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O Ministério da Saúde divulgou, através da campanha "Setembro Amarelo", o primeiro "Boletim Epidemiológico de Tentativas e Óbitos por Suicídio no Brasil". O estudo revelou que locais onde existem Centros de Apoio Psicossocial (CAPS), órgão administrado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o risco de suicídio reduz em até 14%.

Existem no país 2.463 CAPS e, no último ano, foram criadas 146 unidades. “A notificação de casos é muito importante para que consigamos visualizar onde se encontram as regiões com maiores indicadores e reunir esforços para diminuir as taxas de suicídio. Já trabalhamos com ações de prevenção nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) que, em breve, devem chegar nas áreas de maior incidência”, enfatizou a Diretora do Departamento de Doenças e Agravos Não Transmissíveis do Ministério da Saúde, Maria de Fátima Marinho.

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O estudo ainda apontou que a taxa de suicídios entre idosos com mais de 70 anos é superior à média brasileira. Nessa faixa etária, foram registradas média de 8,9 mortes por 100 mil nos últimos seis anos, frente a 5,5 por 100 mil em todo o País. O documento mostra que, entre 2011 e 2016, houve 62.804 mortes por suicídio. Com mais homens cometendo suicídio do que as mulheres, correspondendo a 79% do total de óbitos registrados. Os solteiros, viúvos e divorciados foram os que mais morreram por suicídio (60,4%). Na comparação entre raça/cor, a maior incidência é na população indígena. A taxa de mortalidade entre os índios é quase três vezes maior (15,2) do que a registrada entre os brancos (5,9) e negros (4,7).

Entre os fatores de risco para o suicídio estão transtornos mentais, como depressão, alcoolismo, esquizofrenia; questões sociodemográficas, como isolamento social; psicológicos, como perdas recentes, e condições clínicas incapacitantes, como lesões desfigurantes, dor crônica, neoplasias malignas.

O Ministério da Saúde tornou gratuita a ligação para o Centro de Valorização da Vida (CVV), instituição que faz o apoio emocional para prevenção de suicídios. A partir do dia 30 de setembro, além do Rio do Grande do Sul, o número 188 ficará disponível sem custo de ligação para mais oito estados, beneficiando 21% da população brasileira: Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Piauí, Roraima, Acre, Amapá, Rondônia e Rio de Janeiro.

Para mais informações sobre o estudo, acesse o site: http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/setembro/21/Coletiva-suicidio-21-09.pdf.

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