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O ano letivo havia acabado de começar no ano passado quando a Covid-19 mandou quase todos os alunos da América do Sul para casa. Com o fim do verão, as escolas agora tentam reabrir suas portas, apesar do receio de pais e professores.

Segundo país com mais mortes por coronavírus, o Brasil foi duramente atingido por uma pandemia que fechou grande parte de suas escolas durante quase um ano. Após o recesso de verão, algumas instituições começaram a reabrir, como os colégios estaduais de São Paulo, que retomaram as atividades presenciais com uma capacidade de entre 35% e 70%, em sistema de rotação.

As escolas privadas, que concentram 19% dos estudantes de ensino fundamental e médio do Brasil, também estão retomando suas atividades, alternando aulas presenciais opcionais com aulas remotas.

No Rio, porém, apenas 38 escolas da rede municipal foram autorizadas a receber alunos, por serem as únicas com as infraestruturas de higiene e espaço em dia.

A suspensão das aulas presenciais também afetou a qualidade da educação de um continente que já apresentava fortes desigualdades.

"Meus filhos foram aprovados, porque não havia muita opção, mas a aprendizagem não teve a mesma qualidade do que teria se estivessem frequentando a escola", relata Vânia Ribeiro, uma empregada doméstica com dois filhos adolescentes que estudam em uma escola estadual do interior do Rio de Janeiro.

Já na Argentina, as aulas presenciais de 2020 foram suspensas apenas uma semana após o início. Era 15 de março, e a pandemia já chegava em grande parte do mundo nas primeiras etapas de uma crise mundial que, em maio, chegaria a deixar 1,2 bilhão de estudantes fora da sala de aula, segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Mais de 160 milhões deles estão na região da América Latina e Caribe.

Na semana passada, algumas escolas argentinas iniciaram um plano de retorno gradual às aulas, que deve ser concluído em 8 de março. Mas o temor continua presente neste país que conta 51.100 mortes por coronavírus e mais de dois milhões de casos.

- Presença ou isolamento -

A situação no Chile não é muito diferente. O conselho de professores chileno pediu para adiar o início das aulas presenciais para 15 de abril, quando a campanha de vacinação em massa já estiver mais avançada.

No entanto, a data de início se mantém em 1o de março, quando cerca de 9.000 colégios - 1.600 deles privados - devem começar o ano letivo sob um modelo híbrido de aulas presenciais, que até o momento são voluntárias, e virtuais.

Mais ambicioso é o objetivo do Uruguai, onde em 1o março começa o ano letivo com presença obrigatória para os alunos da rede pública, apesar dos receios dos sindicatos de professores.

Elogiado por suas baixas taxas de contágio na primeira onda, o pequeno país sul-americano chegou a retomar as aulas presenciais voluntariamente desde junho passado, mas muitos pais continuaram optando pelo modo virtual.

Em um caminho parecido está a Colômbia, onde o Ministério da Educação calcula que hoje há aulas presenciais em 60% do país.

Este regresso paulatino, que combina aulas físicas e virtuais para quem assim desejar, começou em setembro. Foi interrompido, porém, devido ao aumento de casos registrado em dezembro e janeiro em algumas regiões do país.

Enquanto isso, no Equador, onde as aulas presenciais estão há quase um ano suspensas para 4,1 milhões de estudantes, o que preocupa é especialmente a situação de mais de um milhão deles que não têm computador, ou acesso à Internet, em casa.

O Peru também não tem uma data marcada para o retorno físico às aulas, que começará o próximo ano letivo de forma virtual em 15 de março, à espera da evolução da pandemia.

O dólar opera em leve baixa nesta quinta-feira (1°) em meio ao apetite por ativos de risco no exterior. Mas a moeda americana se fortaleceu ante o real, de forma pontual, diante do impasse sobre as fontes de financiamento do Renda Cidadã em meio a cautela política e fiscal. Os desdobramentos da briga entre o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, estão no radar dos investidores também.

O novo aumento de mortes diárias por Covid-19 no País acima de mil, na quarta-feira, apoia ainda desconforto sobre o ritmo da recuperação interna e o investidor deve acompanhar nesta manhã webinar com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto (10h).

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No exterior, o otimismo predomina nas bolsas, em meio a esperanças de um acordo político para novos estímulos nos EUA, enquanto o dólar está fraco ante pares principais e moedas emergentes e ligadas a commodities em dia de feriados na China, Taiwan e Coreia do Sul.

Às 9h31 desta quinta, o dólar à vista voltava a recuar 0,15%, a R$ 5,6097, após viés de alta pontual à máxima de R$ 5,6197 (+0,02%). O dólar futuro de novembro recuava 0,04%, a R$ 5,6125, ante máxima em R$ 5,6230 (+0,15%).

O juiz Diego Paes Moreira, da 6ª Vara Criminal de São Paulo, suspendeu, nesta quinta-feira (30), a ação por lavagem de dinheiro contra o senador José Serra (PSDB-SP). A decisão foi tomada após o magistrado ser notificado de que o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, travou as investigações da Justiça Federal contra o tucano.

"Em que pese a decisão do STF não determinar de forma explícita que a presente ação penal seria abrangida pela determinação de suspensão, eis que em sua redação consta a indicação de que foi determinada a suspensão da investigação deflagrada, por cautela entendo que a presente ação penal deve ser suspensa até nova ordem do Supremo Tribunal Federal. Assim, em cumprimento ao quanto determinado pelo Supremo Tribunal Federal na Reclamação 42.355, suspenda-se o andamento dos presentes autos", escreveu o juiz na decisão.

