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Seguindo o cronograma de aumentos tarifários, neste sábado (7), o metrô do Recife encerra o reajuste progressivo e fixa o valor da passagem em R$ 4. A alta é feita enquanto a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) sofre com falhas recorrentes no serviço e investiga as causas da colisão entre composições que deixou cerca de 60 usuários feridos às vésperas do Carnaval.

De acordo com a companhia, há sete anos sem reajustes, o preço da passagem estava defasado e não supria o custo de manutenção. Sobretudo, após ter sofrido um corte nos repasses do Governo Federal.

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Para garantir o equilíbrio das contas, foi proposto que os 245 mil passageiros diários arcassem com os custos e seis aumentos foram agendados. Iniciado em maio de 2019, até março deste ano, o escalonamento fez com que a antiga passagem de R$ 1,60 ganhasse R$ 2,40 e atingisse R$ 4. No entanto, os passageiros reclamam de descaso da CBTU diante suspensões inesperadas do serviço e reincidência de falhas. Também há a denúncia de um suposto sucateamento do sistema para forçar a privatização do serviço.

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O aumento da tarifa do metrô do Recife passará a valer no próximo dia 5 de maio. Custando atualmente R$ 1,60, a passagem saltará para R$ 2,10. Apesar do valor ser abaixo dos R$ 3 que perdurou de junho a novembro de 2018, serão realizados reajustes bimestrais, com a tarifa chegando a R$ 4 em 2020.

O escalonamento foi acertado durante audiência de conciliação realizada na 15ª Vara da Justiça Federal de Minas Gerais. Além do metrô do Recife, também seguirá o aumento progressivo a tarifa de Belo Horizonte-MG, Natal-RN, Maceió-AL, e João Pessoa-PB. A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) argumenta que há cerca de 13 anos não há alteração no valor em Belo Horizonte, há 15 anos em Natal, Maceió e João Pessoa, e sete anos no Recife.

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Ainda neste ano, o valor estará acima dos R$ 3 na capital pernambucana. Os reajustes seguirão da seguinte forma: R$ 2,10 (a partir de 5 de maio); R$ 2,60 (7 de julho); R$ 3 (8 de setembro); R$ 3,40 (3 de novembro); R$ 3,70 (5 de janeiro de 2020) e R$ 4 (7 de março de 2020). Confira o aumento também nas outras cidades na tabela:

 

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Há quase 50 anos, em 1969, o astronauta americano Neil Armstrong entrou para a história ao se tornar o primeiro homem a pisar na lua. Um pouco antes disso, surgia o space rock, uma vertente musical inspirada nessa temática, que teve como pioneiras bandas como Pink Floyd, Rush, Hawkwind e UFO.

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O estilo, criado na Inglaterra, era marcado por um toque “espacial” e surrealista nas composições, que traziam instrumentos e sons considerados inovadores e psicodélicos, como o sintetizador digital, as “drum machines” e o órgão sintético. As músicas lembravam temas de filmes de ficção científica, com viagens intergalácticas e naves espaciais.

O disco “A Saucerful of Secrets”, da banda inglesa Pink Floyd, foi lançado em 1968, e é considerado um dos precursores do gênero. Mais tarde, em 1976, o álbum futurista “2112”, da banda canadense Rush, popularizou ainda mais o estilo, narrando uma guerra de dimensões galácticas em um futuro distante.

No Brasil, algumas bandas passearam pelo space rock, que é considerado um subgênero do rock progressivo, também surgido na Inglaterra na segunda metade da década de 60. Os maiores exemplos são os paulistas do grupo Som Nosso de Cada Dia, com o álbum “Snegs”, de 1974, e a banda carioca O Terço, com o álbum homônimo, de 1970. Outros grupos também fizeram história no rock progressivo brasileiro, como Os Mutantes, A Bolha, Som Imaginário, Bacamarte, entre outros.

Hoje, pouquíssimo ou nenhum espaço é dado ao rock e suas variações na indústria cultural brasileira e mundial. Porém, ainda existem bandas que mergulham nessa infinidade de influências clássicas para produzir rock progressivo e/ ou espacial.

O site americano ProgRock.com, referência na área, divulgou, no começo do ano, uma lista com as melhores músicas de rock progressivo de 2017. A banda paraense Ultranova é a única representante do Brasil que aparece na lista, na categoria “melhor faixa de encerramento de disco”, com a música “Orion”, que dá nome ao mais recente álbum da banda. O grupo, que já havia tido seu disco indicado pelo site como um dos grandes lançamentos do ano, aparece ao lado de figuras já consagradas do rock progressivo mundial, como King Crimson, Big Big Train e Steven Wilson.

