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A Petrobras concluiu a perfuração de poço exploratório de Pitu Oeste, na Bacia Potiguar, parte da chamada Margem Equatorial. A companhia comunicou à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) que identificou presença de hidrocarboneto, porém, segundo a companhia, ainda não existe certeza sobre a viabilidade econômica da operação do poço.

Além de dar continuidade à pesquisa exploratória na região, a Petrobras informou que planeja para fevereiro a segunda perfuração na Bacia Potiguar, desta vez no poço Anhangá, a 79 km da costa do Rio Grande do Norte e próximo ao poço Pitu Oeste.

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No ano passado, a Petrobras atingiu a produção total de óleo e gás natural de 2,78 milhões de barris por dia (boed), 3,7% acima da registrada em 2022.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Polícia Civil abriu inquérito para investigar se uma mulher teve o intestino perfurando durante uma lipoaspiração realizada pelo médico Alberto Birman, no Hospital Barra Plástica, na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, no mês passado. O registro foi feito na 16ª DP (Barra da Tijuca), que apura o crime de lesão corporal culposa (sem intenção). Devido à gravidade do estado de saúde de Cássia Correa Avelar, de 59 anos, a paciente foi transferida para o Hospital Naval Marcílio Dias, na zona norte.

Segundo a polícia, já foi feita uma vistoria na clínica onde a lipoaspiração foi realizada, em conjunto com agentes da Vigilância Sanitária. Os profissionais responsáveis pela clínica e o médico Alberto Birman já foram notificados para prestar esclarecimentos.

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A família contou que a lipoaspiração foi feita no dia 15 de março e que a cirurgia durou sete horas. Quando Cássia voltou do centro cirúrgico começou a reclamar de estar sentindo muitas dores abdominais. Ela acabou passando a noite na clínica para ficar em observação, por recomendação de Nicole Birman, filha do cirurgião, que também teria participado do procedimento.

Em depoimento no inquérito, João Marcelo, marido de Cássia, informou que no hospital da Barra não foi feito nenhum exame mais complexo porque a unidade não dispunha de equipamentos para ultrassonografia ou tomografia. Segundo ele, como a mulher não melhorava, ele começou a cobrar da equipe médica uma ação mais contundente.

No dia 17, dois dias depois do procedimento, ela foi transferida para o Marcílio Dias, onde uma tomografia teria constatado a perfuração intestinal. Ainda de acordo com o marido, Cássia contraiu uma infecção, o que acabou agravando seu quadro. Por nota, a unidade de saúde da Marinha informou no início da noite desta sexta, 14, que o estado da paciente é estável.

O Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj) informou, por meio de nota, que "o profissional não tem Registro de Qualificação de Especialidade (RQE) inscrito no conselho em nenhuma especialidade". No Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) tampouco há registro de especialidade. Segundo o site da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, ele também não está cadastrado como membro. Sua filha, Nicole Birman, aparece como "aspirante em treinamento a membro".

Qualificação

O advogado do médico, Lymark Kamaroff, disse ao jornal O Dia que o cirurgião é altamente qualificado e experiente, tendo realizado inúmeras cirurgias plásticas bem sucedidas ao longo da carreira. Ainda segundo as explicações do advogado ao jornal carioca, "não há nexo de causalidade" entre a intercorrência sofrida pela paciente e a atuação do hospital.

Por fim, Kamaroff afirmou que intercorrências cirúrgicas podem acontecer e que, por isso, todos os pacientes assinam um termo de consentimento, diante da possibilidade de algum evento adverso ocorrer.

O Estadão tentou contatar o advogado, mas não obteve retorno até a publicação deste texto.

Um áudio compartilhado nas redes sociais denuncia que uma paciente, de 46 anos, foi vítima de negligência médica na unidade Ilha do Leite da Hapvida Recife. Ela morreu neste mês com o intestino perfurado, 15 dias após passar por cirurgia na unidade. A Hapvida lamentou o caso. 

