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“Espero que nenhuma mãe passe por esse sofrimento que eu estou passando”. Em poucas palavras, a mãe de Paulo Ricardo, Joelma Valdevino demonstrou que após os sete dias do assassinato do filho, a indignação e a saudade tomam conta do seu coração. Bastante emocionada a mãe de “Paulinho” ainda não conseguiu expressar em letras seu sentimento com a perda do filho, mas, sim, em lágrimas. Muitas lágrimas.

No dia do assassinato, Joelma estava em casa e recebeu a noticia por telefone, mas custou a acreditar que o fato fosse verdade. Em seguida, no enterro do jovem, apenas o choro demonstrava o sentimento. Foi vestida com a jaqueta de trabalho do filho, que era soldador de uma refinaria em Suape (na Região Metropolitana do Recife). Na missa de sétimo dia, o olhar mirava apenas o cartaz do filho no altar da igreja do bairro do Pina. No término da cerimônia, os familiares e amigos se uniram para abraçá-la, que permaneceu chorosa.

Apenas um fato conseguiu amenizar a tristeza: a prisão dos suspeitos pelo crime. Para Joelma, “os órgãos responsáveis estão cumprindo com
as obrigações”. E declara: “Apesar de saber que não teremos o Paulinho de volta, isso já mostra que a situação não vai ficar impune”, disse, rapidamente.  Nem ela mesma sabe expressar como será seu primeiro Dia das Mães sem Paulinho, neste domingo (11). “Não consigo nem imaginar”, finalizou e caiu no choro.

Dor compartilhada

Em 2013, quem sofreu com a dor da violência no futebol foi a mãe do jovem Lucas Lyra, Cristina (na foto abaixo). O torcedor do Náutico foi baleado na cabeça em frente ao estádio dos Aflitos pouco antes de um jogo entre o Timbu e o Central, pelo Campeonato Pernambucano. Diferente do caso de Paulo Ricardo, o acidente não foi fatal. O filho de Cristina Lyra ainda permanece hospitalizado depois de um ano dois meses e 25 dias do acidente.

Lucas já retirou o traqueóstimo e a sonda alimentar, mas a parte esquerda do seu corpo ainda não está respondendo bem ao tratamento. “Estamos aguardando a traqueostomia fechar. Esse procedimento será realizado espontaneamente. Depois disso, ele passará para recuperação motora em casa”, afirmou Cristina Lyra.

A mãe de Lucas reviveu os momentos de desespero com o filho, quando soube da morte de Paulo Ricardo. “Eu fiquei arrasada. No momento, percebi que a ferida estava aberta. Todos os momentos com o Lucas voltaram e reconheci que passei muito perto da dor que a mãe do Paulo está sentindo. Um sentimento que toca na alma da gente e que não tem palavra que simbolize. Infelizmente, nunca mais ela voltará a ser a mesma pessoa”, contou.

A dor da tragédia com o filho também não foi apagada. Cristina acredita que nunca mais ficará tranquila, caso Lucas resolva voltar a assistir um jogo em um estádio de futebol.  “Eu olho para ele e vejo os seus sonhos e projetos sendo adiados ou talvez ele nem tenha mais capacidade de vivenciar os planejamentos”, explicou.  “Ainda lembro-me da oração no dia do ocorrido, agradecendo a Deus pela confiança que Ele depositou em mim como mãe dele”, completou.

Na cama de acompanhante do hospital, ao lado do filho: é onde Cristina vai passar o Dia das Mães. “Os momentos que passo com ele são muito preciosos. Cada segundo que passo com ele são de extrema felicidade. Agora, o quarto dele é a minha segunda casa”, revelou.

Cristina Lyra espera das mães, que passaram por situações parecidas ou piores se lembrem, que seus filhos desejam que elas levantem a cabeça e sigam em frente. “O amor que nós sentimos pelos nossos filhos nunca vai deixar de existir. Esse sentimento extrapola todo o limite da razão e do conhecimento humano”, disse. E completou: “O conforto chegará um dia”.

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O inquérito do crime que chocou o mundo na última sexta-feira (2), no qual um torcedor do Sport morreu ao ser atingido por um vaso sanitário, ainda não foi concluído. No entanto, a delegada responsável pelas investigações, Gleide Ângelo, apresentou, na tarde desta sexta-feira (9), como os três acusados agiram para matar Paulo Ricardo Gomes da Silva, de 23 anos, no fim da partida de futebol entre Santa Cruz X Paraná, no estádio do Arruda.

