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O mercado secundário de títulos de renda fixa está no radar de riscos da Securities Exchange Comission (SEC), órgão regulador do mercado de capitais norte-americano. A agência enxerga a necessidade de aumentar a transparência nas negociações desses papéis, em especial os de dívida corporativa como bonds, junk bonds e bonds triplo A. A avaliação foi feita por Daniel Gallagher, um dos diretores da SEC.

Ele diz que as taxas de juros próximas a zero no País baratearam o financiamento das companhias por meio da emissão de dívida, aumentando a emissão desses títulos nos Estados Unidos. E observa que cada vez mais eles são adquiridos diretamente pelo investidor pessoa física e não só via fundos. "Sinto que precisamos ter um melhor entendimento sobre esses títulos. E ter certeza de que o investidor tenha as informações de que precisa para tomar uma decisão de investimento embasada. Temos de conhecer sua capacidade de comprar e vender", disse Gallagher.

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Em uma semana a SEC estará sob novo comando. A diretora Elisse Walter substituirá interinamente Mary Schapiro, que estava à frente da agência desde 2009 e enfrentou os desdobramentos da crise financeira detonada com a quebra do Lehman Brothers. A Casa Branca deve apontar um sucessor até o fim de 2013.

Para Gallagher, a nova presidente da agência reguladora, Elisse Walter, pretende retomar a discussão de temas importantes para a SEC, mas que estão fora da esfera da lei Dodd-Frank, base da reformulação do sistema financeiro após a crise de 2009. Gallagher veio ao Brasil na semana passada para participar de simpósio sobre os desafios para o sistema financeiro no século 21, promovido pela Universidade de Harvard em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro.

Entre os pontos que devem constar na agenda de Elisse Walter, estarão regras capitais para intermediários e para o chamado agente de transferência (transfer agent) - em geral um banco comercial designado por uma companhia para manter registros dos detentores de ações, cancelar e emitir certificados e solucionar problemas causados por sua perda.

O diretor da SEC - que equivale à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no Brasil - afirma que a agência ainda tem pela frente anos de trabalho até regulamentar todas as diretrizes apontadas pela lei Dodd-Frank. Ele estima que há cerca de 100 regras encaminhadas à SEC, das quais 70% ainda longe de serem editadas, o que requer um processo semelhante às audiências públicas das instruções da CVM.

A crise econômica e o risco do "abismo fiscal", segundo Gallagher, não preocupam o órgão regulador americano. O orçamento anual da SEC bateu recorde nos últimos quatro anos, com expressivos US$ 1,3 bilhão por ano - no Brasil, a CVM teve autorizados este ano R$ 178,7 milhões e, em 2011, R$ 274,2 milhões. "Durante os tempos financeiros difíceis o Congresso reconheceu a importância do nosso trabalho. Temos recursos suficientes", afirma. A SEC tem 4 mil funcionários e onze regionais, além da sede em Washington.

O ex-ministro José Dirceu declarou "integral apoio" à pauta que o PT definiu como prioridades partidárias para 2013, inclusive regulamentação da mídia e reforma política, anunciadas pelo presidente do partido, Rui Falcão.

"Quando acabamos de sair de eleição feita pelas antigas regras de financiamento privado de campanha, está certo o partido quando decide que vai dar prioridade à discussão sobre financiamento público", avalia Dirceu em seu blog.

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"Nós, que defendemos e vemos a necessidade urgente de o País fazer reforma política, não podemos esquecer que há um projeto pronto contemplando todas as mudanças fundamentais." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

O PT anunciou nesta segunda-feira (15) que após o segundo turno das eleições municipais pretende retomar o debate sobre a regulação do setor de comunicação no País. "É uma agenda do PT e das esquerdas. O debate vai ser retomado", afirmou ao Estado o secretário de Comunicação do PT, deputado federal André Vargas (PR).

Os petistas, que insistem no tema do controle social da mídia, consideram que os meios de comunicação exageram no volume de informações publicadas a respeito da condenação da cúpula do partido durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na última semana, os ex-presidentes do PT José Dirceu e José Genoino e o ex-tesoureiro Delúbio Soares foram condenados por corrupção ativa no julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal.

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Vargas disse que não se conforma com reportagem publicada pela revista Veja há cerca de 20 dias, segundo a qual o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza afirmou a amigos e familiares que o ex-presidente Lula tinha conhecimento do mensalão e o esquema teria movimentado um total de R$ 350 milhões.

