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A Itália autorizou a extradição ao Brasil do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado por envolvimento no mensalão. A decisão foi tomada pelo governo de Mateu Renzi e marca o fim de quase dois anos de disputa legal e tratativas políticas em relação ao brasileiro. A transferência de Pizzolato, que está em uma cadeia de Módena, poderá ocorrer já nos próximos dias e o Brasil tem 20 dias para organizar a viagem de volta ao País.

A informação é dos representantes da Interpol na Itália. O governo em Roma, porém, ainda mantém oficialmente um silêncio sobre o assunto, já que a decisão primeiro precisa ser dada a Pizzolato e ao governo brasileiro.

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Em fevereiro, a instância máxima do Judiciário italiano havia revertido uma decisão do tribunal de Bolonha e havia dado o sinal verde para que Pizzolato fosse devolvido ao Brasil. Mas faltava ainda o posicionamento do Ministério da Justiça, que ainda poderia negar a extradição.

Pela decisão da Corte, "existem condições para a extradição", numa referência à situação das prisões no Brasil, e das garantias dadas pelo governo. "Sempre confiei na Justiça italiana", afirmou Miqueli Gentiloni, advogado contratado pelo Brasil para defender o caso.

Ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Pizzolato foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão. Mas, há um ano e oito meses, fugiu do País com um passaporte falso e declarou que confiava que a Justiça italiana não faria um processo político contra ele, como acusa a Justiça brasileira de ter realizado.

Ele acabou sendo preso na cidade de Maranello e, em setembro do ano passado, a Corte de Bolonha negou sua extradição argumentando que as prisões brasileiras não têm condições de recebê-lo. Ao sair da prisão, declarou que havia fugido para "salvar sua vida".

Para conseguir reverter a decisão, os advogados contratados pelo Brasil insistiram na tese de que a Itália não poderia generalizar a condição das prisões no País.

Battisti

Os advogados de Pizzolato chegaram a usar o tema da extradição Cesare Battisti - italiano que recebeu asilo no Brasil - na argumentação e tentaram convencer a Corte que o ex-diretor do Banco do Brasil não poderia ser extraditado por conta da recusa do governo brasileiro em cooperar no caso de Battisti. O argumento não foi acatado.

"O Brasil mostrou que não há uma reciprocidade", indicou o advogado de Pizzolato, Emmanuelle Fragasso, em fevereiro.

O advogado Miqueli Gentiloni rejeitou o argumento da defesa. "Isso não tem nenhuma influência nesse processo", insistiu. Battisti foi condenado na Itália por terrorismo. Mas, no Brasil, o então ministro da Justiça, Tarso Genro, o concedeu asilo, o que gerou fortes protestos por toda a Itália e ameaças de suspender certos acordos de cooperação.

O Brasil conseguiu a vitória judicial graças às garantias diplomáticas dadas de que Pizzolato teria sua proteção assegurada na prisão.

As garantias foram apresentadas pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Para a defesa contratada pelo Brasil, isso "demonstra inequivocadamente não apenas que (Pizzolato) não corre perigo de tortura, mas é garantia de que receberá um tratamento melhor em respeito a dos demais presos".

Os advogados contratados pelo Brasil indicaram ainda que Pizzolato faria parte, assim como os demais condenados no mesmo caso, de "uma categoria de presos aos quais está assegurado o total respeito da lei e de seu conforto".Para dar provas disso, o Brasil explicou a estrutura do Complexo da Papuda, penitenciária para onde Pizzolato seria enviado, e deu garantias de que ele ficaria "isolado do resto da população carcerária".

O governo da Itália deve decidir ainda nesta semana sobre a extradição do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, que fugiu para aquele país após ser condenado no esquema do mensalão. Pizzolato foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão, por lavagem de dinheiro e peculato no processo do mensalão. A justiça italiana decidiu pela extradição, mas o Ministério da Justiça daquele país pediu informações ao governo brasileiro sobre as condições dos presídios.

O ministério da Justiça do Brasil já encaminhou um documento aos italianos, no qual atesta que os direitos humanos do preso serão respeitados no País. Conforme a deputada brasileira no Parlamento Italiano, Renata Bueno, a decisão da Itália deve sair a qualquer momento.

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O governo brasileiro vem mantendo sigilo sobre o documento enviado para a Itália que trata da situação dos presídios, mas conforme a parlamentar, foi dada toda a garantia necessária de que Pizzolato terá no Brasil seus direitos garantidos.

A defesa do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato faz um apelo ao governo italiano para que o país não use o condenado no caso do mensalão para conseguir a devolução do ex-ativista Cesare Battisti. Nessa quinta-feira, 5, o advogado que defende Pizzolato na Itália, Alessandro Sivelli, enviou uma carta ao ministro da Justiça da Itália, Andrea Orlando, com esse argumento.

