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Uma equipe de fãs brasileiros desenvolveu o game “Donkey Kong Country - The Trilogy”, que homenageia a clássica franquia da Nintendo e reúne em um único título a clássica trilogia dos 16 bits “Donkey Kong Country” (1994), “Donkey Kong Country 2: Diddy's Kong Quest” (1995) e “Donkey Kong Country 3: Dixie Kong's Double Trouble!” (1996). Acompanhe o trailer:

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Além de reunir todas as fases da trilogia clássica, o fã-game também apresenta algumas áreas inéditas, resolução em HD e a possibilidade de jogar com todos os macaquinhos que consagraram a franquia.

A produção foi desenvolvida de maneira independente e não possui vínculos com a Nintendo. Os criadores do título disponibilizaram o game para download gratuito aqui. “Donkey Kong Country - The Trilogy” pode ser jogado apenas em PCs.

Na última sexta-feira (9) a franquia “Donkey Kong” celebrou 40 anos e muitos fãs aguardam por um novo título oficial no Nintendo Switch, mas, até o momento, nada foi anunciado.

O carismático gorilão surgiu nos arcades em 1981, junto com o Super Mario (na época conhecido apenas como Jumpman). A princípio, Mario precisava resgatar sua namorada Pauline, que havia sido sequestrada por Donkey Kong.

Com o passar do tempo, o personagem foi repaginado e se tornou o herói de suas próprias aventuras. Em 1994, “Donkey Kong Country” revolucionou o mundo dos jogos devido aos seus gráficos, que simulavam o 3D. Além disso, o título ficou reconhecido por ser desafiador, o que exigia habilidades nos controles por parte dos jogadores.

Além de atrair uma legião de fãs, as aventuras de super-heróis como Homem-Aranha, Capitão América e Homem de Ferro também servem de inspiração. Foi assim com o quadrinista Ruan dos Santos, 30 anos, de São Gonçalo (RJ), que, num misto de adrenalida e emoção, desenvolveu a história do Bombeiro Mascarado.

Ao ver bombeiros apagando um incêndio no prédio em que trabalhava, a criatividade de Santos foi acionada. "Comecei a pensar o que um bombeiro poderia fazer se ele tivesse superpoderes, quantas pessoas a mais ele poderia salvar", lembra. No mesmo dia, ele chegou em sua casa e começou a criar.

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O quadrinista Ruan dos Santos | Foto: Divulgação

A HQ "Bombeiro Mascarado" conta a história de Carlos da Silva, que ficou paraplégico após um grave acidente. Por meio de um experimento científico, ele volta a andar e alcança novas habilidades. Desde então, ele passa a usar seus poderes para proteger a humanidade até ficar conhecido pelo nome que dá título aos quadrinhos.

Santos usou como referência as criações dos anos 1970 e 1980, que leu na infância, de produtoras como Marvel, DC e Disney. "Eu via o Homem-Aranha balançando nos quadrinhos por Nova Iorque e imaginava um super-herói também voando por nossas cidades”, comenta o quadrinista. O resultado pode ser conferido no teaser:

O uniforme do personagem foi baseado em Super-Homem, Capitão América e Homem-Aranha; já a tecnologia tem ares de Homem de Ferro e Batman. Após decidir o design do personagem, faltava o nome. "Pensei em Super-Bombeiro, Bombeiro-Alado, mas achei cafona. Até que surgiu o Bombeiro Mascarado. Soava estranho, mas era mais original. Acredite, foi o melhor que eu pude fazer", recorda Santos.

O principal desafio era publicar a HQ em meio a um cenário de marcas já reconhecidas, além de enfrentar o preconceito com a produção independente no Brasil - mas nada disso impediu Santos. Em 2014, a primeira edição foi publicada e aos poucos o quadrinista e sua criação foram conquistando espaço. "Também alcançamos crianças que não estão cauterizados por pensamentos negativos quanto ao fato de existir super-heróis brasileiros", afirma.