A paciente identificada apenas como Débora deixou o marido Roberto e dois filhos, uma menina de seis anos e um menino de 14. "Foi um choque geral [...] a negligência continuada que foi feita na Hapvida Recife foi muito danosa para a nossa família", relata Marluce Oliveira, cunhada da vítima. 

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No dia 2 de setembro, Débora passou por uma cirurgia de histerectomia parcial para retirada de miomas no útero, que lhe causavam sangramento intenso. No dia seguinte, ela apresentou um quadro diverso e informou que não estava bem. Mesmo assim, recebeu alta da cirurgiã. "[...] muitas dores, não estava conseguindo se alimentar e vomitando. Não havia feito cocô, nem conseguido andar", teria relatado à médica.  

Três dias depois, ela foi socorrida com muitas dores e ainda sem conseguir se alimentar. "Tudo que botava na boca, vomitava. O detalhe é que o vômito era podre, com cheiro de podre", descreveu a cunhada. Essa foi a primeira das seis vezes que foi socorrida para a urgência. A recomendação dos médicos era que ela tomasse remédios para enjoo e para dor, sem prescrever nenhum exame. 

Com mesmo quadro de dores fortes e mal-estar, a paciente voltou a ser socorrida no dia 15. Dessa vez, o marido exigiu que fosse realizado um exame de imagem. Débora passou por uma tomografia computadorizada e identificou um pedaço de gaze dentro da mulher. 

"O resultado dessa tomografia deu que ela esqueceu uma compressa de gaze dentro dela, medindo 7 por 4,5 cm, e a pessoa que fez o laudo deixou bem em destaque para que fosse tomado logo uma providência", afirmou Marluce. 

Uma nova cirurgia foi marcada para o dia seguinte e, dessa vez, o marido reivindicou que uma sobrinha da esposa, que é médica no IMIP, acompanhasse o procedimento. Ele teria sido informado que a presença da sobrinha seria respeitada, pois se tratava de um direito da família. Contudo, a nova cirurgia foi realizada sem que o direito fosse atendido. "Quando ela chegou lá, já estavam limpando e fechando. Não esperaram por ela para fazer a cirurgia", disse a cunhada. 

Débora morreu na madrugada do dia 17 e a necropsia teria constatado que seu intestino foi perfurado no hospital. A família acusa a Hapvida Recife de negligência continuada e pede que a cirurgiã responsável seja removida do quadro de atendimento. 

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Em nota, a Hapvida disse que o caso comoveu a todos que fazem parte da empresa e se solidarizou com os amigos e familiares da paciente. A companhia não citou o afastamento da cirurgiã e informou que vai apurar os fatos. 

Confira o comunicado na íntegra: 

A perda de uma vida sempre traz uma enorme comoção para a família e em todos que fazem parte do dia a dia da empresa. Lamentamos profundamente, e nos solidarizamos com familiares e amigos, pelo acontecido, no último dia 18 de setembro. Por isso mesmo, a companhia antecipa que vai apurar, com todo empenho, o relato dos familiares e está totalmente à disposição da família para prestar todo o apoio necessário”. 

O relatório final de um estudo conduzido pela Universidade Politécnica da Catalunha, divulgado nessa segunda-feira (4) pelo Ministério Público Federal (MPF), associa uma perfuração em um ponto crítico da barragem da Mina Córrego do Feijão à tragédia ocorrida em 25 de janeiro de 2019 na cidade de Brumadinho, em Minas Gerais. O procedimento, que estava sendo realizado no momento da ruptura, é considerado o potencial gatilho da liquefação, processo em que os sedimentos sólidos passam a se comportar como fluídos e sobrecarregam a estrutura.

Com sede em Barcelona, na Espanha, a Universidade Politécnica da Catalunha realizou um trabalho de modelagem e simulação por computador para identificar as causas do rompimento da barragem, que deixou 270 mortos e provocou degradação ambiental em diversos municípios mineiros. A instituição foi escolhida pelo MPF com base em sua expertise, e o estudo foi custeado pela Vale, conforme ficou estabelecido em um acordo firmado com a mineradora.

