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Chamado de “segundo cérebro”, o intestino produz neurotransmissores diferentes que são associados ao cérebro, isso faz com que a função do sistema digestivo vá além de processar a comida que é ingerida. Ele é responsável pela aprendizagem, memória, humor, influencia no emagrecimento, na habilidade física e tem recuperação na prática de exercícios físicos e, segundo a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP), cerca de cinco milhões de pessoas vivem com doenças inflamatórias intestinais. 

As doenças inflamatórias intestinais não têm cura, mas o diagnóstico precoce pode melhorar a qualidade de vida. De acordo com a SBCP, uma dieta balanceada e prática de exercícios podem ser um caminho na busca por um bom resultado. A nutricionista da Vitafor Taciane Oliveira, detalha que o “segundo cérebro” tem uma influência grande no corpo humano que pode ser aliado ao emagrecimento saudável. “O nosso peso corporal está intimamente ligado ao nosso intestino, pois a microbiota intestinal é composta por bactérias boas e ruins, que precisam estar em equilíbrio. Uma microbiota equilibrada é capaz de desempenhar funções fisiológicas normais e garantir uma melhor qualidade de vida, quando ela está em harmonia, nos protege, ajuda na absorção de nutrientes e facilita a digestão. Tudo contribui para que a saúde intestinal seja essencial para o emagrecimento”. 

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A microbiota intestinal tem um grande peso na função cerebral, quando ela está desequilibrada o intestino pode ficar desregulado, o que pode desencadear doenças como prisão de ventre ou diarreia, que são sinais vermelhos. Segundo Taciane, a microbiota intestinal desempenha um papel significativo na absorção de nutrientes, contribuindo coletivamente para a saúde humana. “O intestino é a porta de entrada, se ele não estiver funcionando adequadamente não haverá absorção correta e consequentemente não tem produção de energia, disposição e recuperação muscular adequada, o que pode afetar os resultados do atleta”. 

A saúde intestinal exige ainda mais atenção do atleta pois em alguns casos a demasia de exercício pode ser prejudicial, conforme afirma a especialista da Vitafor. “Quando um atleta expõe repetidamente seu corpo a circunstâncias fisiológicas drásticas, pode interromper a homeostase do corpo, sobrecarregar os órgãos e afetar o funcionamento normal. Isso significa que o excesso de exercícios pode causar mais danos do que benefícios ao desempenho físico”, pontua a especialista, reforçando a importância de acompanhamento e orientação profissional, para evitar danos à saúde e otimizar a performance esportiva. 

Tema abordado no Congresso 

Os assuntos mencionados pela nutricionista estão entre os temas que serão abordados por 17 profissionais no 9º Congresso Vitafor Science, em Fortaleza, nos dias 10 e 11 de novembro, das 8h às 19h, no Hotel Praia Centro. O ingresso é válido para os dois dias de congresso e pode ser adquirido pelo link a seguir: www.vitaforscience.com.br/eventos

 

Na semana em que se comemora o Dia Mundial da Saúde Digestiva, um alerta. Nem todo mundo sabe, mas ter “um intestino mais sensível" pode ser sinal de contaminação pela bactéria H. Pylori. Ela é uma bactéria do sistema gastrointestinal (órgãos como o estômago e o intestino) que é adquirida pelo contato direto com a saliva de pessoas que já tenham a bactéria ou por meio da qualidade da alimentação (alimentos mal lavados).  

Segundo os especialistas, cerca de 60% da população mundial está acometida por essa bactéria, tantas vezes silenciosa, isso porque nem sempre a infecção causa sintomas nos pacientes acometidos. Ela pode ser assintomática por anos, mas se tornar sintomática com o passar do tempo, pode causar uma degradação das mucosas intestinais e estomacais.

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Quando isso ocorre, os sintomas são: dor estomacal ou intestinal, sensação de queimação na barriga, diminuição do apetite, emagrecimento progressivo, enjoo e vômito, sensação de estufamento, presença de arrotos frequentes e fezes com a presença de sangue.

O diagnóstico pode ser feito de diferentes maneiras, mesclando técnicas não invasivas e algumas mais complexas. Exames de sangue, testes respiratórios com ureia marcada, exame de fezes, endoscopia e biópsia são alguns que podem ser feitos para o diagnóstico.  

O tratamento da H. Pylori envolve uma série de estratégias que, juntas, trazem sucesso. É preciso que todas as recomendações do médico sejam seguidas à risca, incluindo o tempo de medicação prescrito. De modo geral, o tratamento inclui o uso de protetores gástricos e a prescrição de antibióticos, para matar a bactéria. É importante que eles sejam usados pelo tempo exato pedido pelo médico, para evitar a resistência dos micro-organismos. O tratamento não é indicado para todas as pessoas, sendo direcionado e normalmente orientado apenas aos que têm maiores chances de desenvolver complicações ou para os que estão vivenciando alguma consequência. Normalmente, os sintomas são controlados com uma boa alimentação e algumas medicações de suporte.

Risco e prevenção 

Um dos riscos comuns é o de desenvolver anemia. Por conta da destruição das paredes estomacais e intestinais, os pacientes têm sangramentos que levam à diminuição do estoque de ferro no organismo ou até mesmo dificuldade de absorver nutrientes, como os essenciais para o metabolismo do ferro no organismo.

Outras consequências são: a ocorrência de úlceras, o desenvolvimento de gastrite, inflamações variadas e câncer de estômago. Ou seja, é importante fazer um acompanhamento médico para combater esse problema. Para isso, algumas dicas para evitar esse problema são: lavar as mãos antes de se alimentar, lavar as mãos após usar o banheiro, evitar contato direto com talheres e produtos utilizados por outras pessoas e lavar bem os alimentos antes do consumo.

Além disso, por mais que não seja um meio de prevenção, investir em consultas frequentes com uma equipe médica e estar atento aos sinais do corpo são formas de obter um diagnóstico de forma rápida. 

 

 

 

Hoje (16) é comemorado o Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença Celíaca. É uma condição autoimune crônica que causa intolerância ao glúten (presente em pães) e que impacta o intestino. A medicina ainda não sabe exatamente o que causa a doença, alguns especialistas afirmam que a origem pode ser relação genética ou estresse e ansiedade. Em pessoas celíacas, quando o glúten chega no intestino, o sistema imunológico encara o nutriente como algo a ser combatido.

