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Uma pistola 9 milímetros de uso exclusivo da Polícia Federal da Argentina, de acordo com a Polícia Civil, foi apreendida ontem em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A pistola e drogas foram encontradas em um matagal, no bairro Amapá, durante operação da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), para investigar traficantes que atuam na região.

De acordo com os agentes, a pistola, além de 134 papelotes de cocaína, 146 trouxinhas de maconha, 24 pedras de crack e um caderno de anotação do tráfico foram encontrados no matagal. Ainda segundo os policiais, ao avistar a equipe da DHBF os traficantes fugiram abandonando o material apreendido.

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A ocupação nas comunidades Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu, na zona sul do Rio, deve começar na madrugada deste domingo, 13, como primeira etapa para a instalação da 19º Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Estado, ainda sem data definida.

Participam da Operação 'Choque de Paz' os Batalhões de Operações Policiais Especiais (Bope) e de Choque (BPChoque) da Polícia Militar, com apoio de unidades da Polícia Civil, além de helicópteros das duas polícias, veículos blindados dos Fuzileiros Navais, agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e efetivos da Polícia Federal.

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Para dar continuidade à ação, as principais vias de acesso no entorno da Rocinha e do Vidigal, como a Estrada Lagoa-Barra (nos dois sentidos), Avenida Niemeyer, Estrada do Joá, Rua Marquês de São Vicente e Estrada das Canoas, serão fechadas a partir das 2h30.

Na Rocinha moram 72.458 pessoas e no Vidigal e Chácara do Céu somam 11.321, segundo censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Sua população indireta, ou seja, moradores do entorno, é de cerca de 80 mil na Rocinha e 44 mil no Vidigal.

O problema do tráfico de drogas no Rio de Janeiro é histórico. Em fraldas de bebê, em imagens de Nossa Senhora Aparecida, em papai-noel ou até dentro do corpo humano a droga insiste vencer fronteiras. As obras antropológicas de Luís Eduardo Soares e Alba  Zaluar revelam que o desenvolvimento do tráfico no estado está vinculado aos agentes estatais.  A conclusão inexorável do estudo é que o tráfico só cresce em decorrência da contribuição dos agentes público - o que é paradoxal.

Ora com assistencialismos ( pagamento de enterros, compra de remédios, cestas   básicas, tijolos para construção de casas populares ) aos da comunidade, ora com “arregos”, ou seja, extorsões para agentes públicos do baixo ou alto escalão, Antônio Bonfim Lopes, o Nem, chefe do tráfico de drogas na Rocinha (RJ), preso no último dia 4 de dezembro, declara para a Polícia Federal que metade de seu faturamento, cerca de R$ 100 milhões por ano, era repassado para os “arregos”, sobretudo. Para Zaluar, essas ações espúrias permitem “o aumento da criminalidade violenta”.

Mais de 800 bilhões de dólares é o que o mercado no  planeta tem movimentado.  Seja no varejo, seja no atacado, não falta consumidor. Pelo menos 146 países integram o tráfico. Entre os países da América do Sul, o Brasil  é expressivo com uma população já superior a 6,7 milhões de usuários de drogas. As regiões sudeste e sul do nosso país superam índices estatísticos.  Dos 11 milhões de usuários de heroína no mundo, mais de 600 mil são brasileiros.  Maceió é a capital mais violenta do Brasil  - 107,1 mortes por 100 mil habitantes. Em seguida, surge Recife, com 85,2 . Apesar de o Rio de Janeiro  estar em 20º lugar, temo-lo com 31 mortes por 100 mil habitantes, conforme dados do Estado de São Paulo. E, claro, o tráfico de drogas responde expressivamente por esses números. Grupos de extermínio costumam atuar.