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Toffoli deferiu liminar para suspender as apurações às 16h56 de ontem. Por volta das 18h, Diego Paes Moreira aceitou a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) e colocou Serra e sua filha, Verônica, no banco dos réus. Com a decisão de hoje, o recebimento da denúncia fica suspenso.

Após tomar conhecimento da decisão, o MPF informou que pretende pretende retomar o caso. A Lava Jato paulista, responsável pelas investigações que ensejaram o processo, alega que se trata de uma ação penal e não uma investigação - e, portanto, a liminar de Toffoli não atingiria a denúncia contra Serra.

Toffoli. O presidente do Supremo atendeu na quarta, 29, duas reclamações apresentadas pela defesa de Serra contra investigações que miram o tucano na Lava Jato e na Justiça Eleitoral. Em ambos os casos, Toffoli suspendeu as investigações por acreditar que medidas tomadas pelo juiz de primeira instância violaram a prerrogativa de foro privilegiado.

No caso da Lava Jato, por exemplo, os advogados de Serra apontaram que mesmo sem autorizar buscas no gabinete do tucano, a Justiça Federal determinou buscas na residência do senador, onde poderiam haver documentos e informações ligados ao atual mandato.

Outra medida foi a quebra de sigilo do parlamentar, que englobou o período de 2006 a 2020. Segundo Toffoli, a medida 'eleva, sobremaneira, o potencial risco' de acesso a documentos e informações relacionadas ao atual mandato de Serra.

"Não obstante a medida cautelar tenha sido determinada pela autoridade reclamada com escopo de coletar provas referentes a tais fatos, a extrema amplitude da ordem de busca e apreensão, cujo objeto abrange agendas manuscritas, mídias digitais, computadores, telefones celulares, pendrives, entre outros dispositivos de armazenamento eletrônico, impossibilita de antemão, a delimitação de documentos e objetos que seriam diretamente ligados ao desempenho da atividade típica do atual mandato do Senador da República", afirmou Toffoli.

O presidente do Supremo também travou as investigações da Paralelo 23, operação da 'Lava Jato Eleitoral', que mira caixa dois de R$ 5 milhões que teriam turbinado a campanha do tucano em 2014. O presidente do Supremo utilizou os mesmos argumentos, destacando que a decisão da justiça eleitoral feria a prerrogativa de foro.

Réu

Pouco mais de uma hora depois da decisão de Toffoli, deferida em reclamações em segredo de Justiça, José e Verônica Serra se tornaram réus na Operação Lava Jato após o juiz Diego Paes Moreira, da 6ª Vara Criminal Federal, aceitar denúncia apresentada pela força-tarefa bandeirante no último dia 3.

O tucano é acusado de receber propinas da Odebrecht entre 2006 e 2007 em troca de benefícios para a empreiteira nas obras do Rodoanel Sul. A Lava Jato SP apontou que os pagamentos foram ocultados por meio de transações financeiras envolvendo offshores constituídas por Verônica Serra e o empresário José Amaro Ramos, apontado como operador do esquema.

"José Serra e Verônica Allende Serra, entre 2006 e, ao menos, 2014, ocultaram e dissimularam, por meio de numerosas operações bancárias, a natureza, a origem, a localização e a propriedade de valores sabidamente provenientes de crimes, notadamente de corrupção passiva e ativa, de fraudes à licitação e de cartel, praticando, assim, atos de lavagem de capitais", resumem os procuradores da Lava Jato na denúncia.

Os procuradores apontam que Serra solicitou o pagamento de propina de R$ 4,5 milhões da Odebrecht e indicou que gostaria de receber o montante no exterior, por meio de offshore da José Amaro Ramos. A empreiteira efetivou a solicitação do tucano e realizou, entre 2006 e 2007, 'numeras transferências' no total de 1.564.891,78 euros para a empresa do operador . Do total, 936 mil euros chegaram à Dortmund International Inc, offshore que, segundo a Lava Jato, era controlada por Verônica Serra.

COM A PALAVRA, A LAVA JATO

"A Força-Tarefa Lava Jato entende indevida a suspensão da ação penal instaurada ontem em face de José Serra e Veronica Serra. Em primeiro lugar, porque a decisão liminar proferida pelo Min. Dias Toffoli suspendeu, expressamente, apenas investigação pertinente à chamada Operação Revoada, nada falando sobre a denúncia já oferecida, que deu origem à ação penal. Em segundo lugar, e mais importante, porque, como amplamente noticiado, a denúncia em questão foi oferecida no exato mesmo dia em que feitas as buscas questionadas pelo Ministro, não tendo, portanto, se baseado em quaisquer elementos de prova cuja obtenção o ministro considerou indevida. A denúncia se baseou em diligências e provas anteriores, sem qualquer relação com as diligências objeto da Reclamação julgada liminarmente, e está inteiramente preservada quanto a seus efeitos.

A Força-Tarefa informa, assim, que adotará as providências cabíveis a fim de, oportunamente, retomar a ação penal instaurada.

De qualquer modo, externa que entende a cautela do juízo, referida na decisão de suspensão, e acredita que ela deriva da grande controvérsia instalada pela liminar proferida na Reclamação, a qual gerou e segue gerando dúvidas diversas, até quanto a seu alcance efetivo. Por isso, espera-se que a liminar seja levada com a urgência devida a julgamento colegiado pelo Supremo, em favor da resolução definitiva do caso, e da retomada das investigações e da ação, junto às autoridades que se mostrarem competentes".

