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Observadores da Organização das Nações Unidas (ONU) ficaram sob fogo nesta quinta-feira quando tentavam chegar ao local do mais recente massacre que aconteceu na Síria - cerca de 80 pessoas, incluídas mulheres e crianças que foram mortas a tiros e a facadas. As mortes, que ocorreram em Mazraat al-Qubair, na província de Hama, podem ter sido a quarta matança de civis na Síria nas últimas duas semanas. A oposição acusa o governo sírio de ser o responsável pelas mortes. O governo negou responsabilidade e acusou "terroristas".

A informação sobre o ataque aos observadores partiu do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. Segundo ele, os observadores tentavam chegar às fazendas, na província de Hama, quando o carro em que estavam sofreu o disparo de armas leves. Nenhum observador ficou ferido, disse Ban. Os observadores tiveram que voltar pela estrada e não puderam entrar no vilarejo de Mazraat al-Qubair.

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O enviado especial da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Liga Árabe para a Síria, o ex-secretário-geral da ONU, Kofi Annan, advertiu hoje contra a permissão de que "assassinatos em massa virem parte da realidade diária na Síria". Annan negociou um plano de cessar-fogo entre governo e opositores sírios que deveria ter vigorado a partir de 12 de abril, mas a trégua foi repetidamente desrespeitada. "Se as coisas não mudarem, o futuro tende a ser de repressão brutal, massacres, violência sectária e mesmo uma guerra civil", disse Annan.

O vilarejo de Mazraat al-Qubair, uma comunidade agrícola de 160 pessoas, a maioria beduínos, fica na província de Hama, na Síria central. Ativistas dizem que os moradores são muçulmanos sunitas, mas estão cercados por vilarejos de muçulmanos alaiutas. Os alauitas são um ramo dissidente do Islã xiita e são uma minoria na Síria, cerca de 10% da população. A maioria dos sírios, 76%, é de sunitas. O presidente sírio Bashar Assad é alauita.

Um morador disse que tropas bombardearam o vilarejo por cinco horas na quarta-feira, antes que milícias do governo, conhecidas como shabiha (fantasmas, em árabe) invadissem Mazraat al-Qubair em busca de soldados desertores. A maioria dos shabiha são alauitas e temem a oposição síria, cuja maioria é formada por sunitas. O morador disse que os shabiha "mataram todos que puderam alcançar".

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

A oposição síria acusou forças do governo do presidente Bashar Assad de desfecharem mais um massacre de civis nesta quarta-feira, desta vez na província de Hama. O número de civis mortos ainda não está claro. Segundo o jornal libanês An Nahar, pelo menos 47 civis, a maioria mulheres e crianças, foram chacinadas no vilarejo de Mazraat al-Qubair, na província de Hama. A versão on line do jornal libanês cita os Comitês de Coordenação Local, um dos grupos opositores sírios. Já a Sky News, ao citar o Conselho Nacional da Síria, afirmou que foram mortas 78 pessoas em uma matança que aconteceu em Hama.

Se confirmada, a matança se somará a outros episódios violentos que aconteceram nesta quarta-feira na Síria - mais cedo, insurgentes e desertores sírios atacaram tropas do governo ao redor de Damasco. Pelo menos 18 pessoas teriam sido mortas em episódios violentos no país nesta quarta-feira, sem contar os civis que teriam sido chacinados em Mazraat al-Qubair. "Confrontos violentos ocorreram no subúrbio de Harasta entre tropas do governo e insurgentes", disse o Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, organização opositora com sede em Londres.

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Mais cedo, os insurgentes partiram para a ofensiva não apenas nos subúrbios de Damasco, como também na cidade costeira de Latakia. Um estudante foi morto por forças do regime em Hreitan, na província de Alepo, disse o Observatório. Outros dois civis foram mortos em um tiroteio no vilarejo de Sheikh Issa.

Na província sulista de Deraa, confrontos entre soldados regulares e desertores no vilarejo de Lajat deixaram três soldados do governo mortos e oito feridos, disse o Observatório. Três outros soldados também foram mortos por insurgentes no vilarejo de Srakeb, na província de Idlib, perto da Turquia.

