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O programa chinês para lançar uma missão para Marte em 2020 está em estado "muito avançado", declarou nesta quarta-feira seu principal responsável, enquanto o gigante asiático avança em seu ambicioso programa espacial.

A sonda levará a bordo 13 peças de exploração, entre elas seis veículos robotizados, informou a agência oficial de imprensa Xinhua.

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"O programa de exploração de Marte se encontra muito avançado", destacou o chefe da missão, Zhang Rongqiao.

"Os elementos transportados serão utilizados para reunir dados sobre o meio ambiente, a morfologia, a estrutura da superfície e da atmosfera de Marte", acrescentou.

Zhang falou no Fórum Internacional de Pequim sobre Exploração Lunar e do Espaço Profundo, que começou nesta quarta-feira.

O foguete "Longa Marcha 5" decolará do Centro de Lançamento Espacial de Wenchang, na província tropical de Hainan, segundo a Xinhua.

Uma vez que a sonda estiver na órbita marciana, após uma viagem de sete meses de duração, uma parte se separará dela e pousará em um ponto do hemisfério norte do Planeta Vermelho. Serão implementados, então os veículos para explorar a superfície.

Pequim considera seu bilionário programa espacial um símbolo da ascensão de seu poder e do êxito do Partido Comunista chinês nas mudanças que melhoraram a situação econômica de um país muito afetado pela pobreza.

Em julho, foi lançado com sucesso o "Longa Marcha 4B", transportando seu primeiro telescópio espacial de raios-X para estudar os buracos negros, os pulsares e as erupções de raios gama.

Além disso, em abril, a China pôs um laboratório em órbita, passo fundamental em direção ao seu objetivo de contar com uma estação espacial própria em 2022.

A Petrobras informou a morte da terceira das quatro vítimas da explosão ocorrida na última sexta-feira, 9, na sonda NS-32, instalada no campo de Marlim, na Bacia de Campos. Eduardo Aragão de Lima, de 33 anos, morreu a 0h20 deste domingo, 11. Ele estava internado em estado grave.

A vítima era funcionário da Odebrecht Óleo e Gás (OOG), empresa responsável pela operação da sonda.

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Na sexta-feira, morreu Ericson Nascimento de Freitas, de 29 anos. No dia seguinte, a Petrobras informou a morte de Jorge Luiz Damião, de 44 anos. Os dois eram funcionários da IMI, prestadora de serviços para a Odebrecht. Outro trabalhador, de nome não informado, teve ferimentos leves e recebeu alta hospitalizar no sábado, 10.

Em nota, a Petrobras informou que "autoridades competentes já foram notificadas e uma comissão foi formada para investigar as causas do acidente".

A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla original) confirmou que a sonda Schiaparelli, que deveria pousar em Marte nesta quarta-feira (19), ainda não enviou sinais. Sendo assim, os astrônomos não conseguem determinar se o módulo pousou com segurança ou se chocou contra o solo marciano.

"Fizemos dois voos sobre o planeta e não obtivemos sinais", afirmou em entrevista coletiva nesta quinta Andrea Accomazzo, gerente de naves espaciais da agência. A sonda em forma de disco de 577 kg serviria como teste de algumas tecnologias visando o lançamento de uma veículo motorizado em 2020. A iniciativa chamada de ExoMars é uma união entre a ESA e a Roscosmos, agência espacial russa. Nas próximas semanas, os 22 países membros da ESA deverão decidir se pagarão os 300 milhões de euros (R$ 1,043 milhão) necessários para a segunda parte da missão.

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Segundo a agência espacial, a sonda seguiu enviando sinais quando entrou na atmosfera do planeta e conseguiu abrir os paraquedas e o escudo térmico, programados para desacelerarem a nave, que caía a cerca de 21 mil km/h. No entanto, os propulsores, que também diminuiriam a velocidade da sonda, funcionaram por poucos segundos, tempo inferior ao estipulado. A sonda interrompeu a transmissão em torno de 50 segundos antes de tocar o solo. "Precisamos entender o que aconteceu nos últimos segundos antes do pouso planejado", declarou David Parker, diretor de voos espaciais tripulados e exploração robótica da ESA.

Apesar do corte de sinal, especialistas afirmam que a Schiaparelli conseguiu enviar aproximadamente de 600 megabytes de informação, o equivalente a 400 mil páginas. De acordo com Parker, "o experimento produziu um enorme montante de informações que iremos analisar nos próximos dias e semanas. Mas isso nos dá muita confiança sobre o futuro".

Apesar da dúvida sobre a Schiaparelli, a nave-mãe obteve sucesso em seu objetivo de entrar em órbita marciana. A Trace Gas Orbiter (TGO) irá vasculhar a atmosfera de Marte em busca de gases que comprovem a existência de vida. Lançadas em março deste ano de base no Casaquistão, a TGO e a Schiaparelli percorreram 500 milhões de quilômetros em sete meses de viagem.

Esta é a segunda tentativa europeia de enviar um robô ao solo de Marte. Em 2003, a Beagle 2, produzida por britânicos, também teve problemas na aterrissagem e não enviou respostas à Terra. Apenas a Agência Espacial Norte-americana (NASA) conseguiu um aterrissar de forma segura no Planeta Vermelho, com as sondas motorizadas Spirit, Oportunity, ambas com pouso em 2004, e Curiosity, que tocou o solo de Marte em 2012.

A Agência Espacial Europeia tenta, na tarde desta quarta-feira, 19, realizar pela primeira uma operação de pouso de uma sonda na superfície de Marte. Até hoje, todos os módulos de pouso que chegaram ao solo marciano com sucesso foram enviados pela Nasa, dos Estados Unidos.

