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O Exército nepalês rejeitou as afirmações dos militares indianos, segundo as quais seus soldados teriam descoberto traços do "Abominável Homem das Neves", ou Yeti, no Himalaia, declarando que se trata, provavelmente, das pegadas de um urso.

Na segunda-feira, o Exército indiano divulgou fotos do que seriam "pegadas do Yeti", provocando risos e ceticismo nas redes sociais.

O porta-voz do Exército nepalês Bigyan Dev Pandey declarou que oficiais foram para o local, mas que, ao chegar, as pegadas haviam desaparecido.

Os moradores da região contaram aos militares que se tratava provavelmente de animais bípedes. De acordo com o porta-voz, pegadas estranhas eram vistas com frequência na área, "e são de ursos selvagens".

Esta hipótese coincide com os comentários de especialistas em fauna selvagem. Segundo eles, os soldados indianos viram pegadas de animais bípedes, as quais tiveram seu tamanho aumentado pelo sol e pelo vento.

O Exército indiano havia anunciado que as pegadas mediam 81 centímetros por 38 e foram descobertas por uma equipe de militares em 9 de abril. O grupo estava perto do acampamento-base de Makalu, uma zona isolada na fronteira entre Nepal e China.

"Pela primeira vez, uma expedição de alta montanha localizou as misteriosas pegadas do mítico animal 'Yeti'", tuitaram as Forças Armadas do gigante do sul da Ásia, publicando três fotos de pegadas na neve.

"O escorregadio Homem das Neves foi sido antes apenas no parque nacional de Makalu-Barun", acrescentou o tuíte indiano, em alusão às célebres pegadas encontradas pelo explorador britânico Eric Shipton, em 1951, no Everest.

Segundo velhas lendas nepalesas e tibetanas, o "Yeti" é uma criatura gigante e feroz que vive nas encostas do Himalaia.

Fotos de "pegadas" do Yeti publicadas pelo exército indiano provocaram nesta terça-feira risadas e ceticismo nas redes sociais.

"Pela primeira vez, uma expedição de alta montanha localizou as misteriosas pegadas da mítica besta 'Yeti'", tuitaram, aparentemente da forma mais séria do mundo, as forças armadas do gigante do sul da Ásia, publicando três fotos de pegadas na neve.

"O esquivo Homem das Neves só havia sido visto antes no parque nacional de Makalu-Barun", afirma o tuíte indiano, em referência às famosas pegadas encontradas pelo explorador britânico Eric Shipton em 1951 em uma geleira do Everest.

Segundo antigas lendas nepalesas e tibetanas, o "Yeti" - o abominável homem das neves - é uma criatura simiesca, gigante e feroz à espreita nos declives do Himalaia.

Sua existência nunca foi provada cientificamente. Segundo pesquisadores, se trataria de um urso pardo do Himalaia.

Em todo caso, o tuíte do exército indiano não convenceu os céticos.

Muitos nas redes sociais pediram ao exército que seja "responsável e prudente", e lembraram que a existência do "Yeti" nunca foi demonstrada.

"Seriamente decepcionado de ver o exército propagar este tipo de mitos como se fossem verdadeiros. Esperava mais de vocês", comentou um usuário do Twitter.

"Parabéns, estamos orgulhosos de vocês. Saúde à expedição do exército indiano de alta montanha", escreveu Tarun Vijay, responsável do Bharatiya Janata Party (BJP, Partido do povo indiano) no poder.

Segundo o exército, as pegadas medem 81 por 38 centímetros e foram descobertas por uma equipe de militares em 9 de abril perto do campo base de Makalu, uma zona isolada na fronteira entre o Nepal e a China.

Pegadas de dinossauros de 170 milhões de anos foram descobertas em uma ilha escocesa, o que permitirá avançar nos estudos sobre a evolução destas criaturas, anunciou nesta terça-feira (3) a Universidade de Edimburgo.

Estas pegadas foram encontradas em rochas na costa nordeste da ilha de Skye, no noroeste da Escócia. A maior delas mede 70 centímetros.