AS informações são da Associated Press, Dow Jones e do diário An Nahar.

O conselho da junta militar do Egito fixou nesta terça-feira um prazo de 48 horas para os partidos políticos finalizarem a formação de um painel de cem membros que escreverá a nova Constituição do país, ou então ele mesmo fará a nova lei. O parlamentar Mustafá Bakri informou os políticos sobre o ultimato após representantes de 18 partidos políticos e independentes terem se reunido com o chefe do conselho da junta, o marechal Hussein Tantawi.

O processo está em impasse desde que o Parlamento, dominado pelos islamitas, tentou formar o painel apenas com seus políticos, o que levou os seculares e liberais a deixarem a casa em protesto e levou à suspensão de toda a assembleia.

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O impasse espelha as profundas divisões políticas no Egito, a menos de duas semanas do segundo turno das eleições presidenciais, quando um candidato da Irmandade Muçulmana enfrentará um candidato secular e egresso do regime autoritário de Hosni Mubarak.

Bakri disse que se os políticos fracassarem em nomear o painel, então o conselho da junta militar emitirá "uma declaração constitucional suplementar" para redigir o rascunho da lei e formar o painel. A Irmandade Muçulmana rechaçou essa possibilidade e disse que "ninguém pode tirar do Parlamento a sua autoridade em emitir as leis".

As informações são da Associated Press.

Um grupo que defende direitos dos refugiados e é baseado em Washington (EUA), pediu nesta segunda-feira ajuda para os refugiados sírios que fugiram da revolta e da repressão que começou em março do ano passado e estão no Líbano e na Jordânia. A organização Refugees International (RI) afirma que a Jordânia recebeu mais de 110 mil refugiados sírios e o Líbano outros 26 mil. Na Jordânia, muitos refugiados estão nas casas de jordanianos, que ajudam a alimentar e a prover abrigo aos refugiados. A RI é uma Organização Não Governamental.

A organização alertou em comunicado que a crise de refugiados sírios "pode ameaçar a estabilidade política tanto do Líbano quanto da Jordânia, por isso a comunidade internacional precisa aumentar a ajuda humanitária para os dois países".

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A Refugees International afirma que seus dados refletem números oficiais dos governos da Jordânia e do Líbano, embora não do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR). Dados do ACNUR de 12 de abril indicavam que existiam 44.570 refugiados sírios, dos quais 24.674 estavam na Turquia. Não existe explicação clara para a discrepância de números entre as organizações; uma hipótese é que muitas famílias de refugiados estejam abrigadas nas casas de familiares, amigos e conhecidos.

A Refugees disse que com suas economias enfraquecidas e problemas políticos, tanto o Líbano quanto a Jordânia não têm condições de aceitar de maneira digna "milhares de refugiados pobres e vulneráveis da Síria". O Líbano e a Jordânia já abrigaram, nos últimos dez anos, dezenas de milhares de refugiados iraquianos.

Na Jordânia, particularmente, os funcionários públicos reclamam que os refugiados sírios estão exaurindo os serviços sociais e de saúde do governo e também os esparsos poços d'água do deserto. Eles temem que a chegada do verão e da estação seca, a partir do final de junho, leve à falta d´água.

O presidente da RI, Michel Gabaudan, disse que considerando a pressão que os governos do Líbano e da Jordânia enfrentam, com alto desemprego interno e uma rede de proteção social fraca, os países fizeram "um esforço verdadeiro para acomodar os refugiados sírios". Ele afirma, contudo, que os serviços sociais dos dois países já estão "no limite".

"A não ser que os países ocidentais ajudem a suprir essas carências, essa generosidade poderá evaporar rapidamente sob pressões políticas e econômicas internas".

As informações são da Associated Press.

Uma multidão enfurecida ateou fogo no escritório geral da campanha eleitoral de Ahmed Shafiq, ex-primeiro-ministro do Egito na era Mubarak e que agora disputa a presidência como um dos dois candidatos que passaram para o segundo turno das eleições, marcado para 16 e 17 de junho. O fogo foi controlado e a multidão se dispersou com a chegada da polícia.

