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Uma pesquisa do Ibope divulgada no último mês de junho apontou 14% dos brasileiros optam pelo cardápio vegetariano na alimentação. Com o aumento da população que procura não ingerir ou reduzir o consumo de comida oriunda de animais, não é só o mercado alimentício que mira esta parcela do mercado. A “tecnologia do amor” também tem o seu recurso para aproximar casais que sigam o mesmo princípio: O aplicativo de namoro Veggly, desenvolvido pelo brasileiro Alex Felipelli, já tem cerca de 100 mil usuários no mundo.

A iniciativa de Felipelli, idealizador do projeto, veio à tona após o engenheiro de computação procurar relacionamento amoroso com pessoas que, assim como ele, baniram a carne do cardápio. Vegano há pouco mais de quatro anos, o ex-estudante da Universidade de São Paulo (USP) teve a ideia de usar a tecnologia para intermediar o encontro de quem procura, por meio da alimentação, reduzir os impactos no meio ambiente e o sofrimento de aves, bovinos, suínos e peixes. 

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O aplicativo de paquera foi lançado em 2018 e pode ser acessado em idiomas como inglês, espanhol, alemão, francês, italiano, dinamarquês, além do português. No Brasil, já são mais de 9,4 mil adeptos do Veggly. Do total de usuários, 53% são mulheres. O restante, 47%, é composto por homens.

Dois homens estão sendo procurados por tentativa de furto em uma horta na cidade de Americana, em São Paulo. O roubo deu errado e os suspeitos não levaram os pés de alface a o brócolis que haviam retirado da terra. O pior é que um dos trapalhões deixou o documento pessoal na cena do "crime".

Segundo o jornal 'O Liberal', o curioso caso ocorreu na Avenida da Música, bairro de Nova Carioba nessa segunda (4). A guarda municipal foi acionada pelo dono da horta, que afirmou estar saindo de viagem quando viu os dois indivíduos retirando os vegetais da terra.

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Algo deu errado e os dois fugiram antes da chegada dos agentes, deixando para trás os quatro pés de alface e um brócolis que pretendiam roubar. A polícia ainda tenta localizar os 'ladrões de verduras'.

Os crocodilos são às vezes descritos como fósseis vivos por causa de sua grande semelhança com seus ancestrais da era dos dinossauros.

Mas se você encontrasse uma máquina do tempo que o levasse à Era Mesozóica, iria constatar que nem todos os crocodilos iriam considerá-lo como um alimento saboroso.

Isso, segundo um novo estudo publicado nesta quinta-feira no Cell Press, que conseguiu escanear 146 dentes de 16 espécies extintas e determinou que, diferente de seu descendente moderno reconhecido por sua ferocidade, alguns crocodilos pré-históricos eram mais pacíficos.

"O que é realmente fascinante sobre isso é que muitos desses dentes não se parecem com nada que vemos hoje", disse à AFP Keegan Melstrom, um estudante de doutorado na Universidade de Utah que esteve à frente da pesquisa junto com seu supervisor, Randall Irmis.

Para determinar o que revela a complexidade do dente sobre a dieta, Melstrom se baseou em trabalhos anteriores sobre a heterodontia em mamíferos (a variedade de formatos de dentes num animal), e suas descobertas iniciais sobre diferenças dentárias de répteis.

"Alguns eram similares aos crocodilos atuais e eram principalmente carnívoros, outros foram onívoros e provavelmente outros especializados em plantas", disse, acrescentando que eles viviam em diferentes continentes e em momentos diferentes.

Enquanto algumas dessas espécies provavelmente se pareciam muito com crocodilos ou jacarés modernos, outros eram pequenos, viviam completamente na terra, ao contrário de seus descendentes semiaquáticos, e tinham pernas sob seus corpos.

"E eu penso neles como um cachorro ou gato sem pelo ", disse.

O que permanece um mistério, no entanto, é que tipo de pressão evolutiva levou os crocodilos a ter dietas dominadas por plantas e a razão pela qual desapareceram.

Melstrom inicialmente acreditava que a ausência de mamíferos os levava a ser herbívoros, mas descobriu que algumas das espécies viviam ao lado de mamíferos e protomamíferos, enquanto outros não mudaram.

Agora ele espera investigar quais fatores levaram os crocodilos a diversificar suas dietas originais e por que isso mudou.

Carne vegetal, ou "celular", patê à base de plantas, leite, ou caviar de algas: as "proteínas alternativas" aos produtos de origem animal são cada vez mais procuradas, e os investidores estão cientes disso, segundo especialistas reunidos na feira South by Southwest, no Texas.

