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Brasília – Vice-ministros das Relações Exteriores dos países que constituem o grupo do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) divulgaram hoje (24) um comunicado sobre a sequência de levantes no Oriente Médio e no Norte da África conhecida como Primavera Árabe, no qual reconhecem a legitimidade das aspirações dos povos que vivem na região por direitos políticos e sociais melhores.

“Os vice-ministros de Relações Exteriores chegaram a um consenso de que os processos de transformação na região criaram a necessidade de buscar formas de lidar com as crises no Oriente Médio e no Norte da África no âmbito do direito internacional apenas por meio de meios pacíficos, sem recorrer ao uso da força, por meio do estabelecimento de um amplo diálogo e com o devido respeito pela independência, integridade e soberania dos países”, ressaltou o comunicado.

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Os Brics enfatizaram ainda a necessidade de “pleno respeito” aos direitos humanos por todas as partes envolvidas – sobretudo por autoridades na proteção de civis desarmados.

 

O Conselho Supremo das Forças Armadas do Egito concordou em formar um governo de salvação nacional e passar completamente o poder às autoridades civis até julho de 2012, disse nesta terça-feira o político Selim al-Awwa à agência estatal de notícias MENA, citada pela agência France Presse (AFP). A junta militar concordou com a passagem de poder após quatro dias de manifestações na praça Tahrir do Cairo e violentos confrontos com os opositores, que deixaram pelo menos 29 mortos.

A junta militar egípcia enfrenta a pior crise política desde a queda de Hosni Mubarak em 11 de fevereiro. "Foi acordado na reunião, presidida pelo vice dirigente do Conselho das Forças Armadas, Sami Enam, que será formado um governo de salvação nacional, o qual implementará os objetivos da revolução", disse Awwa, pré-candidato presidencial que participou do encontro.

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Awwa disse que também foi acordado que "o poder deverá ser transferido a um presidente civil eleito, até no máximo o final de junho de 2012".

As informações são da Dow Jones.

O gabinete do primeiro-ministro do Egito, Essam Sharaf, renunciou nesta segunda-feira em meio às recentes manifestações contrárias ao governo. Num comunicado divulgado pela agência de notícias estatal MENA, o porta-voz do gabinete, Mohammed Hegazy, disse que "o governo do primeiro-ministro Essam Sharaf entregou sua renúncia ao Conselho Supremo das Forças Armadas." Ele acrescentou que, "dadas as circunstâncias difíceis em que o país se encontra, o governo continuará trabalhando" até que a renúncia seja aceita. Pelo menos 24 pessoas foram mortas nos últimos três dias nas manifestações e na repressão aos protestos no Egito.

A Coalizão da Revolução Jovem e o movimento 6 de abril pediram a renúncia imediata de Sharaf e a formação de um governo "de salvação nacional". Os grupos também pediram que ocorram eleições presidenciais em abril de 2012.

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Durante esta segunda-feira, manifestantes acampados na praça Tahrir do Cairo voltaram a exigir a renúncia da junta militar que governa o país desde 11 de fevereiro, quando caiu em revolução popular o regime de Hosni Mubarak. O Egito terá eleições para a Assembleia Constituinte em 28 de novembro. Mas a explosão da violência, que começou no sábado, reflete a frustração e a confusão que tomaram conta do cenário político do país desde a queda de Mubarak.

Os militares afirmam que entregarão o poder aos civis apenas após as eleições presidenciais, as quais prometeram vagamente realizar em 2012 ou até em 2013. Os manifestantes pedem uma transição imediata para um governo civil.

"O que isso significa, transferência de poder apenas em 2013? Isso quer dizer que ele quer ficar mandando no país até lá", disse um jovem manifestante, Mohammed Sayyed, a respeito do marechal Hussein Tantawi, chefe da junta militar. "As pessoas estão frustradas. Nada mudou para melhor aqui no Egito", disse o jovem.

O chefe dos necrotérios do Cairo disse que o número total de mortos subiu nesta segunda-feira a 24, desde que os confrontos começaram no sábado. Ele falou sob anonimato. Centenas de manifestantes foram feridos, de acordo com as autoridades. No domingo, a crise se agravou quando o ministro da Cultura, Emad Abu Ghazi, renunciou em protesto contra a violência.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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