"Nós estávamos dentro quando fomos atacados", disse um cabo eleitoral de Shafiq, que não se identificou. "Eles botaram fogo na garagem que tinha material de campanha do general", disse a fonte, lembrando inadvertidamente que Shafiq comandou a Força Aérea Egípcia.

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As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Resultados parciais da eleição presidencial no Egito indicavam nesta sexta-feira a realização de um segundo turno entre o candidato da Irmandade Muçulmana, Mohammed Morsi, e um dos dois candidatos seculares: ou o ex-premiê Ahmed Shafiq ou o candidato populista da esquerda, Hamedden Sabahi. Contagens parciais divulgadas pelo jornal Al-Masry Al-Youm, que monitora a contagem dos sufrágios em 25 das 27 províncias egípcias, indicam que Morsi está com 26% dos votos, enquanto Shafiq está com 23% e Sabahi está com 20%.

As cidades do Cairo e de Gizé, que contam juntas por 20% do eleitorado total do país, deverão definir quais serão os dois candidatos que passarão ao segundo turno. A contagem dos votos no Cairo e em Gizé deverá ser finalizada na manhã do sábado. "Os resultados dizem que as pessoas estão procurando uma terceira alternativa, elas temem um Estado religioso e também as figuras do antigo regime", disse Hossam Mounis, porta-voz da campanha de Sabahi, que concorre como um nacionalsita inspirado nas ideias seculares e pan-arabistas de Gamal Abdel Nasser, líder egípcio que governou o país de 1956 até sua morte em 1970. Sabahi diz que se Nasser estviesse vivo hoje grande parte das suas ideias não seriam aplicáveis no Egito, mas que se inspira no discurso de secularismo e igualdade social do líder.

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Os resultados oficiais, contudo, ainda não foram divulgados e só deverão ser conhecido no começo da próxima semana.

A minoria cristã do Egito, cerca de 10% dso 82 milhões de habitantes, votou em massa em Shafiq, que se apresenta como um candidato que impedirá que os islamitas cheguem ao poder. Em um vilarejo no sul do Egito, Aziziya, a população inteira de quatro mil pessoas votou em Shafiq, informou a televisão privada Al-Nahar.

"Haverá um segundo turno entre Mohammed Morsi e Ahmed Shafiq," disse mais cedo a Irmandade em seu site, afirmando que 90% dos votos já foram contados em todo o país. O segundo turno está marcado para os dias 16 e 17 de junho.

Cinquenta milhões de eleitores estavam capacitados para votar nos 12 candidatos presidenciais inscritos. Segundo a comissão eleitoral, 50% desses eleitores compareceram às urnas na quarta e quinta-feira.

O segundo turno será realizado apenas duas semanas antes do prazo estabelecido pelo governo militar interino para a transferência de poder para um governo civil. A segunda fase da eleição presidencial vai representar um grande teste para a emergente democracia do Egito. O resultado vai mostrar se a revolução ocorrida no ano passado se transformou num golpe de Estado islâmico ou num mero levante cujos resultados foram frustrados por membros do antigo regime.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

O líder do principal bloco da oposição síria, Burhan Ghalioun, admitiu nesta quinta-feira após renunciar que o Conselho Nacional Sírio (CNS) está com várias divisões e não cumpriu com as expectativas e os sacrifícios dos sírios. "Nós não estávamos à altura dos sacrifícios do povo sírio. Nós não respondemos às necessidades da revolução o suficiente e de uma maneira rápida", disse Ghalioun. Segundo ele, o CNS está dividido entre islamitas e seculares.

Ghalioun falou após o CNS ter anunciado que aceitou sua renúncia mas ter pedido a ele que fique até a eleição de um novo líder em um encontro em 9 e 10 de junho. Ele anunciou a renúncia em 17 de maio para evitar divisões dentro do bloco opositor, após ativistas o terem acusado de monopolizar o poder e ser autoritário, informa a Agência France Presse (AFP). Ghalioun vive em Paris, embora a sede do CNS esteja na Turquia.

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"Eu submeti minha renúncia precisamente para dizer que esse caminho de divisão entre islamitas e seculares não funciona e eu acredito que o regime sírio venceu nesse aspecto, porque desde o começo tentou jogar com essa divisão", disse Ghalioun. "Alguns dos seculares e mesmo aqueles próximos a mim, infelizmente, jogaram esse jogo e agora são uma ameaça de cortar a revolução em duas alas, as quais ao contrário de cooperar se arriscam a entrar em confronto uma com a outra, antes mesmo de vencerem".

