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O novo enviado internacional para a Síria, Lakhdar Brahimi, visitou nesta terça-feira campos de refugiados na Jordânia e na Turquia, mas foi recebido com hostilidade pelos refugiados na Jordânia, onde cerca de 200 pessoas no campo de Zataari reclamaram contra a visita que ele fez ao presidente sírio Bashar Assad no final da semana passada. Alguns jovens apedrejaram carros do comboio de Brahimi. "Deixe nosso campo. Ao ver Bashar Assad, você prolongou a vida dele", gritaram os manifestantes. Brahimi também visitou refugiados sírios na província turca de Hatay, onde também foi recebido com protestos, embora fora do campo.

Também nesta terça-feira, ocorreram confrontos entre tropas do governo e insurgentes sírios em Tall al-Abyad, posto na fronteira da Síria com a Turquia, reportou a agência de notícias turca Anatólia. Na cidade turca de Akcakale, a Prefeitura pediu aos cidadãos que ficassem longe dos terrenos perto da fronteira.

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Sem sinais de arrefecimento na crise, ativistas estimam que mais de 23 mil pessoas foram mortas na Síria desde que a revolta contra Assad estourou em março de 2011. A Organização das Nações Unidas (ONU) disse que o número de refugiados superou 250 mil no Líbano, Turquia, Jordânia e Iraque. Apenas na Turquia estão 83 mil refugiados, abrigados em 12 campos ao longo da fronteira com a Síria.

Brahimi disse que os refugiados aparentemente são bem tratados na Turquia e que ele espera um fim próximo à violência na Síria. "Nós esperamos que a Síria encontre logo a paz e eles possam regressar para o país deles o mais cedo possível".

O Ministério das Relações Exteriores da Turquia rechaçou hoje as acusações da Síria de que Ancara permite que extremistas islâmicos cruzem a fronteira. A Síria acusa o governo turco de permitir que milhares de extremistas islâmicos cruzem a fronteira e entrem no país para combater as tropas de Assad.

"Ao invés de fazer reclamações e acusações falsas contra vários países, como o nosso, a Síria deveria olhar para o que acontece dentro do seu território e tomar as medidas necessárias para corrigir os erros", disse Selçuk Unal, porta-voz da chancelaria turca.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Ministros das Relações Exteriores do Egito, Turquia, Arábia e Irã começaram nesta segunda-feira, no Cairo, uma reunião que tem como objetivo encontrar uma saída política para a guerra civil na Síria. O encontro no Cairo é o primeiro do chamado "Quarteto Islâmico", uma iniciativa do presidente egípcio Mohammed Morsi, que trouxe às negociações três partidários da oposição síria - Egito, Arábia Saudita e Turquia - e o Irã, aliado do presidente sírio Bashar Assad.

"Ninguém deve esperar que apenas uma reunião resulte em um plano de ação imediata", disse o chanceler da Turquia, Ahmet Davutoglu. "O campo em comum que existe entre nós é maior que nossas diferenças. Encontrar uma solução pacífica é importante", disse o chanceler do Irã, Ali Akbar Salehi.

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Já o chanceler egípcio Mohammed Kamel Amr reconheceu que não foi formado um plano conjunto para a Síria, mas "existem conversas sobre isso".

As informações são da Associated Press.

O diplomata brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, chefe da comissão da Organização das Nações Unidas (ONU) que investiga as violações aos direitos humanos na Síria, apresentou nesta segunda-feira um relatório em Genebra sobre a situação no país convulsionado pela guerra civil. "As violações brutais aos direitos humanos cresceram em número, velocidade e escala", disse Pinheiro aos diplomatas reunidos em Genebra. Pinheiro disse que as violações aos direitos humanos passaram a ocorrer em uma escala tão grande que é impossível investigar todas as denúncias. "Os civis, grande parte deles crianças, estão sofrendo o choque da espiral da violência", afirmou o diplomata.

Pinheiro descreveu uma "escalada dramática, ataques indiscriminados contra civis na forma de bombardeios aéreos e de artilharia, dirigidos contra bairros residenciais". O diplomata lamentou um "desrespeito preocupante com as regras estabelecidas para um conflito armado".