"Em 2018, dezenas de empresas foram criadas neste setor em plena expansão", diz Olivia Fox Cabane, fundadora do empreendimento Kind Earth e líder da Aliança Internacional para as Proteínas Alternativas.

Ela tenta registrar com bastante precisão todos os recém-chegados e diz que é forçada a atualizar seu gráfico a cada duas semanas. Segundo ela, este filão da indústria agroalimentar é mais bem-sucedido do que as redes sociais em seu apogeu.

"Para todas as empresas que buscam financiamento, há dois ou três investidores. Nunca vi nada parecido no Vale do Silício", acrescentou Fox.

Além da Califórnia, os principais líderes do setor estão na Holanda, onde se inventou essas alternativas para carne e outros produtos de origem animal, assim como em Israel, aponta.

Por que tal avidez econômica por essas novas formas de alimentação? "Os consumidores querem", respondem em coro os participantes da conferência South by Southwest, um festival fundado em 1987 que está na vanguarda da inovação e de novas tendências, tanto socioculturais quanto tecnológicas.

E as novas tecnologias são, agora, capazes de satisfazer o público em geral, insiste Dan Altschuler Malek, membro do fundo de investimento New Crop Capital.

"A comida vegana apareceu décadas atrás, no final dos anos 1960, e era inicialmente destinada a consumidores 'éticos' que estavam dispostos a fazer sacrifícios. Mas foi apenas a partir da década de 1990 que se tornou mais apetitosa", explica.

"Agora estamos na terceira geração, e o consumidor não precisa mais renunciar ao sabor: as pessoas gostam porque é bom, não só porque é vegetal", diz.

Também para os investidores, "o gosto é o critério mais importante, o custo só vem em segundo lugar", garante Dan Altschuler Malek.

- Norma em 5 anos? -

Para evitar ficar de fora, a maioria dos grandes grupos agroalimentares também investe nessas novas proteínas.

Até mesmo a Tyson Foods, segunda maior produtora de carne dos Estados Unidos e maior exportadora mundial de carne bovina americana, entrou no negócio.

De acordo com a Fox, esta empresa é "a principal investidora em empresas que produzem 'carne celular'", a "verdadeira" carne produzida em laboratório com base em células musculares e adiposas.

Ainda há alguns avanços a serem feitos, em particular para avançar na produção em grande escala e oferecer substitutos para os produtos de consumo do dia-a-dia.

Altschuler Malek, por exemplo, gostaria de poder oferecer "costeletas de porco" vegetais. Mas já existe um substituto para o atum vermelho feito de tomates que, segundo ele, tem a aparência, textura e sabor do peixe cru usado na culinária japonesa.

Para o restante, é uma questão de tempo. "Em cinco anos, vejo um mundo onde essas proteínas alternativas não serão mais alternativas: elas se tornarão a norma, e vamos encontrá-las em todos os restaurantes, ou lojas", estima.

Os principais ingredientes destas proteínas alternativas são soja, feijão, grão-de-bico e glúten de trigo, mas outros estão ganhando terreno, como algas ou cogumelos, que parecem promissores.

Os investidores presentes em Austin não acreditam, no entanto, no entusiasmo por insetos que algumas empresas emergentes mostraram.

Além dos problemas de regulação sanitária que poderia representar, mais uma vez destacam o gosto dos clientes.

As proteínas baseadas em insetos "podem ter aceitação em algumas regiões, mas eu não vejo o consumidor médio saltando sobre esse tipo de produto", diz o CEO da Bid Idea Ventures, Andrew Ive.

Comendo carne não se consegue correr mais rápido, nem ser mais forte, argumenta um documentário apresentado nesta segunda-feira (19) na Berlinale, no qual até Arnold Schwarzenegger se soma à causa vegetariana em nome da saúde e do meio ambiente.

Dirigido pelo documentarista vencedor do Oscar Louie Psihoyos, "The game changers" busca desmontar o mito em torno ao consumo de proteínas animais, entrevistando os esportistas de elite que chegaram ao topo com uma dieta vegetariana.

Os corredores Carl Lewis, Scott Jurek e Morgan Mitchell, o nadador Murray Rose, o levantador de pesos Kendrick Farris e até um dos homens mais fortes do mundo, Patrik Baboumian, capaz de levantar mais de 500 kg, são provas convincentes de que é desnecessário consumir carne para ganhar em energia e força.