A cautela externa prevalece e o Ibovespa cai nesta quarta-feira (24) após a alta de 0,67%, aos 95.975,16 pontos, na véspera. A despeito de uma gama de fatores internos capazes de motivar o investidor, temores de uma segunda onda pela pandemia de coronavírus nos EUA e na Alemanha deixam os mercados externos em estado de atenção, respingando na B3.

O esclarecimento do presidente norte-americano, Donald Trump, de que o acordo comercial fase 1 entre seu país e a China está "intacto" e impulsionou os negócios ontem, hoje parece ser insuficiente para apagar os estragos feitos pelo assessor comercial da Casa Branca, Peter Navarro. Os ativos no exterior têm desempenho negativo, com os chineses não "engolindo" a afirmação de Trump após Navarro ter falado em "guerra fria" ao comentar o tema acordo comercial. Se não bastasse, os EUA estudam a imposição de novas tarifas a US$ 3,1 bilhões em exportações da União Europeia (UE) e do Reino Unido.

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"Até que saia a decisão da votação do marco regulatório e seus detalhes, a Bolsa pode ter volatilidade, com tendência negativa por causa do exterior", afirma Sandra Peres, analista da Terra Investimentos.

A analista explica que o risco de um novo isolamento social em países que já retomaram suas atividades e estão dando andamento a recuperação pode resultar em um "retrocesso" deste processo. "O mercado está comprando uma retomada mais forte da economia apesar da falta de uma vacina para combater a pandemia de coronavírus, pois isso pode diminuiu ou até mesmo acabar com essa instabilidade", acrescenta.

No Brasil, às 16 horas, o Senado deve começar a votação do novo marco legal do saneamento básico, cuja expectativa é de aprovação. Se aprovado sem alterações, o texto segue para sanção presidencial.

Com o projeto, a iniciativa privada poderá atuar na exploração do setor e há estimativa de geração de 1 milhão de empregos. "Como pode sair só no fim do dia, pode se ter volatilidade na Bolsa, onde o investidor ficará à espera dos detalhes da esperada aprovação. De todo modo, é algo positivo pois deve destravar das empresas do setor, que podem ter maior manobra para negócios, com perspectivas de crescimento e melhora dos serviços prestados à população", afirma Sandra.

Além dessa expectativa que eventualmente pode limitar as perdas na B3 hoje, também pode ajudar neste movimento a valorização de 2,70% do minério de ferro no porto chinês de Qingdao hoje, a US$ 103,34 a tonelada. Contudo, às 10h53, as ações da Vale ON cediam 0,05%.

Já as ações do setor bancário têm novas quedas depois das vistas ontem, ainda reagindo a algumas medidas do Banco Central que eventualmente podem colocar em risco o crédito e mesmo indicar interferência da autoridade monetária nos bancos, conforme analistas.

Às 10h55, Unit de Santander figurava na lista das maiores perdas do Ibovespa, com declínio de 3,05%; Itaú Unibanco PNB perdia 2,31%; e Bradesco PN caía 1,95%. O Ibovespa, por sua vez, tinha queda de 0,61%, aos 95.417,71 pontos.

O dólar segue em alta, com máxima a R$ 5,1649 (+2,43) no mercado à vista na manhã desta segunda-feira (15). Os investidores ampliam posições defensivas, reagindo ao anuncio da saída do secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, programada para agosto, e à aversão a ativos de risco no exterior em meio a sinais de uma segunda onda de Covid-19 nos EUA e China e após os dados chineses de produção industrial e de vendas no varejo em maio na China piores que o esperado, divulgados nesta segunda.

A cautela lá fora antecede ainda a presença do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell, no Congresso americano nesta terça e quarta-feira.

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Operadores afirmam que a saída de Mansueto não muda as apostas majoritárias de corte da Selic de 0,75 ponto, para 2,25% na reunião do Copom desta quarta-feira, ainda que eleve as preocupações com a continuidade do ajuste fiscal das contas públicas.

Quatro integrantes do Ministério da Economia estão entre os cotados para suceder Mansueto Almeida no cargo de secretário do Tesouro Nacional, segundo apurou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado): Caio Megale, Bruno Funchal, Jeferson Bittencourt e Pricilla Maria Santana.

Em entrevista à Globonews pela manhã, Mansueto defendeu que o seu substituto e equipe econômica aprimorem o diálogo com o Congresso e governadores pelo ajuste fiscal. "O ajuste fiscal não está em risco", disse ele. O secretário lembrou que "hoje o ajuste fiscal do Brasil está na Constituição, é o teto de gastos". "Para o governo não cumprir o teto de gastos em 2021 teria que mudar a Constituição; sem fazer mudança está garantido. Não acredito que alguém vá mudar o teto de gastos", emendou.

No relatório Focus desta segunda, os economistas projetam queda mais acentuada do PIB em 2020, passando de 6,48% para 6,51%. A estimativa para o câmbio caiu de R$ 5,40 para R$ 5,20. A estimativa para o IPCA passou de 1,53% para 1,60% e para Selic este ano segue em 2,25%. Além disso, o Brasil já ocupa o segundo lugar em casos e mortes por covid-19 no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, com total de óbitos de 43.389 e o de contaminações, de 867.882, no domingo.

As atenções devem se voltar mais tarde para o Palácio do Planalto. O presidente Jair Bolsonaro reúne-se com o ministro da Economia, Paulo Guedes, à tarde, e também tem encontro agendado com o ministro da educação, Abraham Weintraub.

Às 9h24, o dólar à vista subia 2,17%, a R$ 5,1519. O dólar futuro para julho avançava 1,84%, a R$ 5,1475.