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Além dos quadrinhos, o super-herói brasileiro já alcançou outras mídias, além de produtos licenciados e um jogo para computador, o "Bombeiro Mascarado - The Game", que pode ser baixado em lucas-jefrey.itch.io/bombeiro-mascarado.

Todas as novidades do Bombeiro Mascarado podem ser acompanhadas pelas redes sociais do personagem e no canal oficial no YouTube.

De sexta-feira (24) a domingo (26) acontece a “V Mostra Guarulhense de Cinema”. O evento, organizado pelo “Cineclube Incinerante”, irá exibir ao longo dos três dias 22 curtas-metragens produzidos na cidade de Guarulhos. 

A programação inclui documentários, drama, suspense, animações e filmes experimentais. "Há casos de pessoas que assistiram os filmes na mostra e a partir disso se animaram para participar da produção de curtas-metragens", afirma Pamela Regina, uma das organizadoras da Mostra.

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Este é o primeiro ano que o produtor audiovisual Cristiano Cordeiro da Silva, 35 anos, participa do evento. O projeto “Versos Experimentais” é seu primeiro trabalho autoral, uma mistura de poesia e audiovisual. “Esse primeiro experimento é baseado em dois textos antigos, ‘A Tábua de Esmeralda’, do antigo Egito, e o ‘Mahabharata’, um épico indiano. Eu tentei buscar nestes textos a profundidade do estado de consciência”, conta.

As animações “Interrogação” e “Raskolnikov”, produzidas por Moisés Pantolfi, também fazem parte da programação deste ano. Os dois trabalhos já foram premiados na categoria “Melhor Vídeo no Festival do Minuto de 2018” e foram recentemente selecionados para um festival na Sérvia. “A animação ‘Raskolnikov’ era pra ser apenas um teste, mas a minha companheira, Natali, me deu tanta força que eu tive coragem de enviá-la para os festivais e acabou selecionada”, conta.

Entre os destaques, estão também filmes que abordam a cultura de Guarulhos. Após a exibição dos curtas haverá debate com a presença dos diretores de cada obra. A entrada para o evento é gratuita. A programação completa pode ser consultada no site do evento.

 

Serviço

V Mostra Guarulhense de Cinema

Data: 24, 25 e 26 de maio

Horário: 19h

Local: Sindicato dos Bancários de Guarulhos - Rua Paulo Lenk, 128 – Centro - Guarulhos

Entrada gratuita

 A 23º edição do Cine PE recebeu 892 inscrições de curtas e longas-metragens para as mostras competitivas. O número representa um aumento de 77,33% em relação a 2018.

As produções pernambucanas também tiveram um aumento expressivo, 86 filmes pleiteiam uma vaga nas mostras competitivas, enquanto no ano passado foram 39 inscritos. Além das mostras competitivas o ‘Cine Pe’ contará com lançamentos, exibição de filmes hors concours, debates, workshops e homenagens.

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O festival, considerado uma das principais vitrines para a produção de filmes independentes no Brasil, acontece de 28 de maio a 3 de junho, no Cinema São Luiz, área Central do Recife.

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Aos 40 anos, Karina Bacchi acaba de dar à luz seu primeiro filho em Miami, na Flórida. O nome escolhido pela musa fitness foi 'Enrico', e ela comemorou a chegada da criança em seu Instagram. "Minha maior riqueza... Enrico! Bem-vindo! Que experiência mais poderosa essa de dar Vida a você meu filho... Meu anjo... Temos sido cúmplices desde que você foi encaminhado a mim", escreveu.

Enrico é fruto de uma inseminação artificial. Karina, atualmente divorciada, chegou a decisão de que queria ser mãe e optou por uma produção independente para realizar seu desejo. O doador foi escolhido em um banco de sêmen nos EUA, país no qual a criança nasceu. A escolha, segundo Karina, foi por conta da pouca informação fornecida em bancos nacionais, o oposto do que acontece no exterior. 

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Embora a grande mídia brasileira, em função da audiência, tenta falar dos LGBTI com menos estereótipos, o momento é de intensas mudanças - positivas - no cenário do audiovisual nacional. A produção de séries independentes, apesar do orçamento curto e limitado, deve ser a grande aposta. 