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O relatório de Pinheiro, baseado em visitas dos investigadores, afirma que o regime do presidente Bashar Assad, e a oposição síria em uma extensão menor, cometeram crimes de guerra durante a revolta que dura 18 meses. Pinheiro disse que a comissão "recomendou que nosso relatório seja apresentado ao Conselho de Segurança para que ele delibere sobre a situação e tome uma ação apropriada em vista da gravidade das violações, abusos e crimes perpetrados por tropas do governo, pela shabiha (milícia do governo, "fantasmas" em árabe) e por grupos opositores ao governo".

Ativistas sírios afirmam que mais de 23 mil pessoas foram mortas desde que a revolta contra Assad estourou em março de 2011. A ONU informou na semana passada que mais de 250 mil sírios estão registrados como refugiados, enquanto mais de 1 milhão foram deslocados dentro do país. Soldados do governo e da oposição têm executado inimigos aprisionados e acredita-se que dezenas de milhares de pessoas tenham sido presas e muitas torturadas.

Pinheiro disse que os investigadores conseguiram recolher uma "quantidade enorme de provas" de atrocidades na Síria. Desde que a comissão foi criada há mais de um ano, realizou mais de 1.100 entrevistas com vítimas e perpetradores de violências, mas não pôde visitar o país - um fato que Pinheiro lamentou nesta segunda-feira. Ele pediu a renovação do mandato da comissão, que acaba na próxima semana.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Tropas do governo sírio retomaram o bairro de Midan, considerado um dos mais importante de Alepo, maior cidade do país, após mais de uma semana de combates, embora o correspondente da agência France Presse (AFP) tenha dito que o controle de algumas ruas ainda não é total e não permita a volta dos moradores. Uma fonte militar síria disse à AFP que "Midan está sob controle do exército, mas não existe eletricidade", afirmou.

"Nós voltamos para nossas casas quando escutamos que o exército retomou o controle de Midan, mas não tem eletricidade", disse um morador. "Por isso, esperamos por duas horas e achamos melhor não ficar", afirmou o homem.

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O exército também retomou a delegacia de polícia de Midan e instalou postos de controle no bairro. Desde agosto o controle de Alepo, cidade com 2,5 milhões de habitantes, é disputado entre os insurgentes e o governo sírio. O correspondente da AFP disse que viu os corpos de nove rebeldes nas ruas em Midan, e que o som de metralhadoras e tiros ainda era escutado.

As informações são da Dow Jones.

Várias dezenas de manifestantes invadiram o complexo da Embaixada dos Estados Unidos na Tunísia nesta sexta-feira, incendiando automóveis e levantando uma bandeira com a profissão de fé islâmica, como parte das violentas manifestações que tomaram conta de países asiáticos e africanos contra o filme "Inocência dos Muçulmanos" feito nos EUA e ofensivo à religião islâmica. Pelo menos duas pessoas foram mortas e 29 ficaram feridas nos episódios, informou a agência de notícias do governo tunisiano.

Fora da embaixada, milhares de manifestantes estavam reunidos, incluídos homens que trocaram pedradas com a polícia, que respondeu com o disparo de gás lacrimogêneo e tiros de balas de borracha.

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A multidão também incendiou uma escola norte-americana vizinha ao complexo da embaixada e os bombeiros de Túnis foram impedidos, pela enorme multidão, de chegarem ao local. Colunas de fumaça negra subiam ao céu no bairro. A polícia e forças especiais tunisinas repeliram o grupo que conseguiu invadir o complexo da embaixada. Não está claro quantas pessoas foram detidas.

As informações são da Associated Press.

O novo enviado internacional para a Síria, Lakhdar Brahimi chegou nesta quinta-feira a Damasco para a primeira visita ao país devastado pela guerra civil. Brahimi, um ex-enviado da Liga Árabe, deverá ter uma reunião com o presidente sírio Bashar Assad na sexta-feira. Enquanto Brahimi chegava a Damasco, a Força Aérea da Síria bombardeava bairros controlados por insurgentes em Alepo, maior cidade do país, e na região montanhosa de Karam al-Jabal, na província de Alepo. Pelo menos 14 pessoas foram mortas nesses ataques aéreos, disse o Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, grupo opositor sediado em Londres.