María Eugenia e Sebastián brilham na solidão da zona hoteleira de Cancun, para onde viajaram aproveitando as promoções trazidas pela reabertura do turismo neste resort do Caribe mexicano, após três meses fechado devido à pandemia.

"Queríamos sair do país este ano, ir à Europa, mas não pudemos devido a toda essa situação de contingência e dinheiro, então decidimos aproveitar as promoções e viemos para Cancun por alguns dias", comentou María Eugenia Sánchez.

Este casal de cerca de trinta anos, que trabalha em um escritório de advocacia da Cidade do México, gastou US$ 80 em passagens aéreas, quando normalmente teria gastado US$ 180.

"Viemos com o plano de relaxar, para liberar o estresse depois de tanta tensão e incerteza", conta à AFP Sebastián Fernández, que assim tira proveito do teletrabalho.

Ambos estão entre os poucos visitantes que chegaram a Cancun para a reabertura do setor turístico na segunda-feira, que sustenta 90% da economia do estado de Quintana Roo (sudeste), declarado atividade essencial pelas autoridades.

A reativação do setor no restante do país - de 127 milhões de habitantes - será feita de acordo com o nível de risco. O turismo representa 8,7% do PIB do México, uma das dez nações mais visitadas do mundo, que até terça-feira registrava 124.301 casos e 14.649 mortes por Covid-19.

Cancun, um de seus destinos favoritos, acumula 325 mortos e 1.551 casos positivos.

- Alerta laranja -

Cerca de 40 hotéis retomaram as atividades. Desde cedo, seus funcionários desinfetam todas as áreas e colocam espreguiçadeiras na areia branca.

A autorização foi dada após a mudança de alerta vermelho para laranja no norte de Quintana Roo, onde está Cancun, embora sejam mantidas restrições para evitar rebotes.

Somente quando o nível passar para o amarelo a ocupação poderá subir para 50% e se normalizará quando chegar a verde.

Desde a semana passada, o Conselho de Promoção Turística regional intensificou a propaganda para atrair turistas estrangeiros e atenuar a crise.

- Visitante indesejado -

Esta tem sido a pior crise em Cancun desde sua fundação como destino turístico integralmente planejado, diz Marisol Vanegas, secretária de Turismo do estado.

Vanegas espera que em junho se recupere 30% da ocupação e que cresça 5% a cada mês.

Somado a essas dificuldades está a possível chegada em massa de sargassum, uma alga que atinge as praias de Cancun há cinco anos e incomoda devido à sua má imagem e mau cheiro.

A Secretaria da Marinha do México informou que já foram instaladas barreiras e serão implantados navios de grande calado para tirá-las do mar.

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, pediu nesta sexta-feira no Chile aos países latino-americanos que sejam cautelosos em suas relações com a China e a Rússia, dois países que, segundo ele, "montam armadilhas", "ignoram as regras" e "espalham a desordem ".

Em uma conferência realizada em um centro de convenções no leste de Santiago, depois de se reunir com o presidente Sebastián Piñera e o ministro das Relações Exteriores, Roberto Ampuero, Pompeo reafirmou a base da administração de Donald Trump em sua política com a América Latina.

"Os líderes da América do Sul se tornaram mais lúcidos e desconfiados de falsos amigos. China, Rússia estão definitivamente batendo na porta, mas uma vez que eles entram na casa, eles montam armadilhas, ignoram as regras e propagam desordem ", disse o chefe da diplomacia americana.

"Felizmente, a América do Sul não está comprando isso e nem nós", acrescentou.

Pompeo, que chegou a Santiago nesta sexta-feira criticou o financiamento concedido pela China ao governo venezuelano de Nicolás Maduro.

"Há uma lição a ser aprendida: a China e outros estão sendo hipócritas ao pedir a não intervenção nos assuntos da Venezuela. Suas próprias intervenções financeiras ajudaram a destruir o país", disse.

O chefe da diplomacia americana ressaltou o "problema" dos negócios de China em lugares como a América Latina. "Frequentemente injeta capital corrosivo", dando lugar à corrupção e erodindo o bom governo, afirmou.

A título de exemplo, mencionou o caso da represa Coca Codo Sinclair na selva do Equador, financiada e construída pela China, e que agora funciona a média capacidade por problemas em sua construção e administração, segundo Pompeo. Vários de seus executivos estão presos por corrupção.

O projeto, detalhou, incluiu um investimento de 19 bilhões de dólares de empréstimos chineses. Como garantia, este país obteve 80% do petróleo do Equador com um desconto, e depois o revendeu. "Este parece um parceiro de confiança?", perguntou Pompeo.

A América Latina "também deve ser cautelosa com a Rússia", acrescentou, pedindo aos países da região que não tolerem que este país escale a situação de tensão em países como Venezuela e Nicarágua.

As bolsas europeias fecharam em queda nesta quinta-feira, 11, influenciadas pelo menor apetite por risco global e reagindo à forte baixa da sessão anterior nos índices acionários de Nova York. A tensão comercial entre Estados Unidos e China seguiu no radar, com investidores ainda temerosos com a trajetória da dívida da Itália, após o governo local prever déficit orçamentário maior no futuro, e as difíceis negociações da saída do Reino Unido da União Europeia, o Brexit. Nesse quadro, papéis do setor financeiro e de energia se saíram mal, em jornada negativa para o petróleo.

Na bolsa de Londres, o índice FTSE-100 fechou em baixa de 1,94%, em 7.006,93 pontos, atingindo durante o pregão a mínima intraday em seis meses. Analistas apontaram a alta recente nos retornos dos Treasuries dos EUA como também responsável pelo movimento, já que isso leva investidores a alocar mais recursos nesse mercado, retirando dinheiro do mercado acionário. Analista do IG, Chris Beauchamp diz que investidores se mostraram cautelosos, à espera da divulgação de importantes balanços trimestrais de bancos dos EUA nesta sexta-feira.