Até o momento, a polícia prendeu Everton Felipe Santiago de Santana, 23, Luiz Cabral de Araújo Neto, 30, e Waldir Pessoa Firmo Júnior, 34. O trio, que está no Centro de Triagem (Cotel) de Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife (RMR), disse à delegada que a intenção era matar o presidente da Torcida Jovem a pedradas. “Quando o jogo acabou, eles saíram do estádio, viram a Torcida Jovem no entorno do local e retornaram ao clube para pegar pedras e matar o comandante. Porém, eles não encontraram pedras dentro do Arruda e, logo em seguida, planejaram retirar a bacia sanitária do banheiro feminino. Valdir e Cabral tiraram a bacia do banheiro, enquanto Everton vigiava para ver se não vinha ninguém ao encontro deles”, detalhou Ângelo.

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Os três também disseram à delegada que fugiram do estádio minutos depois de atirar o vaso sanitário e não imaginavam que tinha acertado alguém. “O trio disse que só soube da notícia quando cada um chegou a sua casa, e um deles escutou na rádio que um torcedor do Sport havia morrido, após jogarem um vaso sanitário em sua cabeça”. Ainda de acordo com a delegada, eles mantiveram contato assim que souberam da morte de Paulo e tomaram diferentes rumos. “Waldir foi para Maceió, Luiz para o Rio Grande do Norte e Everton ficou em sua casa mesmo”.

Gleide Ângelo também disse que ainda tem oito dias para concluir o inquérito sobre o caso e, por conta disso, outras informações só poderão ser detalhadas mais à frente. “Como ainda existe uma semana para o fechamento do fato, outras pessoas ainda podem ser ouvidas e até podem estar envolvidas no crime”, concluiu a delegada.

Familiares, amigos, vizinhos e moradores do bairro do Pina, no Recife lotaram a Paróquia Nossa Senhora do Rosário. Na noite desta quinta (8), os recifenses se juntaram para rezar por Paulo Ricardo Gomes da Silva, morto quando deixava o estádio do Arruda após um jogo entre Santa Cruz e Paraná. A cerimônia foi realizada pelo frei Aberlardo.

Os presentes oraram de mãos dadas e usaram camisetas em homenagem ao jovem. Sem qualquer referência ao Sport ou à torcida uniformizada do clube. "Um guerreiro não morre e sim descansa", estampavam as camisas. Joelma Valdevino, mãe da vitima chegou à celebração muito emocionada e não conseguiu falar com a imprensa. A irmã Maria Paula e o padrasto Maurício Oliveira também demonstraram em lágrimas o sentimento de tristeza.

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O jovem foi assassinado na última sexta-feira (2), após o jogo entre o Santa Cruz e Paraná. Ele foi atingido por um vaso sanitário arremessado da parte superior da arquibancada quando passava próximo ao portão seis do Arruda, destinado à torcida visitante.

O terceiro suspeito pelo assassinato do torcedor Paulo Ricardo se entregou à polícia, às 19h20 desta quinta-feira (8). Identificado como Valdir, o homem foi ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no Cordeiro, Zona Oeste do Recife, para prestar depoimento à delegada que está à frente da investigação, Gleide Ângelo.

Valdir foi ao DHPP acompanhado da mãe, de um colega e de seu advogado de defesa, Jurandir Alves de Lima. Aos prantos e bastante nervosa, a mãe do suspeito não quis dar entrevistas e se limitou a reclamar dos últimos dias. "Não aguento mais essa pressão. Todos os dias a polícia vasculhando a minha casa", disse.

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*Com informações de Yasmin Dicastro

O advogado do torcedor Luiz Cabral de Araújo Neto, 30 anos, Carlos Alberto Rodrigues comentou as recentes declarações do seu cliente sobre a motivação do crime e negou que o rapaz tivesse a intenção de agredir Paulo Ricardo. Segundo o defensor, Luiz Cabral teria ido à partida com intenção de matar o presidente de uma torcida organizada do Sport. 