Brahimi também deverá se encontrar com líderes da oposição síria autorizada pelo governo. Brahimi disse, quando foi designado para o cargo, que a missão era "quase impossível". A visita de Brahimi durará três dias.

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"Nós viemos para a Síria para discutirmos a situação com nossos irmãos. Existe uma crise e acreditamos que ela está ficando pior", disse Brahimi no aeroporto de Damasco. Brahimi substitui Kofi Annan, ex-secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) que deixou frustrado a mediação da crise síria em agosto. O conflito civil sírio, que começou em março de 2011, já deixou mais de 23 mil mortos, segundo ativistas. A guerra também deixou mais de 250 mil refugiados, segundo a ONU.

"Estamos confiantes que Brahimi entende os acontecimentos e a maneira de resolver os problemas, apesar de todas as complicações", disse Faisal Mekdad, vice-chanceler da Síria. "Estamos otimistas e desejamos boa sorte a Brahimi".

Enquanto soldados de Assad e os insurgentes combatiam perto de Damasco e em Alepo, caças do governo bombardearam a região montanhosa de Karam al-Jabal, na província de Alepo, matando quatro civis, disse o Observatório Sírio. Segundo o grupo opositor, em Damasco ocorreram combates no bairro de Qaboun.

Em Alepo, rebeldes e tropas do governo lutavam nos bairros de Tariq al-Bab e Midan, este último considerado estratégico porque dá acesso ao centro da cidade. Em Tariq al-Bab, segundo o Observatório Sírio, um helicóptero do governo com metralhadores matou 11 pessoas. Não se sabe se as vítimas eram combatentes rebeldes ou civis. Na zona sul de Alepo, opositores sírios reportaram que caças do governo lançaram um bombardeio contra o bairro de Bustan al-Qasr.

Também nesta quinta-feira, o ministro da Defesa da França Jean-Yves Le Drian disse em Beirute que o governo francês não enviará armas à oposição síria.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

O governo da França admitiu nesta terça-feira que ajudou um número não determinado de militares sírios a desertarem do governo do presidente Bashar Assad e a fugirem do país, disse o chanceler Laurent Fabius. "A França contribuiu para um certo número de operações de deserção", disse Fabius à agência France Presse (AFP). Ele fez o comentário um dia após o ex-general sírio Manaf Tlass ter afirmado que agentes secretos franceses o ajudaram a fugir da Síria, onde ele integrava o círculo restrito de poder de Assad.

As informações são da Dow Jones.

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Insurgentes sírios lançaram uma ofensiva de alcance mais amplo no norte do país contra as tropas do presidente Bashar Assad, atacando bases e complexos de segurança do governo ao redor da maior cidade do país, Alepo. A ofensiva coordenada acontece dois dias após Assad ter admitido que as Forças Armadas do país não conseguiram esmagar a rebelião que já dura 17 meses. Também ocorreram ataques contra tropas do governo nos subúrbios de Damasco. O Observatório Sírios pelos Direitos Humanos, grupo opositor sediado em Londres, disse que na quinta-feira 119 pessoas foram mortas ao redor do país, das quais 79 eram civis.

A ofensiva dos rebeldes sírios no norte, em uma operação chamada de "vulcão nortista" tem no alvo os bairros e prédios sob controle do governo na cidade de Alepo e na província ao redor da metrópole, disse Mohammed Saed, um ativista baseado em Alepo. O Observatório Sírio confirmou em Londres que ocorrem intensos confrontos nas províncias de Alepo e Idlib, na fronteira com a Turquia.

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Saed afirmou que a ofensiva é conduzida por desertores do exército, que têm conhecimento na operação de tanques de guerra e artilharia de campo.O Observatório Sírio disse que os rebeldes mataram um número de soldados em um complexo do governo no bairro de Zahraa, em Alepo, mas não deu números precisos. A agência estatal de notícias da Síria, SANA, disse que soldados do governo feriram e mataram vários insurgentes nos confrontos em Alepo.