Desde então, iniciou-se dentro do PT um movimento para que o partido volte a tratar da necessidade de fazer a regulamentação da mídia. Vargas chegou a dizer que o comportamento da mídia na véspera da eleição ameaçava a democracia. No partido, há críticas também sobre a transmissão ao vivo das sessões do Supremo Tribunal Federal do julgamento do mensalão. "O Brasil é o único país do mundo que transmite sessão do STF ao vivo", criticou Vargas. O tema controle social dos meios de comunicação costuma constar de resoluções oficiais do PT, que, no entanto, nega que seja contra a liberdade de imprensa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

O Facebook, após a abertura da venda de suas ações na bolsa de valores americana Nasdaq, começa a ser cada vez mais analisados por especialistas de mercado e investidores. Agências reguladoras também se debruçam sobre os métodos da rede social, principalmente no que diz respeito a publicidade. Agora a rede social tem recebido críticas em relação a outro tema: o número de crianças utilizando o site. 

Há a estimativa de que 5,6 milhões de clientes do Facebook (3,6% de seus usuários norte-americanos) sejam crianças. O problema é que a rede social afirma que a as mesmas são banidas de participar da rede. 

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O Facebook, além de vários outros sites, proíbem pessoas abaixo de 13 anos devido ao Ato de Proteção à Privacidade Online de Crianças (COPPA, na sigla em inglês), que exige que sites tratem de maneira especial para crianças com 12 anos ou menos. 

O objetivo da lei é evitar que análises obtenham informações pessoais de crianças ou então utilizem os dados delas para fazer publicidade. Sites deverão conseguir permissões dos responsáveis antes de autorizar que crianças entrem neles, também são responsáveis por proteger sua privacidade. 

A questão da participação de menores de 13 anos no Facebook vem ultimamente ganhando relevância, tudo isso graças a um regulador dos EUA, a Federal Trade Commission (FTC),  que vem finalizando as regras para restringir ainda mais companhias e sites cujo público-alvo são audiências infantis. 

A rede social mais utilizada do mundo está rejeitando reconhecer que muitos dos seus esforços para bloquear crianças não funcionam. O Facebook, que tem 955 milhões de usuários, afirma que a lei não é aplicável a rede social porque explicitamente restringe a utilização do site a pessoas com menos de 13 anos. 

O site vem fazendo progresso na identificação de pré-adolescentes e em excluí-los do site. Um estudo da June Consumer Reports mostra que o Facebook chega a eliminar 800 mil usuários abaixo de 13 anos anualmente. Mesmo com o alto número de exclusões, o mesmo estudo afirma que 5,6 milhões de crianças ainda estão no Facebook, um número sobre o qual, segundo especialistas, grande parte dos pais ajuda a criar as contas. 

Oficialmente, a rede social criada por Mark Zuckerberg rejeitou discutir dados ou descrever os esforços do site em relação ao problema. O porta-voz da empresa, Frederic Wolens, disse em um email apenas que o Facebook está "comprometido a melhorar proteções para todos os jovens online".

 

Apenas 41% dos municípios brasileiros têm seus serviços de saneamento básico fiscalizados por agências reguladoras, responsáveis por acompanhar a qualidade dos serviços e definir os parâmetros para reajuste de tarifas. O número ainda é baixo, mas representa crescimento ante os 34% registrados em 2010.

Os dados fazem parte da pesquisa anual sobre saneamento divulgada nesta quarta-feira pela Associação Brasileira das Agências de Regulação (Abar).

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De acordo com a lei federal 11.445/2007, todos os serviços de saneamento básico (abastecimento de água, esgotamento, manejo de resíduos sólidos e drenagem de águas pluviais) devem ser acompanhados por uma agência de regulação. Caso contrário, os municípios e empresas estão sujeitos a ter os serviços invalidados, proibidos de realizar reajustes nas tarifas ou até ficar sem recursos do governo federal para saneamento.

"A regulação deve ser cumprida porque está prevista na lei. Sem isso, os serviços ficam sem o acompanhamento necessário", explicou o presidente da Abar, José Luiz Lins. Segundo ele, o principal motivo para o descumprimento da lei está na incapacidade de alguns municípios de providenciar os funcionários com o nível técnico exigido para atuar na regulação, que é prestada por órgãos municipais ou estaduais.

A pesquisa também mostra que apenas 11% dos municípios têm um plano de saneamento básico, que indica os investimentos necessários para expandir a cobertura de água e esgoto nas cidades. O baixo índice reflete a atuação limitada das agências reguladoras, uma vez que esses órgãos também participam da elaboração dos planos.

Autoridades financeiras de alto escalão da zona do euro estão trabalhando em um plano para criar uma agência subordinada ao Banco Central Europeu (BCE) e que supervisionaria os grandes bancos na região. Líderes da zona do euro pediram a criação da agência em uma reunião de cúpula no mês passado, como peça-chave para uma futura união bancária no bloco.