Essa reação do organismo inflama as pequenas dobras na superfície interna do órgão responsável pela absorção dos nutrientes. A inflamação prejudica diversas funções do órgão. Presente na alimentação, o glúten vem sendo questionado cientificamente sobre seu impacto na manutenção de um estilo de vida saudável. Confira a seguir, como o organismo das pessoas com esta condição reage ao glúten, segundo especialistas: 

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O glúten prejudica a digestão: De acordo com nutricionistas, um dos primeiros impactos do glúten nestas pessoas é na função principal do intestino – a digestão. Por conta da inflamação do órgão, a pessoa pode experienciar diarreia ou constipação, que também pode ser acompanhada de sintomas como empachamento gástrico (sensação de inchaço), cólica intestinal e desconforto abdominal. 

Pode impactar o sistema imunológico: Outra consequência da ingestão de glúten por celíacos é um sistema imunológico deficiente. A intolerância ao glúten interfere na microbiota intestinal (bactérias benéficas que vivem no órgão que, dentre outras funções, ajudam o sistema imune a identificar microrganismos invasores), o que causa uma piora na resposta imunológica da pessoa. 

Diminui a capacidade de absorção de nutrientes: A doença também pode desencadear outras condições de saúde, principalmente as ligadas a alguma deficiência nutricional, como anemia (por falta de ferro), ou perda de peso sem motivo aparente. Isso porque, segundo nutricionistas, a inflamação na parede intestinal impede com que o corpo absorva os nutrientes durante o processo de digestão. Por causa disso, algumas pessoas também podem desenvolver sintomas de intolerância à lactose, não por realmente serem, mas por não conseguirem absorver os nutrientes do leite. 

A doença celíaca afeta o sistema nervoso central: A doença também pode afetar o sistema nervoso. O intestino, apesar de estar longe do cérebro, também possui neurônios o suficiente para formar um sistema nervoso próprio, responsável por coordenar tarefas como a liberação de substâncias digestivas e os movimentos que o alimento faz até sair do corpo como bolo fecal. Além disso, o intestino é considerado o responsável pela produção de mais de 90% da serotonina do corpo.  

 

A Polícia Civil abriu inquérito para investigar se uma mulher teve o intestino perfurando durante uma lipoaspiração realizada pelo médico Alberto Birman, no Hospital Barra Plástica, na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, no mês passado. O registro foi feito na 16ª DP (Barra da Tijuca), que apura o crime de lesão corporal culposa (sem intenção). Devido à gravidade do estado de saúde de Cássia Correa Avelar, de 59 anos, a paciente foi transferida para o Hospital Naval Marcílio Dias, na zona norte.

Segundo a polícia, já foi feita uma vistoria na clínica onde a lipoaspiração foi realizada, em conjunto com agentes da Vigilância Sanitária. Os profissionais responsáveis pela clínica e o médico Alberto Birman já foram notificados para prestar esclarecimentos.

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A família contou que a lipoaspiração foi feita no dia 15 de março e que a cirurgia durou sete horas. Quando Cássia voltou do centro cirúrgico começou a reclamar de estar sentindo muitas dores abdominais. Ela acabou passando a noite na clínica para ficar em observação, por recomendação de Nicole Birman, filha do cirurgião, que também teria participado do procedimento.

Em depoimento no inquérito, João Marcelo, marido de Cássia, informou que no hospital da Barra não foi feito nenhum exame mais complexo porque a unidade não dispunha de equipamentos para ultrassonografia ou tomografia. Segundo ele, como a mulher não melhorava, ele começou a cobrar da equipe médica uma ação mais contundente.

No dia 17, dois dias depois do procedimento, ela foi transferida para o Marcílio Dias, onde uma tomografia teria constatado a perfuração intestinal. Ainda de acordo com o marido, Cássia contraiu uma infecção, o que acabou agravando seu quadro. Por nota, a unidade de saúde da Marinha informou no início da noite desta sexta, 14, que o estado da paciente é estável.

O Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj) informou, por meio de nota, que "o profissional não tem Registro de Qualificação de Especialidade (RQE) inscrito no conselho em nenhuma especialidade". No Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) tampouco há registro de especialidade. Segundo o site da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, ele também não está cadastrado como membro. Sua filha, Nicole Birman, aparece como "aspirante em treinamento a membro".

Qualificação

O advogado do médico, Lymark Kamaroff, disse ao jornal O Dia que o cirurgião é altamente qualificado e experiente, tendo realizado inúmeras cirurgias plásticas bem sucedidas ao longo da carreira. Ainda segundo as explicações do advogado ao jornal carioca, "não há nexo de causalidade" entre a intercorrência sofrida pela paciente e a atuação do hospital.

Por fim, Kamaroff afirmou que intercorrências cirúrgicas podem acontecer e que, por isso, todos os pacientes assinam um termo de consentimento, diante da possibilidade de algum evento adverso ocorrer.

O Estadão tentou contatar o advogado, mas não obteve retorno até a publicação deste texto.

No início deste ano, a cantora Preta Gil foi diagnosticada com câncer de intestino, depois de passar mal em casa e ter uma hemorragia. Em entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo, a cantora admitiu que seus hábitos alimentares nunca foram os ideais e contou que está tentando melhorá-los durante o tratamento, que inclui quimioterapia, radioterapia e cirurgia.

"Tenho consciência de que meus hábitos alimentares não eram os mais saudáveis", disse ela. "Agora, estou mudando meus padrões alimentares, meu estilo de vida, minhas horas de sono. É um desafio, mas estou viva, tenho oportunidade de me tratar, uma grande rede de apoio e Deus no coração. Isso tudo vai passar e vai ser um grande aprendizado."

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A campanha de conscientização e prevenção ao câncer de intestino tem como slogan este ano "Saúde é prevenção. Cuide de você, evite o câncer de intestino."

Além de recomendações para que as pessoas se alimentem bem, se exercitem e não consumam álcool em excesso, os especialistas citam a prevenção secundária, com a realização de exames de colonoscopia e busca de sangue oculto nas fezes para quem tem mais de 45 anos.