Há, neste imenso país, uma cartografia urbana dividida em duas zonas: as  selvagens e as civilizadas. Aquelas são as hobesianas; estas são as de contrato social, ou seja, vivem sob a comum ameaça dos selvagens. Por conseguinte, mostram-se estas últimas como castelos neofeudais, enclaves fortificados que tipificam as novas formas de segregação urbana. E o tráfico de drogas quebra essa blindagem. E desarmoniza a família. E desordena vidas. E causa mortes. Não faltar com os “arregos” é potencializar toda essa criminalidade.

E todo mundo ganha, sobretudo jovens desprovidos de oportunidades de emprego  e renda. Equiparações econômicas e até mesmo superações a classes privilegiadas legalmente viabilizam em curto prazo o consumo de roupas de marcas, carros importados e inclusões em grupos sociais das capitais, permitindo integrar-se a modismos urbanos.

Mas no meio do caminho há Beltrames.  Há Beltrames no meio do caminho.  Apesar  das ações meritórias do secretário de defesa, variadas áreas do Rio de Janeiro continuam dominadas pelo tráfico e também por milícias. As milícias representam mais um problema para o Rio de janeiro, já que elas são formadas por agentes do estado e, assim como o tráfico, exercem poder coercitivo e despótico junto aos moradores de áreas pobres.

E a imprensa, engatilhada com suas câmeras, documenta tudo – ou quase tudo. As  evidências de imagens reais não negam os números acima. Jornalistas disparam diariamente fotos, vídeos que desagradam muitos soldados de líderes criminosos do tráfico. Mas, do outro lado, engatilhando fuzil, levaram ao chão, na zona Oeste do Rio, recentemente, o cinegrafista da TV Bandeirantes, Gelson Domingos da Silva.  Às vésperas da Copa do Mundo, e próximo das olimpíadas, o Brasil precisa discutir profundamente estas questões de extrema importância para o Brasil no afã de pôr termo a estes problemas vergonhosos à luz da opinião pública mundial. Enquanto isso, câmeras se mantêm na linha de tiro, insistindo em dizer que há necessidades nas ruas, nas avenidas, nos morros, em eventos, em projetos, nas vidas urbanas que precisam ser atendidas, nem que para isso algemas recaiam sobre os que portam suas chaves.    O que não falta,  é, de fato,  uma câmera atenta para fazer o registro disso. Não falta, mesmo. Tê-la-emos, insistentemente.

O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e do Comitê Organizador da Olimpíada do Rio, Carlos Arthur Nuzman, disse na manhã desta quinta-feira que o novo atraso do Brasil para entregar a Matriz de Responsabilidades ao Comitê Olímpico Internacional (COI) não irá prejudicar a organização do evento. Cobrado pela entidade, o documento detalha a participação de cada nível de governo (municipal, estadual ou federal) nas obras envolvendo os Jogos de 2016.

A Matriz de Responsabilidades deveria ter sido entregue nos últimos dois dias, durante visita de uma comitiva do COI ao Rio, mas não ficou pronta. Assim, o novo prazo de entrega foi marcado para março de 2012, quando a Comissão de Organização dos Jogos voltará ao Brasil.

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"Tem de partir dos três governos e do Comitê Organizador. Cada um tem de fazer o seu trabalho. Um novo prazo foi marcado e agora vamos entregar em março. O importante é que estamos em dia com os preparativos e o COI está muito satisfeito", disse Nuzman, que participou nesta quinta-feira da abertura da "IV Cúpula de Lausanne Rio 2011 - Encontro de Cidades Olímpicas e Paraolímpicas".

Na quarta-feira, o secretário de Estado da Casa Civil, Régis Fichtner, afirmou que prefeitura e governo do Rio cumpriram o combinado, mas ficou faltando a parte do governo federal, representada pela Autoridade Pública Olímpica, presidida por Márcio Fortes. O ex-ministro das Cidades - único representando da União no encontro com a comitiva do COI, já que ninguém do Ministério do Esporte compareceu - evitou falar com a imprensa nos dois dias de reuniões.