Os insurgentes tomaram vários bairros de Alepo no começo de julho, mudando o conflito civil sírio porque Alepo até então estava fora do cenário de confrontos. Os insurgentes também tomaram uma grande parte da província de Alepo, até a fronteira com a Turquia, que fica a 50 quilômetros. O governo tenta retomar a cidade e o restante da província, mas em grande parte a situação permanece em impasse.

O Observatório Sírio e os Comitês de Coordenação Local, um outro grupo opositor, reportaram confrontos no subúrbio de Sayyida Zeinab, em Damasco, onde os rebeldes dizem ter emboscado e matado nove soldados e também na província sulista de Deraa. Na província de Idlib, no norte, ativistas dizem que o exército bombardeou a cidade de Ariha, onde matou 17 civis. Na região rural de Abu Zohur, na mesma província, onde os rebeldes afirmam ter derrubado um caça MiG do governo na quinta-feira, disparos da artilharia do exército mataram outros 20 civis, incluídas nove mulheres e oito crianças, disseram os ativistas.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Novos confrontos irromperam nesta sexta-feira na cidade libanesa de Tripoli, no norte do país, entre muçulmanos sunitas, majoritários na cidade, e alauitas, partidários do presidente sírio Bashar Assad. Os confrontos começaram nesta sexta-feira após a morte de um jovem xeque de 28 anos, importante na comunidade sunita, Khaled al-Baradei. O jovem xeque foi morto a tiros no bairro de Qobbeh e seu falecimento acabou com uma frágil trégua que havia sido negociada ontem pelo primeiro-ministro libanês Najib Mikati, que é natural de Tripoli. Pelo menos mais uma pessoa foi morta e outras 17 feridas em Tripoli nesta sexta-feira, disseram funcionários civis e militares libaneses.

A morte do jovem xeque eleva a 12 o total de mortos em Tripoli nos últimos cinco dias, informa a agência France Presse (AFP). No total 86 pessoas ficaram feridas, incluído um menino de seis anos que foi atingido por um franco-atirador e ficou paraplégico. O governo libanês despachou tropas de Beirute para o norte e alertou as forças de segurança a "trazerem a situação sob controle, proibirem qualquer presença armada e prenderem todos os que levarem armas", disse em comunicado.

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As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Pelo menos 21 pessoas, muitas delas mulheres, foram mortas nesta sexta-feira quando edifícios residenciais foram bombardeados pela Força Aérea da Síria na cidade de Mayadin, no leste do país, informaram ativistas locais e o Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, sediado em Londres. Pelo menos um edifício desabou após ser bombardeado pelo caça, disse Rami Abdel Rahman, diretor do Observatório. Caças da Força Aérea Síria também bombardearam alvos na cidade de Marea, ao norte de Alepo e perto da Turquia.

O bombardeio a Mayadin, uma cidade na província de Deir El-Zour, perto da fronteira com o Iraque, aconteceu após os insurgentes terem conquistado o controle de uma ponte sobre o rio Eufrates, disse o ativista local Abu Omar al-Deery. O Observatório Sírio afirmou que dos 21 mortos em Mayadin, 12 eram mulheres e uma criança. Al-Deery disse que foram mortas 23 pessoas. Os números não puderam ser verificados de maneira independente, devido às restrições ao trabalho da imprensa na Síria.

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"Aconteceu um massacre de verdade em Mayadin. Eu acredito que isso foi uma vingança pela conquista da cidade feita pelo Exército Livre da Síria (ELS)", disse al-Deery, através do Skype. A cidade tem 55 mil habitantes.

Os combates também prosseguiam nesta sexta-feira no subúrbio damasceno de Daraya, cena de intensos confrontos nesta semana. O Observatório, que recebe informações de uma rede local de ativistas, disse que 15 pessoas foram mortas em Daraya nesta sexta-feira, muitas de ferimentos recebidos em combates nos dias anteriores. O Comitês de Coordenação Local, uma rede opositora síria, afirmou que 21 pessoas foram mortas em Daraya.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Pelo menos oito pessoas foram mortas em confrontos que aconteceram nesta quarta-feira em Tripoli, no norte do Líbano, entre partidários contra e a favor do presidente sírio Bashar Assad, informaram as forças de segurança libanesas. A emissora Al Jazeera, que reportou de Tripoli, informou que existe o risco do governo libanês - uma frágil coalizão entre muçulmanos sunitas, xiitas e cristãos - cair. Nesta quarta-feira, muçulmanos sunitas, majoritários em Tripoli e no norte do país, trocaram tiros com os alaiutas na cidade do norte libanês. O exército libanês disse, em declaração reproduzida pelo jornal An-Nahar, que não se retirará da cidade. Já o primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, tenta negociar um cessar-fogo.