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Em Frankfurt, o índice DAX recuou 1,48%, a 11.539,35 pontos, com o setor bancário sob pressão, como Commerzbank (-1,43%) e Deutsche Bank (-1,17%). No setor de energia, E.ON recuou 0,60%.

O índice CAC-40, da bolsa de Paris, teve baixa de 1,92%, a 5.106,37 pontos. Entre os papéis mais negociados, AXA caiu 3,52%, Natifix cedeu 4,62% e Engie, 2,59%. Crédit Agricole caiu 2,11% e BNP Paribas cedeu 2,49%, entre os bancos.

Em Milão, o índice FTSE-MIB fechou em queda de 1,84%, a 19.356,61 pontos. Os bancos também se saíram mal, com Banca Carige em baixa de 6,12% e Intesa Sanpaolo, de 2,47%. No setor de energia, ENI caiu 2,75%.

Na bolsa de Madri, o índice Ibex-35 recuou 1,69%, a 9.007,90 pontos. Santander caiu 2,36% e Banco de Sabadell teve queda de 0,77%, entre os bancos, e, no setor tecnológico e de redes de comunicações, Amper recuou 6,14%.

Em Lisboa, o índice PSI-20 teve queda de 0,82%, a 4.994,35 pontos. Altri caiu 4,60% e Galp recuou 3,97%, mas Banco Comercial Português terminou quase estável, em alta de 0,04%. (Com informações da Dow Jones Newswires)

É inegável que as redes sociais aproximaram a população dos políticos e com o advento das eleições gerais, marcadas para 7 de outubro, a tendência é de que os debates nas plataformas ganhem um fôlego maior e mais acalorado, uma vez que os candidatos, com a redução do tempo da campanha tradicional, passaram a utilizar as ferramentas com mais frequência para apresentar suas propostas. 

Com 125 milhões de usuários no Brasil, o Facebook é a rede que comporta as principais discussões eleitorais, como aconteceu durante os pleitos municipais de 2016 e em diversas eleições pelo mundo, e agora, com a permissão de que as publicações eleitorais sejam impulsionadas, o investimento dos candidatos deve ser mais intenso com este setor durante a campanha. 

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De acordo com a gerente do setor de Políticas e Governos do Facebook, Debs Delbart, “as pessoas estão na plataforma para falar de política e questões cívicas”. Uma prova disso, segundo ela, é que em abril deste ano quase 1 bilhão das interações na rede social trataram de assuntos como segurança, educação e saúde. 

Em entrevista ao LeiaJá, Delbart salientou que o sucesso dos eventuais candidatos durante a campanha através da rede social deve se dar pela autenticidade, interação constante e criatividade deles no uso do Facebook. A gerente da plataforma no Brasil esteve no Recife, nessa quarta-feira (4), para dar dicas de boas práticas dos políticos na rede social durante o pleito.

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Trazendo para um recorte estadual, os dados do Facebook de abril deste ano dão conta de que em Pernambuco a discussão sobre segurança pública liderou o ranking das conversas na plataforma: 1.195 milhões de pessoas iniciaram discussões sobre o tema. O debate sobre economia ficou em segundo lugar com 1.060 milhões usuários tratando do assunto em suas publicações e educação em terceiro, com 1.030. 

Além disso, as interações - que são compartilhamentos, reações e comentários -  também chamam a atenção. Quase 3 milhões de pessoas interagiram no Facebook quando o assunto foi saúde e 2.156 ao tratar da questão do transporte público. Os dados devem ser aproveitados pelos políticos ao apresentar suas propostas e nas estratégias para conquistar o eleitorado.

Para utilizar o Facebook para a campanha, entretanto, os postulantes devem tomar alguns cuidados. Caso infrinjam as regras da plataforma, eles podem sofrer sanções que levam até a suspensão da conta. Os maiores alertas, este ano, são com a propagação de fake news - que podem gerar punições oriundas também do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), complicando a candidatura -, a compra de likes e a estimulação de reações dos usuários, que podem levar os perfis a serem considerados sem confiança.

De acordo com a pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e DA Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), o consumidor brasileiro segue cauteloso com seus gastos. O Indicador de Confiança do Consumidor (ICC) ficou estável ao passar de 42,2 pontos em março para 42,0 pontos em abril. No mesmo período de 2017, o índice estava em 40,5 pontos. Os dados foram divulgados hoje (17), em São Paulo.

A pesquisa ouviu 801 consumidores em 12 capitais. Em sua maioria, eles se mostram cautelosos na hora de comprometer a renda, mesmo com inflação baixa. A metodologia da pesquisa, que tem seu indicador de zero a 100, indica que resultados acima de 50 pontos demonstram otimismo entre os consumidores e abaixo dessa marca, representam pessimismo.

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"A lenta e gradual retomada econômica ainda não exerce efeito no humor do brasileiro, que segue cauteloso para comprometer sua renda, mesmo com uma inflação sob controle. A expectativa é que a confiança acompanhe o ritmo de melhora do mercado de trabalho, que deve se consolidar apenas após o período eleitoral”, disse o presidente da CNDL, José Cesar da Costa.

A União Europeia afirmou estar preocupada com as tensões em relação à Coreia do Norte. O bloco argumentou nesta quarta-feira (9) que o impasse com o país só poderá ser resolvido por meios pacíficos, em meio a uma escalada retórica entre Pyongyang e o governo dos Estados Unidos.

