Tópicos | vencidos

Antes do ápice da crise econômica que vem retirando alimentos básicos do prato do brasileiro, os reflexos da fome já indicavam que tempos de dificuldade estariam por vir. Dois homens foram presos por furto ao recolher embutidos vencidos, que esperavam pelo descarte no pátio de um supermercado em Uruguaiana, no Rio Grande do Sul.

Os policiais foram acionados para deter a dupla que entrou na área restrita do estabelecimento, revirou o setor de descartes - onde produtos vencidos são triturados antes de serem jogados fora - e deixou o local com 50 fatias de queijo, 14 unidades de calabresa, nove unidades de presunto e cinco de bacon, no dia 5 de agosto de 2019.

##RECOMENDA##

Os suspeitos foram apreendidos, mas ficaram em silêncio durante o depoimento e foram soltos para a conclusão das investigações. Com o inquérito finalizado em 2021, os dois foram indiciados pela Polícia Civil e denunciados pelo Ministério Público (MP-RS). 

Primeira absolvição

Desde então, a Defensoria Pública do Estado (DPE/RS) atua para tentar absolvê-los sob a alegação do princípio da insignificância evitar que sejam presos. Em julho de 2021, o juiz André Atalla acolheu a posição da DPE/RS e absolveu os réus.

"Entendo, contudo, que no presente caso não há justa causa para a presente ação penal em face do princípio da insignificância. No caso em tela, os acusados teriam furtado bens (gêneros alimentícios com os prazos de validade vencidos) avaliados em R$ 50,00, os quais foram devidamente restituídos ao proprietário”, destacou o magistrado em um dos trechos da decisão.

Nova denúncia do Ministério Público

Contrário à soltura, o MP-RS recorreu ao Tribunal de Justiça e reforçou a acusação de que “não se pode usar o princípio da insignificância e do crime bagatelar como estímulo e combustível à impunidade”.

Em nova tentativa de absolvição dos acusados, na última segunda (25), o defensor Marco Antonio Kaufmann rebateu a posição do MP-RS e avaliou a atual condição econômica. “Tristes tempos em que LIXO (alimento vencido) tem valor econômico. Nesse contexto, se a mera leitura da ocorrência policial não for suficiente para o improvimento do recurso, nada mais importa dizer”.

O caso será julgado novamente e dessa vez será decidido pelos desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado.

A Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), ligada ao Ministério da Saúde, deixou vencer milhares de kits para diagnóstico da covid e dezenas de medicamentos e vacinas para outras doenças. O órgão foi notificado sobre a proximidade da data de validade de 32 tipos de insumos. Mesmo assim, não agiu a tempo de distribuí-los. O resultado é que, agora, milhares de imunizantes, soros, diluentes e testes que custaram R$ 80,4 milhões não foram aproveitados a tempo e serão inutilizados.

O desperdício inclui, por exemplo, mais de 18 mil kits de testes de covid, considerados fundamentais para monitorar e controlar a transmissão do vírus. Também estão na lista 44 mil vacinas meningocócicas (contra meningite) e 16 mil vacinas contra a gripe.

##RECOMENDA##

As informações constam de documentos internos da pasta obtidos pelo Estadão. O material estava armazenado no Centro de Distribuição que o ministério possui em Guarulhos (SP). Planilha do Ministério da Saúde aponta que, para sete desses insumos, houve mais de uma notificação sobre o vencimento do prazo. A SVS foi alertada, em abril e em junho deste ano, sobre produtos que venceriam entre 8 de julho e 31 de agosto. Eles custaram R$ 2,6 milhões aos cofres públicos.

Todos esses insumos fazem parte de uma lista de 271 itens que perderam a validade entre 2017 e 2021. Os insumos da planilha somam 1,8 milhão de unidades e custaram R$ 190,8 milhões aos cofres públicos. Quase a totalidade deles, ou 96%, foram perdidos a partir de 2019, durante o governo do presidente Jair Bolsonaro. O prejuízo foi de cerca de R$ 190,1 milhões a partir de 2019, ante o prejuízo de R$ 680 mil ocorrido entre 2017 e 2018.