Ainda segundo o advogado, Luiz Neto teria se envolvido numa briga com o integrante da organizada no último clássico entre o Santa Cruz e o Sport, realizado no mês passado, na Ilha do Retiro, e desde o evento queria se vingar. Carlos Alberto também alegou que seu cliente é viciado em remédios e estava alcoolizado quando cometeu o crime. Argumentos que devem ser usados durante defesa do suspeito. 

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Com a nova informação da premeditação do crime por Luiz Neto, a pena dele deverá ser maior do que a de Éverton Felipe Santiago de Santana, de 23 anos, preso pelo crime na segunda-feira (5) em Olinda.“O tempo de pena é dado pelo crime e seus qualificadores, nesse caso premeditar o crime é qualificador para aumentar a pena, como confessar o crime é qualificador para diminuir a pena. Temos outros qualificadores como motivo fútil, mas tudo isso a justiça vai analisar”, explicou o advogado Adelson José.

Luiz Neto foi preso no Monte das Gameleiras, no Rio Grande do Norte (RN). Ele chegou na sede do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), no bairro do Cordeiro, por volta das 12h onde prestou depoimentos. De acordo com a polícia, ele trabalha em um posto de saúde da cidade de passa e fica e foi preso no momento em que chegava ao hospital do município para pegar medicamentos para uso próprio. Na casa dele foram encontrados diversos materiais da Inferno Coral e de torcidas aliadas.

O suspeito foi encontrado através de informações repassadas pela mãe dele, que mora em Pernambuco e confirmou o envolvimento do filho no arremesso do vaso sanitário. Luiz, que costumava acompanhar os jogos do Santa Cruz, teria confessado que ele e o terceiro torcedor - ainda foragido - jogaram os dois vasos sanitários. Ele ainda teria dito que Everton Felipe Santiago de Santana apenas ajudou a retirar as privadas do banheiro. Luiz Neto deverá ser encaminhado ao Centro de Triagem em Abreu e Lima (Cotel),  ainda hoje.

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O Santa Cruz seria julgado nesta sexta-feira (9) sobre o caso do assassinato de Paulo Ricardo, mas o time conseguiu adiar a seção com o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Agora, sem data definida, os tricolores continuam com a suspensão da pena preventiva e poderão enfrentar o Luverdense, no próximo sábado (10), com a presença da torcida na Arena Pernambuco.

O departamento jurídico conseguiu o adiamento após a prisão do segundo suspeito de ter matado o torcedor Paulo Ricardo. Com isso, surgiu mais uma prova que pode isentar o clube das punições do STJD. Agora, o Santa poderá ter mais tempo para reunir outras provas, antes do julgamento.

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Os tricolores já cumpriram a medida preventiva nesta quarta (7), quando enfrentaram o Lagarto, no estádio dos Aflitos, pela Copa do Brasil. Após o julgamento, o clube podem sofrer multa de até R$ 100 mil e perder, no máximo, dez mandos de campos e ter o Arruda impedido de realizar jogos.

Familiares e torcedores do Sport, Santa Cruz e Náutico participaram de uma manifestação pacífica, na noite desta terça-feira (6). A passeata foi realizada no bairro do Pina, Zona Sul do Recife e foi acompanhada por policiais militares. Cerca de 80 pessoas lembraram a morte de Paulo Ricardo Gomes, de 26 anos, que foi atingido por um vaso sanitário próximo ao estádio do Arruda, na última sexta-feira (2).

Os manifestantes seguiram pela Avenida Herculano Bandeira, em frente à igreja do Pina e seguiram em caminhada pela Rua Manoel Coriolano, Rua Manoel de Brito e depois retonaram para a igreja do bairro. Os torcedores e familiares pediram paz no futebol e usaram camisas com a foto de Paulo Ricardo.

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Joelma Valdevino, mãe do torcedor, não participou da manifestação. A irmã Maria Paula, de 16 anos e a prima Josenilda Valdevino, de 27 anos, se juntaram com outros familiares e seguiram pelas ruas do bairro. De acordo com o tio da vítima, Tiago Valdevino, agradeceu a presença de todos e afirmou que a caminha apenas começou. “Essa passeata é a prova que existem pessoas do bem e em busca da paz no futebol”, disse.

 

Questionada sobre o clima de vingança por parte da torcida do Sport, Maria Paula acredita que isso não vai resolver o problema. "Espero que nada aconteça com ele, pois não quero que outra família sinta o que a gente está sentindo”, contou.  O padrasto da vítima espera que a polícia consiga prender os outros suspeitos. “Estamos satisfeitos com a prisão do Everton Felipe, mas ainda aguardamos que a justiça seja feita por completo”, afirmou.