Ghalioun foi escolhido em votação em 15 de maio do ano passado em Roma. Ele disse que após a renúncia continuará como intergrante do CNS.

As informações são da Dow Jones.

A Síria está permitindo que insurgentes curdos que lutam contra tropas da Turquia atravessem a fronteira e estabeleçam bases em território do norte sírio, denunciou o ministro do Interior da Turquia, Idris Naim Sahin, nesta quarta-feira. Segundo ele, informações da inteligência turca indicam que o governo do presidente sírio, Bashar Assad, está permitindo que combatentes curdos vindos da Turquia se instalem em regiões fronteiriças.

Sahin afirmou que combatentes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, na sigla em curdo) chegaram até a tomar o controle de algumas pequenas cidades no norte da Síria. O ministro descreveu os eventos como uma tentativa de Assad se vingar da Turquia.

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A Turquia tem criticado várias vezes o governo de Assad pela repressão aos manifestantes e aos opositores, desde o começo da revolta contra Damasco, que começou em meados de março do ano passado. O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, retirou o embaixador turco em Damasco e a Turquia abriu suas fornteiras para milhares de refugiados sírios. Cerca de 23 mil, atualmente, vivem em campos nas províncias de Antakya e Gaziantep, na fronteira com a Síria. A Turquia também abriga políticos e desertores sírios.

Os insurgentes curdos turcos usam há tempos bases no Curdistão iraquiano, de onde atacam território turco, mas até pouco tempo a Síria havia impedido que usassem o seu território para atacar o país vizinho.

"Grupos terroristas que não estavam lá há um ano foram flagrados na região", disse Sahin à emissora privada NTV da Turquia. "A Síria está fechando um olho para os grupos terroristas em áreas próximas à fronteira para deixar a Turquia em dificuldades e talvez como uma maneira de se vingar de nós", disse Sahin.

O PKK, que luta por autonomia contra o governo turco há décadas no sudeste do país, é classificado como organização terrorista pela Turquia, União Europeia e Estados Unidos. O governo turco agora acusa a Síria de reviver seus laços com os insurgentes curdos turcos e Sahin fez as declarações uma semana após três militares turcos serem mortos em combates com supostos rebeldes nas montanhas Amanos, na fronteira com a Síria.

Em 1998, a Turquia ameaçou tomar uma ação militar contra a Síria, suspeita de abrigar insurgentes curdos vindos da Anatólia. Acredita-se que antes disso, o pai de Bashar Assad, Hafez, abrigou insurgentes curdos. Os laços entre os dois países melhoraram em 2003, quando Erdogan chegou ao poder na Turquia. Damasco passou a cooperar com a Turquia na repressão aos insurgentes curdos até o ano passado, quando estourou a revolta na Síria.

O PKK tomou armas contra o governo turco em 1984. Desde então a guerra entre o governo e os curdos, uma minoria étnica e linguística na Turquia, deixou mais de 30 mil mortos.

As informações são da Associated Press.

O primeiro-ministro do Egito, Kamal al-Ganzuri, fez um pedido por calma nesta terça-feira, às vésperas da primeira eleição presidencial do país. Al-Ganzuri pediu às forças políticas que aceitem o resultado do sufrágio de amanhã e da quinta-feira. Treze candidatos concorrem à presidência egípcia.

O premiê pediu aos egípcios que "fiquem juntos para garantir o sucesso do processo eleitoral e aceitem a decisão da maioria da população, que expressará sua vontade através das urnas". Em comunicado, ele expressou a esperança de que "as eleições serão conduzidas com calma" e pediu aos "candidatos, forças políticas e partidos que façam um apelo a seus partidários a respeitarem a vontade dos outros e a aceitar os resultados das eleições".

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Cerca de 50 milhões de eleitores deverão escolher na quarta-feira e quinta-feira um novo presidente do Egito. Se nenhum dos 13 candidatos obtiver mais de 50% dos votos, ocorrerá segundo turno entre os dois mais votados em junho.