LEGADO - A "IV Cúpula de Lausanne Rio 2011" é organizada pela União Mundial das Cidades Olímpicas, criada por Atenas, na Grécia, e Lausanne, na Suíça. O prefeito da cidade suíça, Daniel Brélaz, afirmou que espera do Rio, entre as cidades que receberam ou sediarão os Jogos, o maior progresso. "A cidade tem problemas de segurança, sociais, e serão solucionados (pela Olimpíada). Talvez não todos, mas parte deles", disse Brélaz.

Apesar da presença de representantes de diversas cidades que já foram sede dos Jogos Olímpicos, como Cidade do México e Atlanta, não há representante grego no seminário, que termina nesta sexta-feira.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, que discursou em inglês, brincou com a visita da comitiva do COI durante os últimos dois dias para a realização de reuniões do Project Review (revisão de projeto). "É duro passá-los para trás. Tentamos, mas esses caras são duros", brincou o prefeito.

Ele também falou sobre o legado que os Jogos de 2016 deixarão para a cidade. "Não são os atletas que usarão os BRTs, é para o povo. A urbanização das favelas também não é para os atletas, mas para a população que mora ali", disse o prefeito do Rio.

O traficante Antonio Francisco Bonfim Lopes, o "Nem", de 35 anos, chefe do tráfico da Favela da Rocinha, foi preso, no início desta madrugada, pelo Batalhão de Choque da Polícia Militar, deixando a favela, na saída próximo à PUC, na zona sul do Rio, e escondido no porta-malas de um Corolla preto, pertencente ao cônsul do Congo. Três homens estavam dentro do veículo. Um deles afirmou aos policiais ser o cônsul. A outra disse que era funcionário do consulado; já o terceiro, seria o advogado do traficante.

O suposto diplomata se recusou a sair do carro para ser revistado alegando imunidade. Os policias, que faziam uma blitz na região e já haviam parado vários carros, disseram que iriam acompanhar o veículo até a sede da Superintendência da Polícia Federal (PF), que fica na Praça Mauá, na zona portuária, região central. No caminho, o motorista do Corolla parou o veículo junto à Lagoa Rodrigo de Freitas, próximo ao Clube Naval, onde o trio ofereceu cerca de R$ 30 mil aos PMs em troca da liberação de todos, mas o suborno ficou só na tentativa. O porta-malas do carro foi então aberto e o traficante, encontrado.

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O traficante e os demais três ocupantes do Corolla foram levados para a sede da PF.

Os blindados da Marinha e do Exército foram fundamentais para a bem-sucedida operação que no dia 28 de novembro de 2010, um domingo, tomou o Complexo do Alemão expulsando os traficantes do Comando Vermelho, a maior facção criminosa do Rio. Em uma hora e 30 minutos, com 28 blindados abrindo caminho, os policiais chegaram ao topo do morro. Dois helicópteros da Força Aérea Brasileira deram apoio nos primeiros 40 minutos de operação.

Esses veículos especiais serviram principalmente para transportar com segurança os policiais. Eles conseguiram romper as barricadas deixadas no meio do rua pelos traficantes para dificultar o acesso das forças de segurança. Às 7h59, 2700 homens começaram a entrar no complexo em 15 pontos diferentes.

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Não houve tiroteio intenso. Os chefes do tráfico fugiram na véspera antes da chegada da polícia. Três pessoas morreram: um traficante e duas pessoas não identificadas. Apenas um morador se feriu, sem gravidade.

O Ministério da Saúde foi cobrado hoje, em reunião do Conselho Nacional de Saúde, sobre os critérios para a escolha dos 11 hospitais que receberão financiamento do programa SOS Emergências.

Entre as unidades beneficiadas na primeira etapa estão hospitais de Estados com mais recursos, como Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul, enquanto Estados que enfrentam problemas nos serviços de emergência, como Rondônia e Pará, ficaram de fora da fase inicial do projeto.

