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O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta quarta-feira, 22, que a preocupação com os "rolezinhos" é exagerada. Como alternativa aos shoppings, Haddad disse que não vê dificuldades em encontros do gênero acontecerem nos Centros Educacionais Unificados (CEUs) e em clubes municipais.

"Eu acho que está havendo um certo exagero. Nada que uma boa conversa não resolva", afirmou, quando questionado sobre o que achava da demanda da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) para a criação de "rolezódromos". "A garotada que está em contato conosco tem menos de 18 anos e quer se encontrar, namorar, se divertir na cidade. É mais uma questão de conversa, de acordo, do que propriamente de repressão", disse nesta quarta-feira, durante evento no Largo da Batata, em Pinheiros, zona oeste.

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Ele afirmou que assinará um decreto para que haja gestão compartilhada dos CEUs, entre educação, cultura e esporte. "É um espaço público que recebe as pessoas para as atividades mais variadas", disse. "Nós não queremos um volume alto do lado da casa de um trabalhador que precisa acordar às 4 horas. Mas, num lugar próprio, por que não cultivar a centenas de ritmos que o Brasil produziu para o mundo?"

Ele ainda afirmou que pretende iluminar os Clubes da Comunidade (CDCs) para que os jovens possam praticar atividades à noite nesses locais. Além disso, o prefeito aposta que a presença de Wi-fi nas praças, projeto que a Prefeitura está desenvolvendo, pode ser outra alternativa para atrair o público jovem da cidade.

Obras

No evento, Haddad também falou sobre obras de requalificação do Largo da Batata, parte da Operação Urbana Água Branca. Uma delas será um bicicletário, ligado à Estação Faria Lima do Metrô, que será inaugurado em março. Também será feita uma ciclovia partindo do largo, rumo à zona sul da cidade.

A juíza da 1ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso do Rio, Ivone Ferreira Caetano, divulgou nesta terça-feira (21), nota em que alerta os pais sobre os riscos da participação dos filhos nos "rolezinhos". " Diante da proporção que tais eventos tomaram ao longo desta semana, e da diversidade de pessoas envolvidas nestes movimentos, com os mais diversos objetivos e intenções, alerta-se quanto à necessidade de que pais ou responsáveis por crianças e adolescentes orientem seus filhos para que não compareçam aos locais onde tais eventos ocorrerão", afirma.

Ivone leva em conta "os fatos ocorridos em São Paulo e Belo Horizonte em eventos similares" e dirige a nota aos "pais e responsáveis por crianças e adolescentes desta cidade" do Rio.

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Agentes da Coordenadoria de Inteligência (CI) da Polícia Militar filmaram e fotografaram os manifestantes que compareceram ao "rolezinho" no último domingo (19), no Shopping Leblon, na zona sul do Rio. O objetivo é fazer um banco de dados que facilite a identificação - e a responsabilização - dos ativistas no caso de os protestos terminarem em atos de vandalismo. As imagens feitas pelos PMs serão compartilhadas com a Polícia Civil e o Ministério Público, que já investigam vândalos que participaram das manifestações no ano passado. À paisana, os PMs se misturaram aos presentes no "rolezinho" para conseguir filmar e fotografar os rostos dos manifestantes de perto.

O perfil "Porque eu quis" no Facebook convocou um novo "rolezinho" no Shopping Leblon, um dos mais luxuosos da cidade, para o próximo domingo, 26, às 16h20. O ponto de encontro será a praça de alimentação do shopping. Até o fim da tarde desta terça-feira, 21, o evento tinha quase 600 confirmações de presença.

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O "rolezinho" do último domingo não aconteceu no interior do estabelecimento porque a direção decidiu não abrir as portas. A atitude foi tomada depois que o movimento Habeas Corpus, de advogados voluntários, conseguiu no plantão judiciário de sábado um salvo conduto coletivo para os integrantes do grupo "Porque eu quis". A medida foi concedida pela desembargadora Regina Lucia Passos, que estava de plantão, para que fosse garantido "o livre direito de acesso e livre manifestação do pensamento em local aberto ao público". Na quinta-feira, 16, o shopping havia conseguido liminar na 14ª Vara Cível que proibia a realização do "rolezinho" em suas dependências.

O evento de domingo passado tinha mais de 9 mil confirmações no Facebook, mas apenas cerca de 50 pessoas compareceram. Impedidos de entrar no shopping, os ativistas realizaram um baile funk na calçada da Avenida Afrânio de Melo Franco, com direito a churrasco numa grelha improvisada. À noite, parte do grupo se dirigiu à Praia de Ipanema, onde assistiu a um show em tributo a Cazuza.