“Sob condições de tensão e hidráulicas semelhantes às do fundo do furo B1-SM-13 durante a perfuração, as análises numéricas mostram que, usando o modelo constitutivo e os parâmetros adotados para os rejeitos, pode ocorrer a liquefação local devido à sobrepressão de água e sua propagação pela barragem”, diz o relatório.

De acordo com o estudo, o perfil do solo no local da perfuração era especialmente desfavorável. Os modelos que sugerem o procedimento como responsável por desencadear o rompimento mostraram-se consistentes com as imagens captadas no momento da tragédia. "O mecanismo de colapso obtido mostra uma ruptura dentro da barragem começando na crista e se estendendo até um local logo acima do dique de partida."

Investigações sobre a tragédia foram feitas em diversas frentes. Comissões parlamentares de inquérito (CPIs) foram abertas no Senado, na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. A Polícia Civil também realizou um inquérito que serviu de base para a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), aceita pela Justiça em fevereiro de 2020. Por meio dela, 16 pessoas tornaram-se rés – 11 funcionários da Vale e cinco da Tüv Süd, empresa alemã que assinou a declaração de estabilidade da barragem.

Em todas as frentes de investigação, reconheceu-se que o rompimento ocorreu após um processo de liquefação. No entanto, como este é um fenômeno que pode ter múltiplas origens, diversas hipóteses foram levantadas, desde fortes chuvas até abalos sísmicos artificiais provocados por detonações na mina. O estudo da universidade catalã buscou compreender melhor o que de fato aconteceu.

A investigação foi conduzida pelo Centro Internacional de Métodos Numéricos em Engenharia da instituição espanhola e resultou em uma análise de mais de 500 páginas. “É incontroverso que o rompimento da Barragem I envolveu o fenômeno do fluxo por liquefação. A liquefação é um processo associado ao aumento da poropressão, pelo qual a resistência ao cisalhamento é reduzida à medida que a tensão efetiva no solo se aproxima de zero. Apenas materiais contráteis estão sujeitos à liquefação. A liquefação está intrinsecamente relacionada ao comportamento frágil não drenado do solo”, diz o relatório.

Para viabilizar um modelo computacional verossímil, foi feita uma campanha de coleta de amostras dos rejeitos que foram examinados para que se compreendessem suas características geotécnicas. "Eram fofos, contráteis, saturados e mal drenados e, portanto, altamente suscetíveis à liquefação”. Procurada pela Agência Brasil, a Tüv Süd informou que não fará comentários sobre o relatório neste momento.

Já a Vale destacou que o estudo da instituição catalã reforça o entendimento de que não houve nenhum indicativo prévio à ruptura da estrutura.

"[O estudo] também atesta que teria havido uma conjugação particularmente desfavorável de circunstâncias no momento e no local em que se fazia a perfuração do 13º poço vertical por uma empresa especializada, operação essa que se destinava à instalação de equipamentos mais sofisticados para leitura do nível de água no interior da barragem e à coleta de amostras, sendo que, sem essa perfuração, a barragem, nas condições específicas em que se encontrava (inclusive paralisada há mais de dois anos), segundo as simulações matemáticas realizadas para um período de 100 anos, permaneceria estável", afirmou a mineradora.

As conclusões da Universidade Politécnica da Catalunha coincidem com constatações do laudo de engenharia assinado por peritos da Polícia Federal (PF). Produzido no âmbito do inquérito que investiga a tragédia, o documento está sob sigilo. Algumas informações, no entanto, foram divulgadas em fevereiro deste ano em entrevista coletiva. Os peritos testaram seis hipóteses como gatilho de liquefação e também concluíram que a perfuração desencadeou a ruptura abrupta.