Os candidatos com mais chances são o ex-ministro das Relações Exteriores e ex-secretário-geral da Liga Árabe, Amr Mussa; Ahmed Shafiq, o último premiê a servir durante o governo autoritário de Hosni Mubarak; Mohammed Mursi, candidato da Irmandade Muçulmana; e o independente islamita Abdel Moneim Abul Fotouh.

As informações são da Dow Jones.

Tropas do governo sírio entraram em confrontos com desertores do exército nesta quarta-feira, causando baixas e inflamando uma região perto da fronteira turca onde os insurgentes tentam ganhar território, disseram os ativistas. O exército do governo sírio, por sua vez, teve um dos dias mais violentos desde que o cessar-fogo foi assinado em 12 de abril - rebeldes afirmam que mataram mais de 20 soldados, em uma clara violação à trégua. A maioria das mortes ocorreu em combates perto da fronteira turca, afirmam os grupos de ativistas. Nesta quarta-feira, o major-general Robert Mood disse em Damasco que a missão observadora da Organização das Nações Unidas (ONU) está "acalmando a situação" na Síria. Ele rechaçou críticas contra a missão e admitiu que o cessar-fogo é "precário" e não é respeitado.

Os insurgentes mataram 15 militares - incluídos dois coronéis - em uma emboscada na província de Alepo, na aurora, informou o Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, sediado em Londres. Pelo menos dois desertores morreram no confronto. Segundo o Observatório, a emboscada ocorreu perto do vilarejo de Al-Raai. Confrontos em Damasco deixaram outros seis soldados regulares mortos, enquanto um civil foi morto pelas tropas do governo em Deraa.

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As duas partes se acusam reciprocamente por não respeitarem a trégua. Mood disse que a equipe de observadores subirá de 31 para quase 60 ainda nesta quarta-feira. O major-general norueguês lembrou que o trabalho dos monitores na Síria não é fácil. "Não é um trabalho fácil e nós estamos vendo que o cessar-fogo é precário e não é respeitado por todos", disse o militar de 53 anos. Mood disse que mesmo quando a equipe chegar a 300 observadores militares "nós não seremos capazes de estar em todos os lugares da Síria ao mesmo tempo".

As informações são da Associated Press e da Dow Jones

O governo da Turquia interceptou um navio, com bandeira da Antígua e Barbuda, suspeito de transportar armas e munições para a Síria, informou uma fonte diplomática à agência France Presse (AFP) nesta quarta-feira. "Nós recebemos a informação de que um cargueiro estava transportando armas e munições para a Síria", disse a fonte. O navio foi conduzido ao porto de Iskenderun, no Mediterrâneo, e deverá ser inspecionado na manhã da quinta-feira.

Segundo informações da agência estatal da Turquia, Anatólia, o navio foi interceptado e levado ao porto de Iskenderun. A Turquia decretou um embargo de armas contra o governo sírio, por causa da repressão brutal do presidente Bashar Assad contra a oposição, que deixou mais de 9 mil mortos em 13 meses. Segundo a agência Anatólia, uma publicação alemã afirmou que o navio "Atlantic Cruiser" carregava armamentos do Irã para a Síria. "O navio, de 6.200 toneladas, carregava armas e munições para Tartus, na Síria, com o objetivo de armar as tropas do presidente Bashar Assad", disse a publicação alemã. As autoridades turcas detiveram os 13 tripulantes do cargueiro e interrogarão o capitão e o imediato, ambos ucranianos.

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As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

 

Confirmado para o próximo final de semana, o Grande Prêmio do Barhein ainda gera um clima de insegurança na Fórmula 1. Segundo o chefe do circuito de Sakhir, Zeyed Alzayani, não há motivos para preocupação com a corrida.

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“Não vai acontecer nada significativo. Aqui não é o Afeganistão ou a Síria. É uma decisão calculada e estamos totalmente comprometidos para que seja uma etapa de sucesso", afirmou Alzayani ao jornal espanhol Mundo Deportivo.

O país do Oriente Médio vive uma crise política que acarreta uma série de protestos da oposição em relação ao governo. As manifestações fazem parte do movimento conhecido com Primavera Árabe, que já derrubou ditadores no Egito e na Líbia.