As declarações foram dadas por uma porta-voz da chefe da política externa da UE, Federica Mogherini. A porta-voz, Catherine Ray, disse que os acontecimentos são fonte de "grande preocupação para a UE".

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"Uma paz duradoura e a desnuclearização da Península Coreana precisam ser atingidos por meio de fins pacíficos", afirmou a funcionária. Segundo ela, "isso exclui a ação militar".

A porta-voz disse também que Pyongyang "precisa cumprir sem atraso total e incondicionalmente com suas obrigações", no âmbito das resoluções do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas. Fonte: Associated Press.

A empresa chinesa Tencent anunciou esta semana que limitará a quantidade de tempo que as crianças podem passar jogando o game ''Honour of Kings'', em meio a preocupações de que alguns jovens se tornem viciados. O título de batalha online o qual, segundo a companhia, tem mais de 200 milhões de usuários, é o jogo para celular mais rentável do mundo.

Os usuários com menos de 12 anos poderão desfrutar de uma hora de jogo por dia e serão impedidos de acessar o aplicativo após às 21h, informou a Tencent. Jovens entre 12 e 18 anos terão um limite diário de duas horas.

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A mudança vem em resposta às crescentes queixas de pais e especialistas de que as crianças se tornaram viciadas em ''Honour of Kings''. Mais da metade dos usuários tem menos de 24 anos. Não está claro, porém, se as novas medidas serão aplicadas apenas à China ou a outros países também. A Coréia do Sul implementou uma restrição similar em 2011, impedindo menores de 16 anos de acessar games populares entre às 0h e 6h.

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O vice-presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Paulo Câmara, afirmou, nesta segunda-feira (3), que a legenda não fechou questão quanto à votação de admissibilidade de abertura do processo contra o presidente Michel Temer (PMDB) por corrupção passiva. A denúncia vai passar pela análise dos deputados federais e apenas de foi autorizada pelos parlamentares passará a ser tramitada no Supremo Tribunal Federal (STF). Alguns deputados do PSB de Pernambuco, entretanto, já se posicionaram a favor da investigação

“Não há nenhuma determinação fechada no âmbito do PSB. É importante que cada deputado analise, com muita cautela e sem pré-julgamentos, a denúncia que está sendo oferecida. Analise também a defesa que será apresentada e, com base nisso, tome a decisão melhor para o Brasil, respeitando, inclusive, as diretrizes do partido. Em princípio não há nenhuma determinação”, destacou Câmara. 

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As diretrizes citadas, segundo ele, estão baseadas no que diz a Constituição Federal. “O partido já tomou a decisão de que tem que se respeitar os limites da Constituição. O que vemos agora é um processo que se iniciou e vai precisar ser analisado. Vai caber a cada deputado a decisão que achar necessária. O melhor para o Brasil é a celeridade do processo”, argumentou o governador, após participar da entrega 30 veículos de passeio para o Programa de Assistência Técnica e Extensão Rural e assinar contrato de trabalho de 113 extensionistas selecionados pelo Instituto Agronômico de Pernambuco, no Palácio do Campo das Princesas. 

Durante a conversa com jornalistas, o governador também falou sobre o eventual assédio do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), sobre políticos pessebistas. Há rumores de que Maia estaria tentando articular uma fusão entre os partidos ou até mesmo cooptar parlamentares para o Democratas.  

Paulo Câmara disse que não chegou a conversar com Maia sobre o assunto, mas destacou que o PSB sempre busca atravessar as crises internas com unidade. “O PSB é um partido que discute muito internamente, mas sempre consegue achar soluções em busca de unidade. É isso que estamos buscando construir. O PSB tem buscado uma unidade necessária, às vezes isso é possível, às vezes deixa alguns ruídos”, reconheceu.

Mesmo diante da possibilidade de o senador Jorge Viana (PT-AC) assumir o comando do Senado, petistas preferiram adotar o tom de cautela após o ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello determinar o afastamento de Renan Calheiros (PMDB-AL) da presidência da Casa.

Após reunir a bancada, senadores do PT foram ao encontro de Renan na residência oficial. Para o líder da bancada no Senado, Humberto Costa (PT-PE), é preciso ter "paciência" porque a decisão do ministro é provisória e ainda precisa haver uma decisão definitiva sobre o assunto do plenário da Corte. "Somente depois vamos decidir o que fazer", disse.

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Costa, no entanto, afirmou que há uma crise institucional e que ela só será resolvida com a convocação de eleições diretas para a Presidência da República. "A nossa posição é pela saída desse governo (do presidente Michel Temer) e para a convocação de eleições diretas para a Presidência. Essa é a única maneira de termos legitimidade", disse.

Jorge Viana desembarcou em Brasília nesta segunda e foi direto ao encontro de Renan. Depois da conversa com o peemedebista, ele foi ao Senado para participar da reunião do PT.

Ao falar com a imprensa, Viana evitou dizer o que vai fazer caso assuma em definitivo a presidência do Senado. O líder da oposição no Senado, Lindbergh Farias (PT-RJ), por exemplo, defendeu que Viana não coloque em votação a PEC do Teto de Gastos. "Eu não posso ter ideia (do que fazer), eu não devo ter ideia. Essa é uma situação, uma crise institucional gravíssima que o País está vivendo, e eu particularmente tenho que esperar o comunicado oficial", disse.