O advogado do suspeito de matar um torcedor com um vaso sanitário informou, nesta terça-feira (6), que vai solicitar o pedido de liberdade provisória de Éverton Felipe Santiago Santana nesta quarta. "Amanhã irei até o Cotel com o pedido", contou  Adélson José da Silva.

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O defensor também pediu o reforço na segurança do seu cliente no presídio, diante da possibilidade de ele vir a ser agredido. "Éverton tem emprego fixo, endereço, família e está colaborando com a polícia", justificou.

Prisões- Durante toda esta terça-feira (7), a expectativa em frente ao Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoas (DHPP) pela prisão de mais dois suspeitos de ter matado o torcedor do Sport, Paulo Ricardo, foi grande.

No entanto, a delegada que está à frente das investigações, Gleide Ângelo, informou no início desta noite que a dupla ainda não foi encontrada e as buscas continuam. 

Entenda o caso - O torcedor do Sport, Paulo Ricardo Silva, foi morto na noite da última sexta-feira (2), quando deixava o estádio do Arruda depois da partida entre Santa e Paraná, pelo Campeonato Brasileiro da Série B. O jovem foi atingido por um vaso sanitário arremessado de dentro do clube. O objeto foi jogado de uma altura de 24 metros e atingiu o rapaz que morreu na hora.

Mais uma vítima – Casos do tipo da morte de Paulo Ricardo deixaram de ser isolados entre torcidas dos clubes pernambucanos. Neste ano, por conta de uma discussão após o jogo Náutico e Salgueiro, um policial militar assassinou um homem a tiros, no município do Sertão. No ano passado, um torcedor do Náutico foi baleado na nuca, em frente ao estádio dos Aflitos, e chegou a ficar em coma. 

Também em 2013, no último jogo da final do Campeonato Pernambuco, um torcedor do Santa jogou uma barra de ferro para o estacionamento do Sport, na Ilha do Retiro. O objeto atingiu o carro do então técnico rubro-negro Sergio Guedes, hoje comandante tricolor, e quase pegou em uma criança, o filho do atual técnico do Sport, Eduardo Baptista.

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Everton Felipe Santiago da Silva, 23 anos, confessou ter atirado uma privada que matou o torcedor do Sport, Paulo Ricardo Gomes da Silva, na última sexta-feira (3), no jogo entre Santa Cruz x Paraná, válido pela terceira rodada da Série B. O jovem  foi encaminhado ao Departamento de Polícia e proteção a Pessoa (DHPP), na tarde desta segunda-feira (6), e depois foi levado ao Centro de Triagem de Abreu e Lima, o Cotel.

Everton freqüentava a Inferno Coral desde 2008, e era diretor da principal organizada coral. Nas redes sociais, ele possuía muitas fotos de viagens feitas para assistir jogos do Santa Cruz fora de Pernambuco.

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Uma das viagens foi para assistir o jogo entre Crb e Santa Cruz pela Copa do Nordeste 2013. Na partida, torcedores das duas equipes entraram em confronto nas arquibancadas do Estádio Rei Pelé, em Maceió, o que resultou em três jogos de punição ao tricolor, que teve de atuar em Caruaru no início da competição regional em 2014. 

O servente que confessou ser um dos responsáveis em atirar um vaso sanitário, que matou o torcedor Paulo Ricardo Gomes da Silva, de 26 anos, foi transferido na noite segunda-feira (5) para o Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, no Grande Recife. Everton Felipe Santiago de Santana, de 23 anos, conhecido como "Ronaldinho", foi preso em flagrante e autuado por homicídio qualificado por motivo fútil, que prevê pena de 12 a 30 anos de prisão.

O assassino confesso foi localizado a partir de uma informação dada ao Disque-Denúncia. No momento da prisão ele estava em uma escola particular, no bairro de Ouro Preto, em Olinda, onde trabalhava. Antes de ir para o Cotel, o jovem, que é integrante de uma torcida organizada tricolor, foi levado para Delegacia de Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), no Cordeiro, Zona Oeste do Recife, onde prestou depoimento.

