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A Procuradoria Eleitoral defendeu ao Tribunal Regional Eleitoral no Distrito Federal a desaprovação das contas da senadora eleita Damares Alves, ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos no governo Jair Bolsonaro. O Ministério Público viu 'comprovação irregular' de despesas de R$ 594 mil e pede a devolução de valores aos cofres públicos.

A manifestação, assinada pelo procurador regional eleitoral Zilmar Antonio Drumond, segue parecer do Setor de Exame de Contas Eleitorais e Partidárias do TRE-DF. O órgão apontou irregularidades como a entrega intempestiva de relatório financeiro, omissão de gastos de campanha, comprovação parcial de utilização de verbas públicas, inconsistências entre a escrituração e a movimentação financeira e divergência quanto à existência de sobras de campanha.

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Segundo o Ministério Público Eleitoral, a campanha de Damares usou R$ 105 mil do Fundo Partidário e R$ 489.742,74 do Fundo Especial de Financiamento de Campanha para arcar com gastos de produção de propaganda eleitoral, segurança particular, serviços de militância e combustíveis, totalizando R$ 594.742,74 com 'comprovação irregular'. A Procuradoria ainda destaca que não há previsão legal para o pagamento, com recursos públicos, de contratação de segurança particular.

"De modo que, frustrada a auditabilidade e rastreabilidade dos recursos financeiros públicos aplicados na campanha eleitoral pela ausência de demonstração de sua regular utilização, além de sua expressividade no contexto das contas apresentadas (15,64% do total das despesas contratadas), cumpre desaprovar as contas de campanha, determinando-se a devolução do valor correspondente ao Tesouro Nacional", ressaltou o MPE.

A manifestação assinada por Zilmar Antonio Drumond ainda descreve outros questionamentos feitos pela área técnica do TRE-DF aos gastos da campanha de Damares. No entanto, segundo o procurador regional eleitoral, as outras inconsistências observadas ensejam apenas ressalvas.

A defesa da senadora já apresentou ao TRE uma manifestação sobre os apontamentos do MP. Os advogados de Damares pedem que sejam juntados aos autos do processo documentos complementares e notas explicativas que , segundo eles, identificam a comprovação das despesas apontadas como irregulares pela área técnica do Tribunal Regional Eleitoral do DF.

O ator Alexandre Frota, filiado do PSL, apagou uma publicação compartilhada por ele no Facebook sobre o deputado distrital Chico Leite (Rede), pré-candidato ao Senado. A exclusão da publicação atendeu à determinação do desembargador eleitoral Carlos Divino Vieira Rodrigues, do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF), que a considerou propagação de notícia falsa.

Em despacho publicado na segunda-feira, 23, o desembargador determinou que a publicação fosse apagada no prazo de 24 horas. Compartilhada em 15 de julho por Frota, a postagem trazia uma arte com a imagem do deputado e as frases "eu quero a prisão do juiz Sérgio Moro em 24 horas, diz o pré-candidato ao Senado Chico Leite" e "não vote nele". Ao compartilhar a publicação, Frota escreveu "querer não é poder" e "fica querendo, canalha".

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Para a defesa do deputado, a publicação tinha potencial suficiente a comprometer o equilíbrio do pleito eleitoral para as eleições de 2018 no Distrito Federal.

Em sua decisão, o desembargador afirmou que a postagem traz elementos indiciários de conteúdo falso de "teor efusivo, associando informações, de teor político, de veracidade questionável atribuída ao pré-candidato Chico Leite". De acordo com ele, "é clara a completa ausência de fonte ou referência idônea a fundamentar tais informações, visando à indução errônea do leitor".

"Uma vez estabelecido que a postagem se trata de noticioso falso, isto é, de divulgação de informações inverídicas, é inegável seu potencial de acarretar prejuízos irremediáveis à imagem política dos Representantes e, consequentemente, desestabilizar o próprio pleito eleitoral", escreveu o desembargador.

Caso a publicação não fosse apagada, seria estipulada multa de R$ 5 mil por dia de atraso. Na hipótese de uma nova publicação, escreveu o desembargador, o Facebook e o ator serão multados em R$ 100 mil pelo ato, além de R$ 5 mil por dia, enquanto perdurar a nova veiculação.

A advogada Carla de Oliveira Rodrigues, que integra a defesa da Rede e do deputado Chico Lopes, afirmou que a exclusão da publicação não exime o ator de ser punido pelo compartilhamento da notícia falsa. "Ele vai precisar comprovar que não foi responsável pela postagem em sua página", disse.

A reportagem tentou contato com a defesa de Alexandre Frota, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria. O espaço está aberto para manifestação.

O Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF) faz, nesta sexta-feira (12) e sábado (13), a preparação e a lacração das urnas eletrônicas que serão utilizadas em votações no exterior. No total 919 urnas serão enviadas para 134 localidades de 96 países.