O dólar à vista avança ante o real nesta quarta-feira (26) acompanhando a alta da moeda norte-americana ante outras divisas emergentes e ligadas a commodities, em meio à queda do petróleo e balanços corporativos negativos. A correção para cima se apoia em compras de oportunidade, após a moeda ter fechado a terça-feira (25) a R$ 3,1086, o menor nível desde 2 de julho de 2015.

Às 9h25, o dólar à vista no balcão tinha alta de 0,44%, a R$ 3,1217. O dólar para novembro avançava 0,18%, a R$ 3,1260.

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Nesta quarta, foi divulgado que a confiança do consumidor subiu 1,8 ponto em outubro ante setembro, na série com ajuste sazonal. Com o resultado, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) ficou em 82,4 pontos, o maior nível desde dezembro de 2014, quando estava em 86,6 pontos.

Foi a sexta alta consecutiva no indicador, que tinha atingido a mínima histórica em abril deste ano. O dado, no entanto, não chegou a pesar nos ativos locais.

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) recomendou a todos os partidos ou coligações de Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR), que se abstenham de realizar quaisquer condutas caracterizadas como propaganda política antecipada na realização das convenções partidárias. De acordo com a promotora de Justiça Eleitoral, Vivianne Monteiro de Menezes, a recomendação busca se antecipar a possíveis irregularidades nos eventos.

O MPPE recomendou que, até o dia 15 de agosto, os partidos e as coligações devem ficar atentos para as situações de eventual violação aos limites impostos à propaganda intrapartidária, voltada para os eventos de escolha dos nomes que vão compor as chapas. 

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“As mensagens ou discursos proferidos no âmbito das convenções não podem ser transmitidas ou veiculadas em meios de comunicação que atinjam o grande público, como emissoras de TV e rádio, internet, outdoors ou carros de som. E o uso de faixas e cartazes que aludam aos candidatos é proibido em locais que não sejam aqueles em que estejam sendo realizadas as reuniões partidárias”, detalha Vivianne Monteiro. 

A promotora lembrou ainda que o descumprimento dos limites apontados pelo MPPE podem motivar a aplicação de multa, em valores que vão de R$ 5 mil a R$ 25 mil.

A suspensão de um debate no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre transexuais na semana passada mostra que os ministros estão mais cautelosos em decisões sobre direitos fundamentais. O entendimento é de que, agora, julgamentos sobre temas controversos podem perder legitimidade diante do tom elevado da polarização política, um dos efeitos da crise atual e que atinge o STF de forma indireta.

Caberá aos ministros responder se abordagens como a sofrida por uma mulher transexual impedida de usar o banheiro feminino em um shopping em Florianópolis, que acabou defecando na própria roupa, são passíveis de ação judicial por danos morais. Os ministros Luís Roberto Barroso e Edson Fachin disseram que sim. Outras 778 ações estão paradas pois dependem da decisão. Ao pedir vista do processo, Luiz Fux afirmou que, sem ouvir a sociedade, a Corte não tem representatividade para julgar.

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O presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), João Ricardo Costa, considera que os ministros estão atentos a "um momento mais conservador" no País. Para ele, um dos papéis do STF é o de convencer a sociedade sobre a decisão, o que explica a cautela.

A descriminalização da maconha para uso próprio, que entrou no STF em 2011, teve a discussão suspensa em setembro por um pedido de vista. Em um processo para reduzir o número de presos sem julgamento, os ministros já reconheceram parcialmente uma liminar, mas não têm prazo para voltar a discutir o mérito. Para o advogado constitucionalista Eduardo Mendonça, ex-assessor de Barroso no STF, a postura contida da Corte é estratégica. "Como diz o próprio Barroso, há um modelo de equilíbrio entre ousadias e prudências."

'Avanço seguro'

Recentemente, o Supremo eliminou de uma norma na lei militar trecho que discriminava homossexuais, mas manteve o entendimento de que a prática de sexo consensual entre adultos nos quartéis é crime.

A tendência é de que a agenda conservadora que avança na Câmara seja judicializada no STF. Para a consultora jurídica do instituto feminista Anis, Gabriela Rondon, que acompanha ações sobre minorias no Supremo, as barreiras no Congresso são maiores que as da Justiça. "A aposta no Judiciário é de longo prazo, e o reparo do dano causado tende a ter mais significado para o futuro do que para a pessoa que sofreu o prejuízo."

A análise do ministro Marco Aurélio Mello é que o STF deve trabalhar para colocar o preconceito sobre esses temas em segundo plano. "Precisamos avançar, mas com segurança. O nosso dever é sopesar os valores", diz. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Bolsa de Tóquio fechou praticamente estável nesta quinta-feira (3), com os investidores mantendo cautela antes de eventos importantes, incluindo a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que será anunciada na manhã de hoje.

O Nikkei, índice que reúne as ações mais negociadas na capital do Japão, encerrou o dia com alta apenas marginal, de 0,01%, a 19.939,90 pontos, após migrar para o azul nos negócios da tarde.

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Investidores nos mercados financeiros mundiais aguardam o resultado da reunião do BCE que, segundo analistas, deverá anunciar mais tarde novas medidas para reavivar a economia da zona do euro e impulsionar a inflação local, e o relatório de empregos dos EUA, que será publicado amanhã.

Para Masahiro Ichikawa, estrategista sênior da Sumitomo Mitsui Asset Management, o Nikkei só conseguirá ultrapassar a máxima registrada este ano, de 20.952,71 pontos, se surgirem claras evidências que levem à melhora da perspectiva para os lucros das empresas japonesas.

Eventuais fatores positivos para o setor corporativo do Japão incluem a estabilização dos ativos financeiros mundiais, a interrupção da desaceleração na China, quedas moderadas no iene ante o dólar e políticas de apoio do governo e do banco central japoneses.