Em 2011, o Grande Prêmio do Bahrein teve que ser cancelado por conta da onda de violência no país. Este ano já houve protestos contra a realização da prova no país. Mesmo assim. Bernie Ecclestone, chefe da Fórmula 1 garante que a corrida será realizada sem maiores problemas.

O primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, disse esperar que o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) tome medidas para proteger os civis se o governo sírio não cumprir o prazo final da quinta-feira para um cessar-fogo total com a oposição síria. A chancelaria turca disse nesta terça-feira em comunicado ao Conselho de Segurança da ONU que "adote uma resolução que inclua todas as medidas necessárias para a proteção do povo sírio", se o governo de Damasco não suspender a violência em 48 horas, informa a agência France Presse (AFP).

A Turquia não elaborou quais medidas o CS deveria tomar. Mas Erdogan disse que os disparos feitos ontem por soldados sírios contra um campo de refugiados, em território turco, foram uma "violação muito clara da nossa fronteira". Pelo menos seis pessoas ficaram feridas ontem pelos disparos dos soldados sírios no campo de refugiados, quatro civis sírios, um intérprete e um guarda turcos, na província de Gaziantep.

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Cerca de 24 mil sírios fugiram para a Turquia desde que começou a revolta contra Bashar Assad na Síria em março de 2011. A maioria vive em campos de refugiados nas províncias turcas de Hatay e Gaziantep.

As informações são da Dow Jones.

Mais de 2.300 sírios atravessaram a fronteira com a Turquia nas últimas 24 horas, elevando a 22 mil o total de sírios refugiados na Turquia desde que começou a revolta contra o presidente Bashar Assad em 2011, disse um funcionário do governo turco nesta quinta-feira.

O funcionário, que falou sob anonimato à agência France Presse (AFP), disse que 2.350 refugiados sírios cruzaram a fronteira em apenas um dia. A Turquia se diz pronta a abrigar os refugiados sírios, mas teme uma repetição da crise de 1991, quando meio milhão de curdos iraquianos fugiram para território turco, escapando de uma mortífera ofensiva das tropas do ditador iraquiano Saddam Hussein, logo após a Guerra do Golfo.

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O governo turco afirma ter um plano de contingência para o caso do exército sírio deslanchar uma ofensiva em larga escala contra cidades sírias ainda controladas por desertores e rebeldes na fronteira. O governo turco montou nove campos de refugiados na província de Hatay, que confina com a Síria.

As informações são da Dow Jones.

 

O Grande Prêmio do Barhein está programado para o dia 22 de abril, mas a prova corre o risco de ser cancelada, assim como aconteceu no ano passado. Grupos de oposição e tropas do governo vêm se enfrentando por conta de questões políticas.

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As manifestações fazem parte da chamada “Primavera Árabe”, que já derrubou ditadores no Egito e na Líbia. No final do março, o governo do Barhein informou que não tem como garantir a segurança nos arredores do circuito de Sakhir.

Bernie Eclestone, chefe da Fórmula 1, afirmou que a categoria recebeu os pagamentos para a realização da corrida no país, mas disse que a realização da prova não depende de fatores financeiros. Nos protestos ocorridos no país, alguns manifestantes levaram faixas pedindo que o GP deste ano seja cancelado.

Em 2011, o país árabe não pode receber a F1 pelos mesmos motivos. Inicialmente os organizadores da prova quiseram adiar a corrida para outubro, mas os pilotos foram contra a decisão.

 

 

 

Parlamentares laicos, cristãos e muçulmanos moderados abandonaram em protesto a Assembleia Constitucional do Egito nesta quarta-feira, após o chefe do corpo político ter dito que os trabalhos prosseguirão adiante.

Mais cedo, a Irmandade Muçulmana disse que faria uma coalizão eleitoral com os salafistas, que adotam uma visão extrema do Islã, e que um corpo de clérigos terá um papel importante na redação da futura Constituição do Egito. Isso fez com que os parlamentares cristãos, seculares e muçulmanos moderados deixassem a Assembleia em protesto. A aliança política entre a Irmandade e os salafistas têm como objetivo vencer as eleições presidenciais em maio.