"Cerca de 90% dos casos de câncer de intestino têm origem a partir de um pólipo, um tipo de lesão na mucosa do intestino que pode se transformar em câncer", explicou o coloproctologista Antônio Lacerda Filho, presidente da SBCP. "Em uma colonoscopia, esses pólipos podem ser retirados, prevenindo, assim, a doença."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O número de internações por câncer de intestino (colorretal) aumentou 64% nos últimos dez anos, um resultado que preocupa especialistas de diferentes áreas. Todos apontam as mesmas causas para esse crescimento tão significativo: alimentação e estilo de vida. Com isso, os tumores de cólon já constituem o segundo tipo mais prevalente da enfermidade entre homens e mulheres, atrás apenas de próstata e mama, respectivamente.

O levantamento inédito foi realizado pela Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (Sobed), Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) e Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG).

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Médicos explicam que o aumento do consumo de alimentos ultraprocessados e a redução do consumo de fibras, somados a sedentarismo, tabagismo e alcoolismo, são as principais causas do crescimento dos cânceres intestinais.

"O câncer colorretal sempre foi prevalente, mas os números vêm aumentando, e ele já é o segundo mais comum tanto para homens quanto para mulheres", explicou o cirurgião Marcelo Averbach, do Hospital Sírio-Libanês, coordenador nacional da campanha março azul para prevenção do câncer de intestino. "O aumento do número de casos é decorrente, basicamente, de condições ambientais, sobretudo da dieta, rica em alimentos ultraprocessados e embutidos, baixa ingestão de fibras e de líquidos. Além disso, há outras questões comportamentais, como sedentarismo, tabagismo e alcoolismo."

Segundo o trabalho, os registros de internação trazem números alarmantes: foram 657.183 hospitalizações só no Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento dessa doença entre 2012 e 2021, com impactos imensuráveis para milhares de famílias brasileiras. Neste mesmo período, foi observado um crescimento de 64% das internações.

Já os dados de mortalidade decorrentes desse tipo de neoplasia indicam que, somente em 2021, foram registrados 19.924 óbitos por câncer do cólon, da junção retossigmoide e do reto, alta de 40% em relação a 2012.

Alimentação

"A associação entre estilo de vida e câncer colorretal vem sendo demonstrada em vários estudos científicos", afirmou a professora do Instituto de Nutrição Josué de Castro, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Wilza Peres. "Isso envolve a má qualidade da alimentação e também o consumo de álcool, o tabagismo e o sedentarismo. A qualidade da alimentação vem piorando muito nos últimos anos, não só no Brasil mas em todos os países ocidentais."

De fato, a última Pesquisa de Orçamento Familiar (POF), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que o brasileiro come, por exemplo, cada vez menos feijão com arroz, prato considerado excelente por nutricionistas, por reunir proteínas, carboidratos e fibras.

Entre a pesquisa realizada em 2002/2003 e a última, de 2017/2018, a média per capita anual de consumo de feijão caiu de 12,4 quilos para 5,9 quilos - uma redução de 52%.

Por outro lado, alimentos preparados e misturas industriais registraram alta de 56%, e as bebidas alcoólicas, de 19%.

A proporção de pessoas com obesidade na população com 20 anos ou mais de idade mais que dobrou no País entre 2003 e 2019, passando de 12,2% para 26,8%, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) do IBGE, de 2020.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O consumo frequente de alimentos com corante vermelho sintético pode aumentar o risco de a pessoa desenvolver doenças inflamatórias no intestino. É o que mostra estudo publicado na revista científica Nature Communications. Presente em doces, cereais matinais, bebidas e salgadinhos industrializados, o aditivo conhecido como Allura Red AC (FD&C Red 40 ou E129) é usado para dar cor e textura.

Durante o estudo, camundongos foram alimentados com altas doses de Allura Red AC por um período de doze semanas. Conforme a publicação, níveis mais altos de serotonina foram observados em roedores que consumiram o corante em maior quantidade.

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Também conhecido como hormônio da felicidade, grandes quantidades do neurotransmissor, que ajuda a estimular os movimentos musculares intestinais, podem ser nocivas ao organismo, pois alteram a composição microbiótica intestinal. Assim, os mesmos roedores desenvolveram colite ulcerativa, doença caracterizada por inflamação do intestino grosso e com manifestações extra intestinais.

No caso dos humanos, o estudo sugere que o consumo do corante pode comprometer a imunidade da pessoa.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

No dia 3 de agosto de 2022, Simony foi diagnosticada com um câncer de intestino aos 46 anos de idade após realizar alguns exames de rotina. Desde então, ela segue firme e confiante em seu tratamento.

Na última terça-feira (13), a cantora usou as redes sociais para avisar que foi internada para iniciar uma nova fase de procedimento.

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"Reta final. Sou só gratidão. Deus me carregou no colo até aqui", disse nos Stories.

Vale lembrar que a bateria de quimioterapia terminou em outubro, enquanto a radioterapia começou em novembro.

Um áudio compartilhado nas redes sociais denuncia que uma paciente, de 46 anos, foi vítima de negligência médica na unidade Ilha do Leite da Hapvida Recife. Ela morreu neste mês com o intestino perfurado, 15 dias após passar por cirurgia na unidade. A Hapvida lamentou o caso. 

A paciente identificada apenas como Débora deixou o marido Roberto e dois filhos, uma menina de seis anos e um menino de 14. "Foi um choque geral [...] a negligência continuada que foi feita na Hapvida Recife foi muito danosa para a nossa família", relata Marluce Oliveira, cunhada da vítima. 

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No dia 2 de setembro, Débora passou por uma cirurgia de histerectomia parcial para retirada de miomas no útero, que lhe causavam sangramento intenso. No dia seguinte, ela apresentou um quadro diverso e informou que não estava bem. Mesmo assim, recebeu alta da cirurgiã. "[...] muitas dores, não estava conseguindo se alimentar e vomitando. Não havia feito cocô, nem conseguido andar", teria relatado à médica.  

Três dias depois, ela foi socorrida com muitas dores e ainda sem conseguir se alimentar. "Tudo que botava na boca, vomitava. O detalhe é que o vômito era podre, com cheiro de podre", descreveu a cunhada. Essa foi a primeira das seis vezes que foi socorrida para a urgência. A recomendação dos médicos era que ela tomasse remédios para enjoo e para dor, sem prescrever nenhum exame. 

