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Em uma rápida pesquisa por dicionários on-line é possível descobrir que a palavra performance vem do verbo em inglês 'to perform', que significa realizar, executar ou efetivar. Não poderia haver termos mais exatos para explicar o Totem, grupo de performance criado em Olinda, Pernambuco, em 1988. Há exatas três décadas, o grupo vem experimentando, criando e multiplicando outras maneiras de fazer e vivenciar a arte.

Criado após a fusão de dois outros grupos de artes cênicas, o Trem Fantasma e o Totem, o grupo partiu em busca de uma expressão pouco difundida nos palcos e difderentes espaços cênicos. "Foi e ainda é difícil atualmente. A gente tem um pouco mais de espaço social e político no mundo das artes (hoje) pelo tempo que já trabalha e também tem uma nova geração que se interessa pelo trabalho da gente", diz Fred Nascimento, diretor e um dos fundadores do Totem. Ao lado de Lau Veríssimo, sua companheira, eles foram alguns dos precursores da performance em Pernambuco.

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Abrindo mão da linguagem teatral tradicional, o grupo passou a criar bebendo de várias fontes e fazendo uso de uma multilinguagem. "A origem da gente são as artes cênicas, mas encaramos a performance como ato criador." E essas criações, ao entrar em cena, acabam por se multiplicar em elementos formativos: "A gente tem esse lance que o público quando nos assiste, ou outros grupos também, está sendo educado para começar a entender um pouco esse tipo de arte que a gente faz. Já é um ato pedagógico", explica o diretor.  

Após 30 anos de estrada e cerca de 60 produções, o Totem continua com o mesmo frescor do início, mas ainda enfrentando certos percalços como a ocupação de teatros locais e participação em editais. A própria dificuldade em compreender a linguagem da performance ainda ameaça ser um dificultador do trabalho do grupo, porém os "atores performers" se ancoram nas "novas cabeças que chegaram", as novas gerações mais disponíveis e dispostas a consumir esta arte.

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Todo esse movimento desenvolvido pelo grupo ao longo das últimas décadas se traduz em sua própria motivação para criar, é ritual. O uso simultâneo de várias textualidades, a fusão entre linguagens, simultaneidade de cenas e ausência de elementos, por assim dizer, óbvios, dão ao Totem a personalidade de quem vivencia seus próprios ritos a despeito de qualquer condição. E é pensando nessa ritualidade que os performers têm criado suas obras: "A gente considera a própria performance como um ritual contemporâneo. E a gente tem estudado há muito tempo o teatro ritualístico, principalmente o vir a se tornar ator". Como Fred define, a busca do grupo é para que "cada apresentação seja também um ritual".  

Aniversário

Para celebrar os 30 anos do Totem, o grupo está preparando várias atividades.  A começar pela oficina Corpo Ritual, que será realizada pelo quarto ano, em agosto. Também em agosto estão previstos o lançamento de uma videoperformance, 'Geopoesis', e "uma festança, para comemorar dançando". Neste mês de maio, será realizada uma mostra de vídeos no festival A Porta Aberta, na Escola Municipal de Arte João Pernambuco, na Várzea; e, em julho, um minicurso de pedagogia da performance, entre os dias 23 e 27.

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A partir de hoje (28), os totens (unidades de autoatendimento) do Poupatempo - Guarulhos ganharam uma nova funcionalidade: a solicitação da 2ª via da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

Os totens foram disponibilizados para que o cidadão possa realizar serviços sem ter que passar pelas mesas de atendimento. Nas máquinas é possível realizar agendamentos para qualquer unidade do Poupatempo, tirar Atestado de Antecedentes Criminais e solicitar a CNH definitiva ou a segunda via do RG.

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O Poupatempo vai instalar mais 37 unidades de autoatendimento até o fim do ano, com horário de funcionamento das 10h às 22h, todas em locais públicos fora das unidades do Poupatempo. 

Estudantes, servidores e professores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) agora passam a contar com uma nova opção de segurança. O Campus Recife já conta com o Kule 360, totem que apresenta tecnologia por vídeomonitoramente, alarme, mapa do local, iluminação de LED, atendimento ao público, comunicação direta com a central de segurança, além de utilização de drone.