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Alguns muçulmanos também deixaram a Assembleia em protesto, entre eles um representante da Universidade Al-Azhar do Cairo, além de representantes da comunidade copta cristã do Egito. Cerca de 10% dos 80 milhões de egípcios são cristãos. No total, mais de 20 parlamentares deixaram a Assembleia de 100 deputados. Cerca de 60 deputados são da Irmandade Muçulmana ou ligados aos grupos salafistas.

"O Islã virou apenas o que significa para a Irmandade e os salafistas", disse o deputado muçulmano moderado Ahmed el-Naggar. Os liberais, cristãos e seculares temem que um comitê dominado por islamitas escreva uma Constituição que reflita o Islã e não o conjunto da sociedade egípcia.

"Este é um comitê que foi eleito e formado para trabalhar", disse Saad el-Katatni, chefe do painel e líder da Irmandade Muçulmana. Eles disse que os parlamentares que abandonaram a Assembleia têm até a próxima terça-feira para voltarem e poderão sugerir nomes de outros parlamentares para o comitê. "Nós vamos continuar nesse caminho", afirmou.

Mais cedo, um grupo de clérigos islâmicos ultraconservadores disse que o candidato da Irmandade Muçulmana do Egito prometeu lhes dar poderes para que supervisionem a legislação do país. A Irmandade Muçulmana tenta obter o apoio dos ultraconservadores salafistas, à medida que se aproximam as eleições presidenciais egípcias em maio. O candidato da Irmandade, Khairat El-Shater, quer evitar disputas internas entre os islâmicos e unir todos em uma frente.

Nas eleições parlamentares, os partidos islâmicos ou islâmicos ultraconservadores, como os salafistas, obtiveram quase 70% dos votos. Hoje El-Shater teve uma reunião com um painel de salafistas e outros clérigos muçulmanos, chamado Comissão de Jurisprudência para os Direitos e a Reforma. Segundo os religiosos, El-Shater prometeu que, se eleito presidente, formará um conselho de clérigos para revisar a legislação para garantir que a lei egípcia esteja de acordo com a lei islâmica, a Sharia.

As informações são da Associated Press.

A lei islâmica não será a base e nem a referência da nova Constituição da Tunísia, a qual preservará a base secular da nação do Norte da África, disse nesta segunda-feira o partido de orientação islâmica da Tunísia, o Hizb al-Nahda (Partido da Renascença), ou Ennahda. O líder do partido, Ziad Doulatli, disse que o primeiro artigo da Constituição permanecerá igual ao da Constituição tunisina de 1959 e não fará menção a que a Sharia, ou lei islâmica, forme a base da legislação, com vários conservadores queriam.

A decisão marca uma ruptura entre o Ennahda, considerado moderado, e a minoria de muçulmanos ultraconservadores que passaram a ter voz e cadeiras no Parlamento da Tunísia após as eleições do ano passado. Doulatli disse que a decisão foi tomada "para fortalecer o consenso nacional e ajudar a transição democrática a ter sucesso, ao unir uma vasta maioria das forças que confrontarão os desafios da sociedade".

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"A experiência da Tunísia pode servir de modelo a outros países que buscam transformações semelhantes", disse Doulatli. No Egito, como em vários outros países de maioria muçulmana, a Sharia é mencionada na Constituição como fonte de toda a legislação. Sob mais de 50 anos de ditadura secular, desde que obteve a independência da França em 1956, a Tunísia está na frente do mundo árabe por suas leis progressistas, especialmente em relação aos direitos das mulheres. Muitos parlamentares de esquerda e liberais temiam que houvesse retrocesso após o Ennahda ter ficado em primeiro lugar nas eleições.

A decisão deverá provocar uma ruptura política com os salafistas - dos quais 10 mil fizeram uma manifestação no domingo em Túnis, pedindo pela lei islâmica. Apesar do grupo minoritário ser barulhento e militante, não está claro qual é a dimensão de apoio que os salafistas possuem no conjunto da sociedade tunisina. A decisão do Ennahda parece indicar que o apoio a eles não é amplo.

As informações são da Associated Press.