Com mesmo quadro de dores fortes e mal-estar, a paciente voltou a ser socorrida no dia 15. Dessa vez, o marido exigiu que fosse realizado um exame de imagem. Débora passou por uma tomografia computadorizada e identificou um pedaço de gaze dentro da mulher. 

"O resultado dessa tomografia deu que ela esqueceu uma compressa de gaze dentro dela, medindo 7 por 4,5 cm, e a pessoa que fez o laudo deixou bem em destaque para que fosse tomado logo uma providência", afirmou Marluce. 

Uma nova cirurgia foi marcada para o dia seguinte e, dessa vez, o marido reivindicou que uma sobrinha da esposa, que é médica no IMIP, acompanhasse o procedimento. Ele teria sido informado que a presença da sobrinha seria respeitada, pois se tratava de um direito da família. Contudo, a nova cirurgia foi realizada sem que o direito fosse atendido. "Quando ela chegou lá, já estavam limpando e fechando. Não esperaram por ela para fazer a cirurgia", disse a cunhada. 

Débora morreu na madrugada do dia 17 e a necropsia teria constatado que seu intestino foi perfurado no hospital. A família acusa a Hapvida Recife de negligência continuada e pede que a cirurgiã responsável seja removida do quadro de atendimento. 

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Em nota, a Hapvida disse que o caso comoveu a todos que fazem parte da empresa e se solidarizou com os amigos e familiares da paciente. A companhia não citou o afastamento da cirurgiã e informou que vai apurar os fatos. 

Confira o comunicado na íntegra: 

A perda de uma vida sempre traz uma enorme comoção para a família e em todos que fazem parte do dia a dia da empresa. Lamentamos profundamente, e nos solidarizamos com familiares e amigos, pelo acontecido, no último dia 18 de setembro. Por isso mesmo, a companhia antecipa que vai apurar, com todo empenho, o relato dos familiares e está totalmente à disposição da família para prestar todo o apoio necessário”. 

Prevenção e diagnóstico precoce salvam vidas. Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), 41 mil novos casos de câncer de intestino (colorretal) estão previstos para 2022. Na região Norte do País, o Pará é o que apresenta maior incidência, com 560 novos casos previstos para este ano, número bem superior aos demais Estados: Acre, 50 novos casos; Amapá, 20; Amazonas, 210; Rondônia, 130; Roraima, 30; Tocantins, 170.

 Em todo o mundo, a incidência da doença vem crescendo entre os adultos jovens, mas é mais comum entre homens e mulheres com mais de 45 anos ou em pessoas que tenham casos na família.

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É o caso da cantora Simony, de 46 anos. Em agosto, ela foi diagnosticada com a doença. A cantora procurou um médico após apresentar uma íngua - aumento dos gânglios linfáticos, ou linfonodos - e recebeu a indicação de fazer uma colonoscopia. Com esse exame, ela confirmou o diagnóstico e iniciou o tratamento.

A despeito da possibilidade de prevenção, 85% dos casos de câncer colorretal são diagnosticados em fase avançada, quando a chance de cura é menor. 

 “Entre os sintomas mais comuns da doença está a alteração do hábito intestinal. Por exemplo: cólica, sangramento durante a defecação, diarreia frequente ou constipação, perda de peso sem explicação e anemia”, explica a oncologista Amanda Gomes, do Centro de Tratamento Oncológico (CTO). “Entretanto, o paciente também pode não apresentar sintoma nenhum, por isso o check-up é essencial e as chances de cura estão intimamente ligadas ao estágio da doença. Quanto mais precoce o diagnóstico, maior será a chance de cura”, alerta a médica. 

Fatores de risco

A incidência de câncer de intestino está ligada ao estilo de vida, especialmente aos hábitos alimentares. Ter mais de 50 anos, obeso, se alimentar mal e ser sedentário são características comuns de quem está no grupo de risco para desenvolver esse tipo de câncer. Entre os hábitos que podem influenciar no surgimento da doença estão dieta rica em carne vermelha e alimentos processados, tabagismo e consumo excessivo de álcool.

 Histórico de diabetes tipo 2 e doenças inflamatórias intestinais (colite ulcerativa e doença de Crohn) são fatores que podem aumentar o risco de aparecimento do câncer de cólon e reto também.

Apesar da alta incidência, o câncer de intestino pode ser evitado. Isso porque a doença tem início a partir de pólipos - uma lesão pequena e não maligna nas paredes do intestino (após os 50 anos de idade, a chance de ter pólipos gira entre 18 e 36%).

 Uma maneira de prevenir o aparecimento dos tumores é a detecção e a remoção dos pólipos antes de eles se tornarem malignos. Eles podem ser detectados precocemente através de exames como a pesquisa de sangue oculto nas fezes, endoscopia e colonoscopia, capazes de identificar as lesões com potencial de malignidade e removê-las, evitando um futuro câncer.

 Para diminuir as chances de ter câncer de intestino é recomendado adotar uma alimentação rica em frutas e hortaliças; evitar o consumo de alimentos processados e de bebidas alcoólicas, refrigerantes e outras bebidas açucaradas. Excesso de carne vermelha e alimentos calóricos e/ou gordurosos também aumentam o risco para a doença, assim como sedentarismo, obesidade e tabagismo. O desenvolvimento de câncer por fatores de hereditariedade representa entre 5% e 10% dos casos.

 A recomendação atual da SBCP (Sociedade Brasileira de Coloproctologia) é de que pessoas sem histórico de câncer de intestino na família procurem o coloproctologista a partir dos 50 anos. Se houver casos na família, esse acompanhamento deve ter início 10 anos antes da idade que tinha aquele familiar quando foi diagnosticado.

 Da assessoria do Centro de Tratamento Oncológico (CTO).

Aos 46 anos de idade, Simony descobriu um câncer no intestino após realizar alguns exames de rotina. A cantora fez uma colonoscopia que detectou um tumor na parte final do intestino, perto da região do ânus, chamado epidermoide.

Em um vídeo ao lado do médico responsável pelo seu caso, Simony falou da importância do exame que realizou: "Por conta de uma íngua, fui fazer meus exames, importantíssimos, a colonoscopia que eu nem sabia que a gente precisava fazer após os 45 anos. É muito importante esse exame, precisa fazer todo ano. Por esse exame eu descobri um câncer".