O ambiente em Tripoli era tenso nesta quarta-feira, com homens armados dirigindo ao redor da cidade e disparando armas automáticas para o alto. Entre os mortos, está um menino de 13 anos e 75 pessoas foram feridas, incluído um menino de seis anos que ficou paralisado após levar um tiro. Pelo menos 15 soldados libaneses ficaram feridos, disse o governo.

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Os combates irromperam na segunda-feira em Tripoli, onde a maioria da população é muçulmana sunita e hostil a Assad, que é alauita, uma dissidência do xiismo. A violência dos combates é tamanha que armas antitanques estão sendo usadas nas trocas de tiros em regiões densamente povoadas, com prédios de apartamentos.

O primeiro-ministro Mikati apelou ao exército libanês e às forças de segurança a "fazerem o que puderem parar acabar com essa batalha absurda". O Exército do Líbano disse que os soldados estão caçando francoatiradores em Tripoli e "apreenderam UAM quantidade de bombas, armas e munições", informou a agência France Presse (AFP).

Os tiroteios começaram na segunda-feira nos bairros de Bab el-Tebbaneh e Jabal Mohsen, mas se espalharam por grande parte da cidade portuária. Colunas de fumaça podiam ser vistas nesta quarta-feira no topo de prédios atingidos, enquanto vários civis deixaram a cidade.

"Nós alertamos repetidas vezes contra o risco de mergulharmos nesse incêndio que está se espalhando pelo Líbano", disse Mikati, a respeito da guerra civil na Síria, que começou em março de 2011. "as está claro nessa altura que vários partidos querem empurrar o Líbano para a guerra", afirmou o premiê.

Os combatentes sunitas de Bab al-Tebbaneh acusam o governo sírio de provocar a onda de violência em Tripoli. Mas Ali Fidda, um oficial Alauita do bairro de Jabal Mohsen, disse que a comunidade, pequena no Líbano, apenas está se defendendo dos ataques dos sunitas. A onda de violência ocorre no momento em que cidadãos libaneses foram sequestrados na Síria, supostamente por insurgentes, enquanto cidadãos sírios foram sequestrados em Beirute, supostamente por um clã xiita libanês.

As informações são da Dow Jones.

Tropas do governo sírio retomaram uma cidade controlada pelos insurgentes nos arredores de Damasco nesta terça-feira após dias de ferozes combates, matando dezenas de pessoas, incluídos 23 combatentes, informaram grupos de ativistas da oposição síria e um porta-voz do rebeldes, identificado apenas como Ahmed. A cidade de Moadamiyeh foi retomada no começo da manhã.

Em Alepo, maior cidade da Síria e onde ocorrem combates entre as tropas do presidente Bashar Assad e os rebeldes, uma repórter de 45 anos da televisão japonesa que cobre a guerra civil síria, Mika Yamamoto, foi morta em um tiroteio. Ela é a primeira jornalista estrangeira a ser morta em Alepo, desde que a guerra civil chegou à cidade do norte da Síria há um mês.

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No Líbano, para onde o conflito civil sírio se espalhou a partir da fronteira, choques entre partidários de Bashar Assad e opositores do presidente sírio deixaram três mortos e 33 feridos no norte do país. O exército libanês disse que entre os feridos estão dez soldados.

A capital Damasco e seus subúrbios assistiram nos últimos dois meses a uma forte escalada nos confrontos. As tropas do governo reforçaram ainda mais a ofensiva na capital após os insurgentes terem tomado grande parte de Alepo, maior cidade síria no norte do país, no final de julho. Até então, a revolta popular contra Assad, que estourou em março de 2011, estava fora de Alepo e Damasco.

