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O candidato do PT ao governo de São Paulo, Fernando Haddad, fez um convite aos partidos que não o apoiam, mas que não integram o Centrão, para dialogar com o governo estadual. O candidato disse que, caso eleito, tentará negociação com as demais siglas, mas deixará o Centrão na oposição.

"Vou fazer um convite para todos os partidos que não me apoiam, mas que não são do Centrão. Eleito governador, vou dizer para todos os partidos que não são do Centrão, que eles são bem-vindos a uma governança moderna, transparente, com base em metas, propostas, em diálogo com a sociedade, da forma mais transparente do mundo e negociada", disse o petista, em entrevista à Rádio Eldorado nesta quarta-feira (26). "Porque sei que o governo não manda no Estado, mas lidera o processo de pactuação daquilo que o Estado precisa com outras forças políticas."

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Haddad, então, propõe deixar o Centrão na oposição. Ao citar o PTB, Republicanos e PL, o candidato pede para que tais siglas "contribuam na oposição, ao invés de ficar vindo pedir cargos para votar a favor do governo". "Trabalhem o seu programa e dialoguem com o governo na posição de oposicionistas."

Na visão do candidato, o Centrão, com o orçamento secreto, "quebrou o Brasil". "Acho que o Centrão já deu", declarou.

Passe livre nas eleições

Haddad defendeu na entrevista o passe livre de transporte público no Estado no dia do segundo turno das eleições. Segundo ele, isso permite à população "exercer aquele direito que é o direito mais fundamental de uma democracia, que é poder escolher seus representantes

O candidato do PT pontuou que tal medida também irá beneficiar o eleitor de baixa renda e aquele que mora longe do local de votação. Abrangendo o tema para suas propostas de governo, o candidato disse ser a favor de um "programa de mobilidade permanente".

Como proposta, Haddad reforçou a ideia de implementar um Bilhete Único Metropolitano que, em sua visão, vai beneficiar o interior e cidadãos que moram em outras cidades, mas que trabalham em outra. "Não vai ser restrito à sede da metrópole, capital e outras metrópoles, mas da região como um todo", explicou.

O candidato do Republicanos ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas, defendeu a "liberdade" dos cidadãos em relação à posse e, em determinados casos, o porte de armas de fogo no Estado, caso eleito. Apesar da defesa, o candidato voltou a condenar a atitude do ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB), que fez disparos de fuzil contra agentes da Polícia Federal (PF) no domingo passado.

"Tenho defendido sempre a liberdade. A liberdade do cidadão de poder ter a posse da arma de fogo, poder ter uma arma de fogo em casa, e até mesmo o porte, atendendo a determinados requisitos legais", declarou, em entrevista à Rádio Eldorado, nesta terça-feira (25).

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O candidato voltou a comentar a reação agressiva de Roberto Jefferson e disse que "não podemos comparar quem está fora da lei com aquele que está dentro da lei". "A gente percebe que ele estava numa situação de irregularidade", disse. O ex-deputado estava com sua licença de Caçador, Atirador e Colecionador (CAC) suspensa e não poderia ter armas em sua residência.

No domingo, 23, agentes da PF foram à residência do ex-deputado cumprir novo mandado de prisão expedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes. Os agentes, contudo, foram recebidos pelo ex-parlamentar com granadas e disparos de fuzil. Dois deles ficaram feridos, mas não correm risco de morte.

"O que aconteceu no caso Roberto Jefferson é absolutamente lamentável sob todas as dimensões, primeiro pelo ataque a uma ministra do Supremo Tribunal Federal (Cármen Lúcia]), a gente tem que repudiar isso veementemente, não se pode atacar uma autoridade, e pela reação à ordem de prisão", declarou. Segundo Tarcísio, "quem ataca a polícia é bandido".

"Entendo que ele tem que pagar por isso, pagar como criminoso, responder criminalmente, que acho que extrapolou muito", afirmou.

Habitação

Tarcísio de Freitas defendeu na entrevista a implementação de um programa "ousado" para solucionar o problema da habitação no Estado. Em uma aliança entre a Prefeitura, o Estado e a Presidência da República, o ex-ministro defendeu a regularização fundiária, construção de moradias e aluguel social.