Na missão ExoMars, da ESA, o pequeno módulo de pouso Schiaparelli se separou de sua nave-mãe Trace Gas Orbiter (TGO), no último domingo, 16, e estava programado para pousar em Marte nesta quarta por volta de meio-dia (horário de Brasília).

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Até agora, o módulo ainda não enviou sinais à Terra, mas os astrônomos da ESA afirmam que isso era esperado, já que a natureza do sinal é bastante tênue. O sucesso do pouso deverá ser confirmado nas próximas horas. A missão deverá detectar e identificar gases na atmosfera do planeta vermelho - incluindo traços de metano, que é um dos gases excretados até mesmo pelos menores e mais primitivos organismos vivos.

Mas o propósito central da ExoMars é mesmo testar as tecnologias de descida e pouso na superfície que deverão ser utilizadas na segunda fase da missão, que prevê o envio de um veículo de seis rodas a Marte em 2020. O veículo será capaz de escavar o solo marciano até a profundidade de dois metros, para buscar vestígios primitivos de vida no planeta.

A primeira tentativa da ESA para pousar um módulo em Marte fracassou, em 2003. A missão Mars Express enviou o módulo de pouso britânico Beagle 2 à superfície do planeta vizinho, mas ela perdeu a comunicação e nenhum dado foi enviado à Terra.

A operação de pouso é arriscada, já que nos últimos 121 quilômetros de descida, o módulo Schiaparelli, precisa reduzir a velocidade de 21 mil quilômetros por hora para apenas 10 quilômetros por hora em exíguos seis minutos. A temperatura durante a dramática descida é de cerca de 1500 graus Celsius.

Ao mesmo tempo em que o Schiaparelli fazia sua descida, a nave TGO realizou com sucesso a manobra de entrada na órbita de Marte, depois de percorrer 500 milhões de quilômetros em uma jornada que durou sete meses. A nave foi lançada em março, de uma base no Casaquistão.

"Várias tentativas de aterrissar em Marte falharam exatamente porque há uma longa cadeia de comandos que precisam ser executados sem a menor falha. Não pode haver nem um único elo fraco nesse encadeamento", disse o cientista francês François Forget, um dos responsáveis pela missão ExoMars.

Com cerca de 600 quilos, o módulo Schiaparelli pousará na Planície Meridiani. Um escudo térmico protegerá o módulo das altas temperaturas da entrada na atmosfera, a 121 quilômetros de altitude.

Quatro minutos depois, com a velocidade reduzida de 21 mil para 1.7 mil quilômetros por hora pelo atrito com a atmosfera, com o módulo a 11 quilômetros da superfície, um paraquedas supersônico será acionado. Quarenta segundos depois, o escudo térmico é ejetado e o paraquedas reduz a velocidade do Schiaparelli a 240 quilômetros por hora.

O paraquedas é então ejetado, junto com a cobertura traseira do módulo, que liga seus radares e ativa os propulsores, que reduzem a velocidade a 4 quilômetros por hora. A apenas dois metros da superfície, os propulsores são desligados e o módulo cai em queda livre sobre a superfície, a 10 quilômetros por hora.

Outros pousos

O primeiro módulo a ser enviado para pousar no planeta vermelho foi o Marte 2, da União Soviética, em 1971. Ele foi o primeiro objeto humano a tocar a superfície marciana, mas se espatifou contra ela. Os soviéticos tentaram realizar operações semelhantes novamente ainda em 1971, depois em 1973, mas todas fracassaram.

Soviéticos tentaram ainda sem sucesso enviar um módulo de pouso a Phobos, principal lua de Marte, em 1988. Em 2011, a Rússia, em parceria com a China, tentou mais uma vez pousar em Phobos, mas a nave nem mesmo saiu da órbita da Terra.

Já os americanos obtiveram sucesso em duas operações em 1975, com os módulos de pouso das naves Viking 1 e 2. Em 1996, a Nasa também foi bem sucedida com a missão Mars Pathfinder, que enviou à superfície do planeta o Sojourner, primeiro veículo a circular em solo marciano.

Em 2003, a Nasa enviou mais dois veículos no planeta, o Spirit e o Opportunity, cada um em um local diferente de Marte, ambos com sucesso. No mesmo ano, a missão de pouso da ESA fracassou.

Em 2011, os americanos enviaram ainda a Marte o veículo Curiosity, que está ativo até hoje. A única missão americana fracassada ao planeta vermelho foi a tentativa de envio do módulo de pouso Mars Polar Lander, em 1999, que perdeu o contato com a Terra. Ele provavelmente se espatifou na descida.

A missão da sonda europeia Rosetta, que termina nesta sexta-feira, é uma aventura espacial aprovada há 23 anos.

Esta viagem de 7,9 bilhões de km, repleta de obstáculos e surpresas, mobilizou 14 países europeus e os Estados Unidos por mais de duas décadas.

- Novembro de 1993: luz verde à Rosetta -

A missão Rosetta foi aprovada em novembro de 1993 pela Agência Espacial Europeia (ESA), que busca compreender as origens da vida na Terra analisando a poeira cometária. Decide-se fazê-lo 'in situ' através de um robô de exploração, batizado Philae.

- Março de 2004: objetivo 67P -

Mais de 10 anos depois do início do projeto, a sonda Rosetta é lançada no espaço a bordo de um foguete Ariane 5. Seu objetivo: o cometa 67P/Churiumov-Guerasimenko.

- 2005-2009: bilhar cósmico -

Para acelerar sua viagem, a Rosetta utilizará os campos de gravidade da Terra e de Marte. Realizará um verdadeiro jogo de "bilhar cósmico", propulsando-se graças ao efeito de "estilingue" da gravidade da Terra e de Marte. Se aproxima da Terra em março de 2005 e novembro de 2009, e de Marte em fevereiro de 2007.