As investigações conduzidas pela PF ainda estão em andamento. Em setembro de 2019, anunciou-se o desmembramento dos trabalhos, e 13 pessoas foram indiciadas por falsidade ideológica e uso de documentos falsos. Para a PF, houve fraude na emissão de relatórios técnicos, incluindo a declaração de estabilidade da barragem, que desconsiderou os parâmetros de engenharia.

A apuração de crimes ambientais e contra a vida teve sequência. A identificação do gatilho da liquefação era considerada fundamental para que houvesse uma definição sobre a possibilidade de haver indiciamentos por homicídio. Procurada pela Agência Brasil, a Polícia Federal informou que o inquérito ainda está sob sigilo. "Deve ser concluído em breve, pois, para tanto, depende da conclusão de diligências pendentes", acrescenta.

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Deformações internas

O relatório analisou várias outras hipóteses para o gatilho da liquefação. Uma delas era defendida por auditores externos contratados pela Vale. Um painel de especialistas internacionais da área de geotecnia foi organizado pela mineradora. Em dezembro de 2019, foi apresentado um relatório no qual se conclui que um fenômeno conhecido como creep contribuiu para a liquefação. Trata-se do acúmulo de pequenas deformações internas. Em combinação com chuvas fortes no fim de 2018, esse processo teria levado ao rompimento da barragem.

No entanto, as simulações descartaram tal possibilidade. "A magnitude dos efeitos da taxa de deformação medidos nos rejeitos foi sempre pequena e não indicou um papel relevante do processo de creep no rompimento", diz o estudo.

De acordo com os pesquisadores, as precipitações também não se mostraram capazes de abalar a estabilidade. Conforme as análises, foi necessário algum fator, ou evento adicional, para que a barragem se rompesse. Além da perfuração que ocorria no dia da tragédia, não foi identificado nenhum outro potencial gatilho de liquefação. "Em particular, os cálculos realizados incorporando apenas os efeitos de aumento da precipitação e do creep, isoladamente ou em combinação, não resultaram em um rompimento geral da barragem.”

Segundo o estudo, registros sismográficos sugerem que uma liquefação contida pode ter ocorrido em junho de 2018, sete meses antes da tragédia. Na época, houve um incidente considerado grave durante procedimento em que a Vale buscava drenar água do lençol freático. "Foram causados vazamentos visíveis de lama em vários pontos da barragem, que foram rapidamente contidos. O incidente provocou um aumento local e temporário nas pressões piezométricas da água e algum abatimento na barragem", diz o relatório.

Processo criminal

Os 16 reús respondem por homicídio doloso e diferentes crimes ambientais. Mesmo sem elucidar qual foi o gatilho da liquefação, o MPMG os denunciou por considerar que já existia farto material probatório capaz de identificar responsabilidades e omissões por parte da Vale e da Tüv Süd.

Investigando em parceria com a Polícia Civil, os promotores que assumiram o caso concluíram que as duas empresas tinham conhecimento da situação crítica da barragem, mas não compartilharam as informações com o poder público e com a sociedade e assumiram os riscos. No fim do mês passado, foi finalmente aberto prazo para que os réus apresentem suas defesas. Como a denúncia é extensa, a juíza Renata Nascimento Borges deu a eles 90 dias.

Ao concluir o inquérito, a Polícia Federal pode indiciar outras pessoas. Mas, para que estas também passem à condição de rés, precisariam ser alvo de denúncias do MPMG ou do MPF aceitas judicialmente. No último caso, poderia ser criado um conflito de competência com julgamentos paralelos na Justiça estadual e Justiça federal.

Dois anos e oito meses após a tragédia, ainda não foram encontrados os restos mortais de nove vítimas. Neste sábado (2), os bombeiros localizaram um corpo, mas ainda serão feitas análises para confirmar se pertence a alguma das vítimas. As buscas continuam. No mês passado, foi encontrado o corpo de Juliana Creizimar de Resende Silva, que tinha 33 anos quando perdeu a vida. O reconhecimento se deu pela arcada dentária.