O Comitês de Coordenação Local, grupo opositor sírio, e um porta-voz insurgentes identificado apenas como Ahmed, disseram que as tropas do governo retomaram hoje, logo após a alvorada, a cidade de Moadamiyeh, perto de Damasco. Os soldados invadiram a cidade a partir de quatro pontos, após terem bombardeado a área urbana. Ahmed disse que os soldados e milicianos shabiha (fantasmas, em árabe), invadiram as casas em busca de rebeldes. Três homens, na faixa dos 20 aos 30 anos, foram empurrados para a rua e fuzilados na calçada. Ahmed disse que 23 combatentes do Exército Livre da Síria (ELS) foram mortos quando as tropas do governo tomaram a cidade na aurora.

Mais tarde, ativistas disseram que dezenas de corpos foram encontrados em um abrigo na cidade. O Comitês disse que os corpos parecem ser de pessoas mortas em execuções. Mas Rami Abdul-Rahman, diretor do Observatório Sírio pelos Direitos humanos, grupo opositor sediado em Londres, disse que não está claro se as pessoas foram mortas em um bombardeio ou então executadas.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

O filho do ex-governante líbio Muamar Kadafi, Seif al-islam Kadafi, que chegou a ser considerado herdeiro político do seu falecido pai, deverá ser julgado na Líbia, o que desafia o Tribunal Penal Internacional (TPI), que queria julgá-lo na Holanda. Seif al-Islam, de 40 anos e arquiteto de formação, está detido na cidade líbia de Zintan desde o ano passado, quando foi capturado pelos insurgentes que derrubaram o regime de Muamar Kadafi. Existe uma ordem de captura, emitida pelo TPI em meados de 2011, contra Seif al-Islam.

Ahmed al-Jehani, representante líbio no Tribunal de Haia, disse que o julgamento de Seif al-Islam Kadafi começará no próximo mês. Um possível lugar para o julgamento é a cidade de Zintan, onde Seif Kadafi está detido. O TPI quer que Seif seja julgado na Holanda sob acusações de crimes de guerra cometidos durante a guerra civil na Líbia.

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As informações são da Associated Press.

Tropas do governo sírio bombardearam posições dos insurgentes e a partir do ar e do solo no norte da cidade de Alepo nesta sexta-feira, enquanto manifestantes que ousaram sair às ruas das cidades sírias em protesto contra o regime pediram que a comunidade internacional entregue armamentos pesados aos rebeldes. Os cadáveres de pelo menos 45 homens foram encontrados nesta sexta-feira em um parque em Salaheddine, bairro tomado ontem pelas forças de Bashar Assad. Outros 11 civis sírios, entre eles duas crianças, foram mortos por bombardeios do governo em outros bairros de Alepo. As informações são dos Comitês de Coordenação Local, grupo da oposição síria.

"Os caças e os helicópteros estão matando a gente, eles estão nos céus quinze horas por dia", disse Mohammed Hassan, ativista sírio em Salaheddine. "Nós só temos rifles kalashnikovs para lutar contra tanques e caças MiG-21", disse Hassan.

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Os rebeldes de Alepo, cidade com 2,5 milhões de habitantes, fizeram um apelo desesperado por armas pesadas. Na quinta-feira, eles admitiram a retirada do bairro de Salaheddine e a fuga para os bairros vizinhos de Saif al Dawla e Bustan al-Qasr, em direção à cidade antiga. Segundo informações da agência italiana Ansa, os 11 civis foram mortos enquanto aguardavam em uma fila para comprar pão na porta de uma padaria, em um bairro oriental de Alepo, quando foram atingidos por um obus.

As informações são da Associated Press e da Ansa.

A Polônia fechou sua embaixada na Síria e retirou todos os diplomatas por causa da deterioração da segurança em Damasco. A embaixada polonesa também representava os interesses dos Estados Unidos nos últimos meses. O ministro das Relações Exteriores da Polônia, Radek Sikorski, disse que tomou a decisão por causa das preocupações com a segurança dos diplomatas e dos funcionários da embaixada. "A decisão foi tomada por causa da piora dramática da crise na Síria, que tornou impossível para os diplomatas cumprirem os seus deveres", disse Sikorski em Varsóvia.