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A cantora também adiantou que já conversou com os seus filhos, e está super confiante: "Estou super animada, ele vai explicar como é meu tratamento. Peço a todos vocês que deem exatamente o que vamos falar aqui. Tenho quatro filhos, já conversei com eles, meus filhos já sabem. Só o Anthony que não entendeu. A gente tem que dar isso como ajudar outras pessoas a se curar, ter perspectiva. Eu estou muito forte, muito confiante, nunca entrei numa briga para não sair ganhando", falou.

No final, ela contou que o seu tratamento será feito no HCor em São Paulo e deve durar mais ou menos seis meses:

"Eu sou forte mesmo, estou super, super, super, com a maior animação de começar essa quimio. A Dra Ana Helena me enviou esse anjo maravilhoso. Quero agradecer todo mundo da Hcor, onde vou me tratar por seis meses", encerrou.

Sobre o tratamento, o médico deu mais detalhes: "Descobrimos esse tumor na parte final do intestino, perto da região do ânus, chamado epidermoide. É um tumor que começou nesta região e tem alguns gânglios. Foi por causa de um desses gânglios na região da virilha que a Simony percebeu que alguma coisa estava errada, que ela descobriu. Essa é uma situação que tem tratamento, envolve quimio e radioterapia. Vai ser de alguns meses. E a gente tem esperança muito grande que essa princesa vai ter uma história feliz, para ela, família e todos os fãs, além da equipe médica", finalizou.

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O modelo Jonas Piazon, natural de Itaboraí, na região metropolitana do Rio de Janeiro, estava seguindo seus sonhos em Istambul, na Turquia. Aos 27 anos de idade, ele viu a sua vida ser colocada em risco quando foi esfaqueado na saída de uma casa noturna no meio de uma confusão.

O caso aconteceu no final de 2021, quando o modelo foi atingido enquanto ajudava um amigo que estava sendo atacado por outros dois homens. Segundo informações do jornal EXTRA, Jonas teve o intestino perfurado, mas apenas recebeu alguns pontos na barriga antes de ser enviado para casa. Porém a ferida não cicatrizou como deveria ter acontecido e ele foi forçado a voltar à unidade médica de saúde, onde ficou internado.

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"Fiquei três dias sem me alimentar e estive entre a vida e a morte", afirma Piazon.

O atentado contra sua vida lhe deixou uma cicatriz na barriga que o impediu de conseguir novos trabalhos na capital turca e por isso ele decidiu voltar ao Brasil.

"Após quatro anos trabalhando de forma estável, eu pensava que aquela seria minha vida por muitos anos. Estava criando raízes em Istambul, já tinha meu apartamento alugado e boas agências em vários países. Quando tudo aconteceu foi um grande baque. Tive muitas incertezas, depressão, questionamentos, mas após superar isso entendi que existe um propósito maior em tudo isso."

Com o apoio da família, Jonas custeou o tratamento em um hospital privado no Rio de Janeiro. O modelo passou por uma cirurgia para retirar parte do intestino e usou por algum tempo uma bolsa de colostomia, que já foi retirada. A cicatriz que agora ele exibe com orgulho se tornou um diferencial em sua aparência e Piazon parece estar ansioso para retornar aos trabalhos.

"Estou organizando para viajar em breve, retomando contratos com minhas agências e a expectativa é de retornar ao exterior agora neste segundo semestre. Agradeço a Deus pela oportunidade de passar por tudo isso e sair vivo para contar para outras pessoas sobre superação e minha história. Meus planos foram atrasados, mas não cancelados!"

Um estudo publicado na revista científica Journal of Agricultural and Food Chemistry sugere que tomar uma cerveja por dia pode ser bom para a saúde do intestino. De acordo com a pesquisa, os micronutrientes utilizados no processo de fermentação da cerveja podem ajudar no aumento do número de bactérias boas no intestino. 

A consequência disso é a redução do risco de desenvolver doenças cardíacas e diabetes tipo 2, conforme achados dos pesquisadores da Universidade Nova de Lisboa, em Portugal. 

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Foi feito um estudo duplo-cedo para entender como a cerveja atuaria no intestino. Nesse modelo de pesquisa, o examinado e o examinador não sabem qual é a variável estudada. A amostra foi randomizada com 19 homens saudáveis, de 23 a 58 anos de idade. 

Os participantes foram divididos em dois grupos. Um deles bebeu 330ml de cerveja lager alcoólica e o outro bebeu a mesma cerveja, mas do tipo não alcoólico, no jantar, todos os dias durante um mês. Os homens foram orientados a não mudar a rotina de alimentação ou exercícios durante o experimento. 

Depois deste período, os resultados mostraram que os participantes apresentaram um aumento de 7% na variedade de bactérias no intestino. O nível de fosfotase alcalina fecal também teve aumento, que é uma medida de saúde intestinal. Não houve diferença no peso ou nível de colesterol dos homens. 

Aumentar o número de bactérias e a variedade delas no intestino, segundo os pesquisadores, pode ser associada a menos riscos de diabetes e doenças cardiovasculares. Os polifenóis, que são micronutrientes altamente antioxidantes encontrados no lúpulo da cerveja, podem ser os responsáveis por esse aumento. 

 Apesar de o resultado ser visto com os grupos que beberam cerveja com e sem álcool, os pesquisadores recomendam que bebam as não alcoólicas. A recomendação é feita por conta de outros estudos que relacionam o consumo do álcool com o risco de doenças, como câncer.

Prevenção e diagnóstico precoce salvam vidas. O movimento Março Azul Marinho foi criado para alertar e conscientizar a população sobre a prevenção do câncer colorretal (ou câncer de intestino). Excetuando o câncer de pele não melanoma, o colorretal é o segundo tipo de tumor mais frequente entre homens e mulheres no Brasil, atrás apenas dos de mama e próstata.

 Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), são 41 mil novos casos previstos para 2022. Na região Norte do País, o Pará é o que apresenta maior incidência de câncer colorretal, com 560 novos casos previstos para este ano, número bem superior aos demais estados: Acre, 50 novos casos; Amapá, 20; Amazonas, 210; Rondônia, 130; Roraima, 30; Tocantins, 170.