Laudo apresentado nesta sexta-feira, 26, pela Polícia Federal aponta que o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, no dia 25 de janeiro de 2019, ocorreu por perfuração feita a partir da parte superior até a base da represa, onde os rejeitos ficam armazenados. A operação foi iniciada cinco dias antes da tragédia e estava em andamento na data da ruptura.

A perfuração estava sendo feita para diagnóstico das condições dos rejeitos depositados na estrutura e posterior instalação de equipamentos para medir a pressão interna da barragem.

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O laudo refuta as argumentações da Vale de que uma combinação de deformação da barragem, provocada pelo seu próprio peso, e fortes chuvas teriam contribuído para o colapso. O documento mostrou, em relação às chuvas, que em 2019 o regime pluviométrico foi inferior a anos anteriores.

A perfuração, juntamente com o baixo nível do fator de segurança da estrutura, conforme já ficou comprovado nas investigações, levaram à ruptura por liquefação, que é o aumento do volume de água nos rejeitos sólidos, pressionando a barragem e levando à sua ruptura.

Conforme o perito da Polícia Federal, Leonardo Mesquita, a liquefação ocorreu quando a perfuração atingiu, a 68 metros de profundidade, uma camada da estrutura com maior volume de rejeitos finos, que reúnem mais chances de entrarem em liquefação. "A perfuração estava ocorrendo no ponto mais crítico da barragem", disse o perito. Um fluido usado para lubrificar a ponta da perfuratriz aumentou a pressão nesse ponto mais frágil da represa.

Antes de iniciar a perfuração que acabou provocando a liquefação, a Vale contratou empresa terceirizada, cujo nome não foi revelado pela PF, para fazer uma etapa inicial desse processo de análise dos rejeitos. A PF informou, porém, que os dados dessa primeira etapa, que durou de outubro a dezembro de 2018, não foram processados pela Vale, que mesmo assim passou à segunda etapa no processo em janeiro.

"Houve um atropelo", concluiu o delegado responsável pelas investigações, Luiz Augusto Pessoa Nogueira. "A Vale deveria ter verificado primeiro o que foi diagnosticado pela empresa contratada".

O laudo divulgado hoje é o mais importante para a possível responsabilização criminal de funcionários e diretores da Vale pelo colapso da estrutura. O rompimento da barragem matou 272 pessoas. Onze permanecem desaparecidas. O delegado responsável pelas investigações, no entanto, afirma que o inquérito segue e que ainda não há definição sobre possíveis indiciamentos. "Não descarto nenhum tipo de hipótese", declarou.

Outras hipóteses levantadas desde o rompimento da barragem foram descartadas pela PF, além da apresentada pela Vale. Entre as quais detonações em mina próxima à represa que poderia ter afetado a estrutura física da barragem.

A reportagem perguntou à Vale o motivo pelo qual a mineradora não processou as informações da empresa contratada para estudo sobre os rejeitos da barragem antes de iniciar a perfuração que acabou ajudando no gatilho da liquefação. Obteve a seguinte resposta, em nota. "A Vale informa que tomou conhecimento nesta sexta-feira, 26, da expedição do laudo da perícia técnica da Polícia Federal sobre as possíveis causas do rompimento da Barragem I, da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG). A empresa avaliará o inteiro teor do laudo e oportunamente se manifestará nos autos por intermédio de seu advogado David Rechulski."

O colégio particular Triângulo, do Distrito Federal, foi condenado em segunda instância a indenizar um aluno que perdeu a visão após ter o olho perfurado por uma lapiseira durante a aula. A decisão é do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT). O órgão julgou que a instituição de ensino foi omissa nos cuidados ao aluno e fixou indenização por danos morais, estéticos e materiais à vítima.