A ONG internacional de Diretos Humanos Human Rights Watch (HRW) recebeu positivamente o programa de metas de redução da criminalidade apresentado nesta segunda-feira, 20, pelo governo de São Paulo. Segundo a diretora da ONG para o Brasil, Maria Laura Canineu, a medida "é potencialmente interessante porque faz com que as polícias possam trabalhar juntas", disse.

Nesta segunda, o governador Geraldo Alckmin anunciou que vai pagar bônus de até R$ 8 mil por ano aos policiais se o número de roubos e de furto e roubo de veículos não aumentar e se o número de homicídios dolosos e latrocínios (roubos seguidos de morte) cair 7% no primeiro trimestre deste ano.

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"Como já saudamos essa medida no Estado do Rio de Janeiro, acreditamos que ela possa ser uma potencial mudança", afirmou Maria Laura, que ponderou, no entanto, que a compensação financeira "não deve ser o mote para uma atividade policial mais ética". Segundo ela, outra condição para que o programa tenha êxito é que haja cuidado com as manipulações de dados. "É preciso ter transparência. Tem que ter um acompanhamento dos números", disse, durante a apresentação do Relatório Mundial de Direitos Humanos 2014.

Rolezinho

Os rolezinhos de jovens em shoppings no Brasil podem ser encarados como uma manifestação cultural ou um protesto por uma demanda dos jovens, mas "o direito à manifestação não é um direito absoluto", afirmou Maria Laura, ao ser questionada sobre o assunto.

Ela explica que o direito à manifestação, segundo normas internacionais, "não é um direito absoluto". "Ele prevê a possibilidade de restrição para a proteção da segurança e privacidade das pessoas", explicou. "É um direito que pode ser restrito."

Segundo ela, a ONG está acompanhando a realização dos rolezinhos, mas de forma indireta. "Não tem como não acompanhar, vemos crescentemente na mídia opiniões diversas sobre o que é esse fenômeno. Mas a gente não participou nem acompanhou a atuação das pessoas envolvidas", disse, ressaltando que ainda será preciso fazer um balanço do tema.

Laura ressaltou que, mesmo admitindo que o direito à manifestação pode sofrer limitações, eventuais restrições devem ser aplicadas sem risco de discriminação "tanto na atuação do Tribunal de Justiça quando impede essas manifestações quanto na atitude policial quando atua de forma desproporcional e muitas vezes de forma discriminatória".

Copa do Mundo

A organização destacou que 2013 no Brasil foi um ano marcado pela violência policial em manifestações desde junho e ressaltou sua preocupação com as respostas a grandes multidões em eventos como a Copa e as Olimpíadas.

Enquanto em outras capitais a onda de encontro de jovens em shopping centers, os chamados “rolezinhos”, ganhou um caráter de luta contra a desigualdade social, no Recife o evento tem outros objetivos: diversão e paquera. Pelo menos, foi o que garantiu, em entrevista ao portal LeiaJá, o organizador dos rolezinhos nos Shoppings Recife e RioMar, marcados para ocorrer no próximo sábado (25) e domingo (26), na zona sul da capital pernambucana. 

Dono de um perfil falso no Facebook, denominado de Erick Miller, o organizador se apresentou à equipe de reportagem como o estudante Rodrigo Francisco, de 19 anos. Ele diz que o encontro foi criado com o “intuito de diversão, mas virou protesto”. Mais de 1500 internautas já confirmaram presença na página do evento

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O jovem ainda falou que está de acordo com o reforço da segurança nos Centros de compras Recife e RioMar, anunciados pela Associação Pernambucana de Shoppings Centers nesta segunda-feira (20). 

Veja a entrevista na íntegra: 

- Qual o objetivo do "Rolezinho" no Shoppings RioMar e Recife?

 Zoar, curtir, paquerar, fazer novas amizades.

- Entrevistamos a Associação Pernambucana de Shoppings Centers e eles falaram que vão reforçar a segurança nos dias 25 e 26. O que vocês acham desse reforço?

Justo, eles estão assustados pelo que aconteceu nos rolezinhos de São Paulo. Eles estão certos em fazer isso.

- Os rolezinhos do Sudeste falam da segregação social, você falou em paquerar. Então o seu evento não tem o mesmo objetivo que os deles?

Eu criei o evento com esse com o intuito de diversão, mas ele virou protesto.

- Esperava tanta gente confirmar presença? E vai ter alguma organização?

Bem eu não posso fazer nada sobre isso cada um vai lá fazer o que achar melhor.

5- Posso colocar seu nome no meu texto?

Coloque meu nome verdadeiro Rodrigo Francisco.

6- Você é estudante? Ou formado?

 Estou no primeiro ano do ensino médio. 

7- Qual sua idade?

19 anos.

8- E esse perfil falso no Facebook? Foi criado também com o objetivo de paquerar?

 Não, eu o criei há algum tempo nem lembro o porquê.

9- O Ali Babdi (outro administrador do evento) também é seu?