Em uma carta de seis páginas, a defesa de Pizzolato rejeita qualquer relação com Battisti: "Fiquei sabendo pela imprensa que Henrique Pizzolato poderia ser extraditado para obter Cesare Battisti. Torço para que tais notícias sejam infundadas. Peço ao senhor para tomar sua decisão privilegiando a defesa e o respeito aos direitos fundamentais do indivíduo, direitos esses que o Estado brasileiro não garantiu ao longo do processo e que não é capaz de garantir aos próprios presos, ao invés de eventuais interesses internacionais e de imagem do seu governo", disse Sivelli.

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Caberá ao ministro da Justiça italiano a decisão se Pizzolato deve ou não ser extraditado ao Brasil. Em fevereiro, a Corte de Cassação de Roma deu o sinal verde para que ele seja enviado ao País, rejeitando os argumentos de Sivelli de que as prisões brasileiras representariam uma ameaça para sua integridade física.

O caso, porém, ganhou uma nova dimensão depois que, no Brasil, a Justiça Federal decidiu que Battisti, condenado na Itália por assassinato, deveria ser deportado. Imediatamente, familiares de vítimas do terrorismo na Itália e integrantes do governo indicaram que deveria haver algum tipo de "reciprocidade" entre os dois casos.

Andrea Orlando chegou a declarar que uma eventual deportação de Cesare Battisti pode abrir espaço para um novo pedido de extradição do ex-ativista. "Se o procedimento for confirmado, desejamos que ele permita dar origem a uma solicitação de extradição, coisa que já fizemos há tempos", afirmou.

Durante a audiência diante da Corte de Cassação em Roma, foi Sivelli quem levantou o debate sobre Battisti. Diante dos juízes, ele argumentou que a Itália não poderia extraditar Pizzolato porque o Brasil não dava sinais de "reciprocidade" no caso do ex-ativista.

O tom na carta, porém, passou a ser bem diferente. O advogado insistiu que não seria adequado que o governo se utilizasse de uma eventual extradição de Pizzolato para obter uma vitória política, muito menos se isso ocorre em detrimento dos ""direitos fundamentais de uma pessoa". A carta volta a insistir que Pizzolato é italiano e que, portanto, não poderia enfrentar a situação das prisões brasileiras.

O governo italiano deverá extraditar o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 12 anos e sete meses de prisão no julgamento da Ação Penal 470, o chamado mensalão. A informação é da deputada ítalo-brasileira Renata Bueno, que se encontrou hoje (13) com o ministro da Justiça da Itália, Andrea Orlando, Segundo ela, a sinalização da extradição foi dada pelo ministro.

“Ele me falou que não vê motivos para negar a extradição e que deve seguir a orientação da Justiça italiana”, disse Renata, que representa a América do Sul na Câmara dos Deputados da Itália, após sair de encontro com o ministro. Henrique Pizzolato fugiu do Brasil em 2013 e foi preso no ano passado, com passaporte falso, na cidade italiana de Maranello, na Itália.

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No ano passado a corte da cidade de Bolonha, Itália, havia negado a extradição do ex-diretor do Banco do Brasil, mas ontem (12) a Corte de Cassação de Roma decidiu pela extradição ao acatar recurso do governo brasileiro e do Ministério Público da Itália contra a decisão da Corte de Bolonha.

A deputada Renata Bueno disse que o ministro Andrea Orlando está muito receptivo ao pedido dos parlamentares que estão acompanhando o caso e que defendem a extradição. “Ele agradeceu nossa ajuda em todo o processo e garantiu que logo que receber o comunicado oficial da Justiça vai nos chamar para tratar do assunto”, disse.

A parlamentar informou que o Ministério da Justiça da Itália deve ser notificado da decisão da Corte de Cassação de Roma em até dez dias. A partir dai, segundo ela, o ministério tem prazo de 45 dias para autorizar ou não a extradição.

“A fase judicial já foi superada e agora entramos na fase política. Por isso, como fui eleita para a Câmara da Itália representando os países da América do Sul, estou atuando pessoalmente”.

O governo brasileiro acompanhará na Itália, no próximo dia 26, o julgamento de um pedido de extradição do holandês Ronald Van Coolwijk, condenado a 20 anos de prisão pela Justiça brasileira por tráfico de entorpecentes no Estado do Espírito Santo.

O caso chama atenção não só pelo fato de Coolwijk ter cometido crime território brasileiro, mas por sua semelhança com o julgamento de Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil condenado no caso do mensalão.

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Assim como o caso Pizzolato, a defesa do holandês tem usado a situação do sistema carcerário do Brasil para tentar impedir a extradição. A diferença entre os dois julgamentos se dá pelo fato de que Coolwijk já teve o pedido de extradição deferido pela primeira instância, enquanto o de Pizzolato foi negado.

Os dois casos estão agora em fase de recurso, mas em instâncias distintas. No caso de Coolwijk, a ação voltou à primeira instância pelo fato de que a Corte de Cassação de Roma - equivalente ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) do Brasil - entendeu que a decisão de extraditá-lo aconteceu sem que o Tribunal analisasse as condições do sistema carcerário brasileiro.