Conforme consta no processo, o estudante teria se envolvido em uma discussão com outras duas alunas durante uma aula de filosofia, em maio de 2015. Na ocasião, uma das colegas de classe teria arremessado a lapiseira que perfurou o olho esquerdo do jovem. A vítima também afirmou que a professora que ministrava a aula no momento do acidente teria o acusado de fingir sobre a dor.

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Apesar do incidente, o adolescente só recebeu o primeiro atendimento médico no dia seguinte. Após uma semana, os familiares do jovem procuraram um novo hospital, onde a perfuração do olho esquerdo foi constatada. A vítima chegou a ser submetida a cirurgias no olho, mas acabou perdendo a visão.

De acordo com a decisão do desembargador do processo, Getulio Vargas de Moraes Oliveira, o colégio não teria socorrido o aluno em tempo hábil. "Assim, verifica-se do contexto probatório que a instituição de ensino não prestou a adequada assistência ao autor após o incidente, sobretudo no que tange aos primeiros socorros, sendo omissa, portanto, quanto ao dever de cuidado e manutenção da segurança do aluno, a fim de, ao menos, minorar o resultado danoso", afirma o magistrado.

"Diante dos elementos de prova colhidos, entendo que a situação do aluno, a um primeiro momento, foi tratada com certo descaso pelos agentes da escola, pois, a despeito de saberem que a injúria física sofrida", complementa o Oliveira em outro trecho do documento.

Conforme a decisão do relator do caso, mantida pela 7º Turma Cível do TJDFT, o colégio e a seguradora Metropolitan Life Seguros e Previdência Privada foram condenados a pagar à família da vítima R$ 637,12 por danos materiais, R$ 15 mil por danos estéticos e R$ 20 mil por danos morais.

COM A PALAVRA, O COLÉGIO TRIÂNGULO

Procurada pela reportagem para comentar a decisão judicial, a diretora pedagógica do Colégio Triângulo, Raquel Cardoso, enviou uma nota de esclarecimento sobre o caso: "Informamos que ficamos surpresos com a notícia de nossa condenação. O aluno em questão recebeu todos os cuidados possíveis, consideradas as peculiares circunstâncias do caso. O acidente se deu em decorrência de caso fortuito e imprevisível praticado por uma colega de sala, quando inadvertidamente arremessou uma lapiseira contra ele. Já a perda parcial da visão foi decorrente do agravamento da lesão em face da falta de cuidados médicos por parte da família, pois a partir do momento em que o aluno apresentou queixas em relação à visão, lhe foram disponibilizados tratamento médico e todos os cuidados possíveis e esperados para o caso, inclusive pelo acionamento do seguro pessoal que a escola contrata para cada aluno sob sua responsabilidade", justifica a representante da escola.

COM A PALAVRA, A SEGURADORA METLIFE

"A MetLife lamenta o ocorrido com o aluno após o incidente em uma sala de aula no Distrito Federal e informa que está acompanhando o caso com total atenção, já foi notificada acerca da decisão judicial, e está avaliando o seu teor com seus advogados para verificar as medidas a serem adotadas. Importante destacar que a MetLife é a seguradora contratada pelo Colégio para garantir o seguro de acidentes pessoais dos alunos. Neste caso, é responsável pelo pagamento de indenização em caso de invalidez permanente do aluno, observado o capital segurado e as condições da apólice contratada, que não inclui responsabilidade civil."

Seis ativistas do Greenpeace que protestam contra a exploração de petróleo no Alasca subiram e ocuparam uma plataforma de perfuração que estava sendo transportada pelo oceano Pacífico até Seattle, onde ela seria preparada para atuar em concessões da empresa Shell em águas do Alasca.

A plataforma, cuja dona é a empresa Polar Pioneer, estava a cerca de 1.200 a nordeste do Havaí quando ativistas, usando botes infláveis, conseguiram subir a bordo do equipamento, disse o porta-voz do grupo conservacionista, Travis Nichols.

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Segundo Nichols, o grupo quer estender um banner em protesto contra a exploração de petróleo no oceano Antártico. No entanto, eles não têm planos de interferir com a navegação da plataforma.