Tarcísio detalhou que seu programa de habitação se sustenta em três pilares. O primeiro diz respeito à regulação fundiária que, segundo ele, irá requalificar a moradia. Já o segundo ponto trata-se de aumentar a construção de habitações. "A gente, em São Paulo, tem um recurso de tributo vinculado à produção de moradia, mas ele tem se mostrado insuficiente", disse. De acordo com ele, atualmente, são trabalhados cerca de R$ 1,7 bilhões por ano para a construção de moradias, mas a meta é aumentar para cerca de R$ 4 bilhões, R$ 4,5 bilhões por ano. Na sua avaliação, é preciso aumentar o ritmo de construção, que atualmente está na casa dos 8 mil.

Para isso, ele propõe utilizar a construção direta via Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) e parcerias público-privadas com a utilização de espaços ociosos para fazer habitação de interesse social, de médio padrão e empreendimento comercial. "Na lógica de PPP, os dois últimos vão financiar o primeiro", detalha.

Por fim, Tarcísio destaca a importância do aluguel social como forma de evitar o "comércio de empreendimentos". O candidato também cita a necessidade de revitalização do centro da cidade de São Paulo.

Composição técnica

O candidato ao governo de São Paulo pelo Republicanos voltou a afirmar que, caso eleito, irá montar um governo baseado em tecnicidade e integridade. Segundo ele, se o presidente Jair Bolsonaro (PL) for eleito, não haverá interferência do chefe do Executivo nacional no governo paulista.

"Qual vai ser a participação do presidente no governo Tarcísio no Estado de São Paulo? Nenhuma. O governo vai ser meu. Vou trabalhar, caso seja eleito, para montar um secretariado técnico, absolutamente técnico", garantiu o candidato na entrevista à Rádio Eldorado. Diante do apoio que tem recebido de partidos políticos em favor de sua eleição, a exemplo do PSDB e União Brasil, Tarcísio, contudo, negou que isso represente cargos em seu possível governo.

"Toda vez que a gente fez aliança com partido, a gente discutiu propostas, sempre no campo programático", disse. O candidato, no entanto, afirmou que pode acolher uma indicação, desde que a pessoa tenha embasamento técnico e boa reputação.

Segundo ele, mesmo com o apoio que recebeu do PSDB do Estado de São Paulo, a ideia é que haja uma renovação das secretarias, em especial porque avaliou a derrota do governador paulista, Rodrigo Garcia (PSDB), no primeiro turno como uma indicação da população a favor da renovação. "Nas áreas que entendo que a gente precisa ter muita velocidade, que eu critiquei o PSDB, eu vou trazer gente nova e a sociedade está esperando isso", declarou, citando áreas como Educação e Transporte. Ex-ministro da Infraestrutura do governo Bolsonaro, o candidato também afirmou que há uma tendência que ele traga alguém que trabalhou com ele no Ministério.

Apesar de pregar renovação, Tarcísio negou que irá "implodir" políticas públicas que estão dando certo no Estado. Questionado sobre a liberação de passe de transporte público no dia das eleições, o candidato do Republicanos afirmou que liberaria. "Estamos falando da festa da democracia", disse.

Universalização do saneamento

Tarcísio de Freitas também afirmou que, caso eleito, buscará antecipar em cinco anos da meta de universalização do saneamento básico no Estado. Em sua avaliação, tal investimento encurtará o tempo de despoluição dos rios Tietê e Pinheiros "na mesma proporção".

Para tratar a poluição dos rios em São Paulo, Tarcísio defendeu o investimento no saneamento básico. Ele afirmou que a diminuição da mancha de poluição depende do aumento da quantidade de ligações domiciliares, redes coletoras, redes interceptoras e estações de tratamento.

"Precisa de muito dinheiro e muita vontade", declarou. "Se a gente conseguir fazer a universalização do saneamento básico, trazer de 2033, que é a meta estabelecida no Marco de Saneamento, para 2027, que é nosso objetivo, a gente vai conseguir também encurtar esse tempo de despoluição de Tietê e Pinheiros na mesma conclusão", finalizou.