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Hoje o ministro Alexandre Padilha esteve no Rio para visitar os primeiros hospitais a assinarem convênio com o governo federal - o Hospital Estadual Albert Schweitzer, na zona oeste, e o Hospital Municipal Miguel Couto, na zona sul, que já adota as regras que o ministério quer estender às outras emergências, como acolhimento de pacientes, triagem de acordo com o risco e leitos de UTI regulados por uma central.

"O único recurso que pode ter poder redistributivo, de trazer equilíbrio entre os Estados, é o recurso federal. É fundamental que o recurso federal sirva para fazer esse balanço. Mas por fatores políticos e institucionais, isso não ocorre", afirmou a professora Ligia Bahia, vice-presidente da Associação Brasileira de Pós-Graduação de Saúde Coletiva, que integra o CNS.

O programa prevê incentivo anual de R$ 3,6 milhões para custear a ampliação e qualificação da emergência e mais R$ 300 mil mensais para instalar um Núcleo de Acesso e Qualidade Hospitalar, setor que ficará responsável por fazer diagnósticos e solucionar os principais problemas da emergência.

Os hospitais que fazem parte do programa podem pleitear ainda outros R$ 3 milhões para aquisição de equipamento e reforma. "O programa está focado nas maiores urgências e emergências, as que têm um papel mais decisivo no serviço de saúde mais crítico, para salvar as vidas. O Miguel Couto é conhecido por atendimento de trauma, que atende problemas neurocirúrgicos e cirurgia vascular", afirmou o ministro Alexandre Padilha.

O ministro da Defesa, Celso Amorim, assinou hoje a permissão para a participação da Marinha na operação que deve ocorrer no fim de semana na favela da Rocinha, no bairro de São Conrado, na zona sul do Rio, com o objetivo de iniciar a implementação da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) na comunidade.

Segundo a Marinha, serão usados os carros blindados Lagarta Anfíbio, que serão operados por fuzileiros navais. O governador Sérgio Cabral havia pedido a autorização há cerca de dez dias.

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Hoje houve operações policiais preparatórias na Rocinha. A informação de que policiais poderiam dar fuga ao chefe do tráfico Antônio Bonfim Lopes, o Nem, levou agentes da Corregedoria Interna da Polícia Civil à favela.

De acordo com o informe, ele fugiria na viatura de uma delegacia especializada da Polícia Civil, que realizaria uma operação na região hoje. Agentes da Corregedoria estiveram nos acessos à favela, mas a suposta operação da polícia não aconteceu e ninguém foi preso.

Este foi o segundo relato de uma suposta participação policial na facilitação da fuga dos traficantes às vésperas da ocupação da Rocinha. Na terça-feira, o Serviço de Inteligência da Polícia Civil recebeu informações de que PMs ajudaram os traficantes a retirar armas e drogas da favela. A Secretaria de Segurança Pública do Rio informou que não comentará o assunto.

Começou hoje o julgamento de 11 policiais militares acusados pela morte da juíza Patrícia Acioli, assassinada em 11 de agosto quando chegava em casa em Niterói, região metropolitana do Rio. Na primeira etapa serão ouvidas 14 testemunhas de acusação e 130 de defesa. Também haverá o interrogatório dos 11 acusados.

Essa fase deve se estender por seis dias - hoje, amanhã, sexta-feira e em 16, 17 e 18 de novembro -, em audiências dirigidas pelo juiz Peterson Barroso Simão, da 3ª Vara Criminal de Niterói.

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Hoje o delegado Felipe Ettore, titular da Divisão de Homicídios, prestou depoimento como testemunha de acusação. Ele narrou o que ouviu de dois policiais que usaram a delação premiada (benefício dado ao acusado que entregar seus comparsas).

Segundo os policiais, PMs que respondiam por autos de resistência na Vara onde Patrícia atuava cogitaram matar um inspetor de polícia, que dava viés de execução aos autos de resistência investigados. Mas concluíram que o melhor seria matar a juíza, o que teria sido autorizado pelo coronel Cláudio Luiz Oliveira, então comandante do Batalhão de São Gonçalo, cidade onde Patrícia atuava.