Ofício da coordenadora-geral substituta de Logística de Insumos Estratégicos para Saúde, Katiane Rodrigues Torres, de 22 de setembro, registrou que houve "comunicação prévia da proximidade de vencimento desses medicamentos". Ela apontou, no entanto, a "ausência de resposta das áreas responsáveis, em tempo hábil, para a distribuição destes Insumos Estratégicos para Saúde - IES".

A coordenadora pediu que fosse apresentada justificativa sobre os vencimentos e citou ainda os custos de armazenagem, que aumentaram "consideravelmente" a execução do contrato. O requerimento foi encaminhado por ela ao diretor de Logística do Ministério da Saúde, general Ridauto Lúcio Fernandes. Ele, por sua vez, enviou a documentação à SVS com pedido para que cada item da planilha tivesse "uma justificativa própria, não podendo a manifestação ser feita de forma genérica".

Fernandes citou, no documento, uma reunião da pasta com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, secretários e a consultoria jurídica da Saúde, em 13 de setembro, na qual "foi exposta a situação dos medicamentos que se encontram armazenados em Guarulhos e que estão com o prazo de validade vencido".

Na lista de itens que se perderam estão kits para diagnóstico de covid, dengue, zika e chikungunya, vacinas contra gripe, pentavalente (difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e contra a bactéria haemophilus influenza tipo b), tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela) e BCG, soros e diluentes.

Os testes para covid, dengue, zika e chikungunya são os itens mais caros perdidos pelo Ministério da Saúde. Por esses, a pasta pagou R$ 133 milhões. Desse total, R$ 77 milhões apenas pelos kits para detecção do novo coronavírus.

Na avaliação do presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Carlos Lula, "perder doses de algo que é plenamente controlável" é consequência da "falta de planejamento do Ministério". "Longe de ser um episódio, reflete toda a conduta da política pública do governo federal há pelo menos dois anos", disse ele, titular da pasta do Maranhão.

A reportagem questionou o Ministério da Saúde sobre os milhares de testes e medicamentos vencidos. A pasta, porém, não enviou resposta até as 20h desta terça-feira. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Serviço de Proteção ao Consumidor (Procon) inspecionou três salões de beleza localizados na Zona Sul, no bairro de Boa Viagem, e todos foram autuados por apresentar irregularidades. De acordo com o órgão estadual, esmaltes e produtos para cabelos estavam sendo utilizados fora do prazo de validade. 

Os estabelecimentos Edelson Cabelereiro, Dorinha Cabelereiros e Moacir Cabelereiros tinham irregularidades. O Procon-PE alerta que o consumidor deve ficar atento e pedir para ver a embalagem dos produtos antes de ser aplicado nas unhas e/ou cabelo.

##RECOMENDA##

No mês de março, a fiscalização foi realizada na Zona Norte do Recife e todos os quatro salões visitados também estavam com irregularidades. Na época, foram autuados o Salão de Beleza Julianne Art of Hair, no Parnamirim; China Cabeleireiro, nos Aflitos; Salão de Beleza Depione e França, em Casa Forte; e Neto Cabeleireiro, no Parnamirim.

Durante as fiscalizações, o Procon também notou a ausência de placas informativas sobre a lei Estadual 13.738/09. O regulamento obriga que os salões deixem em local visível a seguinte expressão: “O formol é considerado cancerígeno pela Organização Mundial de Saúde”.

Na manhã desta quinta-feira (5), o Procon-PE realizou fiscalização, juntamente com a Vigilância Sanitária do Recife, no supermercado Extra. O estabelecimento - localizado na Avenida Caxangá, no bairro do Cordeiro, Zona Oeste - continha irregularidades como alimentos vencidos.

De acordo com o órgão de proteção ao consumidor, o supermercado foi notificado por não cumprir a lei estadual 14.954/2013, que determina aos estabelecimentos indicarem de forma destacada em caso de produtos com menos de 30 dias para o fim do prazo de validade.

