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Caixas eletrônicos bancários, principalmente os ‘24 horas’, estão com pouco ou nenhum dinheiro no Recife e Região Metropolitana. O motivo é uma paralisação dos carros-fortes das empresas de vigilantes do Estado, organizada neste fim de semana por um grupo conhecido como Sindfort, que, segundo informações de trabalhadores do meio, estaria lutando para aumentar o salário da categoria e melhorar as condições de trabalho. Porém, o Sindicato dos Vigilantes de Pernambuco (Sindesv-PE) informou ao LeiaJá que não possui nenhuma relação com o ato e que não apoia a paralisação.

Representante do Sindesv-PE, Carlos Gomes de Melo disse que o grupo que organiza a paralisação está querendo tumultuar os vigilantes do Estado. Segundo ele, um acordo salarial de 12% já foi fechado junto com as empresas donas dos carros-fortes neste mês de abril, além do acréscimo de R$ 20 no vale alimentação dos trabalhadores. “A população acaba saindo prejudicada. Nós que somos um sindicato legal já conseguimos o reajuste”, completou Melo.

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De acordo com o advogado do sindicato patronal, Emanuel Correia, os trabalhadores estão até indo às empresas para cumprir a carga horária de serviço, mas quando tentam sair nos veículos, são intimidados e acabam voltando. “Alguns carros chegaram até a ser apedrejados. Esse sindicato não cumpre as ordens judiciais. Tem multa diária que já chega a R$ 100 mil, mas o Sindfort continua desrespeitando. É um sindicato novo e que não tem registro”, declarou Correia.

O advogado ainda detalhou que nenhum carro está saindo para fornecer dinheiro para os caixas eletrônicos. Segundo o advogado patronal, existem 165 carros-fortes, oriundos de cinco empresas, bem como mais de 600 vigilantes estão sendo impedidos de trabalhar pelo Sindfort.

LeiaJá tentou, até o fechamento desta matéria, entrar em contato com algum representante do Sindfort. Porém, o contato telefônico disponível não atendeu às nossas ligações.   

Profissionais de segurança privada, transporte de valores e escolta armada de Pernambuco estão realizando um protesto na manhã desta quinta-feira (14) em frente à sede do Ministério Público do Trabalho (MPT), no bairro do Espinheiro, Zona Norte do Recife. A categoria reivindica reajuste salarial de 20%, reajuste no ticket alimentação e fim do assédio moral.

O movimento é liderado pelo Sindicato dos Trabalhadores Vigilantes Empregados de Empresas de Transporte de Valores e Escola Armada do Estado de Pernambuco (Sindfort-PE). O Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Estado de Pernambuco (Sindesp-PE), que responde pela classe patronal, acusa o Sindfort-PE de não ter legitimidade e se recusa a negociar.

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De acordo com o Sindesp-PE, o Sindfort-PE é uma associação recente e ainda não possui status de sindicato. A categoria deveria, então, ser representada pelo Sindicato dos Vigilantes (Sindesv-PE).  A classe patronal alega ainda que concedeu um reajuste salarial de 12% retroativo a 1° de março. “Este é um dos maiores reajustes até agora no Brasil para a categoria de transporte de valores e demais segmentos”, comenta o advogado dos patrões, Emanuel Correia. 

O advogado do Sindesp-PE diz que o Sindfort-PE teria ficado revoltado por não participar das negociações salariais e começou a mobilizar paralisações. Na última segunda-feira (11), os profissionais fizeram um ato em frente à Preserve Segurança e Transporte de Valores e, na terça (12), protestou na sede da Prossegur. “As empresas, naturalmente, entraram com ações judiciais na Justiça do Trabalho”, explica Correia, relatando que veículos da companhia chegaram a ser destruídos durante os atos de protesto. As liminares foram concedidas determinando a garantia de que não haja obstrução de veículos circularem livremente, que trabalhadores não sejam coagidos a não ingressar nas bases e a possibilidade do acionamento da força policial. O sindicato também entrou com uma ação cautelar preparatória de abusividade do direito de greve. 

O LeiaJá tentou entrar em contato com o Sindfort-PE mas não obteve resposta. O MPT ainda não se posicionou sobre o fato. 

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