- 2010: entre os asteroides -

Após roçar o asteroide Steins em 2008, a Rosetta sobrevoa em julho de 2010 o Lutetia, e registra mais de 400 imagens deste asteroide de cerca de 100 km de diâmetro, situado entre as órbitas de Marte e Júpiter.

- 2011-2014: longa hibernação -

A radiação solar é insuficiente para alimentar as baterias de seus equipamentos. Em junho de 2011, Rosetta, que se encontra a 800 milhões de km do Sol, é colocada em "coma artificial", uma hibernação de 957 dias que lhe permitirá poupar energia.

- Agosto de 2014: encontro com o cometa -

Em janeiro de 2014, a sonda desperta e retoma seu périplo em direção ao cometa. Graças aos seus 11 instrumentos de medida e de observação, começa a escanear sua superfície. Em 6 de agosto, a Rosetta, que percorreu um total de 7,9 bilhões de km, se coloca em órbita em volta do 67P para escoltá-lo no seu périplo em direção ao Sol.

- Novembro de 2014: Philae no cometa -

Após dez anos de viagem como passageiro da Rosetta, o pequeno módulo Philae pousa em novembro de 2014 no núcleo do cometa 67P, um marco na história da conquista espacial. Equipado com uma dezena de instrumentos de observação científica, o robô consegue trabalhar durante cerca de 60 horas, antes de desligar por falta de luz solar suficiente para carregar suas baterias.

- Junho de 2015: missão prolongada -

A ESA prolonga em junho de 2015 a missão Rosetta por nove meses, até o final de setembro de 2016.

O Philae desperta após sete meses de hibernação e se comunica várias vezes com a Rosetta. O oitavo e último contato é registrado em 9 de julho. Desde então, o robô laboratório permaneceu em silêncio.

- Agosto de 2015: perto do Sol -

Em agosto de 2015, quando o cometa 67P alcança seu periélio, ou seja, o ponto de sua órbita mais próximo ao Sol (186 milhões de km), a sonda se encontra na primeira fileira para observar os jorros de gás e poeira projetados pelo cometa.

- 2016: últimos contatos com Philae -

A sonda europeia, cujos painéis solares recebem cada vez menos luz, corta sua última comunicação com o pequeno robô com o objetivo de economizar potência. Em 2 de setembro de 2016, a menos de um mês do fim da sua missão, a Rosetta consegue, graças a sua câmera Osiris, localizar o Philae, cujo rastro tinha sido perdido desde a aterrizagem.

Câmeras da sonda espacial Rosetta localizaram o robô Philae pela primeira vez desde que ele pousou no cometa 67P, em novembro de 2014, informou nesta segunda-feira (5) a Agência Espacial Europeia.

"Menos de um mês antes do fim da missão, a câmera de alta resolução da Rosetta revelou o local em que Philae pousou, uma cratera escura do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko", informou a agência em um comunicado.

Cinco anos após o seu lançamento, a sonda Juno funciona bem e deve entrar na órbita de Júpiter no próximo dia 5 de julho, como previsto, para explorar os mistérios do maior planeta do Sistema Solar, informou a Nasa nesta quinta-feira.

A sonda de quatro toneladas, movida por energia solar, se encontra atualmente a menos de 14 milhões de quilômetros de seu destino, e efetuará uma série de voos a apenas 4.667 km da espessa camada nublada do gigante planeta gasoso, durante uma missão científica que durará 16 meses.

Os voos da Juno superarão o recorde de aproximação de 43.000 km de Júpiter, estabelecido pela sonda americana Pioneer 11, em 1974.

Durante os voos, os instrumentos da sonda penetrarão na espessa camada nublada de Júpiter para estudar as origens do planeta, suas estruturas, atmosfera e magnetosfera.

A Sete Brasil oficializou ontem (29) o pedido de recuperação judicial na Justiça do Rio de Janeiro e o governo federal consta como o maior credor da empresa, dono de dois terços da dívida total. Criada para gerenciar a construção das sondas do pré-sal, a companhia listou dívidas de R$ 18 bilhões, considerando a cotação do dólar de ontem. Cerca de R$ 12 bilhões estão concentrados em bancos estatais e fundos governamentais.

Se aceita pela Justiça, a recuperação da Sete será a maior da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, ganhando de OAS e Schahin. Estará também no topo da lista das maiores do País, próxima à OGX, de Eike Batista. Mas diferentemente de suas "colegas", que tinham as dívidas pulverizadas, na Sete Brasil, o passivo está superconcentrado em dois fundos governamentais e nos cinco maiores bancos do País.

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As instituições financeiras terão de reconhecer de uma vez só perdas bilionárias em seus balanços, caso não tenham feito preventivamente provisões em relação à Sete. O Banco do Brasil é o maior credor entre os bancos com um passivo de R$ 3,58 bilhões. É seguido pelo Itaú BBA, com R$ 1,93 bilhão. A Caixa vem na sequência com R$ 1,58 bilhão. O Bradesco tem R$ 1,42 bilhão e o Santander R$ 429 milhões.

Além dos dois bancos estatais, os dois fundos ligados ao governo que estão na relação de credores são: o FI-FGTS, que emprestou R$ 2,52 bilhões, e o FGCN (Fundo Garantidor da Construção Naval), que garantiu e pagou R$ 4,48 bilhões aos bancos. Na lista de credores, ainda consta um empréstimo intercompanhia de R$ 1,8 bilhão.

Com credores tão concentrados, a opção da recuperação judicial se deu por causa da Petrobrás, segundo fontes graduadas, próximas a acionistas da Sete. Desde o ano passado, tem-se tentado chegar a um acordo com a estatal, sem sucesso. Para a Petrobrás, com o preço do petróleo na faixa dos US$ 40, as 28 sondas que contratou com a Sete ficaram caras demais. A Petrobrás não poderá ser forçada a fazer um acordo na Justiça, mas finalmente terá de se decidir, segundo a fonte.