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), detalhou sua proposta de criar uma "Lava Jato municipal" caso venha a ser eleito para um segundo mandato na eleição do próximo domingo (29). Em entrevista à Rádio Eldorado, o candidato à reeleição disse que o objetivo é aumentar a transparência e a participação popular na fiscalização municipal, mas que a estrutura seria formada por voluntários e não estaria subordinada à Prefeitura.

Questionado sobre o que seria a "Lava Jato municipal" e a diferença para os mecanismos de controle já existentes, Covas esclareceu que a medida busca uma ação externa, que não demanda uma nova estrutura na cidade e nem será controlada por um partido ou político específico.

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"É buscar uma ação externa, que não seja uma estrutura da Prefeitura, porque a gente já tem a Controladoria, o Tribunal de Contas, a Câmara Municipal. A gente já tem os órgãos próprios. São pessoas de fora que poderiam ajudar a olhar os contratos. Nenhuma estrutura a ser criada na Prefeitura de São Paulo para isso, mas com advogados, especialistas, que possam, de forma voluntária, ajudar e colaborar, orientando e buscando soluções (...). Não há a criação de nenhuma estrutura nova a ser controlada pelo partido 'A' ou pela candidata 'B'", disse Covas.

Dono da maior coligação durante o primeiro turno - ampliada com as declarações de apoio após a definição do 2º turno -, o tucano também afirmou que não há nenhum acordo prévio sobre a distribuição de cargos no governo entre os partidos. Entretanto, afirmou que, se sair vencedor, a decisão sobre os nomes dos novos secretários e subprefeitos será feita em conjunto com as siglas.

"Eu não fiz nenhum loteamento de futuro governo(...). Você não pode lotear um governo que não existe. Passada a eleição, nós vamos conversar com os partidos que nos apoiaram, verificar se eles têm nomes preparados, capacitados. Não adianta a gente achar que só o meu partido político tem nomes preparados. A gente tem um programa de governo. Quem tiver compromisso com esse programa de governo, capacidade, honestidade, não tem nenhum problema de fazer parte da gestão", disse. "Os diferentes também prestam. Não tem como a gente fazer um governo que seja sectário, voltado exclusivamente às pessoas do meu partido."

O candidato também reiterou críticas que fez à candidatura do seu rival, Guilherme Boulos (PSOL). Em uma peça publicitária, a campanha de Covas afirma que São Paulo será governada por "um partido só" em caso de vitória de Boulos. Entretanto, o candidato adversário já recebeu apoios de vários partidos, como PT, PDT, PCdoB, PSB e Rede. Perguntado se a campanha exagerou na afirmação, o prefeito disse que considerava que todas as siglas defendiam "um projeto só".

"Eu acho que é um projeto só, né? Até porque são projetos muito parecidos, portanto acho que a crítica vale. Acho que é muito mais relacionado [o material de campanha] ao projeto de poder enviesado, que eu acho que não cabe na cidade de São Paulo, que é uma cidade ampla, diversificada, diversa, em que é preciso conversar com direita, esquerda, centro e reconhecer que a gente tem bons nomes em todos os pontos", afirmou.

Diversidade e punição para atos racistas

Na sabatina, Covas também foi questionado sobre a diversidade em seu governo e punições para casos de racismo, como o ocorrido em Porto Alegre - que terminou com a morte do homem negro João Alberto Freitas. O prefeito afirmou que, durante o mandato atual, ampliou a quantidade de mulheres na gestão - de três para sete secretárias municipais -, mas que "não foi possível ter a presença de negros no secretariado". Questionado sobre qual foi a dificuldade dessas nomeações, Covas irritou-se.

"Se eu achasse que a cidade estivesse sem nenhum problema para resolver, eu não era mais candidato à reeleição. Eu acho que a gente avançou muito em várias áreas, mas a gente precisa avançar em muito mais, e essa é uma delas. Não foi possível avançar nesses quatro anos, nós vamos avançar nos próximos quatro", respondeu, dizendo também que assumiu o compromisso de indicar pessoas negras para secretarias em um eventual próximo governo.