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) enviou uma mensagem forte e unida ao governo e à oposição da Síria nesta quarta-feira, para que imediatamente as duas partes implementem as propostas do enviado internacional Kofi Annan para o fim da violência no conflito sírio.

O comunicado não vinculativo, que não tem força de resolução, foi aprovado pelos 15 integrantes do Conselho e lido no plenário, abordando os seus pontos defendidos por Annan: primeiro, um cessar-fogo unilateral do governo sírio; uma trégua diária de duas horas para retirar feridos das áreas de combate; e a abertura do diálogo político com a oposição para "endereçar as preocupações legítimas do povo sírio". A ONU estima que mais de 8 mil pessoas já foram mortas pela violência na Síria, em pouco mais de um ano de revolta contra o presidente Bashar Assad.

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A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, elogiou o comunicado conjunto e alertou Assad a conduzir o plano de paz ou enfrentar "uma crescente pressão". Hillary disse que o CS da ONU, longamente dividido sobre a questão síria, tomou um "passo positivo" após adotar um comunicado que pede à Síria que implemente imediatamente o plano de paz proposto por Annan. O plano de Annan foi aprovado pela Rússia e pela China, que antes haviam barrado duas resoluções do CS condenando o regime sírio.

A Rússia e a China disseram que as duas resoluções barradas eram desequilibradas, uma vez que culpavam apenas o governo sírio pela violência e não faziam nenhuma menção aos opositores. Moscou disse que as resoluções promoviam uma mudança de regime na Síria. A China também elogiou o comunicado e pediu ao governo sírio que cesse a violência "imediatamente". "A coisa mais importante é que aqui não existem ultimatos e não existem ameaças", disse o chanceler da Rússia, Sergei Lavrov, sobre o comunicado em Berlim. O embaixador francês na ONU, Gerard Araud, disse que "não é uma questão de ameaças ou um ultimato. Nós estamos expressando nosso apoio à proposta de Kofi Annan".

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês), disse nesta quarta-feira que o conflito civil sírio colocou em risco a segurança alimentar de 1,4 milhão de pessoas, que agora correm o risco de passar fome. Segundo a FAO, o governo sírio precisará aumentar em cerca de um terço sua importação de cereais para alimentar 1,4 milhão de habitantes, informou a agência France Presse (AFP).

"O contínuo conflito civil na República Árabe da Síria, desde meados de março de 2011, levou a uma séria preocupação sobre a situação de segurança alimentar, particularmente dos grupos mais vulneráveis da sociedade", disse a FAO em comunicado.

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A FAO disse que a produção de cereais da Síria no ano passado, estimada em 4,2 milhões de toneladas, foi cerca de 10% menor do que a média dos cinco anos anteriores, após chuvas esparsas e tardias, além do conflito civil. "Em várias regiões, soubemos que a insegurança impediu que fazendeiros fossem às suas terras durante a colheita".

Cerca de 1,4 milhões de pessoas correm o risco de passar fome desde que a revolta contra o governo começou em março passado, principalmente nas províncias de Homs, Hama, Damasco e Idlib, de acordo com o Programa Mundial de Alimentação.

Dezenas de milhares de sírios fugiram para os países vizinhos e o acesso dos sírios a alimentos, água e combustível está ficando cada vez mais difícil, disse a FAO.

As informações são da Dow Jones.

A China e os países árabes concordaram nesta terça-feira com a necessidade de encontrar uma "solução política" para o conflito sírio, disse o enviado chinês Zhang Ming no Cairo, após se reunir com funcionários da Liga Árabe. "Todos nós reconhecemos que existe uma grande convergência entre a China e os países árabes para uma solução política que resolva a crise na Síria", disse Zhang após o encontro com representantes da Liga de 22 países, informa a agência France Presse (AFP).

Sob pressões dos países ocidentais, após ter bloqueado ao lado da Rússia por duas vezes resoluções que condenavam o governo sírio no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), a China anunciou neste mês um plano de seis pontos para a Síria, pedindo um fim imediato à violência. O plano pede a abertura imediata de um diálogo entre o governo e a oposição e rechaça a interferência estrangeira "para a mudança de regime" na Síria.

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As informações são da Dow Jones.

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