As informações são da Associated Press.

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Forças do governo sírio abriram fogo contra um protesto na cidade de Alepo e mataram nove manifestantes nesta sexta-feira. Ativistas convocaram protestos por todo o país, afirmou uma entidade de defesa de direitos humanos. Mas também em Alepo, o governo sírio denunciou que insurgentes mataram 26 civis simpatizantes do regime e militares, no que foi qualificado como um "massacre" pelo governo.

Vídeo amador distribuído pelo Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, com sede em Londres, mostra um manifestante coberto de sangue sendo carregado pelas ruas de Alepo. Entre sons de tiros, manifestantes marcham pelo centro comercial que é visto como um bastião do regime do presidente Bashar Assad entoando: "Nos sacrificamos por Vós, ó Deus!."

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Um vídeo divulgado hoje mostrou mais de uma dezena de cadáveres ensanguentados na Síria, alguns empilhados uns sobre os outros e trajando uniformes militares, no que o governo classificou de "massacre" perpetrado por rebeldes em Alepo. Segundo o narrador do vídeo, as vítimas eram membros das milícias shabiha (fantasmas, em árabe), ligadas ao regime. Os shabiha geralmente são da minoria alauita, a mesma de Assad.

O grupo opositor também liberou uma gravação em que quatro oficiais do exército sírio declaram ter desertado e se juntado aos opositores, que lutam pela queda de Assad desde março do ano passado. As deserções teriam ocorrido ontem, no mesmo dia em que um piloto sírio fugiu com um caça MiG-21 para a Jordânia, onde recebeu asilo.

Milhares de militares abandonaram o regime, mas a maioria de baixa patente. O grupo rebelde Exército Livre da Síria é formado basicamente por desertores.

Manifestantes também tomaram as ruas da cidade de Koubani, entre eles crianças carregando cartazes de apoio ao Exército Livre Sírio.

Na capital do país, Damasco, simpatizantes da revolta foram atacados pelo exército no distrito de Mazzeh e nos subúrbios, disse o Observatório, informando também que duas crianças foram mortas.

Na cidade de Homs, moradores fizeram um pequeno protesto apesar de bombardeios nas vizinhanças tomadas pelos rebeldes, afirmam ativistas. O Comitê Internacional da Cruz Vermelha e o Crescente Vermelho Sírio realizaram na quinta-feira duas tentativas frustradas de retirar os civis que permanecem nos bairros sitiados de Homs.

O ex-presidente do Egito, Hosni Mubarak, de 84 anos, foi levado a um hospital militar no Cairo nesta terça-feira após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC), informou um funcionário da prisão Tora na capital egípcia. Mubarak cumpriu 17 dias da sentença de prisão perpétua na prisão. Na semana passada, o ex-mandatário teve duas paradas cardíacas.

"Mubarak deixou a prisão em uma ambulância e está a caminho do hospital", disse a fonte. O hospital militar fica a seis quilômetros da prisão Tora, em um subúrbio do Cairo. Algumas fontes do governo do Egito disseram que ainda não é possível avaliar os danos que podem ter sido provocados pelo acidente cerebral em Mubarak, mas a situação de saúde do ex-governante é considerada grave.

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As informações são da Dow Jones e da Ansa.

Uma equipe de observadores da Organização das Nações Unidas (ONU) entrou nesta quinta-feira no vilarejo de Heffa, após tropas do governo sírio terem retomado a área perto da costa do Mediterrâneo, depois de combates que se alastraram por oito dias. A visita ocorreu algumas horas após um suicida detonar seu veículo cheio de explosivos em um subúrbio de Damasco, ferindo 14 pessoas e danificando um dos mais sagrados santuários da minoria xiita na Síria, informou a agência estatal de notícias Sana.

Sausan Ghosheh, uma porta-voz dos observadores, confirmou que a equipe da ONU conseguiu entrar em Heffa e testemunhas que viajam com os observadores confirmaram que viram cenas de destruição e combates pesados, incluídos prédios do governo queimados e um corpo largado em uma rua deserta.

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Os observadores tentavam entre em Heffa, na província costeira de Latakia, há vários dias. Foi levantada a suspeita de que um assalto brutal das tropas do governo estava ocorrendo contra o vilarejo.