"A Corte e apelação de Roma tem uma estrutura especializada em matéria internacional. E suas decisões costumam ser seguidas com atenção por outras cortes da Itália", explicou o procurador da República Eduardo Pelella, que acompanhará o julgamento dos dois casos em Roma.

Em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira, 16, ele esclareceu que, embora o caso não seja determinante para a decisão sobre o Pizzolato, ele pode influenciá-lo pelo fato de a Corte ser uma referência para as demais.

Sobre Coolwijk, Pelella comenta que, embora o caso não tenha a mesma repercussão em âmbito nacional no Brasil, tem um "clamor local". O holandês foi condenado a 20 anos de prisão por tráfico de drogas e chegou a cumprir dois anos de prisão no Espírito Santo, mas fugiu para a Itália, onde acabou novamente detido em 2012.

"Ele faz parte de uma organização criminosa - do Le Coc - do fim dos anos 1990, início dos anos 2000. É uma condenação pesada, ele foi condenado a 20 anos de prisão. Não é uma condenação qualquer", comentou.

O Brasil apresentou nesta quarta-feira um recurso à Justiça italiana pedindo que seja revista a decisão da Corte de Bolonha de não extraditar o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado por envolvimento no mensalão. O documento foi entregue no último dia do prazo.

A medida adotada pelo Brasil segue na mesma linha da iniciativa do Ministério Publico da Itália que também recorreu da decisão do Tribunal de Bolonha de negar a extradição do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil. O MP italiano acredita que o brasileiro precisa cumprir sua pena no Brasil e discorda da conclusão do tribunal de Bolonha de que as prisões brasileiras não têm condições de receber o condenado.

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No recurso, a promotoria da Itália indicou que não se pode generalizar as situações das prisões do Brasil e que outros condenados no caso do mensalão tiveram sua segurança garantida no Complexo da Papuda, no Distrito Federal. A defesa de Pizzolato utilizou relatórios da ONU e da Anistia Internacional para convencer os juízes italianos de que Pizzolato não deveria ser mandado ao Brasil.

Com os recursos do MP e do Brasil, o caso será enviado à Corte de Cassação de Roma, mas uma audiência deverá ser convocada apenas em meados de 2015. Até lá, Pizzolato é um homem livre na Itália. O ex-diretor foi condenado a doze anos e sete meses de prisão no julgamento do mensalão. Em outubro de 2013, ele fugiu para a Itália com um passaporte falso de um irmão morto. Em fevereiro deste ano, ele acabou sendo descoberto na casa do sobrinho na cidade de Maranello, no norte da Itália, e levado para a prisão de Módena. Mas por falta de garantias nas prisões brasileiras, a extradição pedida pelo Brasil foi recusada.

O Tribunal de Bolonha rejeitou a extradição de Henrique Pizzolato baseado apenas nas condições das prisões no Brasil e refutou o argumento de defesa do brasileiro de que o processo do mensalão foi "político" e que o réu não teve o direito de se defender.

A Corte publicou nesta terça-feira a argumentação de sua decisão, tomada há uma semana e que soltou Pizzolato. Apesar de recusar devolver o preso ao Brasil, a corte derrubou praticamente todos os argumentos da defesa do brasileiro.

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O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil foi condenado a doze anos e sete meses de prisão no julgamento do mensalão. Em outubro de 2013, ele fugiu para a Itália com um passaporte falso de um irmão morto há mais de 30 anos. Em fevereiro deste ano, ele acabou sendo descoberto na casa de um sobrinho na cidade de Maranello, no norte da Itália, e levado para a prisão de Módena.

O Brasil pediu sua extradição e o Ministério Público Italiano saiu em defesa do argumento brasileiro. Na semana passada, porém, o Tribunal de Bolonha rejeitou o pedido e liberou Pizzolato.

O advogado do brasileiro na Itália, Alessandro Sivelli, havia alegado aos juízes que seu cliente sofreu um processo político no Brasil, que não teve a possibilidade de recorrer, que provas foram escondidas e que ele não teve como se defender. Para a Corte, as alegações são "infundadas".

"Não houve uma violação do processo justo e do direito de defesa", constatou a Corte. Os juízes rejeitaram a tese de que, por ter sido julgado só pelo STF, tenha significado que não houve espaço para um recurso.

A alegação ainda de que documentos, como o Laudo 2828 que explicaria parte das transações do Banco do Brasil, foram retiradas do processo também não foi aceita pelo tribunal.

Segundo a decisão, "é infundada" a alegação de que se tratou de uma "condenação política". Sobre a questão do juízo natural e de sua suposta violação, a corte apenas indicou que não era competente para julgar.

Prisões

O que de fato pesou, como havia sido antecipado, foi a situação "dramática" das prisões brasileiras. Para a corte, mesmo tentando mostrar que nem todas as prisões no Brasil são iguais, não existiria garantiria nem mesmo no Complexo da Papuda que a segurança de Pizzolato seria respeitada.

