Tópicos | CVV

O tema suicídio é delicado e envolvido em uma série de mitos. O desconhecimento pode gerar informações falsas ou preconceitos em relação às pessoas que pensam ou já pensaram nesse assunto em algum momento da vida. Caso você sente que precisa conversar sobre qualquer tema, a CVV (Centro de Valorização da Vida) está sempre à disposição para o apoio emocional no telefone 188 ou e-mail e chat que podem ser acessados em www.cvv.org.br.  

O comportamento suicida envolve uma complexa interação de fatores psicológicos, culturais e socioambientais. Segundo dados do Ministério da Saúde, nos últimos 20 anos, os suicídios no Brasil subiram de 7 mil para 14 mil. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), o Brasil está na contramão do mundo nesse quesito, uma vez que a média mundial de suicídios teve uma queda de 36% entre 2000 e 2019. 

##RECOMENDA##

A depressão, tida como uma das doenças mais incapacitantes do mundo pela OMS, é a principal causa de suicídios, seguida pelo transtorno bipolar e abuso de substâncias. A condição pode ser resultado de alterações nos neurotransmissores do cérebro ou de outros fatores como problemas pessoais graves, traumas, entre outros. Fique atento aos sinais. Confira a seguir, alguns mitos sobre a atitude suicida e como se deve comportar em meio a esse mito: 

O suicídio não pode ser prevenido. A verdade é que reconhecer os sinais de alerta e oferecer apoio ajudam a prevenir o suicídio. O risco de suicídio pode ser eficazmente tratado. O tratamento da doença mental é o pilar mais importante da prevenção do suicídio. 

Pessoas que falam sobre suicídio só querem chamar atenção. A verdade é que a expressão do desejo suicida nunca deve ser interpretada como simples ameaça ou chantagem emocional. A maioria dos suicidas fala ou dá sinais sobre suas ideias de morte. De alguma forma, parte dos suicidas expressaram seu desejo de se matar, seja para médicos, familiares ou amigos.  

O suicídio é hereditário. A verdade é que o suicídio é um fenômeno multifatorial. Nem sempre está associado a outros casos de suicídio na família. Falar sobre suicídio não aumenta o risco, mas falar com alguém próximo sobre o assunto pode aliviar a tensão e angústia que esses pensamentos trazem.  

Se uma pessoa que pensava em suicidar-se, em um momento seguinte passa a se sentir melhor, significa que o problema passou. A verdade é que se alguém cogitou o suicídio, mas depois aparenta estar tranquilo, não significa que tenha desistido da ideia. Uma pessoa que decidiu suicidar-se e não teve a realização pode se sentir aliviada por ter tomado a decisão de se matar, passando a impressão aos outros de que já está tudo bem.  

Segundo a Oganização Pan-Americana da Saúde (Opas), cerca de 800 mil pessoas morrem por suicídio anualmente. As principais causas são depressão e abuso de substâncias. Pensando nessa realidade, foi criado o Setembro Amarelo, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. 

No Brasil, são registrados 12 mil suicídios por ano, muitos cometidos por jovens. Diante dessa realidade, o Centro de Valorização da Vida (CVV) apoiou o Setembro Amarelo com o objetivo de combater esses números crescentes.

##RECOMENDA##

O psisquiatra Dirceu Rigoni ressalta a importância do Setembro Amarelo, principalmente entre o público jovem. "A psiquiatria ainda é vista com certo preconceito, o que dificulta impedir muitos casos. Para os profissionais e para os pacientes, essa época é benéfica para divulgar os fatores de risco dos transtornos mentais numa tentativa de acabar com o preconceito que só atrapalha e impede a luta contra possíveis causas. Daí a necessidade de quebrar o preconceito e falar sobre o assunto, fazendo com que os pacientes busquem ajuda antes que o pior aconteça", afirmou o psiquiatra.