Provém de dois tipos de dinossauros, os saurópodes, que podiam medir até dois metros de altura, e os terópodes, de tamanho parecido, que são primos distantes do Tiranossauro Rex.

"Esta descoberta de importância mundial é uma prova rara da época do Jurássico Médio, da qual foram encontradas poucas zonas de fósseis no mundo", destacou a universidade.

Os pesquisadores registraram cerca de 50 pegadas no local. Graças à análise de seus contornos, da forma e da orientação dos dedos, e da presença de garras puderam determinar quais dinossauros tinham deixado seus rastros.

Os estudos foram realizados em conjunto com a Academia de Ciências chinesa e foram publicados no Scottish Journal of Geology.

Com estas pegadas, os cientistas puderam "demonstrar a presença de saurópodes nesta parte do mundo em um período mais longo do que se conhecia até agora", explicou Paige dePolo, da Escola de Geociência da Universidade de Edimburgo.

Além de abrigar centenas de animais, o Parque Zoológico de São Paulo guarda vestígios de espécies que viveram há 140 milhões de anos. Foi o que mostrou uma pesquisadora, ao identificar pegadas fósseis em 31 lajes de arenito no calçamento do zoológico.

Pietra Mori Micheletti, mestranda em Conservação da Fauna da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), achou vestígios de animais que habitavam o interior paulista no fim do período Jurássico e no início do Cretáceo. Nas lajes, foram identificados icnofósseis - rastros deixados em sedimentos que se transformaram em rocha

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As calçadas do zoológico paulistano foram feitas com lajes extraídas de uma pedreira de Araraquara, local de afloramento do maior deserto de dunas eólicas já existente no mundo. Esse ambiente, o paleodeserto Botucatu, era habitado por grande diversidade faunística, composta por dinossauros carnívoros e herbívoros, mamíferos e invertebrados que deixaram suas marcas preservadas.

A UFSCar defende a criação de um museu a céu aberto para expor as pegadas fósseis aos visitantes do zoo, na região do Ipiranga, zona sul da capital. "Vamos ter placas iguais às que indicam os animais, instaladas próximas de cada pegada, com informações sobre o animal ou organismo que a produziu", sugere Pietra. A proposta ainda depende do aval da Fundação Parque Zoológico de São Paulo.

Segundo ela, como seus pais moram em São Paulo, em bairro perto do zoo, pretende continuar as pesquisas no local. "Há mais fósseis por lá. Havia uma laje com uma pegada importante, possivelmente de um dinossauro, que foi retirada do local em que estava. Sei que está em algum lugar, mas ainda não consegui localizar. Vou continuar procurando."

Entre as pegadas, seis foram deixadas por dinossauros: quatro de celurossauros, carnívoros, e duas de ornitópodes, herbívoros.

Dentre as pegadas produzidas por mamíferos, foi possível identificar uma, por exemplo, de um mamífero de maior porte, o Aracoaraichnium leonardii.

Esse ancestral não aparecia em pesquisas anteriores sobre os fósseis do antigo deserto. Seus rastros foram descritos em trabalho recente, também feito na UFSCar, pelo doutorando Pedro Victor Buck.

Ele descobriu esse mamífero de maior porte em placas resgatadas da pedreira São Bento de Araraquara e das calçadas públicas de São Carlos. A placa que deu base à identificação foi achada ao lado de uma pizzaria. Os vestígios foram comparados com outros em placas de arenito e ficou provado que se tratava de um animal diferente daqueles já descritos.

O rastro - e, por extensão, a espécie ancestral que o produziu - ganhou o nome de Aracoaraichnium leonardii em homenagem à cidade e ao padre italiano Giuseppe Leonardi, pioneiro no estudo das lajes de arenito na região.

"Ainda tem muita coisa nos calçamentos dessas cidades, mas há sempre o risco desse material desaparecer numa reforma ou pelo desgaste natural da placa", explica Marcelo Adorna Fernandes, professor do Departamento de Ecologia e Biologia Evolutiva da UFSCar e orientador dos dois pesquisadores.

A primeira pegada fóssil na região foi descoberta em 1911, em uma calçada de São Carlos, pelo engenheiro Joviano Pacheco. Ele retirou a placa e levou para o Instituto Geológico de São Paulo - o material foi analisado e descrito somente em 1931 pelo paleontólogo alemão Friederich von Huene, especialista em dinossauros.