Sim, eu dei administrador pra ele por que eu não tava afim de ficar administrando os eventos. No caso, só dei administrador pra ele pro rolé do Shopping Recife.

A ministra da secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário (PT), disse na noite desta segunda-feira, 20, que o "rolezinho" não é um problema nacional. Em entrevista após a instalação do Comitê Nacional de Respeito à Diversidade Religiosa em Brasília, a ministra afirmou também que não há necessidade de o governo convocar os líderes do movimento.

"Não estamos vendo como um problema de forma que tenhamos que ficar chamando líderes para reuniões. Não é um problema do nível federal, do plano nacional. É uma questão que estamos acompanhando como uma disposição da juventude de buscar também direito de conviver em todos os espaços", afirmou.

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Questionada sobre a reação de algumas entidades representantes de shoppings, que buscam um diálogo com o governo sobre os reflexos dos rolezinhos, a ministra considerou que a questão deve ser resolvida no âmbito local. "A estrutura do comércio no País no âmbito federativo é uma responsabilidade do plano local. Todos sabemos que o licenciamento, funcionamento das lojas é um problema que as prefeituras devem lidar", afirmou.

Para Maria do Rosário, a preocupação deve ser quanto ao que está se oferecendo aos jovens como espaços, como praças e lugares de convivência. "Se não estiverem fazendo nada de errado, não tiverem atacando ninguém, se estão caminhando. Há muita preocupação. Acredito que nós devemos nos preocupar muito mais com o que estamos oferecendo a esses jovens, se estamos oferecendo praças suficientes, lugares de convivência, políticas para a juventude. Temos que nos preocupar com isso e não com o lugar que eles marcam um encontro", afirmou.

Antes de encerrar a entrevista, Rosário brincou com os jornalistas presentes. "Minha filha adora um shopping", disse.

A Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) enviou um ofício ao gabinete da presidente Dilma Rousseff pedindo uma reunião sobre os chamados "rolezinhos". A justificativa para o encontro, de acordo com a Alshop, é o prejuízo dos lojistas e vendedores com esses atos que têm feito alguns centros comerciais fecharem as portas em dias de grande movimento.

Só neste fim de semana, três shoppings de luxo fecharam nas duas maiores cidades do País. Em São Paulo, o Shopping JK Iguatemi, na zona sul da capital paulista, fechou as portas às pressas no início da tarde desse sábado, 18, para impedir que cerca de 150 manifestantes que faziam um ato em apoio aos "rolezinhos" entrassem no local. No Rio, o Shopping Leblon e o Rio Design Center, no Leblon, zona sul, não funcionaram neste domingo, 19, por temer a manifestação marcada em apoio ao movimento paulista.

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Impedidos de entrar no Shopping Leblon, na zona sul do Rio, com a decisão da administração de não abrir as portas neste domingo, 19, cerca de 50 manifestantes que compareceram ao "rolezinho" convocado por redes sociais transformaram a calçada do centro de compras em um baile funk com direito a churrasco.

Uma caixa de som em alto volume embalava os manifestantes, que dançam, pulam e gritam palavras de ordem contra a realização da Copa no Brasil e o governador Sérgio Cabral (PMDB).

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Alguns comem linguiças preparadas em churrasqueira improvisada no chão, em frente ao shopping. Por volta das 19 horas, um repórter da GloboNews foi cercado e hostilizado por manifestantes. Ele deixou o local foi escoltado por homens que seriam seguranças da emissora. Os manifestantes colaram cartazes na parede do shopping com frases como: "Rolé boicote Copa", "Não somos mercadoria" e "Todos somos iguais". As duas faixas da avenida Afrânio de Melo Franco no sentido Lagoa Rodrigo de Freitas estão fechadas pelos manifestantes. Dezenas de policiais militares e guardas municipais acompanham o protesto, sem interferir.

Manifestantes começam a se reunir na porta do Shopping Leblon, na zona sul do Rio. Apesar de ter conseguido liminar na justiça contra a realização do rolezinho, o Shopping, um dos mais sofisticados da cidade, fechou as portas nesse domingo, 19, "visando garantir a segurança e o bem estar de seus clientes, lojistas e colaboradores", afirma o Grupo Aliansce, responsável pela administração do centro comercial. As notas em inglês e português foram colocadas na porta do shopping.

O Shopping Rio Design Leblon, que fica quase na frente do Shopping Leblon, também fechou as portas. Clientes que passavam em frente ao shopping perguntavam aos seguranças o motivo do fechamento do centro comercial neste domingo. Alguns classificaram como "absurdo" o fechamento do centro comercial.

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No site do Shopping Leblon não havia nenhum aviso sobre o fechamento do centro comercial. A segurança foi reforçada, inclusive com profissionais à paisana. O teatro Oi Casa Grande, que fica dentro do shopping, no entanto, funcionou normalmente.