Para o tribunal, as prisões representam "um tratamento desumano e degradante, violando direitos fundamentais". Os juízes admitem que o governo está comprometido em mudar a situação. Mas alerta para o caráter "alarmante da falta de segurança e de ordem interna nas penitenciaria". Segundo o tribunal, Papuda foi "teatro de recente episódio de violência". "Isso mostra a extensão e difusão do grave fenômeno", alertou. Para os italianos, portanto, havia um "perigo concreto" de um "tratamento desumano e degradante" de Pizzolato.

A Polícia Federal indiciou o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato em nove crimes cometidos quando o executivo fugiu do Brasil para a Itália. Os indiciamentos são referentes ao uso de documentos falsos, em nome do seu irmão Celso Pizzolato, falecido em abril de 1978. Os crimes são falsidade ideológica, uso de documento falso. A pena para esses crimes pode variar de um a cinco anos de reclusão.

Pizzolato chegou a tirar até título de eleitor em nome do irmão morto, RG e CPF, requereu passaportes brasileiro e italiano. Ele chegou a votar com esse título falso. O ex-diretor do BB foi condenado por envolvimento no esquema do mensalão a 12 anos e 7 meses de prisão. No entanto, ele fugiu para a Itália no segundo semestre do ano passado, quando o Supremo rejeitou recursos dos condenados no mensalão. Em fevereiro deste ano, ele foi descoberto pela polícia italiana e levado para prisão de Módena. No entanto, nesta semana, a justiça italiana negou ao Brasil a extradição de Pizzolato e ele foi solto na tarde da última terça-feira.

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A decisão da Justiça italiana sobre a eventual extradição ao Brasil do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato será anunciada pela Corte de Bolonha no início da tarde desta terça-feira, 28. A previsão é que a resposta seja anunciada às 14 horas, no horário de Brasília (17 horas do horário italiano).

A informação foi confirmada tanto pelos advogados de Pizzolato como pelos representantes do governo brasileiro. O ex-diretor foi condenado por envolvimento no mensalão e atualmente está preso em Modena.

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Depois de mais de cinco horas de julgamento, os advogados de defesa e do Ministério Público italiano deixaram o tribunal indicando que um resultado sairá ainda nesta terça. Pizzolato chegou pouco antes do início da sessão ao tribunal, por volta das 7h, em um camburão fechado. A presença da imprensa na corte foi negada.

Se a opção do tribunal for a de rejeitar a extradição, o Brasil já indicou que vai recorrer da decisão, o que significa que o caso se arrastará por 2015, em uma Corte em Roma.

O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão por envolvimento no mensalão. Ele fugiu para a Itália ainda no segundo semestre de 2013 com um passaporte falso de um irmão morto há mais de 30 anos. Em fevereiro deste ano, ele acabou sendo descoberto na casa de um sobrinho na cidade de Maranello, no norte da Itália, e levado para a prisão de Módena.

Com dupla cidadania, a esperança de Pizzolato era a de garantir sua permanência no país europeu. O jornal O Estado de S. Paulo revelou com exclusividade, porém, que o Ministério Público da Itália deu um parecer favorável à extradição do brasileiro em abril deste ano, apesar de sua dupla cidadania. O chefe de gabinete do Ministério Público Federal brasileiro, Eduardo Pelella, prefere não se antecipar ao resultado. "Fizemos o nosso trabalho e agora é aguardar uma decisão da Justiça italiana. Não há como saber qual será essa decisão, mas o que é certo é que em caso de uma decisão não favorável podemos ainda recorrer", afirmou antes do começo do julgamento.

A Advocacia-Geral da União (AGU) informou nesta quinta-feira que o Brasil entregou todas as documentações necessárias para a análise da ação que discute o pedido de extradição de Henrique Pizzolato.

Segundo o órgão brasileiro, que acompanha o processo de extradição, a corte italiana afirmou não haver mais necessidade mais documentos. "Dentre as informações fornecidas pelo governo brasileiro, representado pela Advocacia-Geral, Ministério Público Federal e Ministério da Justiça, está a de que os trechos da decisão do Supremo Tribunal Federal que trata sobre o extraditando", diz nota oficial divulgada na tarde de hoje.

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"A Corte concordou com o posicionamento do Brasil e afastou o pedido da defesa de Pizzolato de que seria preciso anexar integralmente em italiano a decisão do STF", completa a nota oficial. Segundo a AGU, o caso foi acompanhado pelo Diretor do Departamento Internacional da Procuradoria-Geral da União (PGU), Boni de Moraes Soares, junto com representantes do Ministério Público Federal e do Ministério da Justiça. De acordo com ele, a corte conduziu os debates "de modo absolutamente técnico".

A Corte de Apelações de Bolonha, na Itália, decidiu, nesta quinta-feira, 5, adiar para 28 de outubro a decisão sobre a extradição do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, condenado por envolvimento no esquema do Mensalão.