Visitação

Não é a primeira vez que a história do zoológico se mistura com a exploração científica do passado. Em 2007, foi desenvolvido um guia de campo com ilustrações das pegadas fósseis existentes em algumas calçadas do parque, com enfoque nos dinossauros. Depois disso, nenhum outro trabalho foi feito com os icnofósseis.

Em setembro de 2014, foi inaugurada no zoo a exposição "O Mundo dos Dinossauros", idealizada pela D32 Produções e Eventos, com 20 dinossauros robotizados em tamanho real. "As pegadas fósseis permitem ao visitante outra forma de interagir com o parque, possibilitando reflexões sobre as marcas que o ser humano está deixando para gerações futuras", escreve Pietra, em sua dissertação de mestrado.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um grupo de pesquisadores descobriu 21 tipos de pegadas de dinossauro em rochas de até 140 milhões de anos, situadas na jazida australiana conhecida como "Jurassic Park".

Os paleontologistas da Universidade de Queensland e da Universidade James Cook examinaram milhares de pegadas em uma zona de 25 km da remota região de Waldamany, na Austrália Ocidental.

Steve Salisbury, principal autor de um estudo publicado na Memoir of the Society of Vertebrate Paleontology, explicou nesta segunda-feira (27) que se tratava do conjunto de pegadas mais variado do planeta. "É algo sem precedentes no mundo", disse.

"É muito importante, é a pegada dos dinossauros não aviários na parte ocidental do continente e o único lampejo que temos da fauna de dinossauros australianos durante a primeira metade do Cretáceo inferior", disse. "É um lugar mágico, é o Jurassic Park australiano, é uma paisagem selvagem espetacular".

Os pesquisadores examinaram as pegadas durante mais de 400 horas, entre 2011 e 2016, e identificaram 21 tipos de marcas diferentes procedentes de quatro principais grupos de dinossauros.

"Há cinco tipos de pegadas de dinossauros predadores, ao menos seis tipos de pegadas de saurópodes herbívoros de pescoço longo, quatro tipos de pegadas de ornitópodes herbívoros bípedes e seis tipos de pegadas de dinossauros com carapaça".

Estas pegadas estiveram prestes a ser arrasadas porque a zona foi selecionada em 2008 pelo governo da Austrália Ocidental como lugar de preferência para um gigantesco projeto de tratamento de gás natural.

Preocupados, os guardiões aborígenes do local entraram em contato com os paleontologistas para que estudassem as pegadas que conheciam, aparentemente, há milhares de anos.

"O mundo deveria saber o que estava em jogo", explicou Phillip Roe, um responsável da comunidade aborígene dos Goolarabooloo. As pegadas de dinossauros são mencionadas em um dos "ciclos de cantos" aborígenes da região, por meio dos quais são transmitidas histórias, rituais, códigos e leis de geração em geração.

O lugar havia sido classificado como patrimônio nacional em 2011, após o qual o projeto de tratamento de gás foi abandonado.

Uma equipe de cientistas do Reino Unido anunciou nesta sexta-feira (7) a descoberta de pegadas humanas datadas de mais de 800 mil anos na Inglaterra. São as mais antigas fora da África e os primeiros indícios de vida humana no norte da Europa.

Um grupo formado por pesquisadores do British Museum, do Museu de História Natural e da Universidade de Londres descobriu as impressões de até cinco indivíduos na lama fossilizada de um estuário em Happisburgh, na costa leste do país.

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Para Nick Ashton, cientista do British Museum, as impressões são "uma tangível ligação com os nossos primeiros parentes humanos".

Os cientistas disseram que essas pegadas podem ser do Homo antecessor - hominídeo extinto que surgiu há cerca de 1,2 milhão de anos e perdurou, pelo menos, até cerca de 800 mil anos atrás -, cujos restos fossilizados foram encontrados na Espanha e datam de 800 mil anos atrás.

A descoberta foi publicada na revista científica PLOS ONE. Fonte: Associated Press.

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