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O vereador Wendel Andrei de Lima Coelho (PT do B), do município de Japeri, na Baixada Fluminense, foi assassinado a tiros na madrugada deste domingo (24). Segundo informações da Secretaria de Estado de Polícia Militar, agentes encontraram o vereador morto dentro do carro em que viajava, no bairro de Engenheiro Pedreira, em Japeri.

Policiais militares do 24º Batalhão da PM, de Queimados, estavam em patrulhamento quando notaram o automóvel parado na via, no fim da madrugada deste domingo. Acionada para registrar a ocorrência, a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) instaurou inquérito para apurar as circunstâncias da morte do vereador.

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Os agentes conduziram a perícia no local do assassinato. Policiais procuram agora por testemunhas e imagens que possam ajudar a esclarecer o crime.

A Câmara Municipal de Japeri é formada por onze vereadores. Wendel foi eleito com 729 votos. Em julho do ano passado, o prefeito eleito de Japeri, Carlos Moraes Costa (PP), e vereadores da cidade foram alvo de uma operação deflagrada pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro e pela Polícia Civil, sob a acusação de associação ao tráfico de drogas.

A operação Senones cumpriu mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão contra o prefeito, o então presidente da Câmara de Vereadores, Wesley George de Oliveira, e o vereador Claudio José da Silva. Os três foram denunciados pelo MPRJ à Justiça por associação para o tráfico de drogas.

À época, o MPRJ obteve junto ao Judiciário a suspensão do exercício da função pública do prefeito e dos dois vereadores. A denúncia relatava que eles integravam o núcleo político da organização criminosa que dominava o tráfico de drogas no Complexo do Guandu, em Japeri. Os acusados estariam usando seus mandatos para agir em favor dos interesses criminosos de traficantes de drogas da região.

Carlos Moraes Costa estava em seu terceiro mandato como prefeito quando foi preso. O município de Japeri tem atualmente como prefeito em exercício Cezar Melo.

De acordo com o Fórum Grita Baixada, houve 2.142 casos de letalidade violenta na Baixada Fluminense em 2018, o equivalente a 56 mortos a cada 100 mil habitantes, sendo 71,2% causadas por homicídio. O maior índice foi o de Japeri (102,92).

Em seu terceiro ano como presidente, Dilma Rousseff assistiu ao esfacelamento do "núcleo duro" de apoio a seu governo na Câmara dos Deputados, que já foi formado por 17 partidos e hoje abriga apenas petistas e remanescentes de outras sete legendas.

O núcleo duro - formado pelos parlamentares que votam com o governo 90% das vezes ou mais - era integrado em 2011 por 306 dos 513 deputados. Ou seja, Dilma podia contabilizar como aliados fiéis seis em cada dez dos membros da Câmara. Desde então, esse núcleo vem encolhendo, e atualmente se resume a 101 deputados, segundo revela o Basômetro, ferramenta online do Estadão Dados que mede a taxa de governismo do Congresso.

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Dos nove partidos que abandonaram totalmente a linha de frente de apoio ao governo, três são de tamanho médio - PR, PSD e PSB. Os demais se enquadram na categoria dos "nanicos", com bancadas de menos de dez integrantes (PMN, PTC, PRTB, PSL, PT do B e PRB).

O PMDB, principal aliado do PT em termos numéricos, tem hoje apenas quatro representantes no núcleo duro - desde o final de 2011, 63 peemedebistas abandonaram o grupo e agora se concentram na faixa dos que votam com o governo entre 60% e 89% das vezes. No PP, a debandada foi de 32 deputados para apenas 2. No PDT, de 16 para 2. No PTB só sobrou um dos 19 fiéis.

Com uma base cada vez mais inconsistente, Dilma tem enfrentado dificuldades crescentes para aprovar projetos. Na tentativa de agradar à base, acenou com a abertura dos cofres: na semana passada. Determinou a liberação de R$ 6 bilhões em emendas parlamentares até o final do ano, em três parcelas.

Mesmo assim, há temor de que a estratégia não funcione. Para evitar eventuais derrotas, o governo quer adiar a votação de temas polêmicos.

Palanques

O desmanche do grupo fiel a Dilma se acelera no momento em que os partidos se realinham para medir forças em 2014. O PSB, que já promove a candidatura presidencial do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, tinha taxa de governismo de 95% em 2011, segundo o Basômetro. Em 2013, o índice está em 77% - com tendência de queda. A taxa dos partidos é calculada com base na média dos votos contra e a favor de seus integrantes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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