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O chefe interino do Pentágono, Patrick Shanahan, enviou nesta terça-feira um memorando a todos os funcionários do Departamento de Defesa solicitando que permaneçam politicamente neutros, após uma controvérsia sobre um navio de guerra batizado com o nome do falecido senador John McCain.

"Nossa missão de proteger e defender a nação é apolítica", disse em uma nota enviada a todos os funcionários do Pentágono e oficiais militares no exterior.

Shanahan confirmou no domingo que a Casa Branca tentou esconder o USS John S. McCain durante uma visita ao Japão do presidente Donald Trump, um adversário político do senador.

O gabinete do presidente havia contactado a 7ª Frota americana para transmitir a "ordem para que o 'USS John S. McCain' ficasse fora de vista".

Quando perguntado sobre o memorando, Shanahan disse aos jornalistas: "O que queria fazer é, depois da situação de McCain, quero lembrar a todos que não vamos a politizar o Exército".

"Pensem em todas as viagens que se aproximam. Pensem na temporada em que estamos entrando", declarou, ao se referir à campanha presidencial para 2020.

Trump teve uma relação política combativa com McCain, um prisioneiro de guerra que foi torturado durante a guerra do Vietnã. O senador faleceu em agosto devido a um câncer no cérebro.

Os Estados Unidos exortaram neste sábado a China a "deixar de minar a soberania de outros países" e anunciaram importantes investimentos, nos próximos cinco anos, para manter sua supremacia militar na região Indo-Pacífico.

"A China pode e deve ter relações de cooperação com o restante da região (...), mas os comportamentos que minam a soberania de outras nações e semeiam desconfiança sobre as intenções chinesas devem acabar", declarou o chefe do Pentágono, Patrick Shanahan, em Singapura.

"Até que faça isto, nos oporemos à visão de futuro míope, estreita e provinciana, e defenderemos a ordem livre e aberta da qual nos beneficiamos todos, inclusive a China", disse Shanahan durante seu discurso no fórum Diálogo de Shangri-La.

Shanahan anunciou que os Estados Unidos realizarão fortes investimentos na região Indo-Pacífico para manter sua superioridade militar e sua capacidade de defender seus aliados asiáticos.

Washington e Pequim competem pela influência na região, na qual há vários focos de tensão, como o Mar da China Meridional, a península da Coreia e o estreito de Taiwan.

As relações entre as duas potências devem dominar a conferência da Singapura, que reúne ministros da Defesa e comandantes militares de todo o mundo.

Pela primeira vez desde 2011, a China enviou ao encontro seu ministro da Defesa.

"Os Estados Unidos não querem conflitos, e sabemos que manter as capacidades para ganhar uma guerra é o melhor meio de evitá-las", declarou Shanahan.

Washington reprova Pequim por militarizar vários ilhotes do Mar da China Meridional reivindicados por outros países da região, e regularmente realiza operações para a "liberdade de navegação" no Pacífico, sobrevoando o espaço aéreo internacional ou passando com navios de guerra na zona dos arquipélagos em disputa, o que costuma provocar a cólera de Pequim.

"Quando um país faz uma promessa e não a respeita, é preciso desconfiar. Quando o mesmo país não faz qualquer promessa, realmente há que desconfiar", disse Shanahan sobre o que o presidente chinês, Xi Jinping, prometeu ao então líder americano, Barack Obama, sobre não militarizar os arquipélagos controlados por Pequim no Mar da China Meridional.

Os Estados Unidos avaliam a possibilidade de enviar mais tropas para o Oriente Médio para garantir a segurança do contingente já estacionado - afirmou o secretário americano da Defesa, Patrick Shanahan, nesta quinta-feira (23).

"O que estamos considerando é se há coisas que podemos fazer para melhorar a segurança das nossas forças no Oriente Médio", disse Shanahan à imprensa.

"Isso pode incluir enviar mais tropas", reconheceu.

O secretário interino, emitiu essa opinião antes de um encontro com o ministro vietnamita de Relações Exteriores, Pham Binh Minh, além de desmentir dados publicados pela imprensa americana sobre o número de soldados que Washington pretende enviar para a região.

"Não são dez mil ou cinco mil. Isso não é exato", disse Shanahan, que sugeriu que o Comando Central dos Estados Unidos (Centcom), encarregado da área onde ficam o Chifre da África e Oriente Médio, havia solicitado mais soldados ao Pentágono por conta das crescentes tensões com o Irã.

O novo comandante do Centcom, o general Kenneth McKenzie, já havia lamentado publicamente a redução no número de militares americanos no Oriente Médio decidida pelo Pentágono como parte de uma nova estratégia de defesa mais centrada na Rússia e China.

"Não temos efetivos suficientes para estar onde queremos estar com o número adequado, em todos os lugares, em qualquer momento" no mundo inteiro, declarou em maio durante uma entrevista em Washington.

Os Estados Unidos têm entre 60 mil e 80 mil soldados posicionados no Oriente Médio, sendo 14 mil no Afeganistão 5.200 no Iraque e menos de dois mil na Síria, segundo o Pentágono.

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