Uma das propostas que no ano passado ganhou força foi a redução do número de sondas de 28 para 19 e uma renegociação dos contratos. Na reta final das negociações, no entanto, não se chegou a um acordo.

De acordo com os documentos do processo de recuperação, a Sete está responsabilizando a Petrobrás, que detém 9,4% da empresa, pela "concepção, desenvolvimento e venda a investidores" do projeto de construção de sondas. Também diz que o empreendimento contava com a "promessa" do BNDES de um financiamento de R$ 9 bilhões, que depois foi negado quando a empresa foi envolvida na Lava Jato. A Sete se diz vítima do esquema de corrupção que levou à sua derrocada financeira. A elaboração do pedido de recuperação é coordenado pelo escritório de advocacia Sérgio Bermudes, do Rio. O processo envolve 5 subsidiárias da Sete, sendo 3 delas constituídas na Áustria. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Agência Espacial Europeia (ESA) assinou um contrato de 350 milhões de euros com a Airbus Defence and Space para construir Juice, uma sonda que vai estudar Júpiter e suas luas congeladas - anunciou o grupo nesta quarta-feira.

Juice (JUpiter ICy moons Explorer) deve ser lançada em 2022 por um foguete Ariane 5 da base aérea de Kourou (Guiana Francesa). Ela realizará em seguida uma viagem de sete anos e meio que lhe permitirá chegar ao sistema jupiteriano.

Juice é a primeira missão europeia destinada a Júpiter, o maior planeta do sistema solar.

A ESA havia anunciado em meados de julho que havia escolhido a Airbus Defence and Space (Airbus DS) como "contratante principal" para esta missão. O contrato foi oficialmente assinado em Toulouse (França).

A missão visa buscar possíveis mundos habitáveis ao redor deste gigante gasoso, explicou a Airbus DS, divisão do grupo Airbus, em comunicado. Juice examinará o sistema jupiteriano e suas luas congeladas concentrando-se particularmente em Europa, Ganimedes e Calisto, três satélites naturais que poderiam abrigar oceanos em sua superfície.

Uma vez na órbita de Júpiter em 2030, Juice realizará múltiplos sobrevoos durante três anos e meio. Depois, será colocada em órbita ao redor de Ganimedes. Com massa de 5,5 toneladas, Juice será alimentada por um gerador solar de 97 metros quadrados, o maior já realizado para uma missão interplanetária.

Como mestre de obras da sonda, a Airbus Defence and Space, número dois mundial do setor espacial, empregará 150 pessoas e dirigirá um consórcio composto por mais de 60 empresas. "A equipe de projeto da Airbus Defence and Space está trabalhando duro para entregar o primeiro equipamento até o verão de 2016", disse François Auque, CEO da Space Systems, em comunicado.

A sonda norte-americana Cassini passou nesta quarta-feira por um gêiser de gelo gigante de uma lua de Saturno, Enceladus, tentando confirmar uma atividade geotérmica de um oceano abaixo da superfície congelada e determinar se é possível a existência de vida por lá, segundo a Nasa.

A sonda fez um rasante no gêiser, localizado no polo Sul de Enceladus, a 49 km da superfície, por volta das 13h22 (de Brasília), explicou a agência espacial norte-americana, Nasa.

Os controladores da missão foram capazes de restabelecer a comunicação com Cassini no final da tarde de quarta-feira e devem começar a receber as imagens e outros dados coletados pelo instrumento durante o sobrevoo dentro de 24-48 horas.

Mas provavelmente levará meses antes que os cientistas apresentem os resultados detalhados, segundo a Nasa. Os pesquisadores esperam ter recolhido dados valiosos que podem informar sobre as atividades do oceano, incluindo hidrotermalismo, uma fonte essencial de calor para o surgimento da vida.

O primeiro objetivo deste sobrevoo era coletar novas informações "sobre a habitabilidade do oceano de Enceladus", especialmente as condições que possibilitariam a vida, como a confirmação da presença de moléculas de hidrogênio, explicou Linda Spilker, diretora científica da missão no Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa.

"A quantidade de moléculas de hidrogênio vai nos informar sobre o grau de atividade hipotermal e, assim, de energia, chave para a habitabilidade no fundo deste oceano", explicou.

Pesquisadores já haviam descoberto, analisando os dados coletados perto de Saturno, poeiras microscópicas de rocha, que são um marcador de uma atividade hidrotermal, no meio da lua Enceladus. Outro objetivo deste sobrevoo é compreender a composição química do gêiser, detectando novas partículas orgânicas.

Os instrumentos da Cassini já haviam, em uma passagem anterior por este gêiser, observado componentes orgânicos como o metano. Mas, disse Linda Spilker, a Cassini só pode detectar as condições para a vida existir, não as assinaturas da própria vida, como o DNA ou outras moléculas complexas.

Cassini foi, em 2004, a primeira sonda a entrar na órbita de Saturno, o que lhe permitiu explorar os anéis do planeta gigante. A missão, chamada Cassini-Huygens, foi um projeto comum da Nasa, da Agência Espacial Europeia (ESA) e da Agência Espacial Italiana ASI.

Após o sobrevoo de quarta, Cassini realizará uma última passagem perto de Enceladus em 19 de dezembro para examinar a quantidade de calor que se espalha no interior da lua.

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Plutão foi por muito tempo um ponto turvo para os terráqueos, mas uma nave espacial da Nasa conseguiu fornecer nesta quarta-feira (15) as primeiras imagens de alta resolução do distante planeta anão após uma histórica missão de aproximação.