A data da nova audiência foi marcada após três horas e meia de sessão, na qual advogados das duas partes foram ouvidos. De acordo com o defensor de Pizzolato, Alessandro Sivelli, a opção de postergar a decisão foi tomada porque o governo brasileiro não teria apresentado todos os documentos que garantem condições mínimas para o ex-diretor em presídios brasileiros. Já o advogado que representa o Ministério Público Federal do Brasil, Michelle Gentiloni, não se pronunciou até o momento.

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A Corte de Cassação Suprema de Roma rejeitou nesta quarta-feira recurso da defesa do ex-diretor do Banco do Brasil (BB) Henrique Pizzolato, que, mais uma vez, tentou tirar o cliente da prisão de Módena, na região da Emilia-Romagna, na Itália, para que ele aguarde em liberdade uma decisão sobre eventual extradição ao Brasil.

Com isso, Pizzolato, condenado no processo do mensalão, ficará preso pelo menos até a audiência, no dia 5. A Corte de Cassação Suprema realizou uma audiência na capital italiana ontem sobre a manutenção dele na cadeia. Pizzolato é considerado foragido da Justiça do Brasil desde novembro.

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Antes da resolução, os advogados do ex-diretor do BB consideram que não existe risco de fuga do cliente e indicaram que estão dispostos até mesmo que ele permaneça em prisão domiciliar, com o controle de um bracelete. Essa foi a posição que Pizzolato já tinha adotado num primeiro julgamento, em fevereiro, no Tribunal de Recurso de Bolonha. Mas, naquela ocasião, a Justiça apontou que existia o risco de fuga e, para completar, o Tribunal de Recurso não tinha naquele momento pulseiras disposição.

A apelação apresentada pela defesa fez com que o caso fosse enviado para a capital. Na hipótese de uma determinação favorável à soltura de Pizzolato, porém, advogados envolvidos no processo afirmaram que isso não significaria que ele seria solto no mesmo momento da sentença. O caso voltaria para Bolonha, que, então, decretaria a liberdade de Pizzolato.

Para tentar evitar a extradição ao Brasil, os advogados ainda insistirão na tese de que as condições dos cárceres brasileiros não atendem aos princípios básicos de Direitos Humanos. A reportagem revelou com exclusividade que o Ministério Público da Itália já deu o parecer favorável à entrega de Pizzolato e que considera que a situação dos presídios no Brasil não é motivo para não devolvê-lo ao País. Em 5 de outubro, a Justiça da Itália realiza a primeira audiência sobre a extradição.

Policiais federais cumpriram mandado de busca e apreensão na casa de Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil condenado no julgamento do mensalão a 12 anos e 7 meses de prisão. Os agentes procuraram documentos que comprovem a possível ocultação de bens de Pizzolato. Ele foi o único réu a fugir do País e foi preso em fevereiro pela polícia italiana.

A Operação Pizzo foi montada em conjunto pelo Ministério Público Federal e Polícia Federal para investigar evasão de divisas e lavagem de dinheiro. Informações do Escritório Central Nacional da Interpol, no Brasil, com o apoio de adidos policiais brasileiros no exterior indicam que Pizzolato tenha registrado bens em nome de parentes, inclusive de irmãos já falecidos.

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No apartamento de Pizzolato, em Copacabana, os agentes apreenderam dois computadores portáteis, documentos e mídias eletrônicas. O mandado de busca e apreensão foi autorizado pela 2ª Vara Federal Criminal.

Os procuradores também solicitaram à Itália o compartilhamento das provas colhidas a partir da prisão de Pizzolato, "notadamente dos dados constantes em computadores portáteis e equipamentos eletrônicos apreendidos em sua posse". Em nota, o MPF informa ainda que serão realizadas outras diligências no exterior.

Pizzolato tem cidadania italiana e vivia em Maranello com passaporte em nome de um irmão já morto. O julgamento do pedido de extradição para o Brasil está marcado para 5 de junho. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, já informou ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que Pizzolato deverá cumprir pena no Complexo Penitenciário da Papuda, caso seja extraditado.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu autorização ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, para fotografar e fazer vídeos do complexo penitenciário da Papuda, em Brasília. De acordo com ele, os registros a serem feitos durante a diligência são "imprescindíveis" para a instrução do processo de extradição do ex-diretor do Banco do Brasil (BB) Henrique Pizzolato.

Condenado por participação no esquema do mensalão, Pizzolato fugiu para a Europa no ano passado. Com cidadania brasileira e italiana, ele foi preso na Itália. No dia 5 de junho ocorrerá o julgamento do pedido do governo brasileiro para que o ex-diretor do BB seja extraditado. Em abril, autoridades italianas perguntaram ao Brasil se existem estabelecimentos prisionais que respeitam os direitos humanos no País para abrigar Pizzolato no caso de ele ser extraditado.