Covas declarou que ainda está aprendendo sobre o tema, pois nunca sofreu racismo, mas que São Paulo avançou neste debate nos últimos anos, com a assinatura de um decreto sobre racismo estrutural e com o cumprimento da nomeação de um mínimo de 20% de pessoas negras para cargos de confiança. Ele disse também que pretende adotar uma medida para cassar o alvará de funcionamento de empresas que promovam o racismo.

"O deputado Orlando Silva apresentou esse projeto que trata da cassação de alvará. Eu entrei em contato com ele e marquei para a próxima semana, pedi que a gente pudesse se reunir, para que a gente pudesse ter essa iniciativa na cidade de São Paulo. É uma boa ideia, vamos também trazer isso para cá." Silva disputou a Prefeitura pelo PCdoB e declarou apoio a Boulos no segundo turno da eleição.

Major Olimpio, líder do PSL no Senado, acredita que o deputado federal Eduardo Bolsonaro está "destruindo" a imagem do partido em São Paulo, desde que o "filho 03" do presidente da República assumiu a liderança da sigla no Estado, em junho deste ano. "Não quero saber se ele é o filho do presidente, pra mim ele é um filiado e o meu descontentamento e o de muita gente é manifesto", disse o senador nesta quarta-feira, 9, durante entrevista à Rádio Eldorado. "Partido político não é dinastia", afirmou.

O senador explicou que decidiu passar a presidência do PSL em São Paulo para Eduardo por ele ser seu vice à época. "Mas isso é uma questão interna do partido no Estado, por acaso com o Eduardo, que por acaso é o filho do presidente", afirmou. Na terça-feira, 8, dirigentes regionais da sigla foram à Justiça contra o "filho 03", para reverter atos baixados pelo deputado, que nas últimas semanas demitiu presidentes de pelo menos 73 dos 280 diretórios estaduais do partido.

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Outro alvo das críticas de Olimpio foi o senador Flávio Bolsonaro, o "filho 01" do presidente. "No Rio de Janeiro, o Flávio quis que o partido deixasse o governo por uma manifestação de posicionamentos do governador Witzel. O partido disse não", afirmou, reforçando a ideia de que os desentendimentos regionais não devem atrapalhar a relação entre o presidente da República e o partido: "O presidente é muito maior que questões regionais ou posturas de seus filhos", avaliou.

Na segunda-feira, dia 7, Olimpio já havia declarado ao Broadcast Político que "Flávio Bolsonaro para mim acabou, não existe", após eles terem demonstrado posicionamentos contrários em relação à CPI da Lava Toga. "Estou 100% com o presidente, mas não concordo em absolutamente nada com posturas nem do Eduardo e tampouco do Flávio", reafirmou na manhã desta quarta.

Olimpio ainda declarou na entrevista que não vê relação entre os desentendimentos com os filhos do presidente e a fala de Jair Bolsonaro alegando que o presidente do PSL estaria "queimado pra caramba", dita nesta terça-feira. "Não estou preocupado em lidar com a família. Tenho profundo respeito, apoio e admiração e defendo em todos os momentos o presidente Jair Bolsonaro. Partido político não é dinastia. Pra mim, os filhos dele são filiados como eu sou e têm que ter o mesmo respeito que todo filiado tem. Não vai ter diferenciação porque é filho coisa nenhuma".

O ex-presidente Michel Temer estava extremamente triste na noite de quinta-feira (21), mas confiante de que sua prisão pudesse ser revertida a qualquer momento. A descrição é do ex-ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, que visitou o aliado preso na Superintendência da Polícia Federal do Rio. Marun deu detalhes do encontro à Rádio Eldorado nesta sexta-feira (22).

"Encontrei um homem obviamente extremamente triste, especialmente por sabre que é uma medida judicial absolutamente esdrúxula", disse Marun a Haisem Abaki e Carolina Ercolin. "Mas (o ex-presidente) ainda confia na Justiça. Está sendo tratado com respeito e dignidade e aguardado que essa decisão absurda seja o mais rapidamente revertida."