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Everton Santana não ofereceu resistência e inicialmente teria negado participação. Depois, admitiu ter agido com mais duas pessoas. De acordo com informações extraoficiais, ele comentou sobre o assunto com colegas em um grupo do WhatsApp e em uma das mensagens chegou a compartilhar a foto e comemorar a morte do torcedor rival. E em outra conversa, teria dito que não gostaria de ir "para aquele inferno", referindo-se à prisão. De acordo com a polícia, o jovem já havia sido preso em dezembro de 2012 por porte ilegal de arma.

Ainda pela rede social, os outros dois suspeitos de cometer o crime pediam para não serem entregues, caso algum dos três fosse detido. Apesar de já ter sido identificada, a dupla está foragida.

O advogado do servente contou que seu cliente foi reconhecido por imagens das câmeras de segurança da Secretária de Defesa Social.“Ele afirmou ser da torcida organizada do Santa Cruz. Disse que não foi ao jogo com intenção de fazer isso, mas surgiu a ideia no momento e ele, acompanhado de outros dois torcedores, jogaram os objetos da arquibancada. Everton não esperava essa repercussão toda, porque não fez com intenção de matar ninguém. Ele está muito arrependido e, claramente, com medo de possíveis represálias”, disse o advogado de defesa do jovem, Adelson José da Silva. [Confira as imagens do momento em que o torcedor é atingido pelo vaso]

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>> “O Santa Cruz também é vítima”, diz Antônio Luiz Neto

Na entrevista coletiva realizada nesta segunda-feira (5), no Arruda, o presidente do Santa Cruz, Antônio Luiz Neto, praticamente repetiu o discurso dito ao Portal LeiaJá no último sábado (3). A única novidade do mandatário coral foi prometer que assassino do torcedor Paulo Ricardo Gomes da Silva não pisará mais nas dependências do Tricolor.

“Já realizamos todos os procedimentos e agora vamos aguardar as investigações. No momento que tomarmos conhecimento de quem ser o autor do crime, vamos proibi-lo de que entre no estádio e nas dependências do Santa Cruz Futebol Clube”, afirmou.

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O presidente tricolor ainda lamentou o fato de ter que jogar com portões fechados e voltou a isentar o clube de culpa. “Dependemos de uma torcida, que nos financia. Não é justo. Jogar de portas fechadas prejudica demais. O clube passa por dificuldades e todos sabem disso”, pontuou Antônio Luiz Neto.

Velado desde as 22h deste sábado, (3), na capela do Cemitério de Santo Amaro, Centro do Recife, o corpo do torcedor do Sport, Paulo Ricardo Gomes da Silva, 26 anos, foi enterrado às 14h30, deste domingo (4). Contando com a participação de um padre e um pastor, em uma cerimônia de forte emoção, o enterro foi acompanhado por centenas de pessoas. Paulo Ricardo morreu nesta última sexta-feira (1), após ter sido atingido por um vaso sanitário na saída do jogo Santa Cruz e Paraná, no Arruda.

Em sua pregação, o frei Marcelo, da Igreja Nossa Senhora do Rosário, do Pina, afirmou que não estava no local para explicar o sentido da morte. "Já sabemos o mundo em que vivemos nos dias atuais. Estou aqui para trazer palavras de esperança. Que nossa oração em comum possa enxugar as lágrimas dessa família". 

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Esperança essa que para alguns parentes, amigos e torcedores só será alcançada em forma de justiça. O padrasto de Paulo Ricardo, Maurício Oliveira, afirma que a família entrará com uma causa contra o Santa Cruz. "Vamos pedir justiça. Como é que o presidente do Santa Cruz afirma que não tinha ninguém no estádio? Como não tinha de dois vasos sanitários foram atirados de lá? Um absurdo ele dizer uma coisa dessas". 

Esse comentário se deu em detrimento da declaração que o presidente do Santa Cruz, Antônio Luiz Neto, fez no último sábado (3). “O Santa Cruz também é vítima nisso tudo e estamos pedindo a apuração. A Polícia Militar já havia evacuado o estádio. Primeiro a torcida do Santa Cruz e depois de 15 minutos a do Paraná. Os portões foram fechados após a checagem e as chaves foram entregues ao clube. Depois aconteceu essa tragédia”, disse.

O caixão  de Paulo Ricardo Gomes da Silva foi coberto com a bandeira do Sport e integrantes da organizada abriram um bandeirão na saída do sepultamento. Choros, gritos, palmas e pedidos de justiça foram entoados durante todo o caminho. "Cazá, Cazá, Cazá" foi o grito de guerra escolhido para homenagear o torcedor. 