##RECOMENDA##

No caso do Extra, que continha refrigerantes vencidos, a correção foi feita de forma imediata – com o descarte dos produtos -, por conta disso apenas recebeu notificação para responder ao processo.  Além dessa ação, foi pedido pelo Procon-PE um relatório de venda do último mês.

Durante o período que antecedeu a Semana Santa até a Sexta-Feira da Paixão, a Vigilância Sanitária (Visa) da Secretaria de Saúde do Recife promoveu a Operação Pescado, com a finalidade de apreender alimentos impróprios para consumo. Cerca de doze mil quilos de produtos vencidos ou estragados foram apreendidos durante a operação, que percorreu 38 supermercados, mercados públicos, mercadinhos e peixarias da cidade.

Entre os locais visitados, 32 são formais e seis informais. Apenas o Mercadinho Atacarejo, em Nova Descoberta, Zona Norte do Recife, foi interditado, porque os fiscais encontraram 400 quilos de alimentos sem condições de serem consumidos. No local também foram encontradas fezes de ratos e problemas na estrutura física. No Atacado das Frutas e Verduras, no mesmo bairro, foram apreendidos e inutilizados 12,5 kg de pescados diversos estragados.

##RECOMENDA##

A maioria das irregularidades encontradas nos mercados públicos de São José, da Encruzilhada, de Água Fria e de Afogados foi a  ausência dos equipamentos de proteção individual dos funcionários; problemas de higienização; conservação e embalagens inadequadas e roupas inapropriadas dos funcionários, além do uso de adornos. 

Em relação aos supermercados, o Extra de Boa Viagem foi notificado em decorrência da identificação de 8.000 quilos de camarão congelado estragados, os quais foram inutilizados pela Visa.  Já o Supermercado Bompreço, localizado no Arruda, recebeu notificação para  fazer a limpeza imediata e Organizar os produtos na câmara frigorífica. Foram visitados também os supermercados da rede Carrefour e Bompreço.  

Alguns locais foram autuados também pela ausência do Código de Defesa do Consumidor (CDC), requisito indispensável para todos os estabelecimentos comerciais, devendo estar em local de fácil acesso para visualização dos clientes.

Capacitação – No início de março, a Vigilância Sanitária do Recife promoveu encontros para orientar a venda, manipulação, acondicionamento e vestimentas aos donos de boxes de mercados públicos, de supermercados e mercadinhos sobre o comércio dos pescados.

Com informações da assessoria.

[@#galeria#@]

Cerca de 300 padarias do Estado devem participar da campanha “De Olho na Validade” que entrará em vigor a partir de janeiro do próximo ano. A solenidade de assinatura do convênio, entre o Procon Pernambuco e a Associação dos Industriais de Panificação de Pernambuco (AIPP), será realizada durante o evento em comemoração ao Dia Mundial do Pão, promovida no Pátio do Carmo, no Centro do Recife.

De acordo com o Procon-PE, a campanha está em vigor desde 2012 nos supermercados e agora será implementada nas padarias. A ideia é que os próprios consumidores fiscalizem os estabelecimentos que vendem produtos fora da validade. Caso encontre algum item vencido, o cliente deve receber o mesmo item gratuitamente.

##RECOMENDA##

A medida é válida para os produtos que forem encontrados na área de venda da padaria antes de passar pelo caixa. No entanto, caso o consumidor já tenha passado pelo caixa e constate que um dos produtos que adquiriu está vencido, ele poderá fazer a troca, direito esse que é garantido pelo Código de Defesa do Consumidor.

Conforme José Rangel, coordenador geral Procon-PE, após a campanha realizada nos supermercados foi constatada uma diminuição da existência de produtos vencidos nas prateleiras dos estabelecimentos. “Essa é uma forma de aumentarmos a fiscalização. Além do próprio Procon, os consumidores passam a estar mais atentos. Assim o cliente desfruta de uma melhor qualidade dos produtos e fornecedor fica mais atento”, concluiu.

Com informações da assessoria

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando