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A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) iniciou o plantio de 53 mil árvores nativas na Represa Cachoeira, que compõe o Sistema Cantareira. Segundo a Sabesp, o objetivo é aumentar a qualidade da água, evitar a ocorrência de enchentes, dificultar as ocupações ilegais e impedir que o lixo, pesticidas e agrotóxicos sejam arrastados para as represas.

De acordo com a companhia, isso também garante a segurança hídrica. Entre as espécies plantadas estão o ipê verde, a quaresmeira roxa, o cedro-rosa, a goiabeira vermelha, o jacarandá-do-mato e o jequitibá.

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As 53 mil mudas somam-se às 213 mil árvores de espécies nativas que foram plantadas recentemente pela Sabesp em volta da Represa Cachoeira. A previsão é que, nos próximos anos, a companhia plante mais de 300 mil mudas, chegando a 2 milhões de árvores plantadas somente no Cantareira, desde 2007.

 

A pior seca dos últimos 100 anos tem testado os limites de alguns dos maiores reservatórios do País. Na Bahia, o lago de Sobradinho, terceiro maior do Brasil em volume de água, enfrenta a estiagem com apenas 5% de sua capacidade total de armazenamento, menos da metade do que tinha há exatamente um ano, quando já estava em crise. Em Goiás, a represa de Serra da Mesa, a maior do País em capacidade de armazenamento, está com somente 8% do volume que é capaz de guardar. E essa situação vai piorar.

Os cenários traçados pela Agência Nacional de Águas (ANA) apontam que, até o fim do período seco, no dia 1.º de dezembro, Sobradinho vai chegar ao nível zero, ou seja, vai atingir seu "volume morto" pela primeira vez na história. Com a cota de água no volume morto, a hidrelétrica instalada na barragem terá de ser desligada.

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O pior cenário já visto em Sobradinho ocorreu no fim de 2015, quando o nível da represa chegou a 1%. As informações foram confirmadas pelo superintendente de operações e eventos críticos da ANA, Joaquim Gondim. "Sabemos que isso vai acontecer, não será surpresa. Nesse volume zero, a usina de Sobradinho terá que parar de gerar energia, porque a quantidade de água que será liberada pela barragem não chegará ao mínimo necessário para que uma turbina funcione", afirmou.

No caso de Serra da Mesa, as projeções da ANA apontam que, no dia 1.º de dezembro, o reservatório estará com apenas 5% de sua capacidade de armazenamento. É uma situação desconhecida desde a formação da barragem, 19 anos atrás.

Em setembro de 2009, por exemplo, Sobradinho passava pelo período seco com 70% de sua capacidade plena, ante os 5% atuais. Nesse mesmo mês e ano, Serra da Mesa tinha 53% de seu lago cheio, sem encarar nenhum tipo de limitação. Nos últimos cinco anos, porém, as condições só pioraram.

Para administrar as crises da bacia dos Rios São Francisco e Tocantins, a ANA tem realizado reuniões semanais para tratar de Sobradinho e quinzenais para discutir Serra da Mesa. No reservatório baiano, foi instituído desde junho o Dia do Rio. Toda quarta-feira é proibida a retirada de água do reservatório para irrigação e uso industrial. "Esse programa está funcionando em todo o São Francisco, desde a cabeceira, em Três Marias, até a foz", diz Gondim.

A agência avalia a possibilidade de adotar a mesma medida para Serra da Mesa. O que já está decidido é que, durante o período seco e os meses de chuva, entre dezembro e março, a barragem do Rio Tocantins manterá vazão mínima de água, de 300 metros cúbicos por segundo, para que o reservatório possa buscar novamente seu nível de segurança hídrica, algo em torno de 30% da capacidade.

De qualquer modo, a ANA acredita que não haverá racionamento de água nos municípios que dependem das duas bacias. As restrições devem atingir a irrigação, a indústria e a navegação, além da geração de energia.

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) revisou as previsões de chuvas para o Nordeste, que viu sua margem cair de 30% para 29% da média histórica para este mês. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Quase três meses após o início do bombeamento do volume morto, um grande trecho das Represas Jaguari-Jacareí, que representam 82% da capacidade do Sistema Cantareira, virou um córrego. É por um estreito canal que cruza o solo rachado dos reservatórios, entre as cidades de Bragança Paulista e Joanópolis, no interior paulista, que a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) tem sugado a água que resta no manancial.