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Marun criticou a decisão assinada pelo juiz Marcelo Bretas, da Operação Lava Jato no Rio. "Não vi ela sendo apoiada por nenhum jurista. Não vi ninguém que tenha dois neurônios apoiando essa decisão judicial. É um absurdo que seja a palavra de um homem que estudou Direito. Ela não seria escrita nem por um estagiário."

Sem dar detalhes, Marun disse que, em sua avaliação, a suposta fragilidade da decisão de Bretas abre margem para suspeitas a respeito dos objetivos da decisão que determinou a prisão do ex-presidente. "Tem a suspeita de que exista algo por trás disso e que os motivos sejam outros. De que se busque com essa confusão causada com essa decisão inconsequente e ilegal, outros objetivos."

"Temer era um perigo à ordem pública? à ordem econômica? Perigo são eles", disse Marun. "Ontem (quinta), subiu o dólar, baixou a Bolsa, cria uma celeuma na área política que vai atrapalhar a aprovação da reforma da Previdência. O presidente Temer tentou fugir? Não. O presidente Temer faltou a alguma convocação do Poder Judiciário? Não. O fato de ser absurda cria suspeitas sobre essa decisão."

Marun criticou o fato de a operação dizer que Temer comandava uma organização criminosa há quarenta anos. "Há quarenta anos, o presidente Temer nem exercia função pública. Não interessa o que eles pensam até porque não sabemos o que vai dentro do coração de pessoas que redigem decisões como essa. Ordenaram uma prisão preventiva sem nenhum pré-requisito para isso. Existe lei no País, se esse pessoal não sabe", concluiu Marun.

A senadora Simone Tebet (MDB-MS), que foi derrotada por Renan Calheiros (MDB-AL) na reunião que escolheu, nesta quinta-feira, 31, o candidato do partido à presidência do Senado, disse que a votação mostrou um racha dentro da legenda e que isso pode favorecer outros postulantes ao cargo que não o alagoano.

Em entrevista concedida nesta sexta-feira (1º), à Rádio Eldorado, Simone Tebet sinalizou que não irá tentar uma candidatura avulsa. "Não sou candidata de mim mesma. Já são oito candidaturas - acredito que algumas vão cair e que restarão menos, cinco talvez -, basta nos unir", afirmou. "Estive em contínua conversa com outros senadores e vai acontecer outra reunião hoje. Tenho simpatia pelos senadores Álvaro Dias, Tasso Jereissati e Esperidião Amin."

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Sobre a eleição na Casa, a senadora sul-mato-grossense disse esperar uma sessão tumultuada, uma vez que a oposição a Renan vai pedir a abertura dos votos. "Essa questão (voto aberto ou fechado) vai significar eleger ou não um presidente do Senado. A votação aberta é fundamental, por isso vai ter questionamento, questão de ordem", disse.

Simone Tebet argumentou que, apesar do entendimento hoje ser de que a votação é fechada, o Plenário é soberano. No fim, disse, irá prevalecer o entendimento da mesa. "O senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), como único remanescente da mesa, deveria presidir a sessão. Mas como ele também é candidato, não sei poderá fazê-lo", comentou. "Se não for ele, o entendimento é que o comando seja de Valdir Maranhão, que é o senador mais velho e que, provavelmente, não vai querer abrir o Plenário."

Saída

A senadora afirmou considerar ter saído vitoriosa da reunião, pois ela teria mostrado que há espaço para mudança dentro do MDB, e que não pretende deixar o partido num primeiro momento. "Sair agora porque fui derrotada seria oportunismo de minha parte. E por que ir para outra sigla se podemos fazer mudança dentro do partido?", questionou. "Não tenho interesse em mudar esse ano, até porque é ano de renovação. O MDB escolhe um novo presidente e uma nova Executiva. Estamos trabalhando nesse processo."

A senadora Simone Tebet (MS) afirmou, na manhã desta quarta-feira (23), à Rádio Eldorado que acredita que o correligionário Renan Calheiros (AL) vai "até o fim" na disputa dentro do MDB para candidatura à presidência do Senado. "Dentro do MDB, eu não tenho dúvida que o senador Renan vai até o final", disse a senadora.