A porta-voz da Shell USA, Kelly Op De Weegh, disse por email que os manifestantes invadiram ilegalmente o navio, colocando em perigo suas vidas e da tripulação do navio.

"Nós respeitamos suas opiniões e damos valor ao diálogo", disse Kelly. "Nós não iremos, entretanto, aceitar táticas ilegais usadas pelo Greenpeace. Nem iremos permitir que elas nos distraiam das preparações para executar um projeto de exploração seguro e responsável.

A última vez que a Shell perfurou o oceano Ártico foi em 2012. Na ocasião, um de seus navios perfuradores encalhou perto da Ilha Kodiak, em 2012. A empresa responsável pelo barco, a Noble Drilling, foi processada por violar regras ambientais e de segurança, e recentemente concordou em pagar US$ 12,2 milhões.

Ambientalistas dizem que o ecossistema do Ártico é muito frágil para arriscar um vazamento, e que uma limpeza seria dificultada ou mesmo impossibilitada por causa do clima e do gelo. A infraestrutura necessária para uma operação desse tipo, que envolve bases da guarda-costeira, portos de águas profundas, aeroportos e outros recursos, também não está presente na região.

"Se existe um lugar pior para procurar por petróleo, eu não sei qual é", disse Niel Lawrence, diretor da Natural Resources Defense Council para o Alasca. "Não há nenhuma prova comprovada de se limpar um vazamento na região." Fonte: Associated Press.

O Vietnã protestou contra a decisão chinesa de iniciar a perfuração em busca por petróleo em águas do sudeste asiático e exigiu que Pequim se retire da área. Regiões do Mar do Sul da China também são contestadas por Filipinas, Brunei, Malásia e Taiwan.

O envio do primeiro equipamento da China para perfuração em águas profundas foi a última de uma série de ações provocativas para afirmar a soberania no Mar do Sul da China.

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Os EUA também compartilham de preocupações na região, que é potencialmente rica em óleo e gás. Na semana passada, o presidente Barack Obama assinou um pacto de defesa com as Filipinas para garantir o apoio aos aliados na região.

A Administração de Segurança Marítima da China publicou um aviso na internet de que a sonda CNOOC 981 irá perfurar no Mar do Sul da China de 4 de maio a 15 de agosto, em uma área próxima às ilhas Paracel, que são controladas pela China mas contestadas pelo Vietnã. O comunicado diz que navios estão proibidos de entrarem em um raio de 4,8 quilômetros da região.

O Ministério de Relações Exteriores do Vietnã disse que a sonda está na zona econômica exclusiva do Vietnã e na plataforma continental, como definido pela Convenção de 1982 da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o Direito do Mar. "Todas as atividades estrangeiras no mar do Vietnã, sem a permissão do Vietnã, são ilegais e inválidas", disse o ministério, em comunicado.

A petroleira estatal vietnamita, PetroVietnam, demandou que a China National

Offshore Oil Corporation "pare imediatamente todas as atividades ilegais e retire a sonda das águas vietnamitas". Fonte: Associated Press.

A Gerdau e o Grupo Açotubo se uniram para desenvolver novos produtos para atender as demandas do segmento de óleo e gás. Segundo nota divulgada pela siderúrgica gaúcha, as barras redondas laminadas e forjadas nas ligas SAE 4130 e SAE 8630 foram criadas especialmente para a produção de equipamentos que bombeiam o petróleo do poço, localizado no fundo do mar, para as plataformas.

A Gerdau informou ainda que os produtos são fabricados com aço de alta resistência para suportar a exposição a condições severas, de forma a atender as exigências da indústria offshore.

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A Petrobras concluiu a perfuração e o teste de formação do quarto poço exploratório da área de Iara, no bloco BM-S-11, no pré-sal da Bacia de Santos. Segundo a estatal, os resultados obtidos com o poço 3-RJS-706 (3-BRSA-1132-RJS) reforçaram o potencial de óleo recuperável de Iara e comprovaram a descoberta de petróleo de boa qualidade (28º API), conforme divulgado em 5 de março.