"Quando parei de comer carne, fiquei maior e mais forte", assegura Baboumian, alemão de origem iraniana, enquanto levanta e move quatro homens como se fossem penas.

Até "os gladiadores eram vegetarianos", aponta o documentário de Psihoyos, fazendo eco de um estudo elaborado a partir de cerca de 5.000 ossos pertencentes aos lutadores romanos.

- O colesterol do 'Exterminador' -

Mas para além do que poderia ser uma constatação curiosa, o filme, exibido na seção "Cinema Culinário" da Berlinale, mergulha em estudos científicos e opiniões de especialistas, que advertem sobre os riscos para a saúde de ingerir proteínas animais, especialmente relacionados com as doenças coronárias.

Nesse contexto, Schwarzenegger reconhece ter passado de consumir 110 gramas por dia de proteína animal a levar uma dieta vegetariana. "Aos meus quase 69 anos, tenho o nível de colesterol mais baixo da minha vida!", assegura o "Exterminador".

Psihoyos, um ambientalista que em 2010 ganhou um Oscar com o filme "The Cove", no qual denunciava a pesca de golfinhos no Japão, explicou à AFP ter percebido que a melhor maneira de lutar pela preservação do planeta era apelando aos hábitos alimentares.

"Comprar um carro híbrido ou mudar o tipo de lâmpadas tem muito menos impacto que a alimentação, dado que comemos três vezes ao dia!", defende este americano, em cujo filme mostra até que ponto a criação maciça de gado afeta o meio ambiente.

- Ereções noturnas -

Psihoyos assegura que cada um pode encontrar o argumento que melhor lhe convenha no documentário para parar de comer carne.

Além de uma questão de saúde, esportiva ou ambiental, para os jovens que "acreditam que vão viver para sempre", o filme mostra três meninos que se submetem a um exame para determinar seu número de ereções durante a noite: nos períodos em que eliminaram a proteína animal, o número disparou.

"Este pode ser o pretexto mais poderoso, porque todo mundo quer render sexualmente", assegura sorrindo Psihoyos, que se define vegano.

Se a ideia de que comer carne é saudável segue amplamente vigente, isso se deve, segundo o documentarista, aos interesses da indústria agroalimentar.

"Há bilhões de dólares em jogo" e o setor "tenta reter pelo maior tempo possível a informação" prejudicial, da mesma forma que aconteceu com a indústria do tabaco na segunda metade do século XX, afirma Psihoyos.

O documentarista confia em que seu filme terá um impacto: "95% das pessoas que o viram nos testes disseram estar dispostas a modificar sua dieta", comemora.

Alguns dinossauros podem não ter sido os vegetarianos rigorosos que os paleontologistas achavam que eles eram.

Uma nova análise de excrementos de dinossauros fossilizados sugere que alguns dinossauros herbívoros também podem ter comido crustáceos, de acordo com um novo estudo publicado na quinta-feira na revista Nature Journal Scientific Reports.

Esses animais podem ter recorrido a este "lanche" quando estavam se reproduzindo e precisavam de proteína extra.

"Foi surpreendente descobrir que os dinossauros comiam alimentos animais na forma de crustáceos", disse a autora do estudo, Karen Chin, professora de paleontologia do Museu de História Natural da Universidade do Colorado.

"Nós ainda não sabemos o tipo de crustáceos que eram, mas esperamos encontrar mais espécimes de esterco fossilizados que tenham características particulares que nos permitam identificá-los".

As descobertas desafiam suposições sobre os hábitos alimentares de alguns dinossauros herbívoros.

Suas dietas podem ter sido mais parecidas com a dos pássaros, que muitas vezes procuram proteína e cálcio extras durante a época de reprodução, do que com a dos grandes mamíferos herbívoros, como elefantes e girafas, sugerem os pesquisadores.

Os dinossauros reinaram na Terra por 160 milhões de anos, até um asteroide colidir com o planeta, há 65,5 milhões de anos, e exterminar os animais terrestres. Os sobreviventes, que podiam voar, são os antepassados ​​diretos dos pássaros de hoje.

Chin e seus colegas encontraram muitos exemplos de material do tipo concha em coprólitos - fezes fósseis - na formação rochosa de Kaiparowits no sul de Utah, que datam do Cretáceo Superior.

A pesquisa sugere que os dinossauros consumiam grandes crustáceos que se protegiam em troncos apodrecidos.

Não se sabe a que espécie pertencia o esterco, mas os autores acreditam que pode ser aos hadrossauros - semi-bípedes gigantes que podiam atingir mais de oito metros de comprimento.

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