O psicólogo Pedro Cristo ressalta que, antes de a pessoa se suicidar, ela mostra alguns sinais que podem ser percebidos pelos parentes e amigos. Esses indicadores são fundamentais para evitar muitos casos, especialmente durante a adolescência. "A gente parte do princípio de que as pessoas suicidas estão em profundo sofrimento. Podemos observar mudanças significativas na vida da pessoa. Pessoas que passam a se isolar, pessoas chorosas, uma certa insastifação com a vida e sentimento de fracasso. O suicídio nunca é um ato isolado. É um processo. Uma pessoa que pensa em tirar sua própria vida precisa de ajuda e apoio. Julgar apenas pioraria as coisas", afirmou o psicólogo.

Atividades físicas também podem ajudar no combate ao suicído e na qualidade de vida, criando a possibilidade de não só ajudar na saúde física como na mental, o que ajuda na socialização das pessoas que passam por episódios depressivos, é o que ressalta Ariane Mendes, profissional de educação física. "O exercício físico tem benefícios para a gente. Estudos mostram os aspectos positivos no tratamento da depressão, ansiedade, estresse e estado de humor. Mas não precisamos de muitas horas de treino. O exercício ajuda no tratamento de pessoas depressivas, liberando hormônios que proporcionam bem-estar e prazer, ajuda no tratamento contra a ansiedade, além de aumentar a energia física e mental. O tipo de exercício influencia o fluxo de preocupação na cabeça do aluno. O estresse faz parte da rotina de todos nós e quando nos exercitamos liberamos diversos hormônios tratando tudo isso", destacou a educadora.

O CVV - Centro de Valorização da Vida é uma organização não governamental que realiza apoio emocional contra o suicídio. O atendimento é gratuito, pelo telefone 188 ou pelo site www.cvv.org.br.

Por Lucas Rodrigues e Suellen Cristo.

[@#video#@]

Na paleta de cores dos meses que compõem um ano, setembro é o amarelo. É durante o nono mês do calendário que acontece, no Brasil, uma campanha de conscientização e prevenção ao suicídio, o Setembro Amarelo. O projeto é um trabalho conjunto entre o Centro de Valorização da Vida (CVV), Conselho Federal de Medicina e Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e, desde 2015, vem alertando a sociedade para este problema de ordem global. 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 800 mil pessoas se matam por ano em todo o planeta. Os dados da OMS indicam também que no Brasil houve um aumento de 7% nos casos de suicído entre 2010 e 2016. Outros dados apontam que 96,8% dos casos estão relacionados com transtornos mentais e a depressão aparece como sendo a principal doença, nesse sentido. Logo, a enfermidade é considerada pela OMS como o mal do século e, acredita-se atualmente que 300 milhões de pessoas sofrem desse mal. 

##RECOMENDA##

Vírgina Almeida, psicóloga clínica, explica como a arte pode ser usada como remédio ou 'gatilho'. Foto: Cortesia 

Várias são as maneiras de lidar com a depressão e a arte está dentro do rol de estratégias disponíveis aos convalescentes. Filmes, livros e músicas podem atuar como ferramenta de apoio e alívio para aqueles que sofrem com dores na emoção. Segundo a psicóloga clínica Virgínia Almeida, a arte - sendo ela uma forma de expressão do ser humano -, pode ser muito benéfica para a saúde mental não só de quem a produz, como de quem a consome. "Quando falamos em quem observa a arte, podemos dizer que a pessoa pode se sentir representada por aquela arte. Quem nunca sentiu que aquela música tinha sido feita especialmente para você? Esse sentimento de que você não está sozinho, e que está sendo compreendido de alguma forma, faz com que a arte seja um instrumento que alivia as dores de quem está passando por uma fase difícil". 

LeiaJá também

--> Lista: 10 músicas que transformaram o luto em pura poesia. 

Porém, é preciso estar atento ao emocional para que aquele conteúdo artístico não tenha o efeito contrário e acabe potencializando alguns desconfortos já existentes através do famoso 'gatilho'. "Nesse caso (as pessoas) podem reviver momentos traumáticos que o sujeito esteja evitando escutar por que ainda é um assunto doloroso. Por isso, é preciso perceber quais os assuntos que são mais sensíveis e o que traz compreensão", orienta a psicóloga. Ela ainda aconselha evitar séries, filmes ou músicas e livros que possam despertar algum trauma ainda não tratado durante um momento difícil. 