Ela se apresentou como pré-candidata na segunda-feira (21), ao mesmo tempo que o alagoano tem evitado se colocar como candidato oficialmente, com o objetivo de desviar-se de mais críticas.

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Simone Tebet disse também que a intenção dela de se candidatar é por ela ser favorável à independência do Senado e por representar, segundo sua avaliação, a renovação "em sintonia com a sociedade brasileira".

Ainda assim, a parlamentar disse que a relação com o governo "tem de ser a melhor possível". "Quem assume a presidência do Senado representa uma instituição. O papel do presidente do Senado é jamais atrapalhar o Executivo. Quem tem de participar do papel de oposição, são os senadores. O presidente do Senado é imparcial e deve estar sempre a favor do Brasil", afirmou.

A senadora disse querer ainda, com a candidatura dela, resgatar os valores do partido. "Quero ver aquele antigo, velho MDB de volta. O MDB da redemocratização, que não falava em conchavos, em toma lá dá cá. Quero ver o MDB resgatando sua história, e que se renove para o futuro", finalizou.

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), afirmou em entrevista à Rádio Eldorado, na manhã desta segunda-feira (21), que é necessária a criação de um órgão federal para controlar as prestações de contas dos Estados.

"A situação não é apenas de Goiás, foi verdadeira irresponsabilidade em diversas estruturas de governo. Precisamos de algo que faça uma fiscalização mais dura nos mecanismos de controle. Em governos estaduais, houve um descumprimento explícito, intencional, da Lei de Responsabilidade Fiscal", declarou.

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O governador goiano acusou ainda a administração anterior - dos tucanos Marconi Perillo e José Eliton - por atrasos de salários de servidores e má gestão das contas públicas. "Houve um vandalismo associado à corrupção. Sucatearam o Estado, criou-se um colapso", disse.

A senadora Marta Suplicy disse nesta quinta-feira, 9, que vê sua vida parlamentar "completa". Na sexta-feira, 3, ela anunciou que não será candidata nas eleições 2018 e deixou o MDB para encerrar sua carreira político-eleitoral. Em entrevista à Rádio Eldorado, ela ressaltou que quer fazer política longe do Congresso. "Não vale mais a pena estar lá", disse.

"Minha vida parlamentar está completa. Fiz muito", afirmou Marta. "E agora não tenho mais vontade de fazer esse tipo de trabalho porque lá, metade do tempo você passa tentando entender projetos que não estão claros, tentando barrar retrocessos, tentando achar espaço para se posicionar, vendo projetos mais ideológicos do que a favor do Brasil. Não vale mais a pena estar lá. Quero fazer minha parte na sociedade civil. Posso contribuir mais."

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Eleições 2018

Marta prevê que as eleições 2018 vão fazer aumentar o conservadorismo em Brasília. Para ela, um mau sinal para o futuro do País. "Haverá um aumento do conservadorismo, menos mulheres e acho muito ruim isso que está acontecendo. Temos possibilidades assustadoras e espero que não se concretizem. Tem candidato a vice falando barbaridades e o presidente deste vice dizendo que não tem nada a ver com aquilo, que só abre a boca para desrespeitar minorias, mulheres e negros e para mostrar o mar de ignorância onde ele nada. É de dar medo."

Fora do MDB, que tem na disputa presidencial o candidato Henrique Meirelles, Marta diz que ainda não definiu seu voto, e não pretende torná-lo público. Mas rechaçou a possibilidade de votar em Jair Bolsonaro, do PSL. "Ainda não defini meu voto para presidente. Vai acontecer no processo (campanhas). Estarei atenta, acompanhando e não sei se devo manifestar em quem vou votar. Em Bolsonaro, não. Seria um retrocesso civilizatório."

Presença das mulheres

A senadora também comentou a presença de mulheres como vice em chapas do pleito eleitoral. "Eles (candidatos) estão colocando essas mulheres respondendo a pesquisas para atrair voto feminino. As duas senadores têm currículo (Kátia Abreu, vice de Ciro Gomes do PDT, e Ana Amélia, vice de Geraldo Alckmin do PSDB), mas vejo que algumas foram colocadas apenas por serem mulheres. E isso é desagradável de ver. Mas espero que seja um caminho para mais representação."