Instalado em frente ao Centro de Artes e Comunicação (CAC), o equipamento entrou em funcionamento nessa segunda-feira (8) e consegue monitorar a área que vai do Colégio de Aplicação até a Área 2, passando também pela Avenida dos Reitores. “Esse sistema de vídeomonitoramento tem uma dimensão tecnológica, ao mesmo tempo em que possibilita que nós trabalhemos de maneira prévia, cuidando para que não aconteçam problemas de violência ou qualquer tipo de coerção", explica o reitor da UFPE, Anísio Brasileiro, conforme informações da assessoria de imprensa.

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De acordo com a UFPE, a Superintendência de Segurança Institucional trabalhou junto com a BankSystem, empresa responsável pelo equipamento tecnológico. Segundo a Universidade, o totem deve oferecer informação integrada de várias tecnologias, iluminação e wi-fi. “A UFPE foi escolhida para o teste do Kule 360 por ser a universidade um local onde há um grande fluxo de pessoas, além de ser um centro de referência na área de tecnologia”, comentou o diretor executivo da Banksytem, Ricardo Danyalgil, segundo a Federal.

O superintendente de Segurança Institucional da UFPE, Armando Nascimento, adiantou que o equipamento não deve gerar custos para a Universidade.  “Esse é um protótipo. Se for aprovado, a Universidade vai certificar e a empresa vai colocar na linha de produção e o protótipo passa a ser de propriedade da Universidade, com custo zero”, explanou, conforme a assessoria.

Armando Nascimento já havia conversado com o LeiaJá sobre uma ferramenta interessante do Kule 360. O público, ao se sentir ameaçado, contará com um “botão de pânico”. Clique aqui e entenda na reportagem.

A tecnologia será uma das principais armas contra a violência na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A partir de junho, o Campus Recife da instituição de ensino terá um novo equipamento de segurança. Com dez metros de altura, o Kule 360 é um totem que busca juntar tecnologias de imagem, áudio e iluminação, bem como um drone e um ‘botão do pânico’.

O equipamento conta com 11 câmeras, iluminação de LED com alcance de 500 metros, além de recurso de áudio para captar e emitir sons. Um dos mecanismos mais curiosos, o botão de pânico, poderá ser acionado por qualquer pessoa em qualquer situação de perigo. De acordo com a Federal, o aparelho foi adaptar para ser compatível com o programa de gestão Security Center.

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“Se uma pessoa estiver andando no Campus e por alguma razão se sentir ameaçada, ela poderá se dirigir ao aparelho e apertar o botão de segurança. O Kule 360 é totalmente integrado com a central de seguranças”, explicou o superintendente de Segurança Institucional da UFPE, Armando Nascimento.

Segundo a UFPE, o totem ficará em uma área próxima ao Centro de Artes e Comunicação (CAC). O objetivo é que ele monitore o espaço que vai do Colégio de Aplicação (CAp) até a Área 2, bem como a Avenida dos Reitores deverá ser contemplada.

Produzido pela empresa pernambucana Banksystem, o Kule 360 será testado por 90 na Universidade sem custos. Sua produção rendeu a companhia pernambucana cerca de R$ 200 mil. Após as fases de testes, caso o aparelho seja aprovado, ele será doado à UFPE. Além disso, novas unidades poderão comprar o totem através de licitação a partir do momento que a máquina entra em linha de produção. “Havendo a aprovação e certificação do aparelho, ele será doado a Federal. Nós pretendemos adquirir outros através de licitações”, garantiu o superintendente.

A Escola Municipal de Arte João Pernambuco -  EMAJP promove, desta segunda (9) até a sexta (13), a mostra de artes cênicas A Porta Aberta. O evento faz homenagem ao grupo Totem e traz na programação convidados como o coletivo Zé Pelim, Poesis, Coletivo Loucura Roubada, Coletivo 4 Planos e o coletivo de fotografia Corpo Ritual, entre outros. Todas as atividades são abertas ao público.

O projeto A Porta Aberta – Ano 14.2 apresenta durante o evento trabalhos de teatro, dança e performance da própria EMAJP, e dos grupos e coletivos convidados. A abertura da mostra é realizada com o espetáculo infantil Chuva Chuvarada, sob a direção de Waldomiro Ribiero e Kedma Macêdo.

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Em seguida o Totem apresenta sua mais recente performance, Nem Tente, criada a partir de poemas de Charles Bukowski, um espetáculo performático com música ao vivo de livre improvisação. A noite de encerramento fica com a estreia da Ópera do Malandro, de Chico Buarque de Holanda, com o coletivo Zé Pelim, sob a direção de Waldomiro Ribeiro e Keline Macêdo. 