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"Conforme solicitação do ministro da Justiça italiano, o estado brasileiro deverá assegurar formalmente que, caso Henrique Pizzolato seja extraditado para o Brasil, o sentenciado cumprirá pena em um estabelecimento prisional onde sejam assegurados todos os seus direitos fundamentais", justificou Janot. Joaquim Barbosa revelou num despacho da semana passada que Pizzolato deverá cumprir pena na Papuda. No entanto, ele observou que pela Lei de Execução Penal um preso pode pedir que lhe seja garantido o direito de cumprir a pena num estabelecimento prisional próximo ao lugar onde vive a família.

A extradição de Pizzolato para o Brasil não é certa. Como ele tem cidadania italiana, o governo daquele país pode recusar a entrega para o Brasil. Num episódio parecido, a Itália resolveu não extraditar o ex-banqueiro Salvatore Cacciola. Ele apenas foi extraditado para o Brasil após ter viajado para Mônaco.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, informou ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que o ex-diretor do Banco do Brasil (BB) Henrique Pizzolato deverá cumprir pena no complexo penitenciário da Papuda se for extraditado pelo Itália.

Condenado por envolvimento com o esquema do mensalão, Pizzolato fugiu no ano passado para a Europa. Com cidadania italiana e brasileira, ele foi localizado na Itália. O julgamento do pedido de extradição está marcado para 5 de junho.

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No despacho, Joaquim Barbosa afirma que Pizzolato deverá cumprir a pena na Papuda, em Brasília. Mas ele ressalta que pela Lei de Execuções Penais um preso pode pedir que lhe seja garantido o direito de cumprir a pena num estabelecimento prisional próximo ao lugar de residência da família.

Dois procuradores regionais da República viajarão para a Itália para acompanhar o julgamento do processo de extradição do ex-diretor do Banco do Brasil (BB) Henrique Pizzolato na Corte de Apelação de Bolonha. A audiência foi marcada para 5 de junho.

Conforme informações divulgadas pela Procuradoria Geral da República, os procuradores Vladimir Aras e Eduardo Pelella vão se reunir com autoridades italianas e com advogados contratados pelo governo brasileiro para acompanhar o processo. A Advocacia Geral da União (AGU) contratou o escritório de advocacia Studio Gentiloni Silveri - Diritto Penale para atuar no caso.

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Condenado por participação no esquema do mensalão, Pizzolato fugiu para a Europa no ano passado. Em 5 de fevereiro deste ano, ele foi localizado e preso na Itália. As autoridades brasileiras tomaram providências e pediram a extradição dele.

Mas a devolução do ex-diretor do BB para o Brasil não é garantida. Pizzolato tem dupla cidadania: brasileira e italiana. Pelo tratado de extradição assinado pelos dois países, a Itália poderá se recusar a extraditar um nacional. Num caso semelhante, Itália recusou a extradição do ex-banqueiro Salvatore Cacciola. Ele somente foi extraditado para o Brasil após ter viajado para Mônaco. Em abril, autoridades italianas perguntaram oficialmente às brasileiras se existem estabelecimentos prisionais que respeitam direitos humanos no País para abrigar Pizzolato no caso de ele ser extraditado.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, informou nesta quarta-feira que uma equipe de integrantes do Ministério Público Federal viajará para a Itália para discutir com um advogado contratado naquele país a estratégia para atuar no processo de extradição do ex-diretor do Banco do Brasil (BB) Henrique Pizzolato.

Condenado por envolvimento com o esquema do mensalão, Pizzolato também tem cidadania italiana e fugiu para a Europa no ano passado. Descoberto, ele foi preso e aguarda decisão da Justiça italiana sobre o requerimento de extradição. De acordo com Janot, a pedido do Ministério Público, a Advocacia Geral da União está contratando ou vai contratar um advogado na Itália para acompanhar especificamente esse processo. "Assim que houver a contratação, uma equipe do Ministério Público Federal irá à Itália para se entender com o advogado e estabelecer a estratégia de atuação no processo", revelou Janot.

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Ele observou que já houve uma primeira manifestação do Ministério Público italiano favorável à extradição. No entanto, as autoridades daquele país querem saber se existe presídio no Brasil com condições de receber o ex-diretor do BB e se nesse estabelecimento penitenciário são respeitados os direitos humanos.

Às vésperas de uma decisão do presidente do STF, Joaquim Barbosa, sobre o pedido do ex-ministro José Dirceu para trabalhar fora da prisão, Janot disse que concorda com o benefício. Ele não quis fazer avaliações sobre reclamações de que Barbosa estaria demorando para tomar a decisão. "O tempo judicial é um tempo, o tempo econômico é outro, o tempo social é outro, o tempo antropológico é outro", afirmou.

O procurador comentou a declaração do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que o julgamento do mensalão teria sido 80% político. "O ex-presidente Lula, como todo cidadão brasileiro, tem o direito de externar a sua opinião. Eu só não concordo com ele", afirmou. Para Janot, o julgamento foi técnico e jurídico, baseado em provas e respeitou garantias constitucionais, como o direito de defesa.