O Shopping Leblon fica em frente à Delegacia de Atendimento ao Turista (DEAT) e à Delegacia Antissequestro (DAS). A 14ª Delegacia de Polícia fica bem próxima ao local.

Apesar do anúncio do secretário de Estado de Segurança, José Mariano Beltrame, de que a polícia militar não reforçaria a segurança no local, policiais militares se posicionaram na frente dos shoppings. A guarda-municipal também reforçou o efetivo.

Além do Shopping Leblon, que já havia avisado no sábado que não funcionaria neste domingo, 19, o Rio Design Leblon também não abriu as portas por conta do rolezinho marcado para ter início às 16h20 de hoje.

Uma das entradas do Rio Design, na Avenida Ataulfo de Paiva, no bairro da Zona Sul do Rio, foi completamente coberta com tapumes a fim de evitar atos de vandalismo. Um aviso informava aos clientes que as atividades serão retomadas apenas amanhã.

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"Acabou o último lugar onde a gente tinha sossego", disse uma mulher após ler o aviso, mas que não quis se identificar.

Até a noite deste sábado, 18, mais de nove mil pessoas haviam confirmado presença pelo Facebook no rolezinho marcado para ocorrer no Shopping Leblon, um dos mais luxuosos do Rio.

É grande a quantidade de policiais militares e guardas municipais ao longo de toda a Avenida Afrânio de Melo Franco, onde ficam o Shopping Leblon e o Rio Design. A segurança também está reforçada na Rua Aristides Espínola, onde fica a residência do governador Sérgio Cabral, e na Avenida Delfim Moreira, já que após a administração do Shopping Leblon obter, na última quinta-feira, 16, liminar na justiça para impedir o rolezinho em suas dependências, foi convocado um evento semelhante com a presença de black blocs, nas imediações da residência do governador. Até 15h50, não havia qualquer sinal de manifestantes pelas ruas do Leblon.

Apesar das mais de 800 confirmações no Facebook, apenas cerca de 50 pessoas participaram do "rolezinho" na noite deste sábado (18) no Plaza Shopping, em Niterói, na região metropolitana do Rio. O ato, marcado pelo tom político, começou com 40 minutos de atraso e durou pouco mais de uma hora. Os manifestantes não foram impedidos de entrar no shopping, mas foram seguidos o tempo todo por cerca de 20 seguranças, alguns deles à paisana. Alguns repórteres, fotógrafos e cinegrafistas que aguardavam o início do evento do lado de fora foram impedidos de entrar por seguranças e pela assessoria de imprensa do estabelecimento.

Assustados, comerciantes baixaram as portas. A grande maioria das lojas ficou fechada durante a realização do ato. Enquanto os ativistas caminhavam pelos corredores gritando palavras de ordem contra o racismo, a realização da Copa no Brasil, o governador Sérgio Cabral (PMDB) e a presidente Dilma Rousseff (PT), clientes do centro de compras se refugiavam dentro das lojas ou deixavam o shopping. "Olê olê, olê olá, se o racismo não acabar, a Copa eu vou barrar", eles cantavam pelos corredores.

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"As lojas só estão fechadas e estamos sendo seguidos por todos esses seguranças porque somos negros e pobres. Se fosse o Eike Batista, a Fifa, ou playboyzinhos de olhos azuis, isso não estaria acontecendo. Essa é a maior prova de que existe sim racismo nesse país", discursou o rapper PC Lima. Ligado ao PSOL, ele foi um dos líderes do movimento.

O rolezinho, no entanto, foi marcado no Facebook pelo advogado Thiago Corrêa, de 29 anos, que está na Argentina e só deve voltar no fim de fevereiro. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo pelo Facebook na última quinta-feira, Lima escreveu: "Criei o evento para debater o tema". O ato foi pacífico, mas houve princípio de tumulto e bate-boca em quatro ocasiões: quando os manifestantes tentaram entrar em uma loja do Starbucks e foram barrados; quando eles sentaram em mesas na praça de alimentação e seguranças tentaram impedir; quando tentaram entrar em um cinema; e quando passaram em frente à loja de roupas Star Point, onde vendedores seguravam cartazes com os dizeres "Eu trabalho por comissão. Obrigado, rolezinho!". "Vocês são escravos do capital! Seus salários não compram sua consciência!", gritava uma mulher que participava do ato ao ver os cartazes. "Quer manifestar, vão para a rua! Eu tenho que bater minha cota! Ficaram aqui chamando a gente de playboy. Isso não é preconceito?", indagou um vendedor da loja, que se identificou como Iago.