"Os reservatórios carbonáticos, que ocorrem a partir de 5.260 metros de profundidade, apresentaram ótimas condições de porosidade e de permeabilidade, com características superiores às encontradas no poço descobridor (1-RJS-656, Iara). Os resultados do teste de formação confirmaram a excelente produtividade dos reservatórios", informou a empresa em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta quarta-feira, 24.

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O poço está localizado a 226 km da costa do Rio de Janeiro, a cerca de 6 km a oeste do poço descobridor, em profundidade de água de 2.197 metros.

De acordo com a estatal, o consórcio dará continuidade às atividades previstas no Plano de Avaliação da Descoberta (PAD) aprovado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). No momento, está sendo perfurado o poço 3-RJS-715D (3-BRSA-1181D-RJS) na área central do PAD de Iara. A Petrobras é a operadora do consórcio (65%) em parceria com a BG E&P Brasil (25%) e Petrogal Brasil (10%).

A QGEP Participações reiniciou no último sábado, 06, a perfuração do poço 1-QG-5-BAS, localizado no Bloco BM-J-2, na Bacia de Jequitinhonha, onde detém 100% da participação.

De acordo com um comunicado da companhia, enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta segunda-feira, 08, "a perfuração visa testar o prospecto Alto de Canavieiras (JEQ#1), que tem como objetivo os reservatórios da seção pré-sal".

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No final de setembro de 2011, a perfuração do prospecto JEQ#1 foi temporariamente suspensa a uma profundidade de 2.540 metros, em razão de condições do Ibama, que preveem uma restrição das atividades na área por um período definido.

Segundo a operadora, a perfuração foi retomada com a sonda P-VI, da Petrobras, e deverá atingir uma profundidade final de 4.700 metros até o fim deste terceiro trimestre.

A Petrobras informou nesta quarta-feira que os resultados preliminares da perfuração do poço 3-BRSA-967A-RJS (3-RJS-683A), conhecido como Júpiter Nordeste, confirmam a presença de gás natural e condensado e a existência de um reservatório contínuo entre os dois poços. O Júpiter Nordeste está localizado a 7,5 km do poço descobridor da área de Júpiter, na Bacia de Santos. A Petrobras é operadora do consórcio (80%) em parceria com a Petrogal Brasil (20%).

O novo poço, cuja perfuração, ainda em andamento, chega a 5.438 metros, está situado no bloco BM-S-24, em uma profundidade de água de 2.161 metros, e distante 275 km do litoral do Rio de Janeiro.

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Até o momento o poço Jupiter Nordeste identificou uma coluna de 176 metros de petróleo em rochas com excelentes características de permeabilidade e porosidade. O consórcio que detém a concessão do bloco BM-S-24 dará continuidade às atividades e investimentos necessários para a avaliação da área, conforme o Plano de Avaliação aprovado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A perfuração do poço continuará em busca de objetivos mais profundos.

A OGX Petróleo e Gás Participações informou nesta sexta-feira ter conseguido autorização ambiental do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para início de perfuração nos blocos BM-C-37 e BM-C-38, na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro.

"A autorização ambiental para perfuração nesses blocos nos possibilitará avançar com a campanha exploratória em uma região que hoje consideramos bastante promissora, com vários prospectos já identificados", comentou o Diretor Presidente da OGX, Luiz Carneiro, em fato relevante.

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A OGX adquiriu 20% de participação adicional de sua parceira Maersk Oil nos blocos BM-C-37 e BM-C-38 em março de 2012, em águas rasas da Bacia de Campos, e se tornou operadora desses blocos. Com essa transação, a OGX passou a deter 70% de participação nesses blocos enquanto a Maersk Oil manteve os 30% restantes.

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