Ainda não está claro se o ataque a bomba desfechado nesta quinta-feira no subúrbio de Sayyida Zainab, em Damasco, tinha na mira o santuário xiita ou uma delegacia de polícia que fica a 15 metros do prédio religioso. Testemunhas dizem que o suicida detonou o artefato na van que dirigiu para um estacionamento a 50 metros do santuário, apesar de esforços feitos por guardas para parar o veículo. A explosão destruiu as janelas da mesquita e ruiu alguns dos mosaicos que decoram as paredes. Algumas partes do veículo detonado pelo agressor foram encontradas dentro do santuário.

A agência Sana disse que 14 pessoas ficaram feridas pela explosão em Damasco. Seis ônibus de turistas e mais de 30 automóveis, bem como um micro-ônibus da polícia, foram danificados. "Eu trabalhei 10 anos para poder comprar esse carro" disse Amin Daoud, um trabalhador de 35 anos que estava perto do local do atentado. "Eu estacionei o carro ali ontem à noite e agora ele foi totalmente destruído", disse o trabalhador.

Um segundo carro-bomba foi explodido nesta quinta-feira em Idlib, no norte do país. O alvo da explosão em Idlib foi um posto de verificação do Exército, informou o grupo Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, acrescentando que vários soldados foram mortos e feridos no ataque. O Observatório também informou que três civis foram mortos em um confronto entre soldados e insurgentes na entrada do bairro de Jouret el-Shayyah, em Homs, que está há dias sob fogo das forças do regime.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

A administração do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta terça-feira que a Rússia está enviando helicópteros de ataque ao governo do presidente sírio Bashar Assad e alertou que o conflito que já dura mais de 15 meses na Síria poderá "escalar dramaticamente". Os EUA, contudo, estão comprado helicópteros militares do mesmo conglomerado russo.

A declaração partiu da secretária de Estado, Hillary Clinton. Ela disse que os EUA estão "preocupados com as informações mais recentes, de que helicópteros de ataque estão a caminho da Rússia à Síria". Hillary disse que isso "escalará dramaticamente o conflito". Embora a declaração de Hillary tenha criticado a venda dos helicópteros russos à Síria, os EUA estão comprando no momento helicópteros militares da mesma empresa, a Rosoboronexport, um conglomerado russo de armamentos, para equipar forças militares do Afeganistão.

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Um pouco após as declarações de Hillary, o Pentágono teve que justificar suas compras na Rosoboronexport. "Nós não estamos comprando helicópteros para o regime sírio. Nós estamos comprando helicópteros em apoio à Força Aérea do Afeganistão", disse o secretário de imprensa do Departamento de Defesa, George Little. Ele também fez as declarações após críticas de alguns políticos norte-americanos, como do senador John Cornyn.

Os EUA planejam comprar 21 helicópteros Mi-17 da Rosoboronexport até 2016. O contrato dos EUA com o conglomerado russo totaliza US$ 375 milhões, com a opção de uma compra adicional de aeronaves no valor de US$ 550 milhões. O Mi-17 geralmente é usado em missões de transportes de soldados.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

O ex-presidente do Egito, Hosni Mubarak, cujo estado de saúde piorou desde que ele foi enviado para a prisão, sofreu duas paradas cardíacas que foram revertidas com o uso do desfibrilador, informou uma fonte hospitalar à agência France Presse nesta segunda-feira. Segundo informações do governo egípcio, Mubarak, de 84 anos, entrou em "coma profundo"

"Mubarak entrou hoje em um coma profundo", disse o porta-voz do Ministério do Interior do Egito, Alaa Mahmoud. "A saúde de Mubarak deteriora-se desde o veredicto, com pressão alta, problemas respiratórios e batimentos cardíacos irregulares", disse Mahmoud. No dia 2 de junho, Mubarak foi sentenciado à prisão perpétua, considerado culpado pela morte de 851 manifestantes em janeiro e fevereiro de 2011, na revolta popular que precedeu a queda do seu regime, em 11 de fevereiro do ano passado. O ex-governante do Egito sofre de depressão profunda.

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As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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