Já pessoas emocionalmente saudáveis podem até se sentir um pouco tristes ao consumir alguma obra de arte de teor mais melancólico, o que é considerado normal segundo a especialista. No entanto, caso o 'gatilho' aconteça, desencadeando uma crise depressiva, é preciso pedir ajuda. "Talvez essa pessoa esteja em um momento em que qualquer outra situação poderia gerar essa crise. Ou seja, não é um filme que pode causar depressão em uma pessoa saudável, mas a forma como essa pessoa está se relacionando com as questões da vida é que pode fazer ela entrar em quadro depressivo. Para quem já está sensível, não só o filme mas como qualquer situação da vida pode fazer com que ela entre em uma crise", explica Virgínia. 

Arte 'tarja preta'

O “mal do século”, a depressão não escolhe idade, etnia ou classe social. De tão recorrente, o problema saiu dos consultórios médicos e invadiu, também, o mundo da arte. São inúmeras as obras, dos mais variados segmentos artísticos, que abordam o tema e que podem atuar como instrumento não só de informação como de auxílio para os que buscam a cura. A psicóloga Virgínia indica dois filmes: As Vantagens de Ser Invisível e Ela. "São dois filmes que conseguem falar sobre como é se sentir depressivo e como precisamos desse apoio de quem está ao nosso lado. Uma rede de apoio é extremamente importante nesses casos, e por isso, acho filmes muito interessantes, não só para quem está passando pela depressão como para quem não a tem, para que possam compreender mais essas pessoas e oferecer mais apoio a elas”.

[@#video#@]

Mais dicas

Confira outras dicas de livros, discos e músicas que falam sobre a depressão. 

Livros

O Lado Bom da Vida, de Mathew Quick

A Redoma de Vidro, de Sylvia Plath

Mrs. Dalloway, de Virginia Wolf

O Apanhador no Campo de Centeio, de J.D. Salinger

Filmes

The Babadook, de Jennifer Kent

As Horas, de Stephen Daldry

Garota Interrompida, de James Mangold

Pequena Miss Sunshine, de Jonathan Dayton e Valerie Faris

Divertida Mente, de Pete Docter

Músicas

Fucking Perfect - Pink

Prtty Hurts - Beyoncé

Boulevard of Broken Dreams - Green Day

Minha Cabeça - Clarice Falcão

Ansiejazz - Tássia Reis

Conflitos - Dexter

LeiaJá também

--> Setembro Amarelo: como lidar com quem pensa em suicídio. 

Procure e/ou ofereça ajuda

Pedir ajuda é um passo fundamental para quem sofre de depressão. A atitude, no entanto, pode ser de grande dificuldade para quem está doente, sendo assim, reconhecer e acolher quem passa pelo problema é de extrema importância. Além da arte, uma rede de apoio e acompanhamento profissional podem promover a cura e a retomada de uma vida plena e saudável. O Centro de Valorização da Vida (CVV) é um serviço gratuito que presta auxílio por telefone, e-mail e chat para pessoas que precisam de apoio emocional. O atendimento pode ser feito via internet ou pelo telefone 188. 

No último domingo (22) foi realizado no Bosque Maia o "Projeto Juventude no Parque". Idealizado pela Subsecretaria da Juventude, vinculada à Secretaria de Assuntos Difusos, o evento atraiu cerca de 4 mil pessoas e contou com muitas atividades como cinema, show de bandas locais, workshop de fotografia, hip-hop, batalha de rimas, entre outras.
 

A ideia do projeto é levar inclusão social aos espaços públicos, por meio da disseminação da arte e da cultura que são produzidas pelos jovens do município.

##RECOMENDA##

O Centro de Valorização da Vida (CVV) ofereceu atendimento e acolhimento aos jovens. O Banco de Sangue Santa Helena falou sobre a importância e conscientização de se doar sangue. A Secretaria de Trabalho emitiu carteiras de trabalho, enquanto Serviços Públicos falou sobre educação ambiental e o Programa Lixo Zero. O projeto contou ainda com a participação das Secretarias de Assuntos Difusos, Cultura e também do Fundo Social de Solidariedade, com coleta de alimentos e agasalhos.
 

