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Policiais da Delegacia do Consumidor do Rio de Janeiro prenderam em flagrante, na manhã desta quinta-feira (21), o 3º sargento da Marinha Sales Gutemberguy dos Santos Silva, acusado de vender ilegalmente produtos abortivos através da Internet.

Os agentes, acompanhados da perícia, saíram em diligência para cumprir mandado de busca e apreensão, na Rua Nova Iorque, nº 558, em Bonsucesso, a partir de uma investigação que apontava Sales Gutemberguy como envolvido na comercialização de medicamentos abortivos, além de outras substâncias proibidas, através das redes sociais.

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No local, os policiais apreenderam 12 caixas de sibutramina, uma cartela de citotec, e uma pistola calibre 380. A certeza da impunidade era tanta que o 3º sargento da Marinha publicava uma tabela com a quantidade de pílulas abortivas que a gestante deveria tomar de acordo com o tempo de gestação.

Da Polícia Civil de Goiás

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) bloqueou o lote 1310710-4 do medicamento Biomag 15mg (cloridrato de sibutramina) por falsificação. A ação foi divulgada no Diário Oficial da União (DOU). 

O fabricante do medicamento, Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A, que detém do registro do produto, informou que não fabricou o lote 1310710-4.

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Por se tratar de um caso de falsificação, a Anvisa determinou, em todo o território nacional, a apreensão e inutilização de todas as unidades do lote em questão.

O Medicamento

A Sibutramina é um remédio para emagrecimento no Brasil. Foi lançada em 1998 e age no cérebro estimulando a ação de serotonina e noradrenalina, neurotransmissores associados à sensação de saciedade. O remédio também ativa uma espécie de acelerador de metabolismo. Entre os efeitos colaterais estão a ansiedade, impaciência, aumento dos riscos cardiovasculares e insônia.

Desodorante

A Anvisa também proibiu a fabricação, distribuição, divulgação, comercialização e uso do produto Florsoll Desodorante Roll On Lavanda, fabricado pela empresa Gleismi Indústria de Cosméticos Ltda. A medida proibitiva foi motivada pela ausência de notificação ou registro sanitário. A nota publicada pela agência diz ainda que a empresa deverá comprovar o recolhimento do estoque existente no mercado.

 

A sibutramina vai continuar no mercado. Relatório da equipe técnica da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) votado nesta segunda-feira, 27, mostra que o número de efeitos adversos está dentro do limite considerado adequado e não houve abuso da prescrição - resultados que não justificariam a suspensão da comercialização do produto.

Desde dezembro de 2011, a sibutramina, indicada para tratamento de obesidade, tem regras mais rígidas para prescrição. Os efeitos colaterais também são acompanhados. A regra determinou que a sibutramina somente pode ser vendida quando o paciente é informado pelos médicos sobre riscos e contraindicações. Um termo de esclarecimento, assinado pelo paciente e pelo médico, é exigido. Uma das vias tem de ser entregue com receita médica.

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A validade da receita, que antes era de 60 dias, foi reduzida para um mês. Também foi determinado que a sibutramina ficaria sob monitoramento durante um ano. É o resultado desse monitoramento que a Anvisa agora vai avaliar.

A sibutramina deve continuar no mercado. Relatório da equipe técnica da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concluído nesta semana mostra que o número de efeitos adversos está dentro do limite considerado adequado e não houve abuso da prescrição - resultados que não justificariam a suspensão da comercialização do produto. O documento deverá ser votado pela diretoria colegiada da Anvisa na próxima semana.

"É pouco provável que as regras de controle sejam alteradas. Devemos seguir o relatório", afirmou nesta terça-feira o presidente da agência, Dirceu Barbano.

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Desde dezembro de 2011, a sibutramina, indicada para tratamento de obesidade, tem regras mais rígidas para prescrição. Os efeitos colaterais também passaram a ser acompanhados.

A mudança é reflexo de uma longa discussão, iniciada em fevereiro de 2011, que terminou com a proibição do uso de emagrecedores derivados de anfetamina. Quando a análise começou a ser feita, o cancelamento do registro da sibutramina também foi cogitado. Defensores da proibição usavam como argumento resultados de um estudo, encomendado pela agência europeia de vigilância, que indicava aumento de 16% no risco de enfarte entre pessoas que tomaram o medicamento.

A Anvisa decidiu manter o produto no mercado, mas sob controle mais rígido. Ficou determinado que a sibutramina somente poderia ser vendida se o paciente fosse informado pelos médicos sobre riscos e contraindicações. Um termo de esclarecimento, assinado pelo paciente e pelo médico, passou a ser exigido. Uma das vias tem de ser entregue com receita médica. A validade da receita, que antes era de 60 dias, foi reduzida para um mês. Também foi determinado que a sibutramina ficaria sob monitoramento durante um ano. É o resultado desse monitoramento que a Anvisa agora vai avaliar.