O Ministério Público da Itália se manifestou pela extradição de Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil condenado no julgamento do mensalão a 12 anos e 7 meses de prisão. O parecer da promotoria italiana pegou as autoridades brasileiras de surpresa.

O caso será agora avaliado pelos juízes do Tribunal de Bolonha em uma audiência que deve ocorrer na segunda metade de maio. Para fontes diplomáticas e pessoas próximas ao processo, a posição do Ministério Público da Itália é um passo considerado como "importante" dado o histórico da Justiça do país europeu de rejeição a pedidos de extradição do gênero.

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Pizzolato foi condenado em 2012 pelo Supremo Tribunal Federal por corrupção, peculato e lavagem de dinheiro. Mas fugiu para a Itália antes da execução da pena, com passaporte falso de um irmão morto há 35 anos. Em fevereiro deste ano, foi descoberto na casa de um sobrinho na cidade de Maranello, norte da Itália, e levado para a prisão de Módena, próximo dali.

Acadêmicos do Brasil e da Itália vinham considerando a possibilidade extradição baixa, já que Pizzolato também é cidadão italiano e, por tradição, Roma não deporta seus nacionais. Ainda assim, o governo brasileiro encaminhou o pedido. O parecer do Ministério Público italiano foi encaminhado ao Judiciário no início de abril.

No documento, os promotores consideram que Pizzolato não sofreu um processo político no Brasil, como foi argumentado por ele e por seus advogados. Os italianos consideraram que o julgamento no Supremo, mesmo tendo ocorrido apenas em uma instância, foi adequado. Isso ocorreu pois o processo do mensalão também envolvia políticos com mandato no Congresso e, portanto, com prerrogativa de foro.

O Ministério Público de Bolonha também não considera que a situação das prisões brasileiras seja um obstáculo, com a condição de que, uma vez extraditado, as autoridades nacionais garantam que condições mínimas sejam atendidas. Na semana passada, atendendo a um pedido da Justiça italiana, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, peticionou o Supremo e o Ministério da Justiça para que indique estabelecimento prisional para abrigar Pizzolato, caso seja decidida a extradição.

"O objetivo é o esclarecimento quanto à existência de unidade carcerária em que sejam respeitados os direitos fundamentais da pessoa humana", justificou Janot. O STF e o Ministério da Justiça informaram ao Estado que ainda analisam a demanda da procuradoria.

Recurso. Se a Justiça italiana decidir pela extradição, Pizzolato ainda poderá recorrer antes que o caso chegue às mãos do Ministério da Justiça do país europeu - as decisões por extradição são, no fim, políticas.

 

Na sua defesa, Pizzolato afirmou: "Fui condenado ao final de um processo político por parte do órgão judiciário supremo, ao lado de ministros do governo Lula e de deputados do Partido dos Trabalhadores. Diferente do que é previsto no ordenamento brasileiro, não fui julgado em outros graus, provavelmente porque estou ligado ao sindicato e ao partido." Ele apela para cumprir a pena na Itália. "Quero ficar na Itália até o fim da minha vida. Não tenho mais para onde ir."

Pizzolato ainda terá de responder por ter usado passaporte e outros documentos falsos na Itália. Há também a suspeita de lavagem de dinheiro em negócios ligados ao ex-aliado de Silvio Berlusconi, Valter Lavitola. Caso seja condenado por algum desses crimes, ele poderá cumprir a pena equivalente no Brasil se for mesmo extraditado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Grupo Anti-Máfia da Justiça italiana suspeita do envolvimento do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado no processo do mensalão, em um esquema de lavagem de dinheiro comandado por um ex-aliado de Silvio Berlusconi Valter Lavitola, e deve abrir um novo processo contra o brasileiro. Em depoimento a promotores italianos, Pizzolato confirmou que conhecia Lavitola, hoje preso em Nápoles por conta de uma amplo esquema de corrupção.

O Estado de S. Paulo revelou em sua edição desta terça-feira que a Justiça italiana havia descoberto ligações financeiras entre o brasileiro e o homem forte de Berlusconi. Por enquanto, Pizzolato havia sido ouvido apenas na condição de testemunha. Mas as suspeitas convenceram o MP a aprofundar o caso.

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Pizzolato foi condenado no Brasil pelo esquema do mensalão. Mas fugiu para a Itália ainda no segundo semestre de 2013. Em fevereiro, acabou sendo descoberto na casa de um sobrinho na cidade de Maranello, no norte da Itália, e levado para a prisão de Módena. No final do mês passado, Pizzolato recebeu a visita de um promotor que colheu seu depoimento, depois que as autoridades italianas descobriram os indícios da relação com Lavitola.

No depoimento, o brasileiro evitou entrar em detalhes e apenas confirmou que conhecia o italiano, que havia morado no Rio de Janeiro. A polícia italiana identificou ligações telefônicas e emails entre os dois suspeitos, no que aparenta ser um esquema de lavagem de dinheiro. No Brasil, Lavitola também manteve relações com doleiros.