Recompensa - Um valor de R$ 5 mil. Essa é a recompensa oferecida pela Federação Pernambucana de Futebol (FPF), em parceria com o Disque-Denúncia Pernambuco, para quem tiver informações que ajudem a identificar o suspeito de arremessar um vaso sanitário no torcedor Paulo Ricardo Gomes da Silva, depois do jogo entre Santa Cruz e Paraná, na última sexta-feira (2).

De acordo com a FPF, a recompensa é um estímulo para que a população exerça a cidadania e repasse informações que ajudem na investigação sobre o assassinato. As pessoas que tiverem informações devem entrar em contato com o telefone (81) 3421-9595 na Região Metropolitana do Recife e na Zona da Mata Norte. Para os moradores do interior do Estado, o contato é o (81) 3719-4545.

Após três anos sem se apresentar no Recife, Paulo Ricardo, vocalista da banda RPM volta à cidade com o Acoustic Live, um projeto acústico em que o artista canta músicas que marcaram sua vida. Os shows acontecem sexta (2) e sábado (3), às 21h, no Manhattan Café Theatro em Boa Viagem. Os ingressos custam a partir de R$ 150.

O repertório do show será composto por hits internacionais como Your Song, de Elton John, e Sitting, Waiting, Wishin, de Jack Johnson. O cantor ainda não decidiu, mas músicas do RPM também podem entrar no set list.

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Para abrir a apresentação de Paulo Ricardo, os Garçons Cantores, atração fixa do Manhattan Café, farão um show com canções de trilhas sonoras de peças da Broadway e grandes músicos internacionais.

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A banda N’Zambi comemora neste mês de novembro uma década de história dedicada ao reggae pernambucano. O grupo se prepara para lançar o segundo disco de carreira, intitulado Pra Verdade Estremecer. Algumas músicas inéditas que compõem este trabalho estarão no repertório do show que a banda realiza na próxima quinta-feira (28), às 21h, na Concha Acústica da Universidade Federal de Pernambuco, na Cidade Universitária. A entrada é gratuita.

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Nascida em 2003, no bairro da Várzea, a N’Zambi surgiu durante um período o qual o reggae pernambucano começou a ganhar força. E teve sucesso ao incrementar na sua música gêneros de matriz africana, com referências ao ska, ragga, dub, rap, blues e jazz. “Quando começamos a tocar nos palcos do Recife, a gente só apresentava nossas músicas autorais. Pra surpresa de todo mundo, fomos super bem recebidos pelo público e tivemos também a alegria de lançar um CD e ganhar o prêmio de Melhor CD de Reggae 2010, pela Associação de Compositores e Intérpretes de Pernambuco (ACINPE)", conta George Souza, vocalista e guitarrista da banda, referindo-se ao Kaya, Mas Se Oriente!, primeiro disco da banda. 

A formação da N’Zambi também passou por alterações ao longo destes 10 anos, algo visto pelos integrantes como um processo natural e construtivo para o trabalho da banda. “No começo a formação era eu, Ricardo ‘Baba’, Diego Ilarrás, Gustavo ‘Bola’ e Mauro Delê. De repente na estrada a gente acabou se cruzando com Deco Trombone, Marcinho Racional e Marquinhos Ralph, e hoje a gente não consegue enxergar a banda se não for nessa composição”, revelou George, com a aprovação do restante do grupo.

Sobre o novo disco, o Pra Verdade Estremecer, o baterista Baba revela como foi o processo de composição do CD, feito completamente de forma independente. “A gente está na tentativa de lançá-lo tirando do próprio bolso. É algo que caminha devagar porque você tem que sentir o termômetro da questão musical, aprovando certas coisas ou não e vendo o que está legal pra soltar pro público”. O álbum conta com 13 músicas, entre elas 12 inéditas, e uma regravação sob a voz da cantora pernambucana Isaar França, entre outras participações especiais. 

Para George, o que contribuiu pra que o novo disco saísse como eles queriam foi o fato da N’Zambi ter começado a trabalhar nele há muito tempo. “Já faz quase dois anos que a gente investe nele. Então está se criando uma expectativa no Pra Verdade Estremecer porque ele teve muito tempo de duração, mas isso é um elemento bom porque está sendo na ordem natural das coisas, e se Deus quiser a gente vai tocar pra frente esse trabalho agora no começo de 2014”. A previsão é que o disco seja lançado ainda em janeiro do próximo ano.

