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A 15 dias das eleições e de olho na transferência dos votos que seriam do ex-presidente Luiz Inácio da Silva, o candidato do PT à Presidência da República Fernando Haddad afirmou, neste sábado (21), que pretende restaurar o Nordeste caso seja eleito. 

Ao discursar após uma caminhada pelas ruas do centro da capital pernambucana, o ex-prefeito de São Paulo mandou recados aos adversários e ponderou que pretendia dar oportunidades aos menos favorecidos, seguindo assim, na ótica dele, o exemplo de Lula. 

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Segundo Haddad, com o comando da Presidência todas as regiões serão equiparadas no desenvolvimento. “Vamos restaurar o Nordeste, vamos fazer isso com todo carinho. Nem os nossos adversários ficaram para trás no Brasil do Lula, mas tem gente que se queixa de que o Nordeste se desenvolveu mais que outras regiões. Sabe porque isso aconteceu? Porque a primeira vez que um governo olhou para o Nordeste foi com Lula”, salientou. 

Para o candidato, “o nordestino com oportunidade é um bicho danado”. “Todo mundo nasceu com talento, mas é nosso papel garantir que tenham oportunidades”, observou, ao mencionar que pretende implantar políticas públicas que concedam oportunidades para os negros, pobres e menos favorecidos não apenas da região, mas “de todo o país”. 

Com um tom mais duro, o indicado de Lula para a disputa presidencial disse que os opositores - citando nominalmente Geraldo Alckmin (PSDB) e Jair Bolsonaro (PSL) - “não aceitaram até hoje a derrota de 2014” e cortam direitos trabalhistas, junto com o governo do presidente Michel Temer (MDB). Para conter isso, Haddad disse que o povo tem que trabalhar para levá-lo ao segundo turno.  

“Não temos nenhum revanchismo, vamos lutar para ir ao segundo turno e ganhar a eleição. É para isso que vamos trabalhar. Não para derrotar o Brasil, mas salvar deste projeto. Muita gente percebeu o que está acontecendo. O projeto que está em curso tem representante aqui. Quatro ministros do Temer eram daqui. Não vamos falar do Estado não. Quando o presidente era Lula os ministros daqui fizeram a diferença”, ironizou, mesmo sem citar, contudo, os nomes de Mendonça Filho (DEM) e Bruno Araújo (PSDB), candidatos ao Senado pelo Estado que foram ministros de Temer.  

Por fim, Haddad convocou a militância presente para nos próximos 15 dias convencer os amigos a votarem nele para presidente. “Vamos agora olhar com força para o país que queremos construir, o povo quer o país de volta. Preciso de todos vocês”, bradou. “O Nordeste já sabe o resultado da eleição”, acrescentou, dizendo ainda que precisava de um “time” para governar o país. 

Em um tom emocionado a presidente Dilma Rousseff considerou nesta quarta-feira, 10, que o conteúdo do relatório final da Comissão Nacional da Verdade não deve ser visto como revanchismo. A presidente recebeu nesta manhã dos integrantes do colegiado o documento que contém 4.400 páginas elaborado ao longo dos últimos 2 anos e 7 meses. O relatório foi dividido em três volumes, o maior deles trata dos relatos sobre os 434 mortos e desaparecidos no tempo da Ditadura.

"A busca da verdade histórica é forma de construir democracia e zelar pela sua preservação. Verdade não significa revanchismo e não deve ser motivo para ódio. Verdade liberta, produz consciência, aprendizado, conhecimento e respeito", afirmou Dilma na solenidade realizada no Palácio do Planalto.

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Ela considerou também que o relatório é apenas uma etapa de investigação de violações de Direitos Humanos ocorridas entre 18 de setembro de 1946 e 5 de outubro de 1988.

"O relatório que a Comissão Nacional da Verdade apresenta para nós aqui hoje é resultado de intenso trabalho. Eu ao receber esse relatório tenho que certeza que ele encerra uma etapa e inicia uma nova".

Ao falar sobre as vítimas de violações, Dilma se emocionou e foi aplaudida pelo público presente. "Reconquistamos a democracia à nossa maneira, por meio de lutas duras. Sempre. Sempre reconheceremos e reverenciaremos todos que lutaram pela democracia. Também reconhecemos pactos políticos que colaboraram para a conquista da democracia. Agradeço os familiares dos mortos e desaparecidos que aceitaram contar histórias. O relatório traz grande benefício ao povo, ao assegurar memória histórica. O Brasil já trilha três décadas de democracia empenharemos todas as forças para continuar", ressaltou.

CNV

A Comissão Nacional da Verdade foi criada pela Lei 12528/2011 e instituída em 16 de maio de 2012 com a finalidade de apurar graves violações de Direitos Humanos ocorridas entre 18 de setembro de 1946 e 5 de outubro de 1988. Em dezembro de 2013, o mandato da CNV foi prorrogado até dezembro de 2014 pela medida provisória nº 632. A CNV foi composta por sete membros: Gilson Dipp, José Carlos Dias, José Paulo Cavalcanti Filho, Maria Rita Kehl, Paulo Sérgio Pinheiro, Rosa Cardoso e Pedro Dallari (atual coordenador da CNV). Claudio Fonteles integrou o colegiado entre maio de 2012 e junho de 2013.

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