Geralmente veiculadas na internet, as produções independentes são normalmente conhecidas por colaborar para a representatividade no audiovisual, como é o caso da inédita "Copan". A websérie conta a história de cinco amigos no processo de descoberta da sexualidade, do amor e enfrentamento dos desafios da vida adulta. A primeira temporada, já lançada, conta com 10 episódios em formato de sitcom, com média 10 minutos de duração e sendo veiculado semanalmente.  

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Criada por Priscila Carla e roteirizada em conjunto com André Magalhães, a autora inova no mercado e designa um signo a cada um dos protagonistas, que variam de acordo com as características intrínsecas de cada um. Confira o vídeo e entenda o porquê dessa escolha, ideias para a segunda temporada e encare o desafio lançado: descobrir o signo do personagem sobre o qual Priscila não falou. 

Assista:

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Um documentário que nasceu da necessidade de quebrar preconceitos e combater a ignorância. Esse é Bichas, primeira produção audiovisual do publicitário pernambucano Marlon Parente que, de forma independente, resolveu contar as histórias de seis meninos que assumiram seu lugar na sociedade e, sem máscaras, lutam diariamente por respeito. O filme foi lançado na internet no último sábado (20) e já ultrapassou as 35 mil visualizações. 

A ideia para o documentário nasceu após o próprio Marlon ter sofrido um ataque homofóbico. Ao chegar com um grupo de amigos a uma lanchonete, no Recife, um senhor presente no local apontou uma arma de fogo para os rapazes, além de falar insultos e ameaças verbais. "A primeira palavra que ele falou foi 'bicha'", conta Marlon. Um de seus amigos revidou e foi aí que o publicitário pensou em falar sobre o assunto: "O filme é mais uma forma da gente falar que existe. Eu não estou pedindo nada além de respeito". Ele selecionou seis amigos com histórias marcantes e que de imediato aceitaram fazer parte do projeto. "Ninguém melhor que uma bicha para falar sobre as bichas, não é?", brinca o publicitário. 

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Bruno Delgado, Igor Ferreira, Italo Amorim, João Pedro Simões, Orlando Dantas e Peu Carneiro contam momentos delicados de suas vidas - alguns inclusive nunca antes expostos - e mostram sua relação consigo mesmos e com a sociedade ainda tão cheia de preconceitos: "São relatos muito bons. Bem tristes, sim, mas de uma tristeza convertida porque eles se superaram", analisa Marlon. O objetivo do filme é dar voz a todos aqueles que já vivenciaram situações parecidas, além de levar ao conhecimento da sociedade informação como uma arma contra a violência e a intolerância. "A gente está falando por vários outros meninos. Ser bicha não é ser mal, nem agredir a ninguém. Pelo contrário, é eu querer amar a quem eu quiser sem preconceito", diz o diretor do documentário. 

A boa recepção do filme - com mais de 35 mil visualizações em menos de dois dias de lançamento e incontáveis comentários positivos nas redes sociais - surpreendeu Marlon e a vontade do diretor é expandir o trabalho: "Estou muito feliz em ver aonde o documentário chegou e a quem chegou", comemorou. Ele pensa agora em inscrever a produção em festivais de cinema, possivelmente até aumentando sua duração. Futuramente, Marlon também pretende realizar outras produções no mesmo formato, sempre visando desmistificar pré-conceitos arraigados na sociedade, dando visibilidade e voz aos que precisam ser vistos e ouvidos. 


Para um setor que no Brasil já está majoritariamente atrelado às leis de incentivo, fundos e editais públicos para levantar a verba para seus projetos, falar em um modelo de cinema como negócio independente soa, a priori, como investimento arriscado.

Afinal, são raros os casos de filmes nacionais que, se feitos com investimento direto, dariam aos produtores o retorno financeiro necessário para cobrir os gastos e, em seguida, gerar lucro.