Para o subsecretário da Juventude, Erick Watanabe, a programação foi a mais eclética e inclusiva possível. “O que queremos é estimular a convivência entre as juventudes de Guarulhos, respeitando e valorizando a diversidade e o diálogo”, ressaltou Watanabe.

 

As ligações para o Centro de Valorização da Vida (CVV), que tem abrangência nacional na prevenção do suicídio, se tornaram gratuitas em todo o Brasil. A decisão partiu de um acordo de cooperação técnica com o Ministério da Saúde, assinado em 2017, que permitiu o acesso gratuito ao serviço por meio do telefone 188.

Pelo número, as pessoas que sofrem com transtornos psicológicos como ansiedade, depressão ou que correm risco de cometer suicídio podem conversar e ser aconselhadas por mais de 2 mil voluntários do CVV.

##RECOMENDA##

A ligação gratuita para a instituição começou a ser implantada há quatro anos em Santa Maria, Rio Grande do Sul, após o incêndio na boate Kiss, que deixou 242 jovens mortos. O CVV existe há 55 anos e também presta assistência pessoalmente, por e-mail ou chat.

No mesmo mês em que completa 56 anos de atuação ininterrupta no Brasil, o Centro de Valorização da Vida (CVV) vai implementar em Pernambuco o uso do número 188, que oferece atendimento sem custos para prevenção ao suicídio. A linha passará a funcionar, a partir de 31 de março, em mais sete estados sem restrição de dia e hora, inclusive nos feriados.

Antes, com o número 141, o usuário pagava o preço de uma ligação local para conseguir ajuda de um dos atendentes. Além de Pernambuco, a gratuidade por meio da linha 188 chega aos estados de Alagoas, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe.

##RECOMENDA##

Somente Bahia, Maranhão, Pará e Paraná ainda não tem acesso ao 188. A implantação nesses estados deve ocorrer em junho deste ano, informou o CVV, por meio de comunicado. A entidade, formada por 2,4 mil voluntários que atuam em todas as regiões do país, atingiu em 2017 recorde de ligações, com cerca de dois milhões de atendimentos.

"O CVV é procurado por diversos tipos de pessoas, inclusive crianças. Entre os sentimentos relatados, solidão, tristeza e angústia. Mas o serviço também procurado por pessoas que querem agradecer ou até mesmo falar de suas conquistas", pontua a coordenadora do posto CVV Recife, Norma Suely.

LeiaJá também

--> CVV busca novos voluntários e oferece curso no Recife

O Centro de Valorização da Vida (CVV) do Recife vai realizar um curso para os interessados em trabalhar como voluntários no apoio emocional e na prevenção ao suicídio. A capacitação é gratuita e não gera nenhum compromisso ao interessado. As inscrições podem ser feitas pelo e-mail recife@cvv.org.br, através do site www.cvv.org.br ou ainda na página facebook.com/cvvrecife.

Na primeira fase do curso, o candidato aprenderá informações básicas sobre o método utilizado pelo CVV. É preciso ter 18 anos ou mais, ter disponibilidade e interesse em ajudar aqueles que procuram o serviço. O primeiro módulo será realizado no auditório do Forte das Cinco Pontas, no bairro de São José, entre os dias 24 e 25 de março.

##RECOMENDA##

O CVV é uma entidade sem fins lucrativos que atua gratuitamente no apoio emocional e na prevenção do suicídio desde 1962. A unidade do Recife começou suas atividades há 39 anos e fica localizada na Manoel Borba, bairro da Boa Vista. O trabalho do CVV, em todo país, é sigiloso, gratuito e funciona durante 24 horas, nos sete dias da semana.

O Centro de Valorização da Vida (CVV), instituição que promove a prevenção ao suicídio através do atendimento focado na escuta e apoio às pessoas que precisam de ajuda, está recebendo inscrições de interessados em fazer o curso de treinamento para novos voluntários. Confira a programação dos próximos cursos em todo o país

Além do desejo de ajudar e aprender, o único requisito para fazer o curso é ter no mínimo 18 anos de idade. O treinamento é gratuito e o primeiro módulo será realizado no próximo sábado (13), pela manhã e a tarde, e também no domingo (14) apenas pela manhã, no Centro de Assistência Social dos Bombeiros, na avenida João de Barros, 380, Boa Vista. 