Questionado pelo Estado de S. Paulo, o advogado de Pizzolato em Modena, Lorenzo Bergami, se recusou a dar detalhes do caso. "Eu não sei de nada sobre esse depoimento", disse. Depois de ser informado pela reportagem que a informação já havia sido publicada no Brasil, ele mudou sua versão e indicou que,de fato,Pizzolato havia sido ouvido por um promotor. "Mas não sei o que falou. Ele estava sem advogado no momento", explicou. Bergami defende Pizzolato no processo de extradição solicitada pelo Brasil no Tribunal de Bolonha.

Diante das informações colhidas, o promotor encarregado do caso em Nápoles, Vincenzo Piscitelli, vai agora realizar uma segunda rodada de investigações. Pizzolato deve ser ouvido uma vez mais. Mas o Ministério Público da Itália já indicou que as suspeitas são suficientes para abrir um caso contra o brasileiro justamente por lavagem de dinheiro.

As informações que ligam Pizzolato a Lavitola já estavam de posse da Justiça italiana antes mesmo da fuga do brasileiro. Mas seu nome apenas soou o alerta do Grupo Anti-Máfia depois da polêmica sobre sua saída do Brasil.

O nome de Pizzolato apareceu quando o grupo passou a investigar o operador por conta de diversos escândalos financeiros de Berlusconi, principalmente no pagamento de propinas para o governo do Panamá.

Em 2011, Lavitola fugiu para o país centro-americano depois de ser indiciado por intermediar supostas propinas da gigante Finmeccanica para o governo panamenho, avaliadas em US$ 24 milhões. Mas acabou se entregando um ano depois e hoje está detido nas proximidades de Nápoles. Lavitola ainda é acusado de extorsão por supostamente ter exigido do ex-chefe de governo da Itália 5 milhões de euros para manter seu silêncio em relação aos crimes de Berlusconi. Lavitola agiu, segundo as investigações em Nápoles, como intermediário no pagamento de propinas em diversos setores, sempre em nome de empresas italianas.

O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato prestou depoimento à Justiça Italiana sobre suposto envolvimento com o italiano Valter Lavitola, conhecido como operador do ex-premiê italiano Silvio Berlusconi. Investigações conduzidas pela Justiça italiana apontam que Henrique Pizzolato mantinha uma "relação estreita" com Lavitola, que já morou no Brasil e hoje está preso nas proximidades de Nápoles. Os indícios apontam para a existência de "negócios conjuntos" que envolveria interesses de empresas de telecomunicações italianas no Brasil.

Pizzolato foi condenado no processo do mensalão no Brasil, mas fugiu para a Itália antes de ser detido. Em fevereiro, depois de cinco meses foragido, ele foi capturado em Maranello, após entrar no país europeu com documentos falsos de um irmão morto há mais de 30 anos. Por envolvimento com o mensalão, ele foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal a pena de 12 anos e 7 meses de prisão pelos crimes de corrupção, peculato e lavagem de dinheiro.

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Fontes da Interpol revelaram ao Estado que as conexões entre Pizzolato e Lavitola apareceram depois da prisão do brasileiro em fevereiro. O condenado no mensalão foi interrogado no fim do mês passado, quando ele já estava preso, aguardando o processo de extradição para o Brasil. Autoridades brasileiras foram informadas sobre o depoimento.

Mas a Justiça italiana indicou à reportagem que a apuração está "apenas começando" e que Pizzolato deve ser ouvido novamente nos próximos dias. Integrantes da Interpol não precisaram se Pizzolato foi ouvido como testemunha ou indiciado.

Acusação

Lavitola foi acusado pela Justiça italiana de ter facilitado uma série de esquemas financeiros comprometendo Berlusconi, que acaba de ser condenado a trabalhos sociais por causa dos processos nos tribunais. O italiano fugiu para o Panamá, depois de ser indiciado em 2011. Mas se entregou em 2012 e retornou a Roma.

Ex-editor do jornal Avanti, Valter Lavitola é acusado de ter pago US$ 24 milhões em propinas às autoridades do Panamá para que o governo centro-americano fechasse um acordo para a compra de radares e outros equipamentos militares da gigante industrial italiana Finmeccanica.

Lavitola também foi acusado de extorsão contra Berlusconi, supostamente exigindo 5 milhões por seu silêncio em relação às atividades do ex-primeiro-ministro italiano.

O suspeito também é apontado pela Justiça italiana como frequente hóspede da Vila Certosa, a casa de verão de Berlusconi onde festas polêmicas - conhecidas como "bunga-bunga" - eram organizadas.

O italiano era ainda sócio do empresário da cidade de Bari Giampaolo Tarantini, que admitiu perante os juízes ter contratado prostitutas de luxo para as festas de Berlusconi. Desde a quinta-feira passada, o Estado tenta contato com os advogados de Pizzolato na Itália, mas não houve resposta aos pedidos. A reportagem também não conseguiu nos últimos dias contato com advogados de Lavitola. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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