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Em geral, somente casos como as mais recentes comédias e filmes como "Tropa de Elite" se pagariam na bilheteria. "Mas Angelo (Salvetti, produtor de 'Isolados') diz que pegar dinheiro para fazer um filme e não ter de devolvê-lo não é um negócio. Negócio é quando se empresta o dinheiro, investe e lucra", analisa o diretor Tomás Portella, de "Isolados", que atualmente filma a comédia "Desculpe o Transtorno".

"Claro que as leis de incentivo e os mecanismos de financiamento públicos são necessários, pois há projetos que precisam e merecem o apoio, como os filmes autorais", continua Portella. "Mas há uma série de filmes que podem ser bom negócio e não há motivo para deixar de tratá-los como negócio. A questão é encontrar alguém disposto a investir neles", completa Salvetti, que, entre seus próximos longas, tem projetos híbridos: com verba incentivada e investimentos direto. Estão em desenvolvimento os longas "Meu Ex-Imaginário", "A Vida Sexual da Mulher Feia", "Não Aprendi Dizer Adeus", a história do cantor Leonardo, uma cinebiografia do Chacrinha, entre outros. "Cada filme pede um modelo", diz Salvetti. "O ideal são formas híbridas, pois, graças às políticas de incentivo público, há hoje uma geração de profissionais bem formados e preparados para trabalhar em produções independentes", observa Vítor Mafra, diretor de "Lascados".

Para "Isolados", cujo orçamento geral gira em torno de R$ 5 milhões, a ideia sempre foi produzir de forma independente. "Tive a sorte de encontrar a Media Bridge. Filmamos sem um centavo de dinheiro público e somente para a finalização ganhamos um concurso do Fundo Setorial, mas esta verba ainda não entrou e estamos lançando também com recursos próprios, em 200 salas", acrescenta Portella.

Já para a equipe de "Lascados", pensar em um modelo de negócios independente, em que cada investidor tivesse uma cota do projeto, foi a única solução. "Temos aprovação para captar verba por meio das leis de incentivo, mas ninguém se interessou. Como esta é uma história que pedia agilidade, decidi apostar no financiamento direto", explica o produtor Marcelo Braga, cujo filme custou em torno de R$ 2 milhões. "Apesar de muito mais modesto que outras grandes comédias que utilizam verba pública e têm chegado ao mercado em centenas de salas, Lascados tem grande potencial de público", acrescenta ele. "Estreamos em uma entressafra de blockbusters, só na rede Cinemark, pois nenhuma distribuidora se interessou e quem está cuidando da distribuição sou eu", revela Braga, que lança o longa em quase 70 salas.

Outra tática dos dois filmes é apostar em estratégias paralelas, como divulgação nas redes sociais, ações promocionais em empresas como academias de ginástica, escolas etc. "Isolados" ganhou um game interativo.

Se em ambos os casos o potencial comercial foi decisivo para que os investidores apostassem na ideia, há projetos em que, exatamente pelo caráter experimental, a saída é a produção independente. É o caso dos filmes da Cavi Filmes, de Cavi Borges, que já produziu mais de 10 longas de ficção e 20 documentários, além de dezenas de curtas. Nesta semana, ele apresenta sua mais nova empreitada no Festival de Brasília, "Pingo D’Água", de Taciano Valério, em competição oficial.

"Nossos projetos, por não terem caráter comercial, têm dificuldade de captar verba e vencer editais. Encontramos um modelo próprio, que não depende de editais, do governo, mas de parceiros. São todos muito econômicos", explica Cavi, que também finaliza seis longas e lança "Cidade de Deus - 10 anos Depois". "É nosso maior orçamento: R$ 200 mil", conta o produtor, que nesta semana ministra um curso sobre novas formas de financiamento colaborativo. "Não só crowdfunding, mas parcerias com profissionais, que viram sócios, empresas, canais de TV, como Canal Brasil, produtoras de publicidade, que são coprodutoras. Sejam filmes comerciais ou autorais, o futuro é mesclar estratégias", conclui Cavi. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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