Ricardo ‘Baba’ avisa que, enquanto, o site da N’Zambi não fica pronto, os fãs podem conferir o trabalho da banda, inclusive as músicas inéditas, na página deles no Palco Mp3. “Lá os interessados podem achar fotos, vídeos e músicas nossas. A gente está também com a ideia de disponibilizar o novo disco pra download ainda no próximo mês de dezembro”, comentou.

Serviço

Show de 10 anos da N’Zambi

Quinta (28) | 21h

Concha Acústica da UFPE (Cidade Universitária)

Gratuito

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Já são 10 anos dedicados ao reggae feito em Pernambuco com bastante identidade ao misturar gêneros musicais de matriz africana, com referências ao Ska, Ragga, Dub, Rap, Blues e Jazz. A N’Zambi, nascida no bairro da Várzea, em 2003, se prepara para lançar o seu segundo disco de carreira, intitulado Pra Verdade Estremecer, com produção de Buguinha Dub. O primeiro álbum - Kaya, Mas Se Oriente! - foi o responsável por popularizar o trabalho da banda, que mais tarde viria a ser uma das mais conhecidas do cenário reggae pernambucano. Este álbum, que contou com a produção de Ras André (guitarrista da Ponto de Equilíbrio), foi considerado o melhor CD de Reggae de 2010, segundo a Associação de Compositores e Intérpretes de Pernambuco (ACINPE).

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O grupo é formado por Diego Ilarrás (baixo e voz), George Souza (voz e guitarra), Gustavo Souto Maior 'Bola' (guitarra e teclados), Mauro Delê (percussão e voz), Paulo Ricardo 'Baba' (bateria e voz), além de um trio de metais composto por Deco Trombone, Marcinho Racional (Trompete), e Marquinhos Ralph (Sax). Os integrantes da banda conversaram com o LeiaJá durante um ensaio, enquanto se preparavam para uma apresentação gratuita que vai acontecer na próxima quinta-feira (28), na Concha Acústica da UFPE, às 21h. Na conversa eles contaram um pouco da história da banda e quais são os próximos passos do grupo daqui pra frente.

Como surgiu a banda?

George: A N’Zambi surgiu em 2003, na Várzea, e no início a formação era eu, Baba, Diego, Bola e Mauro. De repente na estrada a gente acabou se cruzando com Deco, Marcinho e Marquinhos e hoje a gente não consegue enxergar a N’Zambi se não for nessa composição. Acho que dá pra dizer que é a mesma desde o início porque mesmo quando a gente ainda não tava com os três últimos na banda, já tinha parcerias e o pessoal sempre participava dos nossos shows. E a N’Zambi surge numa época em que o reggae começa a ter uma identidade própria aqui em Pernambuco. Quando a gente começou a tocar nos palcos do Recife apresentamos músicas autorais e, pra nossa surpresa, fomos super bem recebidos pelo público. Tivemos também a alegria de lançar um CD e ganhar o prêmio de Melhor CD de Reggae 2010, pela ACINPE. Estamos nessa batalha de seguir como banda independente há 10 anos e como conseqüência vemos um amadurecimento na música da N’Zambi e na forma que lidamos com ela.

Qual a relação da banda com o bairro da Várzea, no Recife?

George: A gente costuma dizer que a N’Zambi nasceu no bairro da Várzea porque a banda surge dessa história de se fazer um grupo de reggae com pessoas que se reuniam naquela região. Pessoas que não só moravam, mas que também conviviam no bairro. Outra curiosidade é que os primeiros shows da gente foram na Várzea e os primeiros ensaios também. 

Baba: Além disso, eu, George, Diego e Bola temos uma relação com a Escola de Música João Pernambuco, que fica neste mesmo bairro. Ninguém chegou a se formar (risos), mas boa parte da banda passou por lá. Outra influência da região no nosso trabalho são os brincantes da cultura popular que existem por lá.

Bola: Tem também o Tchida, de Cabo Verde, que é uma figura importante na nossa formação. No começo ele acompanhava a gente pra caramba e trouxe pra Várzea toda a bagagem de reggae que ele já tinha. 