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 Em todo o mundo, a incidência da doença vem crescendo entre os adultos jovens, mas a incidência é mais comum entre homens e mulheres com mais de 45 anos ou em pessoas que tenham casos na família.

A despeito da possibilidade de prevenção, 85% dos casos de câncer colorretal são diagnosticados em fase avançada, quando a chance de cura é menor. "Com a pandemia da covid-19, quando muitas pessoas deixaram de fazer exames preventivos e interromperam processos de diagnóstico, esse índice tende a aumentar e a demora na descoberta pode agravar a doença e dificultar o tratamento e a cura", alerta a oncologista Paula Sampaio.

A incidência de câncer colorretal está ligada ao estilo de vida, especialmente aos hábitos alimentares. Ter mais de 50 anos, ser sedentário, obeso e se alimentar mal são características comuns de quem está no grupo de risco para desenvolver câncer colorretal. Entre os hábitos que podem influenciar no surgimento da doença estão dieta rica em carne vermelha e alimentos processados, tabagismo e consumo excessivo de álcool.

Histórico de diabetes tipo 2 e doenças inflamatórias intestinais (colite ulcerativa e doença de Crohn) são fatores que podem aumentar o risco de aparecimento do câncer de cólon e reto também.

 Apesar da alta incidência, o câncer colorretal pode ser evitado. Isso porque a doença tem início a partir de pólipos - uma lesão pequena e não maligna nas paredes do intestino. (após os 50 anos de idade, a chance de ter pólipos gira entre 18 e 36%).

Uma maneira de prevenir o aparecimento dos tumores é a detecção e a remoção dos pólipos antes de eles se tornarem malignos. Eles podem ser detectados precocemente através de exames como a pesquisa de sangue oculto nas fezes, endoscopia e colonoscopia, capazes de identificar as lesões com potencial de malignidade e removê-las, evitando um futuro câncer.

Para diminuir as chances de ter câncer colorretal é recomendado adotar uma alimentação rica em frutas e hortaliças; evitar o consumo de alimentos processados e de bebidas alcoólicas, refrigerantes e outras bebidas açucaradas. Excesso de carne vermelha e alimentos calóricos e/ou gordurosos também aumentam o risco para a doença, assim como sedentarismo, obesidade e tabagismo.

Por Dina Santos, especialmente para o LeiaJá.

 

Setembro Verde é um movimento que foi criado para alertar e conscientizar a população sobre a prevenção do câncer colorretal (ou câncer de intestino). Excetuando o câncer de pele não melanoma, o colorretal é o segundo tipo de tumor mais frequente entre homens e mulheres no Brasil, atrás apenas dos de mama e próstata.

Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), em 2020 foram contabilizados no Brasil 40.990 novos casos, número que representa um aumento de mais de 12% em relação ao ano anterior. Em todo o mundo, a incidência da doença vem crescendo entre os adultos jovens.

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Com a pandemia da covid-19, quando muitas pessoas deixaram de fazer exames preventivos e interromperam processos de diagnóstico, esse índice tende a aumentar e a demora na descoberta pode agravar a doença e dificultar o tratamento e a cura.

A incidência de câncer colorretal está ligada ao estilo de vida, especialmente aos hábitos alimentares. "Ter mais de 50 anos, ser sedentário, obeso e se alimentar mal são características comuns de quem está no grupo de risco para desenvolver câncer colorretal. Entre os hábitos que podem influenciar no surgimento da doença estão dieta rica em carne vermelha e alimentos processados, tabagismo e consumo excessivo de álcool", enumera a oncologista Paula Sampaio, do Centro de Tratamento Oncológico.

Histórico de diabetes tipo 2 e doenças inflamatórias intestinais (colite ulcerativa e doença de Crohn) são fatores que podem aumentar o risco de aparecimento do câncer de cólon e reto também.

Segundo a oncologista Paula Sampaio, "o câncer de intestino é um dos tipos de tumor considerados preveníveis. Abrange tumores que acometem um segmento do intestino grosso (o cólon) e o reto. É tratável e, na maioria dos casos, curável, ao ser detectado precocemente, quando ainda não se espalhou para outros órgãos". A médica explica que grande parte desses tumores se inicia a partir de pólipos, lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso (após os 50 anos de idade, a chance de ter pólipos gira entre 18 e 36%).

Uma maneira de prevenir o aparecimento dos tumores é a detecção e a remoção dos pólipos antes de eles se tornarem malignos. Eles podem ser detectados precocemente através de dois exames principais: pesquisa de sangue oculto nas fezes e endoscopias.

Os exames devem ser realizados em pessoas com sinais e sintomas sugestivos de câncer colorretal, visando o diagnóstico precoce, ou naquelas sem sinais e sintomas (rastreamento) pertencentes a grupos de maior risco.

A recomendação atual da SBCP é que pessoas sem histórico de câncer colorretal na família procurem o coloproctologista a partir dos 50 anos. Se houver casos na família, esse acompanhamento deve ter início 10 anos antes da idade que tinha aquele familiar quanto foi diagnosticado.

Entre os sintomas mais comuns da doença está a alteração do hábito intestinal. Por exemplo: cólica, sangramento durante a defecação, afilamento das fezes, perda de peso e anemia. Entretanto, o paciente também pode não apresentar sintoma nenhum, por isso o checape é essencial e as chances de cura estão intimamente ligadas ao estágio da doença. Quanto mais precoce o estágio, maior será a chance de cura.

Por Dina Santos, especialmente para o LeiaJá.

O pesquisador holandês Eric Claassen, da Universidade de Amsterdã, na Holanda, afirma: o consumo de uma cerveja forte todos os dias pode elevar a quantidade de bactérias que trazem benefícios para o intestino. Mas o cervejeiro não deve se empolgar: a pesquisa também aponta que a dose tem que ser consumida na medida certa e moderada para que o álcool não prejudique o sistema digestivo.

A notícia foi divulgada pelo site da revista Galileu. Segundo a pesquisa, os mesmos microrganismos presentes em iogurtes e queijos estão nas fórmulas de algumas cervejas fortes que são ricas em probióticos. Ainda segundo a apuração do pesquisador, a levedura, fungo que incita a produção de bactérias benéficas ao organismo, também fabrica ácidos destruidores de bacilos danosos, o que ajudaria o intestino.

