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A fala do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre reagir com “pólvora” diante de uma eventual sanção do presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, ao Brasil deu o que falar entre os políticos, mas também foi motivo de ironias nas redes sociais e fora delas. Um restaurante do Rio de Janeiro, nessa quarta-feira (11), distribuiu estalinhos aos seus clientes. 

As bombinhas populares nas festas juninas, que produzem um fraco estampido, foram doadas durante o almoço da Casa Porto, no Largo de São Francisco da Prainha, do produtor cultural Raphael Vidal, “para ajudar os brasileiros a se defenderem na guerra contra os EUA”.

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“Além de aumentarmos a incidência de saliva nacional, vamos contribuir hoje para nosso poderio de pólvora contra os Yankees”, ironiza uma publicação na rede social do restaurante.

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O embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Todd Chapman, publicou na noite de terç-feira (10) uma mensagem congratulando o Corpo de Fuzileiros Navais americano pelo aniversário de 245 anos. O vídeo que acompanha a publicação feita pelo embaixador relata que o destacamento é o "maior do mundo" e está "sempre de prontidão para responder de forma rápida, seja por terra, ar ou mar".

A publicação de Chapman foi feita horas depois de o presidente Jair Bolsonaro falar em usar "pólvora", no lugar da diplomacia, em resposta a uma declaração do presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden. Ainda durante a campanha eleitoral americana, o democrata aventou a possibilidade da imposição de sanções ao Brasil por causa do desmatamento e das queimadas na região.

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Questionada, a Embaixada dos Estados Unidos em Brasília respondeu, nessa quarta-feira (11), que o vídeo não tem relação com as declarações de Bolsonaro. "O vídeo do Corpo de Fuzileiros Navais de ontem (anteontem), em produção há mais de uma semana, foi publicado para comemorar o aniversário do Corpo de Fuzileiros Navais, não para qualquer outro propósito", disse a assessoria de imprensa da Embaixada dos Estados Unidos.

Na mensagem publicada em sua conta no Twitter, Chapman escreveu que o "Destacamento de Fuzileiros Navais na Embaixada e nos Consulados dos Estados Unidos compartilha uma longa história e uma relação importante e duradoura com a diplomacia, que nos permite construir com segurança uma relação bilateral mais forte com o Brasil".

Uma das passagens do vídeo publicado pelo embaixador americano mostra fuzileiros navais americanos perfilados à frente do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, e marchando na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Ainda no vídeo, Chapman afirma que o Corpo de Fuzileiros Navais mantém homens no Brasil para a proteção das missões diplomáticas dos EUA.

Repercussão

A declaração de Bolsonaro foi considerada "infeliz" por oficiais e feita em momento "inconveniente", dada a necessidade futura de estabelecer um vínculo com o governo Joe Biden. O presidente expressou com uma figura de linguagem, segundo generais, um conceito que costuma ser estudado na diplomacia e nas Forças Armadas, a "ultima ratio regis", que significa, em latim, a "última razão dos reis", ou último recurso para um conflito.

Um dia após Jair Bolsonaro reagir ao presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, e admitir a possibilidade de usar "pólvora" para resolução de conflitos, auxiliares do Palácio do Planalto disseram não haver arrependimento do presidente sobre as declarações que aumentaram a tensão com o democrata americano. O discurso inflamado da terça-feira (10) provocou perplexidade no Congresso e no Supremo Tribunal Federal, mas se transformou em meme de guerra nas redes sociais.

"Exército brasileiro se aquecendo pra guerra contra os EUA", dizia um post publicado ontem no Instagram, com um vídeo que mostrava oficiais rebolando. Depois de Bolsonaro afirmar que, "quando acaba a saliva, tem que ter pólvora", o Exército virou piada.

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As Forças Armadas brasileiras foram expostas ao ridículo nas mídias digitais, com imagens de recrutas pintando meio-fio com cal exibidas ao lado de fuzileiros navais dos EUA. Oficiais da ativa disseram, reservadamente, que o episódio levou a comparações "completamente descabidas", como analisar o poderio bélico dos EUA e do Brasil.

No Planalto, porém, a "explosão" de Bolsonaro foi tratada como "pontual" e a expectativa é de que ele volte a baixar o tom. A retomada do estilo "bateu, levou" ocorreu quatro dias depois de o Ministério Público do Rio ter pedido a cassação do mandato de seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), por envolvimento no caso das "rachadinhas".

