Tópicos | turma de Temer

A troca de acusações entre os candidatos a senador Mendonça Filho (DEM) e Humberto Costa (PT), que busca a reeleição, tem sido  ainda mais recorrente desde o início da campanha. Questionado pelo LeiaJá sobre a recente acusação de Humberto de que ele era o “chefe” da chamada “turma de Temer” em Pernambuco, Mendonça foi duro e cobrou explicações de Humberto que, segundo o democrata, integra a  “turma da Lava Jato”. 

“Estou aguardando Humberto dar explicações quanto a turma da Lava Jato já que ele está sendo investigado e caberá ao juiz Sérgio Moro apreciar os autos do seu processo. Quando ele explicar eu falo sobre a turma do Temer”, disparou Mendonça, em tom de ironia. 

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O democrata fazia referência ao inquérito 3985 encaminhado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) às mãos de Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato em Curitiba, que investiga suposto recebimento de R$ 1 milhão em propina da Odebrecht, em 2010. O montante seria referente às obras do Complexo Petroquímico de Suape e teria sido repassado por meio de doação oficial. Humberto já chegou a pedir o arquivamento do processo por, segundo ele, falta de provas.

Nessa semana, ao atribuir a Mendonça a chefia da “turma de Temer” em Pernambuco, Humberto também chegou a culpar o ex-ministro da Educação pelo incêndio do Museu Nacional no Rio de Janeiro, sob a justificativa da falta de repasse de verbas para o local na gestão dele.

Briga jurídica sobre expressão “turma de Temer”

Apesar de ter sido ministro do governo Temer, Mendonça não tem ficado satisfeito com a ligação à imagem do presidente da República feita constantemente pelo palanque da Frente Popular, do qual Humberto faz parte. E ele não é o único. O ex-ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB) também não tem feito referências ao emedebista. Tanto é que a chapa Pernambuco Vai Mudar entrou com um pedido de liminar do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) pedindo para que fosse proibido o uso da expressão “turma de Temer”. Inicialmente a corte negou, depois aceitou e, no fim dessa quarta-feira (5), liberou, mais uma vez, que a expressão seja utilizada pelos adversários. 

O discurso do governador de Pernambuco e candidato à reeleição, Paulo Câmara (PSB), durante a convenção da Frente Popular de Pernambuco, neste domingo (5), reforçou a tese que a legenda pessebista vem pregando de que o principal palanque adversário, comandado pelo senador Armando Monteiro (PTB), está ligado diretamente ao governo do presidente Michel Temer (MDB), dono de uma reprovação de mais de 70% entre os pernambucanos. 

Em um palanque endossado por 12 legendas, entre elas o PT e o próprio MDB de Temer, Paulo foi enfático ao dizer que não vai permitir que a “turma de Temer” passe a mandar em Pernambuco. Citando a privatização da Eletrobrás, como um meio de, segundo ele, “vender o patrimônio do povo, o governador disse que não “baixou a cabeça” diante do governo emedebista e não fará isso na luta pelo comando do Estado. 

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“Vamos continuar fazendo o que precisa ser feito, agora sem descuidar do Brasil, do nosso povo. Queriam vender a Chesf, a Eletrobrás, o São Francisco e não íamos admitir isso. Não íamos deixar que esse absurdo acontecesse. Não baixamos a cabeça e não vamos baixar nunca porque Pernambuco tem lado”, cravou. 

“É nessa vontade, nessa garra de trabalhar que digo que Pernambuco não pode voltar para trás. Não podemos deixar a turma de Temer querer mandar em Pernambuco. Vamos continuar a trabalhar, andar para frente. Fazer aquilo que Arraes dizia: o impossível não podemos fazer, mas possível o povo nos ajuda”, completou o governador. 

Fazendo mea culpa diante da falta do cumprimento das promessas de campanha, de acordo com ele por conta da crise econômica, Paulo Câmara ponderou que os seus compromissos fundamentais são com o povo. 

“Todos sabemos que tem muito a fazer em Pernambuco, pelo Nordeste e pelo Brasil. Nosso trabalho sempre buscou um Pernambuco melhor, sempre se trabalhou com verdade, lealdade, fazendo gestão. Fiz gestão e não deixei Pernambuco quebrar. Não deixei de fazer o que precisava ser feito para aqueles que mais precisam. Fizemos o que devia ser feito, mas temos muito o que fazer. Nossos compromissos fundamentais são com o povo”, alegou o postulante à reeleição. 

O enfrentamento entre Paulo Câmara e o senador Armando Monteiro reedita a corrida pelo Palácio do Campo das Princesas de 2014. Naquele ano, o pessebista foi ao pleito com uma vantagem de 21 partidos na sua base e venceu a disputa com 68% dos votos.

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