George: Um detalhe interessante é que durante o Carnaval promovido pela Prefeitura do Recife eu acho que o Polo da Várzea foi o primeiro polo descentralizado que deu certo. Logo quando criaram essa história de descentralizado a turma ficava com medo de briga e violência. Mas na Várzea isso nunca teve, sempre foi um lugar tranqüilo. E todo ano o polo ia aumentando e até os próprios moradores começaram a deixar de ir pro Recife Antigo pra ficar na Várzea. A primeira vez que a gente tocou no Carnaval do Recife, em 2004, foi lá nesse polo. Nesse dia a gente ia ser uma das primeiras bandas e quando a gente ia começar a tocar Lia de Itamaracá chegou. A produção disse que a gente ia ter que sair do palco. Tocamos ainda uma música e saímos chateados por causa disso, mas acabamos tocando no final, depois da Mundo Livre S/A, com a Praça da Várzea lotada, entupida de gente (risos). E até hoje o público da Várzea é o maior da gente.

Vocês estão prestes a lançar o segundo disco da banda, intitulado Pra Verdade Estremecer. Como foi o processo de composição desse CD?

Baba: A gente está há quase dois anos na tentativa de lançá-lo, tudo com custo independente. Isso quer dizer que a gente tem tirado do próprio bolso tentando fazer a história acontecer. É um processo que caminha devagar porque você tem que sentir o termômetro da questão musical, aprovando certas coisas ou não e vendo o que está ‘massa’ pra soltar pra galera. E foi nessa positividade que surgiu a figura do Buguinha, por indicação de George. Pelo menos toda a parte da masterização e gravação de estúdio foi finalizada. A gente está aguardando agora o design gráfico do CD pra mandar prensar. A previsão é que em janeiro a gente faça esse lançamento.

George: Esse novo disco vai ter ilustração do Saulo Guerra e direção de Arte de Marcelo Mutreta, que é um amigo nosso e criou a marca da banda.

O Kaya Mas Se Oriente!, primeiro disco da N’Zambi, teve um repercussão bastante positiva. Qual a expectativa para o lançamento deste novo disco?

Bola: Eu acho que a essência desse segundo CD, na hora da captação, absorveu todo o processo de pegar a ‘vibe’ e o sentimento do momento. No primeiro CD a gente não teve essa abertura, foi outro processo. Estamos acreditando muito nessa questão da energia do momento, sem pressa, e a experiência também tem trazido mais tranqüilidade. O metal nesse segundo CD veio bem trabalho, e o arranjo foi feito pelo nosso colega Deco, dando a identidade da N’Zambi.

George: Outra coisa que contribuiu muito foi a gente ter começado esse CD há muito tempo. Já faz quase dois anos que a gente está trabalhando nele e passamos alguns meses ensaiando e nos preparando para as gravações. Quando fechamos as músicas pra fazer o CD, decidimos fazer antes uma pré-gravação, mas não curtimos muito o resultado final. Pensamos então em convidar alguém pra produzir o disco e coincidiu com o interesse de Buguinha voltar para Pernambuco, porque ele estava morando em São Paulo, e foi legal porque isso tudo aconteceu bem naturalmente. Então está se criando uma expectativa no Pra Verdade Estremecer porque ele teve muito tempo de duração, mas isso é um elemento bom porque está sendo na ordem natural das coisas.

Vocês já estão há 10 anos na estrada de forma independente. Quais são as estratégias que vocês utilizam para se manter firme neste mercado?

George: Uma coisa que a gente tem apostado muito é o lance de circulação do disco. Em caso de show aberto ao público, a gente tem uma barraquinha com nossos discos promocionais, camisas e outros produtos comercializados pela banda. E em caso de show pago, a entrada pode ser o próprio CD. O Pra Verdade Estremecer vai ter duas versões, uma que a gente chama ‘versão de luxo’ e outra que é o disco econômico, que usamos pra fazer essa troca do cara comprar o CD e ganhar a entrada. 

Onde o público pode encontrar o trabalho de vocês na internet?

Enquanto o nosso site não fica pronto, a gente tem usado uma página na internet no Palco Mp3. Lá os interessados podem achar fotos, vídeos e músicas nossas. A gente está também com a ideia de disponibilizar o novo disco pra download, com previsão de lançamento ainda no próximo mês de dezembro.

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