Outras testemunhas de acusação narraram ameaças supostamente feitas pelo coronel a Patrícia.

A cidade do Rio de Janeiro ganhou o título de destino gay mais sexy do mundo, segundo informação divulgada pela prefeitura nesta quarta-feira, 9. Há um mês, cerca de 1,5 milhão de pessoas participaram da 16ª edição da Parada do Orgulho LGBT, na praia de Copacabana, na zona sul da cidade.

A eleição foi realizada pelo site TripOutGayTravel.com, em parceria com o Logo, canal da MTV americana voltado para o público LGBT. As cidades candidatas foram escolhidas por um grupo de escritores e jornalistas especializados em viagens.

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Ao ser indicado, o Rio de Janeiro foi definido como a cidade onde vivem as pessoas mais sensuais. A cidade venceu a disputa pelo segundo ano consecutivo após superar, com 48% dos votos, as cidades de Madrid, na Espanha, Portland, no Oregon, Estados Unidos. St. Tropez, na França, Buenos Aires e a capital da Suécia, Estocolmo. Em 2009, o Rio já havia recebido o título de melhor destino gay do planeta.

A Favela da Rocinha, em São Conrado, na zona sul do Rio, vive a expectativa de uma ocupação policial nos próximos dias para implantação da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). De acordo com a polícia, o chefe do tráfico local, Antônio Bonfim Lopes, o Nem, decretou desde quinta passada um toque de recolher do comércio e moradores, além de limitar a circulação de motociclistas.

Investigações da 15ª Delegacia de Polícia da Gávea apontam que, apesar de falar aos moradores que vai resistir contra a ocupação policial, o traficante Nem já anda com três seguranças e grande quantia de dinheiro vivo para uma provável fuga. "Ele fala em resistência para não perder a autoridade entre os subordinados, mas já tempos informes sobre planos para escapar", disse o delegado titular da 15ª DP, Carlos Augusto Nogueira Pinto. Entre os destinos prováveis de Nem estariam o estado da Paraíba, a cidade de Macaé (no Norte Fluminense) ou o conjunto de favelas da Pedreira, em Costa Barros no subúrbio do Rio.

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O comportamento de Nem mudou nos últimos dias, segundo as informações da polícia. Desde que assumiu o comando do tráfico em 2005, o traficante promoveu diversas festas e shows na favela, além de exibir as fotos dele e da mulher Danúbia de Souza Rangel em redes sociais na Internet. Hoje, não fica mais que 10 minutos nos eventos, proíbe fotografias e o uso de celular perto dele.

Mas, na noite de domingo, segundo relatos, depois de consumir uísque com ecstasy, chegou a subir no palco durante um show para avisar aos moradores que resistiria à UPP. Depois disso, foi levado por comparsas para a Unidade de Pronto Atendimento da Rocinha. Acompanhado por 40 homens, ficou apenas alguns minutos sob cuidados médicos e saiu com o soro ainda na veia.

Desde domingo, o Disque Denúncia recebeu pelo menos 16 telefonemas informando sobre a ida do traficante à UPA e seu possível paradeiro. Para os investigadores, a delação anônima é um termômetro da insatisfação dos moradores da Rocinha com o líder com tráfico. Procurados, os advogados de Nem não retornaram as ligações

Uma das razões da queda de popularidade de Nem é a presença de traficantes expulsos pelas UPPs, em especial do morro do São Carlos, na zona norte, que foram abrigados por Nem. Estes bandidos não teriam o compromisso de Nem com a comunidade. Ele chegou a ser cobrado pelos moradores e fez uma reunião com lideranças comunitárias para afirmar que a situação era transitória.