A sonda não tripulada New Horizons passou a maior parte de terça-feira tirando fotografias e recolhendo dados de Plutão, quando passou apenas a 12,430 quilômetros da superfície após uma viagem de nove anos e 5 bilhões de quilômetros.

Estas imagens, que incluem dados coloridos do planeta anão e algumas de suas cinco luas, têm dez vezes mais detalhes do que se tinha até agora.

"Estamos enviando os primeiros dados para o computador 'lá embaixo'", escreveu a equipe da New Horizons no Twitter na manhã de quarta referindo-se a Canberra, Austrália, onde uma antena espacial começou a receber informações da nave.

Uma coletiva de imprensa será concedida às 16h (Brasília), quando os resultados serão divulgados. É a primeira vez, desde a missão Voyager 2 da Nasa que tocou Netuno em 1989, que uma nave visita um sistema planetário. E Plutão, que foi considerado durante muito tempo o planeta mais distante do sol até ser reclassificado como planeta anão em 2006, nunca havia sido explorado.

O clímax da missão New Horizons ocorreu na terça-feira às 8h40, quando a nave de 700 milhões de dólares do tamanho de um piano se aproximou da superfície de Plutão como o planejado: a mesma distância que separa Nova York de Mumbai, na Índia.

Mas as informações obtidas pelo sonda estão apenas começando a chegar à Terra. O investigador principal da missão, Alan Stern, disse que os cientistas esperam "uma avalanche de dados de 16 meses", que é o tempo que vai demorar para obter todas as informações.

- Corações e crateras -

A nave é propulsionada por energia nuclear e está equipada com sete instrumentos científicos para coletar dados sobre a geologia de Plutão e sua atmosfera. O que se sabe até agora sobre Plutão provavelmente caberia em um par de páginas, disse Stern. Mas com os dados que serão enviados pela New Horizons, se tudo correr bem, será possível escrever textos inteiros sobre este misterioso corpo celeste.

Por enquanto, a missão pioneira da Nasa conseguiu confirmar a existência de uma camada de gelo polar em Plutão e descobriu nitrogênio escapando de sua atmosfera. Até agora, uma série de fotos da sonda revelou que o planeta anão tem uma superfície cheia de curiosidades: de uma imagem escura com forma de baleia até uma silhueta clara e brilhante que se parece com um coração.

"Mas ainda não sabemos exatamente o que é esta forma de coração", afirmou Cathy Olkin, pesquisadora-adjunta do projeto. "Nós observamos crateras na superfície e teremos imagens de alta resolução da região".

Também descobriram que Plutão é um pouco maior do que se pensava: o planeta tem um raio de 1.185 quilômetros. As imagens enviadas pela sonda até agora são mil vezes mais detalhadas do que pode ser alcançado mesmo com os melhores telescópios na Terra.

"Em 24 horas, a qualidade da resolução de nossas imagens vai passar de 15 quilômetros por pixel, para menos de 100 metros por pixel", afirmou Cathy Olkin, pesquisadora-adjunta do projeto. "Veremos quão altas são as montanhas e quão baixos são os vales".

De acordo com John Grunsfeld, administrador adjunto da missão científica da Nasa, conhecer detalhes sobre Plutão tem captado a atenção do público porque revela notícias sobre a origem da Terra e gera mais perguntas, como, por exemplo, se a vida extraterrestre é possível.

"O sistema de Plutão é um fóssil dos primórdios do sistema solar", disse Grunsfeld. "Agora sabemos de onde viemos (...) Isto abre um novo campo na exploração".

Após mais de nove anos de viagem e 5 bilhões de quilômetros, a sonda New Horizons começa a se aproximar de Plutão nesta terça-feira - um momento único para conhecer mais sobre o pequeno planeta, que permanece um mistério para os cientistas.

"Parece ficção científica, mas não é: na manhã de terça-feira a New Horizons vai sobrevoar Plutão de muito perto", comemorou Alan Stern, um dos principais engenheiros que trabalham no projeto de 700 milhões de dólares.

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Os pesquisadores tiveram que ser pacientes: enviada em janeiro de 2006, a New Horizons, a sonda mais rápida já enviada ao espaço, finalmente chegou ao ponto mais próximo de Plutão. Mas como ela circula em alta velocidade, cerca de 49.000 km/h, a pequena sonda, do tamanho de um piano, não vai poder parar e ficar em órbita ao redor do planeta anão.

Ela vai apenas tocar em Plutão, passando a cerca de 12 mil quilômetros, e durante uma janela de algumas horas poderá obter o máximo de imagens e informações sobre o planeta, sobre o qual não se sabe ainda muita coisa. A sonda vai continuar, a seguir, a observar o cinturão de Kuiper, uma vasta área repleta de pequenos corpos ao longo de toda a órbita de Netuno.

A New Horizons vai chegar no ponto mais próximo de Plutão na terça-feira às 8h49 (de Brasília), mas a sonda já tem enviado imagens e impressões ao longo de sua aproximação, há varias semanas.

"O que nós recebemos da sonda é inacreditável, vai além dos nossos sonhos mais loucos", comentou Stern, explicando que as imagens do planeta anão esperadas para os próximos dias serão cada vez mais precisas.

"Em 24 horas, a qualidade da resolução de nossas imagens vai passar de 15 quilômetros por pixel, para menos de 100 metros por pixel", afirmou. "Pra se ter ideia do nível de precisão das imagens, se o Central Park estivesse em Plutão, a qualidade de nossas imagens nos permitiria observar as lagoas do parque".

- Efeito de miragem -

"Pela primeira vez na história da humanidade nós vamos passar atrás de Plutão e faremos imagens do outro lado", acrescentou Leslie Young, responsável pela planificação exata da missão.