Mesmo surpreendidos pela confusão, alguns clientes do shopping decidiram seguir o ato em apoio aos manifestantes. Foi o caso do advogado Flávio Teixeira, de 40 anos, e da revisora de textos Silvia Monteiro, de 43, que haviam marcado se encontrar numa livraria. "Acho legítima (a manifestação), desde que não haja vandalismo", disse Teixeira.

Depois do protesto, o shopping distribuiu uma nota oficial. "O Plaza Shopping Niterói informa que, na tarde deste sábado, dia 18, foi necessário interromper as atividades do centro de compras temporariamente. A medida adotada pelo empreendimento fez parte do plano de ações para garantir a integridade e segurança de seus clientes, lojistas e colaboradores", afirmou no texto.

Diante do debate nacional sobre a legitimidade dos "rolezinhos", o governador de Pernambuco e presidenciável Eduardo Campos (PSB) pontuou que os movimentos não podem ser vistos com "preconceito". Para o socialista, a ação, que vem tomando conta dos shoppings do Brasil, deve ser analisada não só como uma questão "de polícia", mas como um protesto onde são reafirmados valores.

"Nós não podemos olhar para a questão dos 'rolezinhos' com um olhar só de polícia. É preciso verificar que em alguns casos não houve nenhuma infração à lei, houve um posicionamento de jovens que cantavam músicas de protesto, afirmava valores que eles acreditam e que devem estar presentes na sociedade", disse, após participar do 3º Congresso Nacional da Juventude Camponesa, nesta sexta-feira (17). Campos também assegurou que a polícia, em Pernambuco, só será acionada caso aconteça alguma violação de direitos e de depredação.

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O presidenciável alertou ainda a necessidade de não se tratar a manifestação com preconceito. "Se é um protesto político, é um protesto político, como tantos outros feitos no Brasil e que nós participamos. É preciso compreender o fenômeno para tratar de maneira correta e não de maneira preconceituosa. Não pode ter preconceito e nem polícia para quem quer dialogar e afirmar valores, agora quem for fazer quebra-quebra e desrespeitar aí é outra coisa, a lei já prevê o que deve ser feito", frisou.

Os "rolezinhos" já estão com datas marcadas para acontecer no Recife. Está programado para os próximos dias 25 e 26 no Shopping RioMar e no Shopping Recife, respectivamente. O primeiro já tem mais de mil pessoas confirmadas.

A ministra Maria do Rosário, da Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República, disse que "rolezinho não é caso de polícia, é caso de presença da juventude" nesta sexta-feira(17), em Porto Alegre, ao final da solenidade de inauguração de um Centro de Referência em Direitos Humanos. "Ainda que (os shopping centers) sejam lugares privados, eles são lugares para onde o público é convidado a ir; as pessoas não podem ser separadas nesses lugares entre aquelas que têm dinheiro para consumir e aquelas que não têm", justificou.

No discurso que fez durante a solenidade, a ministra reconheceu que ainda há violência praticada por agentes públicos no País. "No Brasil nós não negamos o quanto nos envergonha a manutenção de violência de Estado e das violações de direitos humanos que ocorrem em nosso País em cada unidade da federação", admitiu.

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"Ocorre que o primeiro passo para a superação dessa violência é justamente o reconhecimento de que estamos diante dela", afirmou, enumerando providências tomadas nos últimos anos para combater o trabalho análogo ao da escravidão e proteger direitos das crianças, adolescentes e mulheres.

Presídios - Ao tratar de assassinatos ocorridos dentro de presídios, Maria do Rosário considerou "bárbaras" as mortes ocorridas dentro do Complexo de Pedrinhas, no Maranhão, e disse que ninguém pode, no âmbito da federação, dizer-se isento de responsabilidades com fatos que acontecem dentro casas prisionais de qualquer Estado. "Os Estados tem responsabilidades de gestores e a União deve solidariamente ajudar a construir soluções para os graves problemas que vivemos".

Posteriormente, ao falar com jornalistas, a ministra revelou que, entre 2011 e 2013, enviou 31 comunicados à governadora do Maranhão, Roseana Sarney, sobre a situação do Complexo de Pedrinhas. "Eu vejo que podemos ter uma atuação melhor não apenas no Estado do Maranhão, mas também nos demais Estados", afirmou, lembrando que o governo federal, além dos alertas, pode disponibilizar recursos para projetos de melhoria da situação.

Homofobia - Tanto no discurso quanto na entrevista, Maria do Rosário fez referências à morte do adolescente Kaique Augusto Batista dos Santos, em São Paulo, registrada como suicídio pela polícia e contestada pela família, que acredita na hipótese de homicídio. "Consideramos que há indícios claros de homofobia", disse a ministra, que destacou que um centro de referência como o inaugurado em Porto Alegre está apoiando a família.