Os líderes comunitários negam o toque de recolher, mas reconhecem que a situação é tensa por causa da eminente ocupação da polícia. Segundo eles, os moradores estão mais preocupados com as invasões de residências e saques que os policiais promovem quando fazem incursões na comunidade. "Um toque de recolher aqui é impossível, porque aqui as pessoas trabalham e o maior movimento do comércio é à noite", disse o presidente da União Pró-Melhoramentos da Rocinha, Leonardo Rodrigues Lima, o Leo.

Doze pessoas, entre eles cinco policiais civis, foram presas hoje acusadas de integrar uma quadrilha que agia na carceragem da Polinter em Nova Friburgo (Região Serrana do Rio). O grupo cobrava para permitir visitas aos presos e, mediante pagamento, também autorizava presos a saírem sem ordem judicial.

"Cada hora de visita (ao preso) custava R$ 10. Para que um preso não fosse transferido para uma carceragem distante de casa, o bando cobrava de R$ 1.600 a R$ 3.000", conta o promotor Décio Gomes, que participou das investigações.

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A quadrilha era investigada há dez meses, desde que um parente de um preso denunciou irregularidades. Por conta das investigações, a Justiça decretou a prisão preventiva de 16 pessoas - as quatro foragidas são policiais civis. Um dos presos é Renato Vieira, delegado chefe do Núcleo de Controle de Presos. A unidade da Polinter foi desativada há dois meses, entre outras razões, como consequência das irregularidades.

"Houve o caso de um preso que saiu da prisão em Friburgo e foi até um shopping de Niterói (Região Metropolitana do Rio) para negociar a abertura de uma franquia. Outro preso saiu, foi até o Leblon (zona sul do Rio) e assaltou uma pessoa na porta de um banco. As imagens de uma câmera permitiam reconhecê-lo, mas ele tinha o álibi de estar preso. Como a Polinter já era investigada, acabou sendo confirmado que se tratava da mesma pessoa", disse Gomes.

A operação de hoje, chamada Faraó, foi promovida pela Corregedoria Geral Unificada em parceria com a Polícia Civil, a Secretaria de Segurança e o Ministério Público Estadual do Rio.

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio afirmou que o colete à prova de balas usado pelo cinegrafista Gelson Domingos da Silva, morto por um tiro de fuzil na Favela de Antares, zona oeste do Rio de Janeiro, no domingo, 6, tinha um revestimento blindado do tipo II-A, mais baixo do que o divulgado pela TV Bandeirantes. A emissora havia informado que o modelo usado por Gelson era do tipo III-A, com revestimento suficiente para conter tiros de pistola e revólveres. O colete estaria com os familiares da vítima.

Em nota, TV Bandeirantes informou que "não teve acesso ainda ao colete que estava sendo usado pelo cinegrafista, mas lamentavelmente nenhum desses dois modelos seria suficiente para impedir que ele fosse vitimado". Só os coletes de nível III e IV são capazes de conter disparos de fuzil. A emissora reconheceu que dispõe apenas das categorias II-A e III-A.

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Hoje, o delegado titular da Divisão de Homicídios (DH), Felipe Ettore, não comentou o caso. Mesmo sem o recolhimento do projétil que matou o cinegrafista, os peritos trabalham para determinar o calibre que atingiu Gelson comparando as descrições dos ferimentos no laudo cadavérico com os buracos na camisa e no colete que a vítima vestia.

Pelo menos 11 pessoas foram presas hoje, durante operação contra quadrilha acusada de praticar crimes de concussão, prevaricação, usurpação de função pública e facilitação de acesso a aparelho telefônico a presos no Rio de Janeiro. Cinco suspeitos estão foragidos. Os mandados de prisão foram cumpridos na capital, Niterói, Teresópolis e Nova Friburgo.

Os 16 suspeitos foram denunciados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Entre eles estão o Delegado de Polícia Civil e Coordenador do Núcleo de Controle de Presos (NUCOP), Renato Soares Vieira, oito policiais civis, seis detentos e uma servidora, ao Juízo da 2ª Vara Criminal de Nova Friburgo.