Nesta quinta-feira (28), metade dos 182,5 bilhões de litros da primeira cota da reserva profunda já terá deixado o sistema para abastecer cerca de 12 milhões de pessoas na Grande São Paulo e na região de Campinas. Só das duas maiores represas do Cantareira, a Sabesp já tinha retirado até ontem 72,3% do volume morto.

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Segundo cálculos do engenheiro Antonio Carlos Zuffo, diretor do Departamento de Recursos Hídricos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o uso da reserva profunda deixou o volume útil - água represada acima do nível das comportas - desses reservatórios negativo em 9%.

Com o esvaziamento das maiores represas do sistema e o afunilamento do canal, a Sabesp diminui desde o dia 15 deste mês para cerca de 5 mil litros por segundo a vazão de água retirada de Jaguari-Jacareí, cerca de um quarto dos 19,3 mil litros retirados por segundo do Cantareira para a Grande São Paulo. A diminuição foi compensada com o início do bombeamento da reserva profunda da Represa Atibainha, em Nazaré Paulista.

Até ontem, segundo o boletim diário do comitê anticrise que monitora o Cantareira, restavam nas cinco represas que formam o sistema 115,9 bilhões de litros, que representam 11,9% da capacidade do manancial, conforme medição feita pela Sabesp. Embora as obras tenham sido inauguradas no dia 15 de maio pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), ao custo de R$ 80 milhões, o bombeamento do volume morto teve início no dia 4 de junho.

No limite

"Os cálculos mostram que essa reserva deve acabar entre os dias 11 e 17 de novembro. A partir daí, será preciso captar água da segunda parcela do volume morto", afirma Zuffo. A estimativa considera a permanência do baixo volume de água que entra no manancial observado nos últimos meses.

Conforme o Estado informou na semana passada, a Sabesp já pediu aos órgãos gestores do Cantareira autorização para retirar mais 106 bilhões de litros do volume morto. Segundo a estatal, a captação só será feita caso seja necessário e ficará restrita às represas Jaguari-Jacareí, que podem ficar com menos de 3% de todo o volume, incluindo o útil e o morto. A Sabesp gastou cerca de R$ 13,3 milhões para comprar mais 19 bombas para o volume morto.

Negócios

O cenário desanima quem trabalha na região e tinha a represa como um grande atrativo. "Para todos que ligam a gente logo avisa que aquela represa do site não existe mais porque estamos na área do Cantareira", afirma Sérgio José Bacci, gerente de uma pousada em Joanópolis. "Ainda não estamos sentindo tanto porque estamos na baixa temporada, mas muita gente já foi prejudicada."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A menos de quatro meses de deixar o cargo, o prefeito Gilberto Kassab (PSD) homologou ontem a licitação com os maiores contratos da gestão: R$ 3,36 bilhões para o programa que prevê reurbanizar 118 favelas e recuperar as orlas das Represas Billings e do Guarapiranga. Os 13 lotes da concorrência contemplam algumas das maiores empreiteiras do País, no mais audacioso projeto de recuperação ambiental já realizado no Brasil.

Ao todo, 46 mil famílias devem deixar, até o fim de 2016, habitações precárias construídas em áreas de mananciais e de preservação localizadas no extremo da zona sul da capital. Entre elas, 13 mil vão deixar seus barracos nos próximos meses e receberão bolsa-aluguel mensal de R$ 300 até a construção de novos conjuntos habitacionais na mesma região.

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O plano tem 70% de verbas da Prefeitura, 19% do governo estadual e 11% da União, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). É a terceira e última fase do Programa Mananciais, que começou em 1996. O objetivo é reduzir a contaminação nos mananciais que abastecem 4,5 milhões de moradores da Grande São Paulo.

Inicialmente, serão removidas as famílias que vivem dentro de uma faixa de aproximadamente 50 metros dos mananciais. São domicílios onde é impossível fazer a coleta de esgoto, além de estarem em Área de Preservação Permanente (APP), conforme a Secretaria Municipal de Habitação, responsável pelas obras.

O futuro sucessor de Kassab também vai herdar os contratos, que têm prazo de 36 meses para serem executados. Caso decida rever os valores pagos pela gestão atual, o novo prefeito terá de pagar multas que podem chegar a 10% sobre o valor total de R$ 3,36 bilhões.

Parques. Os espaços nas margens da Billings e da Guarapiranga ocupados hoje por favelas deverão dar lugar a parques lineares. A ideia do governo municipal é alavancar o turismo ecológico nessa região, castigada pelo despejo de esgotos e de poluentes industriais há mais de cinco décadas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

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