##RECOMENDA##

O primeiro módulo apresentará uma noção do princípio da abordagem e do tipo de diálogo mantido com as pessoas que ligam para o CVV, que se baseia no método desenvolvido pelo teórico da psicologia Carl Roger. O treinamento completo tem três módulos. As inscrições para o curso podem ser feitas pelos telefones 3421-7311 ou pelo 141, através do endereço de e-mail recife@cvv.org.br ou entrar no site do Centro de Valorização da Vida.

Como ser voluntário? 

Quem quer ajudar trabalhando voluntariamente no CVV Recife deve concluir os três módulos do curso e ter pelo menos 4 horas por semana para ajudar atendendo às ligações em um horário escolhido pelo voluntário na sede do CVV, que fica na rua Manoel Borba, 99, no bairro da Boa Vista. Quem tiver interesse em se tornar voluntário deve entrar em contato com o CVV através dos meios de contato informados nesta matéria, conhecer o centro e então organizar um horário para iniciar os atendimentos. 

LeiaJá também 

--> Serviço de prevenção ao suicídio será ampliado no país

--> Assistência psicossocial ajuda na prevenção do suícidio

O Ministério da Saúde divulgou, através da campanha "Setembro Amarelo", o primeiro "Boletim Epidemiológico de Tentativas e Óbitos por Suicídio no Brasil". O estudo revelou que locais onde existem Centros de Apoio Psicossocial (CAPS), órgão administrado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o risco de suicídio reduz em até 14%.

Existem no país 2.463 CAPS e, no último ano, foram criadas 146 unidades. “A notificação de casos é muito importante para que consigamos visualizar onde se encontram as regiões com maiores indicadores e reunir esforços para diminuir as taxas de suicídio. Já trabalhamos com ações de prevenção nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) que, em breve, devem chegar nas áreas de maior incidência”, enfatizou a Diretora do Departamento de Doenças e Agravos Não Transmissíveis do Ministério da Saúde, Maria de Fátima Marinho.

##RECOMENDA##

O estudo ainda apontou que a taxa de suicídios entre idosos com mais de 70 anos é superior à média brasileira. Nessa faixa etária, foram registradas média de 8,9 mortes por 100 mil nos últimos seis anos, frente a 5,5 por 100 mil em todo o País. O documento mostra que, entre 2011 e 2016, houve 62.804 mortes por suicídio. Com mais homens cometendo suicídio do que as mulheres, correspondendo a 79% do total de óbitos registrados. Os solteiros, viúvos e divorciados foram os que mais morreram por suicídio (60,4%). Na comparação entre raça/cor, a maior incidência é na população indígena. A taxa de mortalidade entre os índios é quase três vezes maior (15,2) do que a registrada entre os brancos (5,9) e negros (4,7).

Entre os fatores de risco para o suicídio estão transtornos mentais, como depressão, alcoolismo, esquizofrenia; questões sociodemográficas, como isolamento social; psicológicos, como perdas recentes, e condições clínicas incapacitantes, como lesões desfigurantes, dor crônica, neoplasias malignas.

O Ministério da Saúde tornou gratuita a ligação para o Centro de Valorização da Vida (CVV), instituição que faz o apoio emocional para prevenção de suicídios. A partir do dia 30 de setembro, além do Rio do Grande do Sul, o número 188 ficará disponível sem custo de ligação para mais oito estados, beneficiando 21% da população brasileira: Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Piauí, Roraima, Acre, Amapá, Rondônia e Rio de Janeiro.

Para mais informações sobre o estudo, acesse o site: http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/setembro/21/Coletiva-suicidio-21-09.pdf.

Uma das entidades mais conhecidas e respeitadas quando o assunto é prevenção de suicídio, o CVV, Centro de Valorização da Vida, anuncia que o número 188 passará a funcionar em mais oito Estados brasileiros.

O número, surgido a partir de um convênio da instituição com o Ministério da Saúde, foi criado para evitar suicídios. Não há custo algum para a pessoa que ligar, e o sigilo absoluto é garantido. Pesquisas recentes indicam que mais de 90% dos casos de suicídios podem ser evitáveis.