Confira aqui a programação na fanpage da Escola Municipal de Arte João Pernambuco.

Serviço

A Porta Aberta 

Segunda (9) a quinta (13)

Escola Municipal de Arte João Pernambuco (Av. Barão de Muribeca, 216 – Várzea)

Gratuito

(81) 3355 4092

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Cerca de duzentas pessoas estiveram na Torre Malakoff, no Bairro do Recife, neste sábado (29), para conferir Ímã, o terceiro espetáculo resultante da pesquisa A performance do humano: da pedra ao caos, promovida pelo grupo Totem. Nesta terceira etapa, o grupo se concentrou nos ritos de passagem, presentes em todas as sociedades, focando no casamento.   

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"Quem passa por um rito de passagem tem a expectativa de se tornar outra pessoa", afirma Fred Nascimento, diretor do grupo, explicando que "Nossa ideia central é que a performance é o rito contemporâneo". Na entrada, cada pessoa recebeu um ramo ornamental de trigo, entrando no clima ritualístico dos espetáculos do Totem desde a chegada.

Como de costume para o grupo, a música foi executada ao vivo por Fred Nascimento (percussão), Cecília Pires (flauta transversal) e Fred Lyra (guitarra), criando ambientações para as performances de Lau Veríssimo, Gabriela Holanda, Inaê Veríssimo, Juliana Nardin, Taína Veríssimo, Ronaldo Pereira, Tatiana Pedrosa, Gabi Cabral e Renato Feitosa.

Dividida em duas partes, Imã é uma alegoria sobre a atração entre as pessoas, polos opostos, e seus ritos para confirmar socialmente a condição de casal. A primeira parte é uma preparação para o casamento e o entendimento de sua condição ritual. O uso de imagens projetadas diretamente nas paredes da Torre Malakoff trazendo fotos de ritos de povos que conservam aspectos de sua cultura primitiva enriqueceu a performance, que teve como um ponto alto o momento em que três performers femininas realizam um balé para que uma vista a outra.

Na segunda parte, a mistura de teatro, dança, música e performance do Totem ganhou mais elemento especial: a realidade. Duas pessoas do elenco - Gabi Cabral e Renato Feitosa - realizaram um rito real de casamento. Ainda que existisse um roteiro e marcações de cena, a emoção do casal era visivelmente verdadeira. Juntos, eles construíram um totem peça a peça, e nele se casaram.

A cerimônia ritual se encerrou com uma marcha nupcial do casal por entre o público, que recebeu vasilhas com essência de flor de laranjeira para espirrar nos noivos. A dualidade alegoria/literariedade do casamento deu ao espetáculo uma riqueza expressiva maior, e uma beleza também. "Eu compartilhei alegria, foi um momento de troca", disse Gabi para o LeiaJá. Gabi e Renato estão juntos há cinco anos e meio e, durante o processo criativo de Ímã, decidiram morar juntos, daí surgiu a ideia de realizar seu "rito de passagem" como parte da performance.

"Não sou performer", avisa Renato, que participou pela primeira vez de um espetáculo do Totem. Ele explica que todo casamento é um evento público, e que, no palco, viveu algo verdadeiro. "É como concretizar o que você está sentindo", reflete o sociólogo. O casamento teve direito a festa particular depois da performance.

"Eles conseguiram prender o público", avalia o músico Fábio de França, que assistiu a uma performance do Totem pela primeira vez. Os performers, músicos e noivos foram aplaudidos de pé ao fim do espetáculo que celebra a vida e o amor.

Neste sábado (29), a Torre Malakoff é palco da apresentação de Ímã, do grupo de teatro Totem. Em cena, ritos de iniciação e casamento são interpretados e construídos sob a linha performática e explorada pelo grupo. Durante o espetáculo, um casório real entre dois membros dos bailarinos será celebrado no palco, dividindo a encenação em duas partes: a simbólica e a autêntica.

A ideia é unir teatro, dança e performance, fugindo da relação limitada entre texto e cena, e o casamento celebrado no palco proporciona um rompimento com a representação e parte para a vida real. Para a montagem de Ímã, o grupo estudou os rituais antropológicos, além de beber na fonte de textos, vídeos e debates sobre o tema.

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Serviço
Ímã
Sábado (29), 20h
Torre Malakoff (Praça do Arsenal da Marinha, Bairro do Recife)
Gratuito

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