A ministra aproveitou o tema para criticar a demora para aprovação, no Congresso, do projeto de lei que torna crime a discriminação ou o preconceito contra a orientação sexual das pessoas. "É um absurdo que o Brasil ainda não tenha uma legislação que criminalize a homofobia", ressaltou. Lembrada pelos repórteres que entre os grupos que se opõem à proposta também estão aliados do governo de Dilma Rousseff, Maria do Rosário disse que "não interessa" se são da base ou não. "Quando falamos de direitos humanos não falamos em base aliada ou adversários, nós falamos de direitos humanos e direitos humanos não são seletivos", prosseguiu. "Não é possível que alguém seja vítima de violência por ser homossexual".

A Justiça fluminense deu na quinta-feira (16), decisões conflitantes em relação a pedidos para proibir "rolezinhos" marcados para este fim de semana em dois shoppings na Região Metropolitana do Rio. Enquanto o Shopping Leblon, sofisticado centro de compras na zona sul do Rio, obteve liminar para impedir o "rolezinho" marcado para as 16h20 de domingo (19) o Plaza Shopping, no município vizinho de Niterói, não conseguiu autorização para impedir encontro agendado para as 16h deste sábado (18).

Ao deferir liminar proibindo o "rolezinho" no Shopping Leblon, a juíza Isabela Pessanha Chagas, da 14ª Vara Cível do Rio, escreveu que os direitos à livre manifestação e de ir e vir não devem colidir com "os direitos de locomoção de outros, bem como o direito de trabalho, assegurado pela Carta Magna. A magistrada alegou ainda que "os shoppings são prédios privados, havendo que se garantir o direito de propriedade (...) coibindo-se a ação de possíveis manifestantes que pretendem causar desordem pública, facilitando a prática de atos de depredação, bem como a ocorrência de furtos de bens, violando o direito de lojistas".

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"Frise-se, ainda, que a admitir-se tal manifesto, estar-se-ia colocando em risco a integridade física de eventuais consumidores que possam estar no local, sobretudo, ante a possibilidade da presença de famílias que, no desfrute do seu lazer, se façam acompanhar de suas crianças e/ou idosos, como se verifica nos shoppings em finais de semana", concluiu a juíza.

Para garantir que a ordem seja cumprida, Isabela determinou que pelo menos dois oficiais de Justiça permaneçam de plantão no shopping, a partir das 15h, para identificar os manifestantes a fim de aplicar multa no valor de R$ 10 mil para cada um. Até às 15h desta sexta-feira, 17, mais de 8.700 pessoas haviam confirmado presença na página do evento no Facebook. O pedido de liminar foi ajuizado por quatro empresas: Luanda Empreendimentos e Participações S/A; Rique Leblon Empreendimentos e Participações S/A; SHL Participações S/A; e RLM Empreendimentos e Participações Ltda.

Liminar negada

 

Por outro lado, o Alexandre Duarte Scisinio, da 9ª Vara Cível de Niterói, indeferiu pedido de liminar para proibir a realização de um "rolezinho" no Plaza Shopping, em Niterói. O evento já tem mais de 700 presenças confirmadas no Facebook.

O pedido de liminar foi feito pelo Condomínio do Edifício Plaza Shopping e pela Fashion Mall S/A. As empresas alegaram que o movimento "promove verdadeiras arruaças e grandes tumultos nos shoppings centers, como ocorreu na cidade de São Paulo, com reunião de milhares de pessoas" e que "cerceia o direito das pessoas e prejudica o comércio regularmente instalado no local, pois outros grupos se infiltram e aumenta a periculosidade, ensejando vandalismo, violência, abusos e depredações".

Em sua decisão, o juiz escreveu que os direitos de livre manifestação, reunião pacífica e ir e vir são garantias constitucionais, e que impedi-los apenas com base em boatos de violência seria ilegal. Segundo o magistrado, em locais particulares de uso público, como os shoppings, cabe ao Estado apenas combater abusos.

"A prevalecer o estranho desejo dos autores de obter ordem judicial, como assim deduzido nesta ação, para proibir esse ou aquele indivíduo ou grupo, de ingressar no seu shopping, que é aberto ao público em geral, se estaria conquistando uma medida inaceitável de dar ao particular a absurda discricionariedade de agir dessa ou daquela forma, rejeitando os mais diversos consumidores, pelos mais variados motivos, sempre que assim lhe conviesse. Ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei e é livre a manifestação de pensamento, dogmas contidos na nossa Carta Magna".

Scisinio também elogiou a atuação da polícia nas manifestações de rua no ano passado que, segundo ele, não impedia os protestos, mas apenas combatia os vândalos.

"Se o tal movimento 'rolezinho', efetivamente vier a representar uma ameaça, compete então à Polícia agir, como assim recentemente fez, com competência, nos movimentos populares que se sucederam nas ruas das cidades de todo o país, combatendo eficazmente os atos de vandalismo. Como se viu, não houve proibição do desejo de reunião e manifestação de vontade, mas tão somente se reprimiu atos dos vândalos", escreveu o magistrado.