Autoridades que participam das discussões disseram que a agência provavelmente supervisionará os cerca de 25 principais bancos da região. Disseram também que os bancos menores continuarão sob a supervisão dos reguladores do mercado financeiro em seus respectivos países. Esses reguladores nacionais ficariam sob o controle da nova agência, cuja sede pode ser em Bruxelas, e não em Frankfurt, onde fica o BCE.

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Embora os líderes da zona do euro queiram um acordo sobre a nova agência até o final deste ano, as autoridades financeiras dizem que a complexidade da tarefa deve fazer com que isso leve mais tempo. Segundo uma das autoridades, poderia ser criada uma agência interina para facilitar a transição.

A criação de uma autoridade para supervisionar o setor financeiro, com um único conjunto de regras para os bancos da região, é vista pela Alemanha e outras grandes economias como uma condição essencial para que eles considerem compartilhar recursos com outros países da zona do euro. As informações são da Dow Jones.

Em discurso na abertura da Primeira Conferência da Parceria Para Governo Aberto, que defende a transparência na gestão pública e o combate à corrupção, a presidente Dilma Rousseff disse que essa preocupação deve ser exigida, também, de agentes privados, destacando especialmente o setor financeiro.

"Permitam-me mencionar o setor financeiro, e destacar que, quando não há regulação e monitoramento adequados, os fluxos financeiros internacionais são passíveis de manipulação com prejuízo para toda a economia mundial", afirmou a presidente, reforçando o discurso de que o sistema financeiro internacional precisa ser melhor regulado.

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Segundo a presidente, o Brasil avançou muito no aperfeiçoamento do mecanismo de controle dos gastos públicos, com instituições cada vez mais preparadas para evitar desvios e punir eventuais ocorrências.

"Temos um Ministério Público independente e com autonomia; Polícia Federal bem equipada e com serviço de inteligência ativo e moderno; um Judiciário engajado na celeridade de suas decisões, e governos mais dedicados em todas as instâncias, federal, municipal, estadual, a coibir a ação dos corruptos", afirmou.

"Não teremos tolerância com nenhum malfeito", disse a presidente acrescentando que quanto maior a transparência mais forte e justa será a democracia. "A eficiência e o bom uso dos recursos públicos são duas faces da mesma moeda que devem caminhar juntos. Quanto mais transparência, mais forte e justo se torna a democracia", disse.

Segundo a presidente, o Brasil tem se esforçado muito na implementação de medidas para o combate à corrupção. Disse que o governo brasileiro vem fazendo um monitoramento sistemático das políticas públicas que permite uma gestão de qualidade, citando como exemplo o monitoramento de obras públicas.

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) vai preparar uma norma rigorosa a todo o Judiciário com critérios de apuração de valores e pagamentos de passivos a magistrados e servidores com exigência de ampla publicidade dos atos de liberação de recursos e seus beneficiários. A meta é eliminar desembolsos indevidos e milionários em benefício de magistrados, como ocorreu no Tribunal de Justiça de São Paulo.

Ontem, o conselheiro Marcelo Nobre, do CNJ, reapresentou uma proposta de resolução que impõe, inclusive, obediência à prescrição quinquenal - muitos contracheques contemplaram largos períodos, até os anos 70.

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O texto original da resolução foi produzido há dois anos, na gestão do ministro Gilmar Mendes, então presidente do CNJ. A proposta não chegou a ser votada por ingerência de tribunais e entidades de classe.

A situação abriu caminho para um escândalo no Judiciário. Em 2010 foram concedidos pagamentos extraordinários no TJ paulista. Dois desembargadores que ocuparam a presidência da corte, Roberto Vallim Bellocchi e Vianna Santos, receberam, em suas próprias gestões, R$ 2,7 milhões. Ao todo, 211 magistrados paulistas receberam pagamentos antecipados, provocando revolta sem precedentes na ala da toga que se viu trapaceada.

Nobre encaminhou a resolução para a Secretaria Processual do CNJ. Comunicou a todos os conselheiros sua medida. "A intenção é padronizar a questão a todos os tribunais."

A resolução destaca que a administração deve observar os princípios constitucionais da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e a necessidade de dar "tratamento equânime aos magistrados e servidores por ocasião do pagamento de passivos".

A liberação de dinheiro terá obrigatoriamente de seguir a fixação de índices por parte dos tribunais superiores e critérios de correção monetária e de juros previstos na Lei 9.494/97, com as alterações da Medida Provisória 2.180-35/2001 e Lei 11.960/2009. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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