Avaliação

Marta fez uma avaliação de sua carreira política. "Eu teria começado mais cedo. Comecei tarde, com 48 anos. Fiz política com 'P maiúsculo' na TV, mas sinto que poderia ter começado antes. Agora a avenida (para mais mulheres na política) está aberta. Antes, há 30 anos, eu recebia cartas de mulheres na TV perguntando se era certo se sentar na mesa com o marido. Agora, a sociedade já entendeu a questão do direito delas."

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou em entrevista à Rádio Eldorado na manhã desta quarta-feira, 7, que a rejeição da sociedade ao PSDB, de acordo com recentes pesquisas, prejudica a imagem do pré-candidato tucano à Presidência da República, Geraldo Alckmin (SP).

"Ele é um bom governador. Mas a rejeição do PSDB é hoje maior que a do PT, e isso está contaminando a imagem dele do pré-candidato tucano", disse. O deputado do DEM lança nesta quinta-feira, 8, a sua pré-candidatura à Presidência da República na convenção nacional do DEM em Brasília.

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Maia argumentou que o Brasil vive, hoje, o fim de um longo ciclo político de polarização entre dois partidos: o PT e o PSDB. Para ele, a população está cansada dessa polarização e vai procurar uma alternativa nessa eleição. E frisou: "Tenho muitas dúvidas sobre a vitória do PSDB nas eleições", disse.

O deputado afirmou que os partidos de centro-direita não podem deixar espaço aberto para a oposição nesta eleição. "Se não conseguirmos uma alternativa, vamos entregar a eleição novamente para a oposição, seja o PT, o Ciro Gomes, que têm uma visão atrasada sobre a economia", afirmou.

Ao ser questionado se poderá vir a ser o candidato que representa o governo nesta disputa eleitoral, Maia não respondeu diretamente mas afirmou que irá defender propostas relacionadas ao atual governo sempre que forem "convergentes" com o seu projeto. Disse que quer ser o candidato "de um projeto" e que vai "olhar para o futuro".

"Um candidato que defende o atual governo estará defendendo o passado, não o futuro, (...) e terá poucas chances de vitória", disse, acrescentando que o governo vai ter dificuldade de "colocar um candidato nesse jogo" pela Presidência do Brasil. Para ele, a eventual candidatura do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, ou a tentativa de reeleição de Michel Temer simbolizarão o "passado" recente, onde a população sofreu com a recessão e o desemprego.

Maia afirmou que o sucesso da economia brasileira - retratado na melhora do mercado de trabalho, por exemplo - "ficou na conta" do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enquanto que a piora "ficou na conta do governo Temer". "Apesar de Brasil já estar crescendo, não existe uma sensação de melhora por parte da sociedade", afirmou.

Bolsonaro

Na entrevista, Maia relativizou o resultado do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) nas pesquisas recentes de intenção de voto. Disse que admira Bolsonaro pela "compreensão que teve no uso da internet", algo que fez muito antes de outros políticos. "Mas nas pesquisas, vemos uma queda no nome do Bolsonaro. A candidatura dele no Norte e no Nordeste está perdendo densidade", disse. "Não há clareza que o nome de Bolsonaro já está cristalizado no eleitorado", acrescentou.

Mais também criticou o alto comprometimento do orçamento federal com despesas correntes, sobretudo com benefícios previdenciários, e também os privilégios de corporações públicas e do setor privado, como as desonerações que não trazem resultados efetivos. Sobre o Rio de Janeiro, o deputado afirmou que a intervenção precisa dar resultado. Do contrário, a medida extrema do presidente Temer na segurança pública fluminense não irá reverter a atual avaliação do governo feita pela sociedade.

Maia entende que o plano de recuperação fiscal no Estado está evoluindo adequadamente, mas precisa de "uma administração mais profissional", como "tem a prefeitura da cidade do Rio de Janeiro".

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