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Por volta das 9h desta sexta-feira (12), o Pastor Silas Malafaia utilizou sua página no twitter para convocar a população a acompanhar o tuiter ‘bombástico’ que seria postado ao meio dia. Ele considerou que seriam dois posts quentíssimos e indefensáveis. 

No horário anunciado, o líder religioso postou o seguinte: “O ativismo gay quer acabar com a comemoração do dia dos pais e das mães nas escolas. O maior financiador deles é o gov Dilma, vergonha!”, publicou. 

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No tuiter seguinte, o pastor respaldou a primeira afirmação ao dizer “O que acabo de postar já está acontecendo em várias escolas. A minha questão com eles é ideológica, querem desconstruir a heteronormatividade”, concluiu Malafaia. 

Ainda no microblog, o perfil de Dilma Bolada disseminou a hashtag MenosÓdio Malafaia, seguido da publicação: "Jesus deixou uma mensagem de amor, esperança e fraternidade para o mundo e não ódio e intolerância como você prega!”. Em outro publicação ela informou que, em 47 minutos, haviam mais de 23 mil tweets com a tag #Menos ódio Malafaia. 

A última mensagem publicada por Malafaia declarou que ele vai continuar divulgando seus posicionamentos, independente da opinião da maioria. “Só pra quem entende: A voz profética não tem compromisso com a opinião da maioria, se estão gostando ou não do que fala. Vou continuar!”, cravou o religioso. 

O pastor Silas Malafaia e o senador Magno Malta (PMDB-ES) prometeram nesta terça-feira(4) aproveitar uma marcha religiosa que será realizada nesta quarta (5), em frente ao Congresso Nacional para protestar contra a indicação do advogado Luís Roberto Barroso para ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). De passagem pelo Senado na tarde desta terça, Malafaia avisou que Barroso não terá "refresco". A maior queixa dos evangélicos em relação a Barroso diz respeito à atuação do advogado na defesa no próprio Supremo de ações que permitiram a união civil homoafetiva e o aborto de fetos anencéfalos.

A sabatina de Barroso na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado está marcada para começar no final da manhã. No mesmo dia, entretanto, a Esplanada dos Ministério receberá, a "manifestação em defesa da família tradicional, da vida, da liberdade de expressão e religiosa". Segundo Malafaia, o evento deve reunir pelo menos 100 mil pessoas, com ato em frente ao Congresso marcado para as 15 horas.

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"Se nos Estados Unidos ou na Europa um camarada que é candidato ao Supremo abre a boca para falar o que ele está falando, ele não era nada", afirmou Silas Malafaia, um dos organizadores do protesto, que chamou o indicado de "falastrão" e o acusou de "rasgar" a Constituição. "Ele (Barroso) disse que é a favor do aborto, de casamento homoafetivo. Estou achando que isso é critério para ir para lá", ironizou Magno Malta.

Malafaia insinuou que a ida de Barroso ao Supremo tem por objetivo fazer um contraponto ao presidente da Corte, ministro Joaquim Barbosa. "Estou desconfiado que ele está sendo também indicado como uma tentativa do politicamente correto se contrapor ao presidente do Supremo, que é um cara muito popular", disse. "Isto é, todo lixo moral que muita gente apoia, ele (Barroso) apoia também".

O senador capixaba, que destacou ter posições "absolutamente" contrárias ao do indicado para o STF, não quis opinar se a CCJ vai rejeitar o nome de Barroso. "Ali é um colegiado que tem que votar. Eu tenho minha posição formada e o voto é secreto", disse.

Homofobia

A dupla também criticou a intenção do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), de acelerar a tramitação de um projeto de lei que criminaliza a homofobia. A proposta, que atualmente está na Comissão de Direitos Humanos, tendo o senador Paulo Paim (PT-RS) como relator, pretende criar uma lei própria para quem comete crimes de ódio e intolerância "por discriminação ou preconceito de identidade de gênero, orientação sexual, idade, deficiência ou motivo assemelhado".

"Isso é uma brincadeira de mau gosto. Nem me passa pela cabeça que o presidente Renan cometerá uma atrocidade dessa maneira violando direitos da sociedade, regimento interno e acima de tudo desrespeitando o senador (Paulo) Paim e a nós todos que queremos discutir essa matéria", criticou Malta. "Não acredito que ele seja tão inconsequente assim", completou Malafaia, ao sugerir que a decisão do presidente do Senado busca "agradar" o público participante da Parada Gay, ocorrida em São Paulo no final de semana.

Presidente da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, o pastor Silas Malafaia revelou nesta terça-feira que o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, com quem conversou na tarde de sábado passado, afirmou estar decidido a disputar a Presidência da República. Segundo Malafaia, Campos disse não aceitar interferências em seu partido, o PSB.

"O governador Eduardo Campos disse: 'eu vou ser candidato a presidente da República e ninguém vai dizer o que meu partido deve ou não deve fazer, se deve ou não deve ter candidato'. Disse em alto e bom som", contou o pastor em entrevista por telefone.

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A pressão para a saída do pastor Marco Feliciano (PSC-SP) da presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara foi um dos assuntos tratados no encontro reservado, em um hotel da Barra da Tijuca (zona oeste). Segundo Malafaia, Campos disse não concordar com as ideias de Feliciano e que não votaria no deputado, acusado de racismo e homofobia, mas reconheceu que o parlamentar foi eleito "pelo povo e pelo colegiado". "Ele foi sincero, disse que é contra o Marco Feliciano, que está do outro lado, mas que o direito vale para todo mundo", afirmou Silas Malafaia.

Apresentador do programa de TV Vitória em Cristo e acostumado às brigas públicas com movimentos pela legalização do aborto e de defesa do casamento gay, Silas Malafaia apoiou o tucano José Serra nas eleições presidenciais de 2010. Nesta terça, elogiou Eduardo Campos, com quem conversou pela primeira vez, mas não se comprometeu em apoiar o socialista. "Ainda estamos cedo nesse processo", justificou. "O que eu tenho dito e repeti para o governador é que o PT radicaliza de tal forma que acaba levando os evangélicos a ficarem contra ele. Com José Genoino e João Paulo Cunha (deputados condenados no processo do mensalão) na Comissão de Constituição e Justiça, que moral tem o PT para falar de Feliciano na Comissão de Direitos Humanos?", questionou o líder evangélico.

Malafaia se mostrou satisfeito com a posição de Eduardo Campos contra o controle externo da mídia, cobrado pelo comando nacional do PT. "Ele disse que regulação de conteúdo é muito perigosa. Deixei claro que nós evangélicos estamos muito preocupados de cercearem nossa pregação, que defendo a liberdade de imprensa até para falarem mal de mim". Segundo o líder evangélico, temas como casamento gay e aborto não foram tocados. "Foi o primeiro encontro. Não vou impor uma agenda a ele, eu quis mais ouvir do que falar", resumiu.

Segundo Malafaia, o governador "acha que a inflação seis vezes maior que o crescimento do PIB é uma bomba relógio ligada". "Ele disse que não quer o caos no Brasil, que não trafega na torcida contra. Afirmou que muitas coisas boas estão sendo feitas, mas que ele pode fazer muito mais. É um cara preparado e não se apresenta como o Jesus Cristo, salvador da nação", disse o pastor. Os "municípios de pires na mão" e a "pior seca dos últimos anos no Nordeste" foram outros assuntos tratados, afirmou o líder evangélico.

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