A votação no exterior é organizada pelo TRE-DF, com o apoio dos consulados ou missões diplomáticas em cada país. “Nós instalamos os dados dos eleitores da sessão, dos candidatos a presidente, identificamos as urnas, fazemos todos os testes e empacotamos. A equipe de auditoria faz a conferência, a urna é guardada e fica à disposição da empresa que vai fazer o transporte”, explicou o chefe da Sessão de Apoio às Eleições, Andrey Bernardes.

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O transporte é gerenciado pelo Ministério das Relações Exteriores e a urna vai com o sistema preparado para os dois turnos das eleições. Todos os procedimentos de segurança têm o mesmo padrão do que é feito no Brasil, tanto para o transporte quanto para o dia da votação, segundo Bernardes.

Ele disse que o envio de urnas para três localidades precisou ser cancelado. Os motivos são a dificuldade de logística nos países em conflito no Oriente Médio - Damasco (Síria) e Omã -  e problemas de saúde pública, no caso da epidemia de ebola no Leste da África - Laundê (Camarões).

O carregamento das urnas é feito em sessão pública e acompanhado por juízes eleitorais e representantes do Ministério Público Eleitoral (MPE), por fiscais dos partidos políticos, por servidores da Justiça Eleitoral, da Ordem dos Advogados do Brasil e por técnicos do tribunal. Do dia 24 de setembro a 1º de outubro, as 7.445 urnas que serão utilizadas nas votações no Distrito Federal passarão pelo mesmo procedimento.

Integrantes do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF) se reúnem no início da noite desta terça-feira para julgar o pedido de impugnação feito pelo Ministério Público Eleitoral contra a candidatura de José Roberto Arruda (PR) ao governo local.

Na sessão de hoje pode haver pedido de vista por parte de um dos sete desembargadores, o que adiaria a decisão. Caso o pedido não ocorra, se Arruda tiver a candidatura impugnada pela maioria do desembargadores, ele pode recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e, em última instância, ao Supremo Tribunal Federal (STF). Essa mesma lógica vale para o Ministério Público Eleitoral, autor do pedido de impugnação, caso os desembargadores entendam que Arruda poderá disputar a próxima eleição.

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Em alegações finais encaminhadas no início do mês ao TRE-DF, o MP rebateu os argumentos da defesa do ex-governador de que ele não poderia ser retirado da disputa com base na Lei da Ficha Limpa. No último dia 9 de julho, o candidato do PR foi condenado em decisão colegiada do Tribunal de Justiça da capital (TJDFT) por envolvimento no escândalo do DEM, seu antigo partido. Em 2010, Arruda se tornou o primeiro governador preso no exercício do cargo no País. Ele foi detido por suspeita de tentativa de suborno de uma testemunha do esquema de corrupção em Brasília.

Autor do pedido de impugnação, o procurador regional Eleitoral do DF, Elton Ghersel, disse que as condenações por ato de improbidade administrativa e por enriquecimento ilícito sofridas por Arruda são causas de inelegibilidade. Apesar do impasse no Judiciário, a última pesquisa Ibope mostra Arruda na liderança da corrida eleitoral no Distrito Federal. Ele tem 30% das intenções de voto, seguido do atual governador, Agnelo Queiroz (PT), com 16%. O petista está em empate técnico com o candidato Rodrigo Rollemberg (PSB), que conta com 14% das intenções de votos.

Em 2014, os eleitores do Distrito Federal registrarão os votos nas urnas biométricas. Para isso, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF) iniciou o recadastramento dos eleitores para a emissão dos novos títulos.

Nesse processo, será realizada a identificação biométrica - coleta de impressões digitais - e atualização de informações pessoais dos eleitores. Quem precisar tirar o título pela primeira vez será cadastrado já pelo sistema biométrico. O prazo para recadastramento vai até o dia 31 de março de 2014.

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Para se recadastrar, será necessário agendar o atendimento pela internet ou pelo telefone 3048-4000, das 12h às 19h. No cartório eleitoral, é preciso apresentar o título de eleitor, documento de identificação e comprovante de domicílio. Crachás, CPF, carteiras funcionais e de estudante não serão aceitos como documento de identificação.

Segundo o presidente do TRE-DF, desembargador Mario Machado, apenas os que tiverem feito o recadastramento poderão votar nas eleições do ano que vem. "O sistema de identificação biométrica reduz a possibilidade de fraude, amplia a segurança e confere celeridade à votação", afirmou.

Biometria - A identificação do eleitor através da impressão digital reforça a segurança e evita as fraudes no processo eleitoral. A primeira experiência ocorreu em 2008. Até o ano passado, 7,7 milhões de eleitores de 299 cidades utilizaram a nova tecnologia. Em 2014, segundo o TSE, a medida deve alcançar 18 milhões de eleitores de municípios de 25 estados e do Distrito Federal.

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