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O mês de setembro é dedicado à conscientização e prevenção do câncer de intestino (colorretal). Excetuando o câncer de pele não melanoma, o colorretal é o terceiro tipo de tumor mais frequente entre homens e o segundo entre mulheres. segundo estimativas do INCA (Instituto Nacional do Câncer), 36.360 novos casos devem ser registrados no Brasil no biênio 2018/2019, sendo 52% em mulheres e 48% em homens. Um aumento de 6% em relação ao biênio anterior.

A incidência de câncer colorretal está ligada ao estilo de vida e hábitos alimentares. "Ter mais de 50 anos, ser sedentário, obeso e ter má alimentação são características comuns de quem está no grupo de risco para desenvolver câncer colorretal. Entre os hábitos que podem influenciar no surgimento da doença estão dieta rica em carne vermelha e alimentos processados, tabagismo e consumo excessivo de álcool", alerta a oncologista clínica Paula Sampaio.

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Histórico de diabetes tipo 2 e doenças inflamatórias intestinais (colite ulcerativa e doença de Crohn) são fatores que podem aumentar o risco de aparecimento do câncer de cólon e reto também.

Um estudo divulgado pela Sociedade Americana de Câncer revela que o número de casos de tumor colorretal (de intestino grosso e reto) está aumentando entre adultos jovens e de meia-idade, principalmente no reto — antes mais comum entre idosos. De cada dez pacientes diagnosticados com essa doença, três têm menos de 55 anos, o que fez com que a Sociedade Americana de Câncer reduzisse, em junho de 2018, a idade recomendada para rastreamento do câncer colorretal de 50 para 45 anos para pessoas sem histórico de tumor na família e sem pólipos no intestino.

A tendência de diagnósticos da doença em pacientes mais jovens também se repete no Brasil. Um levantamento feito pelo Hospital A.C. Camargo no período entre 2008 e 2015 apontou que 20% dos pacientes diagnosticados com câncer colorretal têm menos de 50 anos.

O câncer de intestino é um dos poucos tipos de tumor que podem ser prevenidos. Abrange tumores que acometem um segmento do intestino grosso (o cólon) e o reto. "É tratável e, na maioria dos casos, curável, ao ser detectado precocemente, quando ainda não se espalhou para outros órgãos", diz a médica.

Grande parte desses tumores se inicia a partir de pólipos, lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso. Uma das medidas preventivas contra a doença é a realização de colonoscopia a partir dos 50 anos. Por meio do exame, é possível identificar e retirar pequenas lesões benignas que podem se transformar em tumores, chamadas de pólipos.

Segundo a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP), são encontrados pólipos em cerca de 20% das colonoscopias. Por isso é tão importante realizarmos o exame, pois ele pode evitar a evolução destas lesões para a doença.

Esses pólipos podem ser detectados precocemente através de dois exames principais: pesquisa de sangue oculto nas fezes e endoscopias (colonoscopia ou retossigmoidoscopia).

Os exames devem ser realizados em pessoas com sinais e sintomas sugestivos de câncer colorretal, visando ao diagnóstico precoce, ou naquelas sem sinais e sintomas (rastreamento) pertencentes a grupos de maior risco.

A recomendação atual da SBCP é que pessoas sem histórico de câncer colorretal na família procurem o coloproctologista a partir dos 50 anos. Se houver casos na família, esse acompanhamento deve ter início 10 anos antes da idade que tinha aquele familiar quanto foi diagnosticado.

Entre os sintomas mais comuns da doença está a alteração do hábito intestinal. Por exemplo: cólica, sangramento durante a defecação, afilamento das fezes, perda de peso e anemia. Entretanto, o paciente também pode não apresentar sintoma nenhum, por isso o checape é essencial e as chances de cura estão intimamente ligadas ao estágio da doença. Quanto mais precoce o estágio, maior será a chance de cura.

Por Dina Santos, especialmente para o LeiaJá.

Uma das campanhas de saúde no quinto mês do ano é o maio roxo, que alerta e conscientiza sobre as doenças inflamatórias intestinais (DIIs), sendo o dia mundial lembrado em todo dia 19 de maio. A doença de Crohn e a retocolite ulcerativa são duas das DIIs mais comuns e os sintomas envolvem dor abdominal, perda de peso, diarreia e sangramento retal.

O ator Tyler James Williams, que conquistou sucesso ao interpretar o protagonista da série Todo Mundo Odeia o Chris, sofre com a síndrome de Crohn e usou as redes sociais, em abril, para desabafar sobre seu estado de saúde.

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As doenças inflamatórias intestinais prejudicam significativamente a vida de 78% dos pacientes, segundo a pesquisa Jornada do Paciente com DII, feita pela Associação Brasileira de Colite Ulcerativa e Doença de Crohn (ABCD) com mais de 3 mil brasileiros afetados por essas condições.

Reconhecer os sintomas para o diagnóstico e o início do tratamento adequado são essenciais para proporcionar o bem-estar das pessoas. Para esclarecer as principais dúvidas sobre o tema, a gastroenterologista Marta Machado, presidente da ABCD, responde dez questões sobre as DIIs.

A retocolite ulcerativa e a doença de Crohn são iguais?

Não. As duas principais enfermidades que compõem o grupo das DIIs são inflamatórias, crônicas, sem cura e podem ter diversos fatores de origem. Entretanto, são enfermidades distintas. A doença de Crohn pode acometer desde a boca ao ânus, atingindo todas as camadas do trato digestivo e, por isso, pode evoluir para perfuração e estreitamento no intestino. Já a retocolite ulcerativa é restrita ao reto e ao intestino grosso, com o acometimento restrito à mucosa.

O paciente com DII tem febre e dor como sintoma?

Sim. A dor abdominal está presente quando a doença está em atividade e o paciente pode ter quadros de febre. Além disso, os principais sinais das doenças são diarreia ou constipação, presença de sangue ou muco nas fezes e distensão abdominal.

É possível ocorrer perda de peso e queda de cabelo?

Sim. A pessoa com DII pode sofrer um emagrecimento excessivo e também queda de cabelo. Isso ocorre por questões secundárias como a desnutrição, a falta de vitaminas ou como efeito colateral de alguma medicação.