As informações enviadas nos últimos dias também permitiram que os investigadores fizessem algumas descobertas sobre a superfície do planeta anão.

"Nós aprendemos nas últimas 48 horas, por exemplo, que há fuga de nitrogênio da atmosfera de Plutão e que e há camadas de gelo nos polos. Nós nem imaginávamos que conseguiríamos obter este tipo de dado tão cedo", notou Stern.

"E nós também descobrimos que Plutão é um pouco maior do que pensávamos: o planeta tem um raio de 1.185 quilômetros, mais ou menos 10 quilômetros", explicou o cientista. "Até lá nossos dados estavam imprecisos, porque a atmosfera de Plutão é muito densa para criar um efeito de miragem que não nos permitia ser tão precisos".

A sonda dispõe de sete instrumentos de medição de alta performance. Ela vai escanear a superfície de Plutão, analisar a composição de sua atmosfera, sua geologia, recolher a temperatura de sua superfície e fotografar".

Infelizmente, a sonda não poderá se comunicar ao mesmo tempo em que faz as análises. Os pesquisadores da Nasa ainda deverão esperar para começar a receber as preciosas informações coletadas pela New Horizons.

A Nasa acredita também que há um risco sobre 10.000 de que a sonda esbarre num detrito ao redor de Plutão e que ela perca tudo: "isso não tira meu sono", contou Stern. "Mas é claro que no final do dia amanhã, estaremos um pouco estressados".

Os primeiros elementos coletados devem chegar ao centro de controle da missão em Laurel, nos arredores de Washington, na noite de terça-feira. Depois, serão necessários ao menos seis meses para transmitir o material coletado - o teste de paciência ainda não acabou.

O robô Philae, que pousou em um cometa em novembro do ano passado, fez contato com a Terra após sete meses de silêncio, anunciou neste domingo a Agência Espacial Europeia. O robô se tornou o primeiro artefato produzido pelo homem a pousar na superfície de um cometa, mas acabou se fixando em uma área com sombra. Como resultado, suas baterias solares se descarregaram após cerca de 60 horas e o robô foi forçado a desligar seus sistemas.

Cientistas esperavam que Philae despertasse assim que o cometa se aproximasse do sol, já que os painéis solares poderiam absorver luz suficiente para recarregar a bateria principal do robô. No sábado, às 17h28 (horário de Brasília), Philae enviou um sinal para a Terra.

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"Não estou surpreso que isso tenha acontecido, mas se você espera vários meses e, no meio da noite, recebe uma ligação dizendo 'nós temos um sinal de Philae', isso é animador", disse o gerente de projeto do Centro Aeroespacial Alemão (DLR), Stephan Ulamec. "Estamos muito felizes."

A breve comunicação com a Terra continha 300 pacotes de dados, repassados pela Sonda Rosetta, que está orbitando o cometa. "Só recebemos dados por cerca de 85 segundos. São dados do sistema do robô", disse Ulamec. Mas foram suficientes para mostrar aos cientistas que Philae está em boas condições e recebendo luz para se manter em contato.

Segundo Ulamec, o robô parece ter despertado vários dias antes de ter enviado o sinal. Agora, cientistas esperam alterar a órbita da sonda Rosetta para que o link com o robô dure mais tempo e seja possível enviar comandos da Terra para que ele realize novas medições. Uma nova oportunidade de comunicação com Philae deveria ocorrer ainda no domingo, disse Ulamec.

Cientistas também pretendem determinar o local em que o robô pousou no cometa de 4 quilômetros de largura. Até agora, o local exato do pouso é um mistério.

Em 13 de agosto, Philae deve atingir o ponto mais próximo do sol, antes de começar a se afastar novamente. Para Ulamec, o robô deve receber luz suficiente para operar até outubro, quando se desligará novamente, possivelmente para sempre. Fonte: Associated Press.

Uma aeronave da Nasa que circula por Marte detectou uma poeira misteriosa e uma aurora vibrante, ambos fenômenos inesperados no planeta vizinho à Terra - disseram pesquisadores nesta quarta-feira.

A sonda da Nasa MAVEN (Mars Atmosphere and Volatile Evolution, em inglês) detectou a presença de uma aurora - conhecida na Terra como aurora boreal - em dezembro, e ganharam o apelido de "luzes de Natal", segundo comunicado divulgado pela agência espacial, que apresentou as descobertas numa conferência de astronomia no Texas.

"Durante cinco dias, pouco antes de 25 de dezembro, a MAVEN viu um brilho de aurora ultravioleta abrangendo o hemisfério norte", disse o comunicado.

O fenômeno da aurora ocorre quando tempestades geomagnéticas desencadeadas por erupções no Sol provocam choques entre partículas energéticas - como os elétrons - com a atmosfera, fazendo com que o gás brilhe.

"O que é especialmente surpreendente sobre a aurora observada é como ela ocorre numa área profunda da atmosfera - muito mais profunda do que na Terra ou em outros lugares de Marte", disse Arnaud Stiepen, membro da equipe de Espectrografia e Imagem Ultravioleta da Universidade do Colorado. "Os elétrons que produzem esta aurora devem ser muito energéticos".

Especialistas acreditam que a fonte das partículas energéticas da aurora de Marte é o Sol, porque o instrumento utilizado pela sonda MAVEN "detectou um grande aumento de elétrons energéticos no início da aurora", afirmou a Nasa.

Como Marte perdeu o campo magnético protetor há bilhões de anos atrás, as partículas solares podem atingir diretamente a atmosfera e penetrar profundamente. Com a ajuda da sonda MAVEN, os cientistas também observaram uma nuvem de poeira incomum cerca de 150 quilômetros acima da superfície do planeta vermelho.