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Segundo a denúncia feita pelo Ministério Público do Rio (MP-RJ), o grupo tinha o controle sobre as transferências dos presos da Polinter - Base Nova Friburgo para outras unidades prisionais. Eles são acusados de montar um esquema de arrecadação de vantagens ilícitas ao exigir dinheiro dos presos ou de seus familiares para impedir essas transferências, como também para a realização de visitas comuns e íntimas. A investigação identificou uma tabela de preços, onde era cobrado R$ 10 por hora por visitas e cerca de R$ 1.500 a R$ 3 mil para evitar transferências de presos.

Denominada Operação Faraó, a ação teve por base investigações iniciadas pela Promotoria de Justiça de Investigação Penal de Nova Friburgo e, posteriormente, conduzidas pela Corregedoria-Geral Unificada (CGU).

A investigação teve por base prova testemunhal e conversas telefônicas que flagraram diálogos entre os membros da quadrilha, descrevendo as práticas criminosas realizadas até outubro deste ano.

Jornais e agências de notícias internacionais noticiaram a morte do cinegrafista. O britânico "The Guardian" descreveu Gelson Domingos como um profissional "experiente" e afirmou que, apesar da política de pacificação do governo do Estado, o episódio "lembra que fora das áreas turísticas e nas regiões distantes do estádio do Maracanã, a situação permanece crítica".

O site da rede CNN relatou que as imagens da morte do jornalista mostram "como se tornou perigoso cobrir a guerra das drogas" no Brasil. Informações da agência de notícias Associated Press foram reproduzidas por dezenas de jornais e sites estrangeiros.

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A Polícia Civil do Rio acredita que o assassino do cinegrafista Gelson Domingos da Silva, da TV Bandeirantes, morto com um tiro no peito ontem pela manhã, pode estar entre os presos e mortos durante a operação na Favela de Antares, na zona oeste da cidade.

Hoje a PM prendeu mais um suspeito, detido com um comparsa quando deixava a favela em uma moto. Com eles, a PM encontrou um pistola 40 e 400 papelotes de cocaína. Os presos foram identificados como Marcio dos Santos Cruz, o Longa, de 23 anos e Clayton da Silva Ignácio, de 20.

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O tiro que atingiu Gelson atravessou seu corpo e o projétil não foi recolhido pela perícia. Como não será possível o confronto de balística, os peritos da Divisão de Homicídios (DH) trabalham na ampliação das últimas imagens registradas pelo cinegrafista e no cruzamento de informações dos depoimentos das testemunhas para produzir prova contra o autor do disparo.

O repórter Ernani Alves, da Bandeirantes, que acompanhava o cinegrafista, afirmou hoje no enterro do colega que a DH já identificou o assassino. No entanto, em depoimento à polícia, Alves não identificou o atirador entre os nove presos e quatro traficantes mortos no domingo. Segundo o repórter, os atiradores eram um homem negro de camisa vermelha e um rapaz pardo, com camisa branca e os cabelos pintados de loiro.

"Nenhuma possibilidade está descartada. Todas as investigações estão voltadas para apurar quem foi o autor dos disparos", disse o delegado titular da DH, Felipe Ettore. Os investigadores acreditam que o atirador possui algum tipo de treinamento militar, pois os tiros foram certeiros. O primeiro disparo atingiu uma árvore pouco acima da cabeça do cabo da PM que era seguido pelo cinegrafista. O segundo tiro passou à direita do policial e acertou o peito de Gelson.

Entre os quatro mortos na operação, apenas Jorge Ricardo dos Santos, de 22 anos, não possuía antecedentes criminais. Os demais já responderam a crimes como tentativa de homicídio, tráfico de drogas e porte ilegal de arma. Entre os oito presos, quatro possuem antecedentes criminais.