O americano Mark Monforti, cofundador da página, revelou ter se surpreendido com o quanto gostou do disco. “Se você gosta de música instrumental, como eu, este provavelmente vai ser um dos seus lançamentos favoritos do ano. A última faixa, ‘Orion’, é uma audição obrigatória a todos os amantes do rock progressivo”, pontuou.

A banda foi formada em 2012, em Belém, pelos primos Daniel Leite (guitarra) e Thiago Albuquerque (teclado). Hoje, a formação conta ainda com o baterista Henrique Pena e o contrabaixista Príamo Brandão. As composições do grupo são instrumentais, mergulhando no rock espacial e progressivo, com muita influência de música clássica e jazz.

O álbum “Orion” foi lançado em 2017, mas poderia facilmente estar entre os grandes álbuns do rock progressivo lançados nas décadas de 60 e 70. A sonoridade é carregada de erudição. A faixa “Órbita” dá início à viagem espacial proporcionada ao ouvinte, com uma pegada forte no sintetizador, protagonista da peça, acompanhada pela bateria, em ritmos acelerados, que parecem narrar o começo de uma aventura pelo espaço.

Em seguida, “Abismo Azul” quebra a adrenalina, com uma pegada leve, mais desacelerada, ditada pelo piano, que é a característica mais forte da composição. Depois, “Aquântica” dá um ar mais atual, começando com os tambores da bateria, seguidos por riffs fortes de guitarra, com bastante distorção. A canção segue em ritmo crescente de velocidade.

A quarta faixa do álbum, intitulada “Salinas”, começa com os sintetizadores marcando a melodia. Após a entrada da bateria, a canção se transforma, com uma pegada mais pop e funk. A penúltima música, “Chronos”, é marcada pela condução da bateria, mais uma vez acompanhando os teclados, que parecem ser a “voz” da composição. Para fechar com chave de ouro, a premiada “Orion” traz 13 minutos de pura psicodelia. Como já é marca registrada das grandes músicas de rock progressivo, a canção começa de uma maneira e termina de outra, completamente diferente. Ao final do disco, a sensação de êxtase pós- viagem espacial parece não ser mais exclusividade dos astronautas.

O disco foi lançado pela gravadora Rock Symphony, do Rio de Janeiro, que já distribuiu bandas consagradas como a holandesa Focus e a brasileira Violeta de Outono, e pela gravadora francesa Musea Records, que tem mais de 30 anos de estrada. A obra tem resenha na Itália, Noruega, Inglaterra, Japão, Rússia e Estados Unidos.

A mente responsável por dar às composições um tom mais erudito é o tecladista e pianista Thiago Albuquerque, filho do compositor e multi-instrumentista Albery Albuquerque. Ele estudou música clássica e já fez composições para orquestras sinfônicas. “Acho que a diferença da banda é essa mistura de influências de cada integrante, dando uma cara mais original”, afirma o tecladista.

Os outros integrantes adicionam à sonoridade da banda influências do rock. O baterista Henrique Pena é fã dos Beatles e do Pink Floyd, e também integra o “Pink Floyd Project”, grupo que faz covers da consagrada banda inglesa. Ele conta que o som da Ultranova é totalmente espacial. “É um disco para você curtir da primeira até a última faixa”, ressalta.

Já o guitarrista Daniel Leite conta que faz parte da escola do heavy metal. As guitarras distorcidas, características do estilo, são a sua assinatura na banda. Suas influências passam por Yes e Emerson, Lake & Palmer. Segundo o músico, o grupo procura sempre dar destaque a um tema melódico. “O mais importante na composição é a melodia. É o que fica para a eternidade”, conclui. A mistura cultural da Ultranova é completa pela música instrumental brasileira, preferência do baixista Príamo.

A originalidade das composições da banda a levou a tocar no festival “Jacofest – Jazz da Amazônia Contemporânea”, em Belém, em 2014, e no Festival de Música Instrumental Tapajazz, em Santarém, 2015. O grupo já recebeu convites para tocar fora do Estado, e estuda fazer apresentações no Rio de Janeiro, ainda este ano. Novas composições também estão sendo feitas para um próximo lançamento, ainda sem data definida.

O álbum “Orion” está disponível nas plataformas digitais, e os CDs físicos estão à venda no site da banda (https://ultranova.mus.br/). Os contatos podem ser feitos pelo e-mail ultranovarock@gmail.com e número (91) 98411-9191. As redes sociais da banda podem ser acessadas pelo usuário “ultranovarock”, no Instagram e Facebook.

Com apoio de Rosiane Rodrigues.

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