Na opinião do juiz, os "rolezinhos" são uma forma popular de "atividade artística e cultural, eis que os jovens criativamente apresentam-se com figurinos interessantemente diferenciados, pontuando um modismo próprio de sua época e idade, e é certo que se compreende por arte toda forma de expressão e manifestação estética, de ideias, pensamentos, etc. São estas acepções que compõem o vasto e complexo conceito de atividade cultural".

Em mais uma tentativa de se contrapor ao PSDB, o governo Dilma saiu em defesa dos jovens que promovem "rolezinhos" nos shoppings e tentou acusar os adversário de fazer discriminação social. Na avaliação do Palácio do Planalto, o apoio à manifestação não apenas serve de antídoto a possíveis atos de vandalismo como ajuda a aproximar a presidente Dilma Rousseff de jovens da periferia, nas redes sociais, neste ano de eleições.

Responsável pelo diálogo com os movimentos sociais, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, criticou a repressão policial aos "rolezinhos" em São Paulo e a concessão de medidas liminares, por parte da Justiça, a lojistas de shoppings, receosos com o movimento dos jovens da periferia.

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Gasolina no fogo

"Mais uma vez, a ação inadequada da polícia acabou botando gasolina no fogo", afirmou Carvalho, que esteve ontem no Recife, onde participou de dois encontros com jovens de Pastorais da Juventude da Igreja Católica. "Eu não tenho dúvida de que a concessão dessas liminares (para proteger os shoppings contra os rolezinhos também é um erro. Para mim é, no mínimo, inconstitucional."

O ministro disse que "os conservadores deste País" devem se conformar que os direitos vieram para todos. "Qual o critério que você vai selecionar uma pessoa da outra? É a cor, é o tipo de roupa que veste? Tudo isso implica preconceito, no prejulgamento de uma pessoa e fere a Constituição", insistiu Carvalho.

Para a chefe da Secretaria da Igualdade Racial, Luiza Bairros, declarações como as do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), que chamou os manifestantes de "cavalões", podem acirrar os ânimos. Para ela, a intenção dos jovens da periferia é totalmente pacífica, mas a reação "preconceituosa" das pessoas brancas tende a causar problemas.

Na terça-feira (14), Dilma chamou ao Palácio do Alvorada os ministros Carvalho, Luiza Bairros, José Eduardo Cardozo (Justiça) e Marta Suplicy (Cultura). "Ela nos alertou a ter cuidado ao tratar do assunto", contou o secretário-geral da Presidência. "Não dá para embarcar nessa história de repressão."

A ordem do Planalto é para tratar o assunto com naturalidade e, sempre que possível, criticar a posição de parlamentares do PSDB e do governador Geraldo Alckmin, candidato ao segundo mandato. É em São Paulo, maior colégio eleitoral do País, que o PT vai disputar com Alckmin a agenda da segurança.

Dilma, porém, não quer que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo - em férias a partir de hoje - entre nesse tema. Motivo: o Planalto fará de tudo para não passar a impressão de que a presidente está preocupada com depredações e com mais uma crise de segurança, em uma reedição dos protestos de junho.

Monitoramento

Na prática, a orientação do Planalto é apenas para que ministros monitorem atentamente os "rolezinhos", principalmente na internet, com o objetivo de evitar que as manifestações sejam apropriadas por vândalos e black blocs.

"A gente tem de ter a humildade de observar primeiro, de acompanhar e procurar entender mais profundamente do que se trata", disse Carvalho. "Todos nós precisamos ter cuidado para não querer dar uma de sábios." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Shopping Campo Limpo, na zona sul de São Paulo, obteve nesta quinta-feira (18), uma liminar para impedir um "rolezinho" marcado para hoje dentro do centro comercial. A ação foi proposta contra os Movimentos dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), Periferia Ativa e Resistência Urbana. A decisão, do juiz Nélson Ricardo Casalleiro, da 7ª Vara Cível do Fórum Regional de Santo Amaro, prevê reforço policial e notificação da Polícia Militar (PM) e do Corpo de Bombeiros. O manifestante flagrado por oficial de Justiça seria citado e responderá ao processo, com um multa de R$ 5 mil.

"Salta aos olhos que o local, um shopping center de porte médio, não possui qualquer condição de recepcionar milhares de pessoas", afirmou Casalleiro. "Não se trata de inferir que os manifestantes sejam marginais ou que queiram, premeditadamente, causar dano pessoal ou patrimonial. Trata-se da reação normal de pânico e desordem que se espera quando milhares de pessoas chegam a um local fechado, com corredores estreitos e poucas saídas para todos."