Barbano afirma que, entre dezembro de 2011 e dezembro de 2012, o número de notificações de efeitos colaterais passou de 2 para 5 ao mês. Apesar do aumento de 150%, técnicos da Anvisa avaliam ter havido uma queda proporcional. Os números, afirma, não podem ser considerados sem uma contextualização. "A vigilância aumentou. Casos que antes passariam sem ser notados agora são registrados", afirmou. O número de prescrições também cresceu no período. Elas passaram de 150 mil mensais para cerca de 180 mil. "Um aumento de 15%, mas que também tem de ser avaliado de forma relativa, uma vez que as receitas agora têm validade de um mês."

Consumo. Segundo Barbano, embora o número de prescrições tenha aumentado, o consumo do produto teve variação pouco significativa. Algo que, em sua avaliação, demonstra que médicos que receitavam anfetamina não passaram automaticamente a indicar a sibutramina. "Ao que tudo indica, essas limitações estão sendo respeitadas." Outro fator que deve contribuir para a manutenção do remédio no mercado é que nenhum dos efeitos adversos relatados foi considerado grave.

O monitoramento do remédio deverá ser mantido indefinidamente. "Nada impede, no entanto, que no futuro as regras sejam mudadas", diz Barbano. Ele não descartou a possibilidade de que o prazo da receita médica possa ser ampliado. "Tudo isso dependerá de discussão."

O diretor da Anvisa afirmou que a decisão de manter a sibutramina no mercado provocou questionamentos de agências no exterior. "Sempre de forma respeitosa, queriam saber porque decidimos manter o remédio." Os dados sobre a conclusão do monitoramento foram apresentados nesta terça, durante uma audiência pública realizada na Câmara dos Deputados. Está em análise no Congresso um projeto para retornar a venda de emagrecedores derivados de anfetamina no País. "Esta é uma decisão autônoma do Congresso."

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) manteve o registro da sibutramina no Brasil e determinou a proibição da venda de inibidores de apetite derivados da anfetamina. Foram três votos favoráveis à manutenção da sibutramina e um contrário. Em relação à proibição dos anfetamínicos, a votação foi unânime.

A decisão encerra uma discussão que se arrasta desde fevereiro, quando a Anvisa lançou a proposta de banir os inibidores de apetite, com base em parecer da Câmara Técnica de Medicamentos (Cateme), por causa dos riscos à saúde. O anúncio na época provocou uma forte reação de entidades médicas, que alegavam a importância do uso dos remédios para pacientes com dificuldades de emagrecimento. Diante da polêmica, duas audiências públicas foram realizadas e, nesse processo, houve uma reviravolta na posição da Anvisa.

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Inicialmente favorável à proibição dos remédios derivados da anfetamina (femproporex, mazindol e anfepramona) e da sibutramina, a agência dava mostras que o assunto seria resolvido rapidamente. Em fevereiro, depois da primeira audiência pública e da reação da classe médica, veio o primeiro recuo: o adiamento da decisão e o anúncio de que nova audiência pública seria realizada. Em agosto, o segundo sinal foi dado.

Contrariando declarações dadas dois meses antes, a chefe do Núcleo de Notificação da Anvisa, Maria Eugenia Cury, anunciou a revisão do parecer da equipe técnica. Nessa nova versão, a equipe mantinha a recomendação da proibição dos derivados de anfetamina, mas aconselhava a permanência da sibutramina no mercado, desde que respeitadas determinadas condições.

O remédio somente pode ser vendido mediante a apresentação de um termo de informação, em três vias, assinado pelo médico e paciente. Fabricantes teriam ainda de criar um sistema de vigilância para identificar todos problemas relacionados ao medicamento. Além disso, o sistema de vigilância da Anvisa para reações adversas ao medicamento seria ampliado. Ao anunciar a revisão do posicionamento, Maria Eugênia não apresentou justificativa. Afirmou apenas que a decisão era técnica.

A nova proposta foi duramente repudiada pela Cateme, que preparou um novo documento reforçando a necessidade da retirada da sibutramina no mercado. O principal argumento era o resultado do estudo Scout, feito em 2009 com 10 mil pacientes a pedido do próprio fabricante do remédio, Abott. O trabalho demonstrou que pacientes obesos que usavam a droga apresentavam um risco aumentado de problemas cardíacos e derrame.

Diretores da Anvisa tiveram dois documentos para analisar: a recomendação da Cateme e o parecer técnico, preparado pela equipe da Anvisa. Prevaleceu o relatório revisto da agência. A sibutramina terá de ser vendida sob rígidas condições e, dentro de um ano, será feita uma revisão sobre o impacto da manutenção do medicamento no mercado.

Desde 2010, a sibutramina está proibida na União Europeia, Estados Unidos, Canadá, Austrália, Uruguai, Paraguai e México. Toda discussão em torno de emagrecedores teve início depois da apresentação dos resultados do estudo Scout. Em março de 2010, diante das notícias de que a sibutramina aumentava o risco de problemas cardiovasculares, a Anvisa apertou o cerco para a venda do remédio e determinou que a venda do produto somente poderia ser feita com receita especial (azul). Com essa determinação, houve queda de 32% na prescrição da sibutramina - de 2,95 milhões de receitas para 1,99 milhão, no período de um ano (abril de 2010 a abril de 2011).

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