As DIIs apresentam sinais apenas no trato gastrointestinal?

Não. As enfermidades podem apresentar manifestações além do intestino, como uveíte (inflamação no olho), artrite (inflamação das articulações), sacroileíte (inflamação na articulação do sacro, osso localizado na base da coluna vertebral), eritema nodoso (inflamação na pele), piodermite gangrenosa (feridas na pele), hidrosadenite supurativa (doença crônica de pele), hepatites, colangite (inflamação nos canais biliares), tromboses (coágulo no sangue), entre outras.

As DIIs podem ser confundidas com outras doenças?

Sim. Essas enfermidades podem ter inúmeras formas de apresentação com uma gama enorme de manifestações. Dessa forma, é essencial a realização correta e bem detalhada da história clínica do paciente e exame físico completo para o diagnóstico final.

Como é feito o diagnóstico?

As doenças inflamatórias intestinais são diagnosticadas por história clínica completa, exames físicos e laboratoriais, incluindo estudos de imagem endoscópica e radiológica.

A síndrome do intestino irritável é uma doença inflamatória intestinal?

Não. A SII não é considerada uma doença inflamatória intestinal, principalmente porque não causa inflamação no intestino. Trata-se de um transtorno funcional, uma vez que não há uma origem aparente para os sintomas, ao contrário das DIIs, que são enfermidades orgânicas. Além disso, muitos indivíduos com SII não apresentam quaisquer alterações em seus exames.

Como é o tratamento para DIIs?

Existem diversas opções de terapias e a escolha do tratamento indicado para cada paciente depende da gravidade e da localização da doença após uma criteriosa avaliação médica. Entre as alternativas terapêuticas estão os aminossalicilatos, os corticoides, os imunomoduladores, os antibióticos e os medicamentos biológicos, sendo que, nesta última classe, há três mecanismos de ação diferentes: os anti-TNF, anti-integrina e anti-interleucinas 12 e 23. Os tratamentos biológicos mais inovadores são capazes de aliviar os sintomas da doença de maneira rápida e manter a resposta por um período de tempo prolongado, sendo hoje mais indicados em quadros moderados e graves das DIIs, embora já se discuta a adoção mais precoce pelos benefícios que proporcionam.

 

Cuidar da alimentação é suficiente para o tratamento das enfermidades?

Não. Em casos mais leves, a mudança dos hábitos alimentares pode ser suficiente, mas essa situação é muito rara. Normalmente, é recomendado que o paciente evite os alimentos que pioram os sintomas das doenças. Além disso, em algumas fases, pode ser necessário diminuir o consumo de fibras e, em outras, de lactose. Um acompanhamento com nutricionista é muito importante.

O estilo de vida está relacionado com o desenvolvimento de DIIs?

Depende. Não há confirmações científicas sobre essa influência, porém é possível afirmar que estresse, uso abusivo de medicamentos desde a infância, consumo em excesso de alimentos industrializados, gordurosos e com agrotóxicos afetam o funcionamento do aparelho digestivo.

O deputado federal e líder do PPS na Câmara Federal, Daniel Coelho, utilizou suas redes sociais para esclarecer o fato de estar sumido de compromissos públicos nas últimas semanas. De acordo com Coelho, sua esposa, Rebeca Medeiros, descobriu um câncer de intestino e tem passado por delicados procedimentos.

“Não deixei de fazer minhas obrigações no Parlamento, mas o hábito que tenho nos últimos 14 anos, de estar de domingo a domingo presente nos bairros e comunidades do nosso Estado, tem sido prejudicado”, disse.

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Coelho ainda lembrou de sua forte presença nas ruas nos dias de Carnaval, mas afirmou que neste ano estará mais distante devido ao problema que vem passando. “Nas próximas semanas, peço o apoio e perdão de todos para ficar ausente. Fiquem certos que não deixarei de cumprir as obrigações legislativas que tenho com o povo em Brasília”, garantiu.

Porém, como o momento é de cuidado, o deputado aproveitou para dizer que “estarei também concentrado em dar atenção, amor e carinho a quem tanto já me apoiou. Sei que estou enfrentando a jornada mais difícil de minha vida, mas tenho fé em Deus e sei que sairemos vencedores dessa batalha”.

Ainda em sua postagem, Daniel Coelho pediu orações e energias positivas para Rebeca. “Tenho certeza de que em breve estaremos de volta às ruas, encontros e reuniões nos quatro cantos de Pernambuco. Peço mais uma vez perdão pela ausência temporária. Que Deus ilumine a todos e obrigado por tanto carinho que já temos recebido de amigos, parentes e profissionais da saúde”, finalizou.

Com apenas 13 anos de idade, a jovem brasileira Isabela Diringer viajou mais de 9 mil quilômetros para se submeter a uma cirurgia na Itália para tratar de um problema no intestino. Isabela é portadora de gastrosquise, uma malformação que faz com que parte do intestino fique do lado de fora do corpo.

De acordo com a família, a menina tinha o intestino mais curto, de 17 cm, que a impedia de se alimentar e se desenvolver como criança. A brasileira foi salva por uma equipe do Hospital Pediátrico Meyer, em Florença, que realizou a intervenção de alta complexidade para reconstruir o intestino sob comando do médico Antonio Morabito.

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A cirurgia durou seis horas e foi aplicada a técnica chamada de "Spiral Intestinal Lengthening and Tailoring" (SILT). O Hospital Pediátrico Meyer é o único centro europeu para o tratamento da patologia congênita que afeta Isabela, e foi a segunda vez que o local aplicou a técnica em uma cirurgia.

A jovem já tinha passado por duas tentativas de operação, que não foram bem sucedidas e colocaram sua vida em risco. Por isso, a intervenção em Florença era considerada perigosa.

De acordo com um comunicado do hospital, por ter o intestino curto, Isabela era obrigada à nutrição parenteral total, ou seja, nutrição por via venosa. Na cirurgia, os médicos italianos reconstruíram o intestino com um diâmetro adequado para que ela viva normalmente. A jovem deve receber alta médica ainda nesta semana.

A menina contou com o apoio e solidariedade de outras pessoas, em campanha para arrecadar dinheiro para a cirurgia na Itália.
    Pela internet, ela conseguiu R$ 500 mil.

Da Ansa

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