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O presidente filipino, Rodrigo Duterte, ofereceu-se como voluntário para testar a nova vacina russa contra o coronavírus, anunciou o porta-voz do governo nesta quarta-feira (12). 

Duterte afirmou que tem "grande confiança" nos esforços da Rússia para acabar com a pandemia. "Acredito que a vacina produzida é realmente boa para a humanidade", declarou Duterte. "Serei o primeiro a testá-la", completou.

O porta-voz de Duterte, Harry Roque, explicou nesta quarta-feira que o presidente, conhecido por suas polêmicas, não estava brincando. "Ele é velho. Pode sacrificar sua vida pelo povo filipino", disse.

As autoridades de saúde filipinas anunciaram uma reunião com representantes do centro russo Gamaleya, que desenvolveu a vacina.

Na terça-feira, o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou que seu país desenvolveu a "primeira" vacina contra a COVID-19 que assegura uma "imunidade duradoura".

Muitos cientistas ocidentais, no entanto, expressaram ceticismo a respeito da velocidade de desenvolvimento da vacina.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) reagiu de maneira prudente e recordou que a "pré-qualificação" e a homologação de uma vacina exigem um procedimento "rigoroso".

O presidente Putin afirmou que uma de suas filhas foi vacinada com a denominada Sputnik V, em referência ao primeiro satélite que a União Soviética colocou em órbita em plena Guerra Fria.

Filipinas, com 107 milhões de habitantes, é o segundo país mais afetado do Sudeste Asiático, depois da Indonésia.

A epidemia deixou 143.000 infectados e mais de 2.400 mortos no país.

Na semana passada, mais de 27 milhões de pessoas retornaram ao confinamento, especialmente em Manila e nas regiões próximas à capital.

"Será que ficou bebendo a noite toda?", pergunta um internauta nas redes sociais, referindo-se à aparência do presidente filipino em uma foto que viralizou durante sua visita à Rússia. Rodrigo Duterte, de 74 anos, se reuniu na quarta-feira (2) em Moscou com o primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev.

Nas fotos oficiais do aperto de mão, o presidente filipino parece com sua gravata desalinhada. "O senhor acabou de sair de um bar?", pergunta outro usuário russo.

Em um comunicado, Salvador Panelo, porta-voz de Duterte, explicou que o presidente filipino desfez a gravata, porque se sentia "sufocado e desconfortável", já que o nó estava muito apertado. O porta-voz disse ainda que Rodrigo Duterte "é muito elegante" e que "seu corpo emite um cheiro refrescante que as pessoas próximas a ele podem sentir".

Frequentemente visto com suas roupas casuais, o presidente Duterte já afirmou que odeia usar meias e não tem ternos. Ele também masca chiclete em público, como fez durante uma reunião com o líder chinês, Xi Jinping, para aliviar a dor nas costas.

O presidente filipino, também conhecido por suas declarações provocativas e por sua violenta política de combate ao crime, faz uma visita oficial à Rússia. A agenda inclui uma reunião com o presidente Vladimir Putin, em Sochi (sul).

O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, que costuma aparecer em público mascando chiclete, inclusive em reuniões oficiais, afirmou que este hábito o ajuda a aliviar as dores nas costas.

Desde que foi eleito em 2016, o dirigente de 72 anos se destaca de seus colegas por usar uma linguagem às vezes grosseira e se vestir de forma informal.

Duterte explicou em uma reunião privada seu hábito de mascar chiclete e até brincou a respeito.

"Eu masco chiclete porque mastigar alivia minhas dores", disse, segundo transcrições de seu discurso divulgadas nesta sexta por seu gabinete.

Ele deu a entender que tem problemas na coluna, mas não confirmou. "Alivia um pouco", acrescentou.

Um deputado filipino de oposição, Gary Alejano, apresentou nesta quinta-feira (16) ao Congresso do país um pedido de impeachment ao polêmico presidente Rodrigo Duterte acusando-o de abuso de poder, corrupção, traição e crimes graves relacionados às milhares de mortes resultantes da sua campanha contras as drogas. Segundo o deputado, o mandatário da nação asiática é acusado desde ocultar ativos e bens, até apoiar o assassinato de milhares de cidadãos e estrangeiros na sua guerra contra o tráfico e liderar um "esquadrão da morte" no país enquanto ainda era prefeito de Davao.

"Nosso objetivo com essa reclamação é de ser um veículo para os filipinos para terem uma voz para se opor e lutarem contra os abusos e crimes do presidente Duterte", disse Alejano durante uma coletiva de imprensa que foi televisionada. De acordo com o filipino, o líder do país é "culpado de violar a Constituição, de participar de suborno, de trair a confiança popular, [de cometer] enganações, corrupção e outros crimes".

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Alejano afirmou que sabe que será difícil conseguir que o seu pedido de impeachment avance na Câmara e no Senado já que Duterte tem grande apoio dos políticos das Casas. "Nós sabemos que os números estão contra nós e que estamos enfrentando um grande desafio. Mas nós ainda acreditamos que o impeachment deveria ser uma luta não só no interior do Congresso, mas também fora.

Há a Igreja, escolas, sociedade civil e muitos filipinos que não votaram e não apoiam as políticas do presidente Duterte", concluiu o deputado. Representantes do governo, como o porta-voz do mandatário, Ernesto Abella, já comentaram sobre o pedido para retirar o líder do poder afirmando que Alejano só quer criar caos, confusão e dúvidas na administração do presidente do país e que o impeachment é apenas um complô da oposição.

Duterte tomou posse em junho do ano passado com a promessa de combater o narcotráfico nas Filipinas. Seu governo mantém uma linha de tolerância-zero contra crimes que envolvem drogas ilícitas e quer retomar a pena de morte, abolida em 2006 por pressão da Igreja Católica. Desde que a sua "força-tarefa" contra as drogas foi implementada no país, 8 mil pessoas foram mortas, cerca de 2,5 mil delas assassinadas durante operações.

Além disso, no início de setembro do ano passado, Duterte causou polêmica por ter chamado o mandatário norte-americano da época, Barack Obama, de "filho da p..." quando questionado sobre execuções de traficantes. Pouco depois, ele também ofendeu a União Europeia e mandou a direção do bloco "se f...". Por fim, se comparou ao líder nazista Adolf Hitler, relacionando sua política antidrogas com o extermínio de judeus.

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