Sepultamento - O corpo de Gelson Domingos foi sepultado hoje, às 14h30. Cerca de 250 pessoas, entre parentes, amigos e colegas, acompanharam o enterro no Memorial do Carmo, no Caju, zona portuária do Rio. "Ele morreu cumprindo sua missão. É um herói", disse Ricardo Domingos, irmão de Gelson.

O oficial médico Abouch Krymchantowski, responsável pela criação do grupo de resgate ao policial ferido em ação, viu uma "sucessão de erros" no socorro ao cinegrafista. Ele deveria ter sido estabilizado por paramédico, socorrido por helicóptero e não deveria ter ido para uma UPA.

"Não estou dizendo que ele sobreviveria. Se o tiro atingiu o coração, não há nada a fazer", disse. Das equipes da PM, só o Bope atua com paramédicos. Domingos acompanhava o Choque, que costuma entrar na favela depois que a situação está controlada.

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Após adiar a turnê "80 anos - Uma vida bossa nova" por conta de uma forte gripe, o cantor João Gilberto anunciou hoje a nova data de seu show no Rio. A apresentação no Theatro Municipal, no centro, que estava agendada para 15 de novembro, foi transferida para 21 de dezembro, às 21h.

Os ingressos já adquiridos serão automaticamente válidos para a nova data. Quem desistir de ver o show será ressarcido. Se o ingresso tiver sido comprado na bilheteria do teatro, a pessoa deve ligar para o telefone (0xx21) 2332-9191. Quem comprou convite pela internet deve ligar para 4003-2330 ou acessar o site www.ingresso.com.

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A data do show em Salvador será divulgada em breve, segundo a assessoria do cantor. Como ainda não há novas datas confirmadas para os shows em Brasília e Porto Alegre, todos os ingressos serão reembolsados. Em São Paulo, o show será em 18 de dezembro, às 20h, no Via Funchal, na Vila Olímpia, zona sul da cidade.

O Tribunal de Justiça do Rio condenou um homem a pagar R$ 9.181,86 para a ex-noiva após deixá-la esperando no cartório, em outubro de 2009. A decisão da 6ª Câmara Cível foi divulgada hoje.

O casal, que começou a namorar em fevereiro de 2007, gastou dinheiro com os preparativos da festa, aluguel de roupas, convites, entre outros itens. Mas no dia da cerimônia no cartório, o réu não apareceu.

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O réu alegou não ter ido ao casamento porque a família da autora era contra a mudança do casal de Magé para a cidade do Rio, onde ele trabalhava. Afirmou ainda, que o noivado foi rompido antes da data do casamento.

Em sua decisão, a desembargadora Cláudia Pires afirmou que nos autos não se verifica "qualquer indício de que o rompimento do noivado ocorreu antes da data da cerimônia. A apelada contratou diversas empresas, todos os preparativos necessários para realização da cerimônia de casamento, assim como o aluguel do vestido de noiva e promoveu a sua retirada; não parecendo crível que a apelada, efetuando o pagamento e a retirada do vestido de noiva na data do matrimônio, tivesse conhecimento do rompimento do noivado. Por isso entendo que o rompimento injustificado da promessa no dia do casamento acarreta danos morais e patrimoniais à parte abandonada no altar".

A Polícia Civil do Rio prendeu hoje á tarde o terceiro suspeito de ter matado o policial federal Carlos Henrique Ramos Cerqueira, de 44 anos, em 26 de outubro. O policial foi morto em Niterói (região metropolitana do Rio), quando trafegava com uma moto, à paisana.

Desde 1º de novembro está preso um rapaz de 18 anos acusado pelo crime. Um primo dele, que é adolescente, está apreendido. O homem preso hoje, cujo nome ainda não foi divulgado, estava tomando sol na praia do Flamengo (zona sul do Rio) quando foi identificado, abordado e detido. Ele teve a prisão temporária decretada pela Justiça e será levado para a Delegacia da Polícia Federal em Niterói.

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