Em cerimônia que tinha na plateia empresários do turismo, o presidente, sem citar Biden, partiu para o ataque ao comentar a ameaça feita pelo democrata, ainda na campanha, de aplicar sanções ao Brasil, caso não haja atuação do governo para combater a destruição da Amazônia. Disse que uma solução apenas diplomática pode não ser possível. "Assistimos um grande candidato a chefia de Estado dizer que, se eu não apagar o fogo da Amazônia, ele levanta barreiras comerciais contra o Brasil. E como é que podemos fazer frente a tudo isso? Apenas a diplomacia não dá, não é, Ernesto?", perguntou ele ao chanceler Ernesto Araújo. "Quando acaba a saliva, tem que ter pólvora, senão não funciona."

'Canhão'

Na avaliação do ex-secretário de Assuntos Estratégicos Maynard de Santa Rosa, a frase foi inconveniente. "Isso não se fala. Não cabia apelar para isso agora, uma precipitação que só atrapalha", reagiu o general da reserva. "Em tese, Bolsonaro pode ter razão: quando falha a argumentação, o canhão é que dá a resposta. Mas teria que ser mais diplomático."

Na mesma cerimônia, ao se referir à pandemia de Covid-19, Bolsonaro disse que o Brasil precisa deixar de ser "um país de maricas" e enfrentar a doença. Depois, publicou o discurso nas redes sociais. A militância mais radical do bolsonarismo comemorou a volta do presidente ao velho figurino. Ministros do STF, por sua vez, consideraram um "equívoco" a estratégia de Bolsonaro de aposentar o estilo "paz e amor" e adotar um tom mais agressivo, politizando a discussão em torno da pandemia.

Bolsonaro está irritado com a cobrança para que se pronuncie sobre a vitória de Biden. Aliado de Donald Trump, ele continua firme no propósito de se manifestar apenas após o fim das ações judiciais movidas pelo atual ocupante da Casa Branca que, sem provas, alega fraude na votação e não aceita a derrota.

Para o senador Otto Alencar (BA), líder da bancada do PSD, o presidente criou "atritos desnecessários" e deve ficar ainda mais isolado internacionalmente. "Bolsonaro critica a vacina da China, o maior parceiro comercial do Brasil, e o presidente eleito dos Estados Unidos, o segundo maior parceiro. Vai ficar isolado. Desafiar outro país não é o que se espera de um estadista", disse Alencar.

O líder da bancada do PT na Câmara, Ênio Verri (PR), e o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) protocolaram ação na Procuradoria-Geral da República que acusa Bolsonaro de crime de responsabilidade por tentar impedir o desenvolvimento da vacina produzida pela chinesa Sinovac. Ainda ontem, no entanto, a Anvisa voltou atrás e autorizou a retomada dos testes.

Agentes da 27ª e 65ª  Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) apreenderam, na tarde deste domingo (24), mais de 200 espadas e explosivos nas cidades de Bonfim de Feira e Muritiba, no interior da Bahia.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-Ba) foram encontradas 152 espadas em uma casa abandonada, em São José do Itaporã, zona rural de Muritiba. As armas foram encaminhadas para a 27ª CIPM. Já na cidade de Bonfim de Feira, uma faca, oito quilos de pólvora, barbantes, bacias, pilão, 53 tubos e 62 espadas foram encontrados em um imóvel após uma denúncia.

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O major Marcos Davi informou que os policiais encontraram os explosivos após uma denúncia. "Recebemos uma denúncia anônima no telefone funcional da unidade informando sobre a fabricação de espadas e as guarnições foram averiguar", disse o comandante da 27ª CIPM.

Foto: Divulgação / SSP-Ba

Continua grave o estado de saúde dos dois homens, vítimas de uma explosão em uma fábrica de pólvora em Barreiros, na Mata Sul de Pernambuco. Após o acidente, na última sexta-feira (20), os dois foram encaminhados ao Hospital da Restauração, no Derby, Zona Central do Recife.

Manassés Rodrigues da Silva, de 45 anos, está internado na Unidade de Tratamento de Queimados do hospital, e Ernesto de Moura, 36, está na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Segundo informações da assessoria do HR, o quadro dos dois é estável. Ainda não se sabe quando eles terão alta.

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Susto - A explosão ocorreu na fábrica Elephant Indústria Química, localizada em Barreiros, na Zona da Mata Sul do Estado. O funcionário Valdomiro Luiz José, de 50 anos, morreu no acidente.

O Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) informou hoje que não foram encontrados vestígios de pólvora nas mãos do jogador Adriano. Segundo a polícia, o resultado deu negativo também na perícia feita nas mãos de Adriene Cyrilo, de 20 anos, que foi atingida por um tiro na mão na véspera de Natal, dentro do carro do atacante do Corinthians, na saída de uma boate na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro.

O atacante prestou depoimento na última quinta-feira, 29, e participou da reconstituição da cena na qual teria ocorrido o tiro acidental que atingiu a mão esquerda de Adriene. Como as versões do atleta e da jovem são conflitantes - ela diz que a arma estava na mão de Adriano, que argumenta o contrário -, todos passaram por uma acareação.

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