A origem da poeira é desconhecida, assim como seu conteúdo e permanência. "Possíveis fontes para a poeira observada incluem poeira que subiu da atmosfera; poeira proveniente de Phobos e Deimos, as duas luas de Marte; pó se movendo no vento solar para longe do Sol; ou detritos de cometas que orbitam o Sol", afirmou a Nasa.

"Nenhum processo conhecido em Marte pode explicar o aparecimento de poeira nos locais observados a partir de qualquer uma destas fontes". As descobertas foram apresentadas na 46ª Conferencia de Ciência Lunar e Planetária em Woodlands, no estado norte-americano do Texas.

A sonda MAVEN foi lançada em direção a Marte em novembro de 2013, em missão para estudar como o planeta perdeu a maior parte de sua água e atmosfera. A sonda não tripulada está no quarto mês de sua missão de um ano.

A sonda Philae completou sua missão principal de explorar a superfície do cometa e enviou muitos dados antes de suas baterias esgotarem, informou a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) neste sábado. "Todos os nossos instrumentos puderam ser operados e agora é hora de ver o que temos", disse o gerente da missão, Stephan Ulamec, segundo o blog da agência.

Desde que aterrissou na quarta-feira no cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko a cerca de 500 milhões de quilômetros da Terra, a sonda tem realizado uma série de testes científicos e enviado conjuntos de dados, incluindo fotos, para a Terra. Além disso, a sonda foi levantada na sexta-feira em cerca de 4 centímetros e virada em cerca de 35 graus, em um esforço para puxá-la para fora de uma sombra, de modo que os painéis solares possam recarregar as baterias, disse o blog da ESA.

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O porta-voz da ESA Bernard von Weyhe confirmou no sábado a difícil operação de rotação da sonda. Ainda não está claro se foi possível colocar os painéis solares para fora da sombra. Mesmo que a sonda tenha sido virada com sucesso e consiga recarregar as baterias com luz solar, pode demorar semanas ou meses até que nova comunicação. O monitoramento por sinais vai continuar, mas agência não marcou nenhum novo anúncio à imprensa neste sábado.

O centro de controle de missão da ESA em Darmstadt, na Alemanha, recebeu os últimos sinais da Philae no sábado às 0h36 GMT (22h36 de sexta-feira no horário de Brasília). Antes de o sinal morrer, a sonda enviou todos os seus dados internos, bem como dados científicos de experimentos na superfície - o que significa que concluiu as medidas como planejado, conforme o blog da ESA.

Durante um esforço de escuta agendado para sábado, às 10h GMT (8h de Brasília), a ESA recebeu nenhum sinal da Philae, disse o chefe da missão, Paolo Ferri. Agora cabe à equipe de cientistas avaliar os dados e descobrir se os experimentos tiveram êxito - especialmente uma operação complexa na sexta-feira na qual a sonda recebeu comandos para perfurar um buraco de 25 centímetros no cometa e puxar uma amostra para análise.

A sonda já retornou imagens da superfície do cometa que mostram que "é coberto por poeira e detritos de tamanhos que vão desde milímetros até metros", enquanto "imagens panorâmicas mostraram paredes com camadas de material mais duro", disse o blog da ESA. Além de analisar os novos dados, os cientistas também tentam encontrar o local exato onde a Philae pousou na quarta-feira. "A procura pelo local de destino final de Philae continua, com as imagens de alta resolução da sonda sendo examinadas de perto", apontou o blog. Fonte: Associated Press.

A sonda espacial indiana que ingressou na órbita de Marte nesta quarta-feira enviou suas primeiras imagens, na qual se observa a superfície do Planeta Vermelho, repleta de crateras, informou a agência espacial indiana, ISRO.

A ISRO enviou uma das imagens, tiradas de uma altura de 7.300 quilômetros, a sua página no Facebook, que mostra crateras sobre uma superfície de cor alaranjada. "A vista daqui é muito bonita", afirma a legenda da foto publicada também no Twitter.

Um funcionário da ISRO confirmou à AFP a recepção com êxito de várias imagens, enquanto um porta-voz da agência governamental disse que a sonda funcionava corretamente.

A Índia se converteu no primeiro país asiático a alcançar Marte na quarta-feira, quando a sonda não tripulada Mangalyaan entrou na órbita do planeta vermelho após uma viagem de 10 meses. A missão tem por objetivo buscar sinais de vida no planeta.

Com um orçamento de 74 milhões de dólares, a missão indiana custou apenas uma pequena parte do que representou a sonda MAVEN da Nasa americana (671 milhões de dólares), que alcançou a órbita marciana com sucesso no último domingo.

Até agora, apenas Estados Unidos, Rússia e Europa conseguiram concretizar este feito.

A sonda não tripulada Rosetta chegou ao seu cometa de destino nesta quarta-feira (6), após uma viagem de 6,4 bilhões de quilômetros pelo espaço que durou mais de uma década. A sonda europeia vai circular a órbita do corpo celeste e estudar a formação gigantesca de poeira e gelo, enquanto giram em torno do sol. Se tudo der certo, a Rosetta deve pousar no cometa nos próximos meses.

A sonda encontrou o 67P/Churyumov-Gerasimenko, como planejado, em algum lugar entre as órbitas de Marte e Jupiter. A incrível viagem, lançada no dia 02 de março de 2004, marca uma revolução no esforço humano para entender os corpos celestes que estão constantemente marcando o céu terrestre.

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Enquanto a lua, Marte e mesmo asteroides já foram visitados por objetos feitos pelo homem, esta é a primeira vez que uma nave humana chegou perto de um cometa. A sonda Rosetta vai além e deve lançar um veículo para a superfície do 67P, uma manobra planejada para novembro.

