quero que cada vez mais os critérios de governança sejam critérios internos do governo, que nenhum partido interfira em questões internas. Uma coisa é a governabilidade, é importante que o partido participe, indique nomes", disse. Para a presidente, no entanto, deve-se prestar contas ao governo "e a mais ninguém" depois da indicação.

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Dilma participou de café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto, comentando diversos temas, como a situação econômica mundial e brasileira e os casos de corrupção que abalaram o governo. "Meu governo não tem nenhum compromisso com qualquer prática inadequada. Tolerância zero", afirmou a presidente.

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, será reconduzido ao cargo de presidente do PSB hoje, durante realização do 12º Congresso do Partido Socialista Brasileiro, iniciado hoje, em Brasília. Também serão mantidos nos postos que ocupam os principais integrantes da Executiva do partido, como o primeiro vice-presidente, Roberto Amaral (RJ), o segundo vice, Beto Albuquerque (RS), e o terceiro vice, João Capiberibe (AP).

Durante o congresso, Eduardo Campos pediu aos militantes do partido que fiquem atentos e não se deixem seduzir por alianças que possam fugir do projeto de um governo de aliança de esquerdas nas eleições municipais do ano que vem. "Não podemos vacilar. Temos de impedir que volte a velha política que não serve ao Brasil", afirmou ele.

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Campos disse ainda que o partido é solidário com o projeto político hoje encarnado pela presidente Dilma Rousseff, que foi iniciado por Luiz Inácio Lula da Silva. "Nossa aliança não é eleitoral. É política, baseada num projeto que deu certo. Se esse projeto não tivesse sido executado, hoje o Brasil estaria enfrentando a crise econômica de uma forma traumática". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Deputados estaduais do PSDB foram os campeões de liberação de emendas no ano eleitoral de 2010. Levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo mostra que os quatro deputados que mais conseguiram verbas do governo de São Paulo, todos tucanos, foram o presidente da Assembleia, Barros Munhoz (R$ 5,6 milhões), o ex-líder do governo e hoje deputado federal Vaz de Lima (R$ 5,2 milhões), o atual relator do Orçamento, Roberto Engler (R$ 4,6 milhões), e o deputado licenciado e atual secretário de Desenvolvimento Econômico, Paulo Alexandre Barbosa (R$ 4,4 milhões).

Apesar de os tucanos liderarem o ranking de distribuição das verbas, há um equilíbrio quando se analisa a cota média de parlamentares do PSDB e do PT. Os correligionários de José Serra, que deixou o governo em 2010 para concorrer à Presidência, foram beneficiados com liberações de R$ 2,9 milhões, em média, enquanto os petistas ficaram com R$ 2,89 milhões.

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Na lista dos 15 deputados campeões de liberação de emendas aparecem cinco petistas: Adriano Diogo (7º, com R$ 3,9 milhões), Simão Pedro (9º, com R$ 3,7 milhões), Beth Sahão (11º, R$ 3,6 milhões), Ana do Carmo (13º, R$ 3,5 milhões) e Ana Perugini (15º, 3,5 milhões).

As listas das emendas de 2007 a 2010, divulgadas na noite de sexta-feira pelo governo de São Paulo, mostram que o acordo informal que destinava uma cota de R$ 2 milhões em emendas para cada parlamentar não foi respeitado. Dos 97 deputados contemplados, 78 conseguiram liberar valores acima deste limite. A cota nunca foi publicada, mas sempre esteve acordada extraoficialmente entre os líderes partidários da Casa, segundo confirmação de vários deles.

Segundo os dados divulgados, o deputado Roque Barbiere (PTB), pivô das acusações de vendas de emenda na Casa, intermediou o repasse de R$ 3 milhões em 2010, sendo o 22º do ranking.

Questionado pelo Grupo Estado sobre a cota, o governo divulgou ontem a seguinte informação: "Não existe uma cota específica. O critério para liberação das indicações parlamentares é técnico, independentemente da filiação partidária. Se a indicação for aprovada por razões técnicas e houver recurso disponível, o governo tem todo interesse em aplicar esse dinheiro para beneficiar a população". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Enquanto os governadores e a cúpula do PSDB estão reunidos hoje em Goiânia para tentar acertar a sintonia fina do maior partido de oposição e discutir temas como os rumos da sigla, a conjuntura nacional e internacional e as eleições, o senador tucano Aloysio Nunes Ferreira utilizou sua página no microblog twitter para fazer um desabafo e alimentar o fogo amigo entre os tucanos.

Numa crítica contundente e com alvo certeiro, Aloysio reclamou que tanto ele quanto o governador José Serra foram ignorados nas recentes inserções partidárias da legenda que estão sendo veiculadas na mídia. "Vamos bem assim... ", profetizou o senador mais votado no Brasil nas eleições gerais de 2010.

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"Há quase uma década sem representação no Senado, o PSDB paulista me ignorou na propaganda política que está no ar", diz Aloysio no twitter. E continua nos ataques: "A propaganda do PSDB ignora também o líder político com a trajetória e o prestígio popular de José Serra. Vamos bem assim..." Ainda em sua página no microblog, o senador tucano diz que resolveu "passar recibo publicamente" porque sequer foi consultado a respeito da propaganda tucana.

As reações ao chamado fogo amigo tucano no twitter não ficaram restritas apenas aos seguidores anônimos do senador Aloysio Nunes. Tucano de alta plumagem, o agrônomo e ex-secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo Xico Graziano disse em sua página no microblog: "Nossa senhora, Aloysio Nunes botou a boca no trombone. Vai voar pena entre os tucanos!"

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