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As campanhas dos candidatos à Presidência Ciro Gomes (PDT) e Soraya Thronicke (União Brasil) pediram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que proíba o presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), de usar em sua campanha imagens do discurso realizado na 77ª Sessão da Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU) na manhã desta terça-feira, 20. Também pedem que Bolsonaro seja investigado por abuso de poder político e econômico.

O motivo é possível favorecimento da campanha de Bolsonaro pelo uso de aparato estatal para promover sua candidatura, ferindo a isonomia entre candidatos. No discurso na ONU, Bolsonaro atacou seu adversário na disputa ao Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), fez acenos à sua base eleitoral e exaltou indicadores econômicos do seu governo.

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As duas campanhas também foram ao TSE para pedir a proibição da divulgação do discurso de Bolsonaro a apoiadores na sacada da embaixada brasileira em Londres. Bolsonaro foi ao Reino Unido no último fim de semana para participar do funeral da Rainha Elizabeth II. O ministro Benedito Gonçalves concedeu uma liminar na última segunda-feira, 19, determinando a exclusão de conteúdos já publicados nesse contexto.

Os advogados da campanha de Lula ainda não decidiram se também apresentarão ação contra o discurso de Bolsonaro na ONU.

É inegável que as redes sociais aproximaram a população dos políticos e com o advento das eleições gerais, marcadas para 7 de outubro, a tendência é de que os debates nas plataformas ganhem um fôlego maior e mais acalorado, uma vez que os candidatos, com a redução do tempo da campanha tradicional, passaram a utilizar as ferramentas com mais frequência para apresentar suas propostas. 

Com 125 milhões de usuários no Brasil, o Facebook é a rede que comporta as principais discussões eleitorais, como aconteceu durante os pleitos municipais de 2016 e em diversas eleições pelo mundo, e agora, com a permissão de que as publicações eleitorais sejam impulsionadas, o investimento dos candidatos deve ser mais intenso com este setor durante a campanha. 

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De acordo com a gerente do setor de Políticas e Governos do Facebook, Debs Delbart, “as pessoas estão na plataforma para falar de política e questões cívicas”. Uma prova disso, segundo ela, é que em abril deste ano quase 1 bilhão das interações na rede social trataram de assuntos como segurança, educação e saúde. 

Em entrevista ao LeiaJá, Delbart salientou que o sucesso dos eventuais candidatos durante a campanha através da rede social deve se dar pela autenticidade, interação constante e criatividade deles no uso do Facebook. A gerente da plataforma no Brasil esteve no Recife, nessa quarta-feira (4), para dar dicas de boas práticas dos políticos na rede social durante o pleito.

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Trazendo para um recorte estadual, os dados do Facebook de abril deste ano dão conta de que em Pernambuco a discussão sobre segurança pública liderou o ranking das conversas na plataforma: 1.195 milhões de pessoas iniciaram discussões sobre o tema. O debate sobre economia ficou em segundo lugar com 1.060 milhões usuários tratando do assunto em suas publicações e educação em terceiro, com 1.030. 

Além disso, as interações - que são compartilhamentos, reações e comentários -  também chamam a atenção. Quase 3 milhões de pessoas interagiram no Facebook quando o assunto foi saúde e 2.156 ao tratar da questão do transporte público. Os dados devem ser aproveitados pelos políticos ao apresentar suas propostas e nas estratégias para conquistar o eleitorado.

Para utilizar o Facebook para a campanha, entretanto, os postulantes devem tomar alguns cuidados. Caso infrinjam as regras da plataforma, eles podem sofrer sanções que levam até a suspensão da conta. Os maiores alertas, este ano, são com a propagação de fake news - que podem gerar punições oriundas também do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), complicando a candidatura -, a compra de likes e a estimulação de reações dos usuários, que podem levar os perfis a serem considerados sem confiança.

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