A sonda europeia agora vai passar vários meses observando o cometa de uma distância segura, cerca de 100 quilômetros acima de sua superfície. Isso vai dar aos cientistas tempo para encontrarem o melhor lugar para o pouso. Esse passo será crucial na missão, já que eles terão uma única chance lançar o veículo até o corpo do cometa.

No entanto, mesmo que o pouso na superfície do 67P falhe, a sonda vai continuar orbitando o corpo celeste pelo menos até o fim de 2015, coletando informações com seus sensores. Na medida em que se aproximar do sol, o cometa começará a descongelar e a soltar a nuvem de poeira e fumaça que causa o fenômeno conhecido como estrelas cadentes.

Os cientistas esperam que o projeto 1,3 bilhões de euros ajude a esclarecer questões sobre a origem dos cometas, das estrelas, dos planetas ou atém mesmo da vida na Terra. Fonte: Associated Press.

A Sete Brasil informou nesta sexta-feira, 24, que a encomenda da sonda de perfuração para águas ultraprofundas que, em 2012, estava em negociação para construção no estaleiro da OSX passou ao estaleiro Jurong Aracruz (ES) - e não ao Atlântico Sul (EAS, PE), conforme informado em coletiva de imprensa realizada na quarta-feira.

O EAS mantém uma encomenda total de sete sondas, prevista desde o início. Já o Jurong, que anteriormente tinha seis sondas a serem construídas, agora tem sete.

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A Sete Brasil tinha em 2012 em seu portfólio 30 sondas para construção em seis estaleiros, sendo 28 fechadas com cinco estaleiros (EAS, Brasfels, Paraguaçu, Jurong e Rio Grande) e duas extras que eram negociadas, ainda sem contrato, com o estaleiro da OSX.

Após as dificuldades sofridas pelo Grupo de Eike Batista, foi eliminada uma das sondas do portfólio da gestora, que passou a prever 29, em vez de 30. A segunda sonda que também que era negociada para ser construída no estaleiro da OSX passou ao estaleiro Jurong.

Dessa forma, as 29 sondas estão distribuídas entre EAS (7), Brasfels (6), Paraguaçu (6), Jurong (7) e Rio Grande (3). Dessas, depois de prontas, 28 têm contrato de afretamento com a Petrobras e uma - a que será construída pelo Jurong - permanece sem contrato, ficando disponível para ser negociada no futuro com alguma petroleira.

A sétima sonda do Jurong, apesar de ainda não ter destino, passou à frente no cronograma de entrega, que tem alguma flexibilidade dentro da Sete Brasil e pode variar de acordo com o andamento de cada estaleiro. A última das 29 sondas a serem entregues virá do EAS. O cronograma prevê conclusão de todas entre 2015 e 2020.

Uma das grandes promessas da Petrobras no pré-sal, o poço de Carcará, no bloco BM-S-8, na Bacia de Santos, pode sofrer atraso de até oito meses na fase de perfuração do poço de extensão, depois de problemas operacionais com uma sonda de perfuração informados nesta quinta-feira (23), ao mercado. A Petrobras, no entanto, manteve a previsão de produção do primeiro óleo para o fim de 2018, segundo informou a Queiroz Galvão Exploração e Produção (QGEP), sócia minoritária.

A Petrobras é operadora do consórcio (66%) em parceria com a Petrogal Brasil (14%), Barra Energia do Brasil Petróleo e Gás Ltda. (10%) e QGEP (10%). A QGEP informou em nota ao mercado que o poço de extensão foi abandonado devido a problemas operacionais durante a perfuração. Os trabalhos serão retomados com uma sonda que tenha equipamento específico de segurança, que resiste a pressão em grandes profundidades.

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O dispositivo está sendo exigido pela Petrobras para vários de seus poços com alta profundidade, em medida adicional de segurança estabelecida internamente. O equipamento, no entanto, só chegará em meados de 2014.

A Petrobras havia dividido a perfuração em duas partes, de forma a adiantar a perfuração no pós-sal com uma sonda comum, enquanto aguardava o máquinário necessário para o pré-sal. O problema operacional divulgado nesta quinta ao mercado aconteceu na primeira fase.

A operadora poderá substituir a sonda e continuar adiantando a perfuração ou esperar para empregar apenas a sonda que já disponha de equipamento de segurança. A QGEP informou que a segunda fase deve ser iniciada no quarto trimestre de 2014 e que a conclusão da perfuração e do teste de longa duração no poço de extensão ocorrerá em meados de 2015. O primeiro óleo está previsto para o fim de 2018.

Não é a primeira vez que o poço é abandonado. Em janeiro de 2013, a Petrobras informou que, também por questões operacionais, não foi possível atingir a profundidade final, prevista originalmente para 7 mil metros, e executar os trabalhos complementares de avaliação. O poço foi retomado posteriormente.

A Sete Brasil celebra nesta quarta-feira (22) a chegada no Brasil do casco da primeira sonda para o pré-sal a ser montada no País. O casco da sonda "Urca" veio de Cingapura e a partir de agora receberá a montagem de partes da estrutura superior, já em fabricação no Brasil, no estaleiro Brasfels, da Keppel Offshore. O evento acontece no estaleiro da Keppel, em Angra dos Reis. A Sete tem 29 sondas em seu portfólio, sendo 28 com contrato de afretamento para a Petrobras. O investimento total é de US$ 25,6 bilhões.

Apesar de ser a primeira a iniciar a montagem no Brasil, esta é a segunda sonda no cronograma de entrega da Sete Brasil. A Urca está prevista para ficar pronta em dezembro de 2015, com início de contrato com a Petrobras em meados de 2016. A primeira sonda prevista a ser entregue, em junho de 2015, é a Arpoador, a ser feita pelo estaleiro Jurong.

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