Os destaques de alta em Tóquio hoje incluíram as JX Holdings e a TonenGeneral Sekiyu, cujas ações subiram 2,7% e 1,1%, respectivamente, após as petrolíferas fecharem um acordo para unir suas operações até abril de 2017.

Além disso, a Japan Post Holdings avançou 1,63%, depois de tocar seu maior valor intraday durante o pregão desde que foi listada, em novembro. Antes da abertura dos negócios, a empresa de correios recomprou 730,96 bilhões de ienes (US$ 5,9 bilhões) de suas ações, ao preço de fechamento de ontem. Fonte: Dow Jones Newswires.

Esta segunda-feira (19) foi um dia misto de alívio e cautela no mercados de câmbio e juros, que dividiram as atenções entre fatores nacionais e internacionais. As declarações de ontem da presidente Dilma Rousseff reforçando a permanência de Joaquim Levy à frente do Ministério da Fazenda foram bem recebidas no mercado, que encerrou a semana passada com alto grau de desconfiança quanto ao futuro do ministro.

Os rumores em torno de uma suposta carta de demissão no final da tarde de sexta-feira pareciam fazer sentido, uma vez que a política econômica de Levy vinha sofrendo críticas dentro do PT e, principalmente, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em Estocolmo (Suíça), Dilma foi enfática ao garantir que Levy não está saindo do governo e classificou como especulação os questionamentos quanto a esse assunto.

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O mercado respondeu com alívio, mas não deixou de lado a cautela com a questão política. Isso porque a percepção é de que o "fogo amigo" em torno de Levy deve continuar nos próximos dias, uma vez que há assumida discordância em setores do PT em relação à condução da política econômica do governo.

Outro fator que manteve a cautela do investidor foi o cenário internacional, que teve na divulgação de indicadores econômicos na China a sua principal influência. O Produto Interno Bruto (PIB) chinês cresceu 6,9% no terceiro trimestre, na comparação com o mesmo período do ano anterior. O resultado veio abaixo dos 7% registrados nos dois primeiros trimestres do ano. Esta foi a primeira vez que o indicador fica abaixo dos 7% desde 2009. Os dados sugerem que as medidas do governo para apoiar a atividade econômica não foram suficientes para evitar a desaceleração da economia. As incertezas quanto à capacidade da China de voltar a crescer levaram à valorização do dólar frente à maioria das moedas ao redor do mundo, com reflexos também no Brasil.

Nos negócios na BM&FBovespa, as taxas se ajustaram para cima na comparação com o ajuste de sexta-feira - antes da intensificação dos boatos sobre Levy - e para baixo na comparação com as taxas do fechamento do horário estendido. O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2016 fechou com taxa de 14,304%, contra 14,314% do ajuste de sexta-feira e 14,350% do fechamento no horário estendido. O DI de janeiro de 2017 terminou hoje com taxa de 15,42%, de 15,38% do ajuste (15,56% no horário estendido de sexta-feira). O vencimento de janeiro de 2021 ficou com taxa de 15,82%, ante 15,76% do ajuste anterior (16,03% no estendido).

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), avaliou os ajustes orçamentários e fiscais promovidos pelo Governo Federal e reconheceu ser necessário reduzir gastos. A análise do petista foi feita durante pronunciamento no Senado, em Brasília, nesta segunda-feira (25). 

Humberto Costa esclareceu pontos do contingenciamento de R$ 69,9 bilhões no orçamento deste ano, anunciado pela equipe econômica na última sexta-feira (22) e afirmou que as são medidas essenciais para garantir o compromisso dos Governos do PT com as políticas inclusivas adotadas desde 2003, cujo o objetivo é o de garantir a continuidade de programas que mudaram a realidade do país e o fizeram crescer de maneira mais igual, como o Bolsa Família, o FIES, o Minha Casa Minha Vida e o Pronatec.

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“O momento atual pede isso ao Brasil: cautela. É necessário que nós, agora, reduzamos um pouco os gastos e investimentos públicos para que tenhamos dinheiro suficiente em caixa para honrar todas as nossas responsabilidades”, reconheceu o líder do PT. 

Durante discurso o parlamentar enalteceu a presidente Dilma Rousseff (PT) e o ex-presidente Lula (PT) alegando terem tomados uma série de medidas para manter a economia aquecida e garantir o projeto de desenvolvimento inclusivo. “Enquanto muitos países demitiam e aumentavam o abismo social entre ricos e pobres, o maior dos últimos 30 anos, o Brasil fazia o enfrentamento dessa dura e prolongada crise internacional com uma série de políticas exitosas, reconhecidas globalmente”, observou.

O petista também mandou um recado para a oposição, dizendo que ela não deve se animar, “pois os governos do PT jamais aceitarão a receita de recessão e de arrocho salarial aos trabalhadores que ela aplicou ao país quando o governou. (...) O período do arrocho, do pires na mão ao FMI, de descontar no andar de baixo a fatura dos juros escorchantes que faziam a alegria do andar de cima já passou e não foi o PT que promoveu, todos lembram bem”, disparou.

De acordo com o senador, mesmo durante o período de crise, o governo expandiu os investimentos em educação superior, com programas como o ProUni e o FIES, entre outros. Ao término do pronunciamento Costa pediu serenidade aos companheiros de partido e de movimentos sociais para apoiar o Governo neste momento de ajuste necessário. Já para os brasileiros ele pediu que confiem nos compromissos e tenham a certeza de que o país vai entrar em um novo ciclo histórico de desenvolvimento.

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