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O Shopping Campo Limpo já havia conseguido outra liminar para barrar um "rolezinho" marcado para 11 de janeiro. O juiz ainda afirmou que o espaço "não se trata de 'via pública', não se constituindo em local próprio e apropriado ao exercício do direito (também constitucional e fundamental) de liberdade de reunião e manifestação".

O secretário estadual da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, participou de encontro com a Polícia Militar para discutir a estratégia em relação aos "rolezinhos". Ficou definido que a PM só agirá se houver tumulto.

"Uma coisa precisa ficar muito clara: a segurança dos shoppings é privada. A PM somente deve agir se houver quebra da ordem", afirmou Grella, em nota enviada pela secretaria. Ele disse ainda que os encontros de jovens são um "fenômeno cultural" e que "evidenciam a necessidade de o poder público investir em opções de lazer para os jovens".

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Na nota, ele elogiou ações da Prefeitura focadas no lazer de jovens da periferia, como iluminação noturna de clubes municipais e a realização de atividades culturais nos Centros Educacionais Unificados (CEUs). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Está programado para os dias 25 e 26 de janeiro os rolezinhos em dois shoppings do Recife. A ação ocorrerá no Shopping RioMar e no Shopping Recife, respectivamente. 

“Só curtição com a galera chamem seus amigos e vamos zuar este é um evento para todos, para conhecer novas pessoas e curtir com o pessoal. E este evento é em solidariedade aos jovens que estão sendo repreendidos pela Polícia em todo País. Jovens das periferias!”, diz a descrição do evento no RioMar, nas redes sociais, que conta com mais de 600 pessoas confirmadas.  O evento do Shopping Recife foi criado na segunda-feira (13) e possui cerca de 50 confirmados.

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De acordo com a assessoria do Shopping RioMar, nenhuma mudança na segurança foi planejada, pois o caso ainda seria especulação. Em nota, o Shopping Recife informou que está monitorando o fato e tomando as medidas necessárias para garantir a segurança dos clientes. 

A Polícia Militar (PM) também se pronunciou por meio de nota informando que "a prática denominada 'rolezinho' vem sendo acompanhada pelos órgãos operativos da Secretaria de Defesa Social (SDS), que em reunião com representantes dos shoppings da Região Metropolitana do Recife (RMR) definiram estratégias operacionais com o objetivo de coibir a possível prática no Estado". 

A atividade, que começou na capital paulista como protesto contra projeto de lei que proibia bailes funks nas ruas da cidade, agora representa a luta contra a discriminação e a segregação social. Os rolezinhos estão programados para ocorrer também em outras capitais, como Rio de Janeiro e Brasília

O adolescente de 16 anos detido pela polícia durante o "rolezinho" de sábado (11) ficará internado na Fundação Casa (ex-Febem) pelo menos até o dia 3, quando haverá uma audiência sobre o caso. "Ele trabalha e estuda, tinha ido ao shopping para ver um filme no cinema com a namorada. Nem sabia desse evento", disse a irmã do rapaz, a balconista Layninker Inácio de Oliveira, de 20 anos.

De acordo com Layninker, a mãe do rapaz não dorme desde a detenção, no terminal da Estação Itaquera do Metrô, que fica ao lado do shopping. A família, de quatro filhos, vive em Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo. A mãe foi nesta segunda-feira (13), à 3.ª Vara da Infância e da Juventude da capital, no Brás, para acompanhar a primeira audiência do caso. Estava sem advogado.

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O adolescente é acusado de roubar um telefone celular com mais 10 pessoas durante arrastões que aconteceram no shopping. A irmã diz que ele estava só com a namorada e afirma que o rapaz encontrou o telefone no chão, perdido no tumulto. "O dono do celular estava também sem um dos pés do tênis. Ele disse que, se o outro pé aparecesse, ele aliviava. Mas meu irmão não sabia nada sobre o tênis", afirma Layninker.

A vítima do roubo não foi localizada pela reportagem. O adolescente não tem passagens anteriores e trabalha em um minimercado, segundo a irmã. "A promotora falou para minha mãe pegar uma declaração de que ele trabalha e fazer o mesmo na escola dele. Disse que isso poderia ajudar." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um "rolezinho" foi marcado para o Shopping Leblon no próximo domingo, 19, à tarde. "Em apoio à galera de São Paulo, contra toda forma de opressão e discriminação aos pobres e negros, em especial contra a brutal e covarde ação diária da Polícia Militar no Brasil, seja nos shoppings, nas praias ou nas periferias", diz a convocação no Facebook.

Mais de três mil pessoas confirmaram presença pela rede social. Na página "Rolezinho no Shopping Leblon", os participantes estão fazendo uma enquete sobre "o que levar para lanche" (pão com mortadela é o mais votado) e discutem questões como que roupa vestir e que conduta adotar.

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