##RECOMENDA##

Atualmente, o 188 funciona no Rio Grande do Sul, mas, a partir de 30 de setembro, oito novos estados passarão a ser atendidos: Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Piauí, Roraima, Acre, Amapá e Rondônia. Há planos para que o número tenha abrangência nacional até 2020.

O CVV presta serviço voluntário e gratuito de apoio emocional para todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo. Os mais de 1 milhão de atendimentos anuais são realizados por 2 mil voluntários pelo telefone 188 ou 141 (de acordo com a região), pessoalmente em postos de atendimento ou através do site, via chat, Skype e e-mail www.cvv.org.br

O Brasil promove nesta sexta-feira, 7 de abril, o Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência nas Escola. Instituído pela lei nº 13.277, de 29 de abril de 2016, o dia marca a tragédia do Realengo, quando Wellington Menezes de Oliveira, ex-aluno da Escola Municipal Tasso da Silveira, naquele bairro do Rio de Janeiro, invadiu uma sala de aula e atirou contra as crianças, matando 11 delas e se suicidando em seguida, em 2011. De acordo com parentes e mensagens deixadas, o atirador sofreu diversos abusos quando era aluno da instituição e segundo especialistas, este fato somado a distúrbios mentais graves teriam sido o motivo do ataque. 

Neste 7 de abril, o Ministério da Educação (MEC) coordena ações com o objetivo de capacitar docentes e equipes pedagógicas para a promoção de cidadania, empatia e respeito em uma cultura de paz e tolerância. Na educação básica, a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) está implementando um portal na internet direcionado a ações em direitos humanos na comunidade escolar e sociedade civil, com lançamento previsto para o segundo semestre de 2017.

##RECOMENDA##

Já no ensino superior, em novembro de 2016 foi lançado o Pacto Universitário pela Promoção do Respeito à Diversidade, da Cultura da Paz e dos Direitos Humanos, por meio de uma parceria entre o MEC e o Ministério da Justiça e Cidadania. O pacto teve adesão de mais de 200 instituições de ensino superior que deverão apresentar um plano de trabalho com ações de promoção de respeito, cidadania paz e direitos humanos.

Conscientização por meio da ‘ficção’ 

A série “13 reasons why”, traduzida como “Os 13 porques”, é uma produção original da plataforma de streaming Netflix, que aborda a temática do cyberbullying e suicídio através da história de Hanna Baker, uma adolescente que comete suicídio, mas antes deixa 13 fitas gravadas apontando os motivos e as pessoas que, através de bullying, cyberbullying ou negligência diante de seu sofrimento, a levaram a desistir de viver. 

O enredo traz reflexões acerca dos problemas da violência no ambiente de ensino e suas consequências por meio da ótica da vítima de forma sensível, com o objetivo de levar a conscientização da audiência quanto ao suicídio e ao bullying. No Brasil, o Centro de Valorização da Vida (CVV) fornece auxílio para a prevenção ao suicídio por meio do telefone 141, do seu site via chat, VoIP (Skype) e e-mail e pessoalmente. No Recife, o centro fica na Avenida Manoel Borba, 99, Boa Vista e pode ser contatado pelo telefone (81) 3421-7311.

Nos últimos dias começou a circular no Facebook uma corrente com telefones para a prevenção de suicídio, em Pernambuco. O texto pede para que o internauta copie a informação e cole para, pelo menos, três amigos da rede. 

##RECOMENDA##

A equipe do Portal LeiaJá tentou contato através dos números. Um deles não existe e o outro ninguém atende. Apesar de serem telefones 0800, sem cobrança para o cliente, os números são complexos, diferindo do telefone oficial do Centro de Valorização da Vida (CVV), o 141.

Em casos de prevenção ao suicídio, o CVV realiza apoio emocional a fim de evitar o ato. O atendimento é feito por voluntários e a ligação é gratuita. O trabalho é voltado para as pessoas com tais tendências e também familiares. O contato pode ser feito por telefone, email, chat e Skype 24 horas todos os dias e sob sigilo. 

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando