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O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, disse nesta quinta-feira (30) que o novo coronavírus, que já deixou 170 mortos na China e deflagrou temores mundiais, pode criar empregos em seu país.

Ross comentou que o vírus é "muito infeliz", mas também é um "fator de risco" a ser considerado pelas empresas para operarem, ou não, na China.

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Até agora, 15 países foram afetados pelo novo vírus.

"Não quero falar de fazer uma volta da vitória em relação a uma doença muito infeliz e maligna, mas o fato é que dá aos negócios outro aspecto a levar em consideração", disse ele ao canal de notícias Fox Business.

"Então, acredito que ajudará a acelerar o retorno de empregos para a América do Norte, alguns para os Estados Unidos e, provavelmente, para o México também", afirmou.

Imediatamente, seus comentários foram criticados nas redes sociais por especialistas em saúde.

"Não há provas científicas, ou históricas, que apoiem o que está dizendo", apontou Georges Benjamin, da American Public Health Association, ao jornal "The Washington Post".

A Organização Mundial da Saúde (OMS) deve se reunir nesta quinta-feira (30) para decidir se declara uma emergência global pela doença. Muitos governos pediram a seus cidadãos que não visitem a China, enquanto outros proibiram a entrada de viajantes procedentes de Wuhan, epicentro da epidemia.

Hoje, o Fundo Monetário Internacional (FMI) indicou que acompanha a situação do coronavírus "em tempo real" e garantiu que o impacto na economia mundial dependerá da duração da epidemia.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (31) estar preocupado com possíveis "armadilhas" no acordo comercial do Mercosul com a União Europeia, que possam prejudicar um futuro acordo com os Estados Unidos. A declaração foi dada a jornalistas após o presidente se reunir, no Palácio do Planalto, com o secretário de comércio norte-americano, Wilbur Ross, que cumpre agenda oficial no Brasil.

"Todo mundo está preocupado com algumas armadilhas, todo mundo preocupado com isso aí, que você talvez possa, no acordo [União Europeia] com Mercosul, ter algum problema ao assinar um acordo com EUA. Isso vai em cima até numa questão de inteligência, todo mundo tem que se preocupar com isso daí, tem que saber se porventura há armadilhas ou se não há. A gente parte do princípio não há", afirmou. Pouco antes, o presidente também participou da cerimônia de troca da Grande Guarda Presidencial, na sede do Poder Executivo.

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Em evento realizado na terça-feira (30), na Câmara Americana de Comércio (Amcham), em São Paulo, Wilbur Ross argumentou que há diferenças entre as exigências para comércio com a União Europeia e com os Estados Unidos. Nesse caso, parâmetros e padrões relacionados a diversos setores econômicos, bem como indicadores e regulação sanitária, por exemplo, poderiam travar um eventual acordo com o Brasil, já que o país pode ter aderido aos padrões europeus no acordo fechado recentemente entre o Mercosul e a União Europeia. Ele deixou claro que há interesse dos EUA em estabelecer livre comércio com o Brasil, mas pediu cuidado para que o país "não caia em armadilhas" que dificultem um acordo futuro com os americanos.

"Nós temos diferenças com a Comissão Europeia em alimentos, químicos, automóveis, farmacêuticos, em todo tipo de setor. A gente também tem problemas com a visão deles em indicadores geográficos de alimentos e em um monte de regulações sanitárias e fitossanitárias. Então, o que quero advertir é que, por favor, tenham cuidado para não caírem em armadilhas [regulatórias] que sejam inconsistentes com o acordo de livre comércio conosco", disse, sem dar detalhes.

Bolsonaro classificou a reunião com Ross em Brasília como "excelente" e avaliou que as relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos estão aquém do potencial. "Acho que nosso comércio, dois países que tem juntos mais de 500 milhões de habitantes, é muito fraco", afirmou. Os EUA são o segundo maior parceiro comercial do Brasil, atrás apenas da China. Em 2018, as exportações de produtos brasileiros aos país norte-americano representou cerca de 12% do total, somando US$ 28,7 bilhões.

Entre os principais produtos exportados estão aviões, óleos brutos de petróleo e produtos semimanufaturados de ferro e aço. O Brasil importa principalmente combustível refinado, como gasolina e óleo diesel.

Crise no Paraguai

Bolsonaro também foi questionado por jornalistas sobre a crise política desencadeada no Paraguai, após a revelação da ata de um acordo entre o Brasil e o país vizinho, voltado para a compra de energia elétrica produzida pela Usina de Itaipu. O caso, que resultou na renúncia do chanceler Luis Castiglioni e do embaixador paraguaio no Brasil Hugo Caballero, aumentou a pressão sobre o presidente Mário Abdo Benítez, que corre o risco de sofrer um processo de impeachment.

"Sabe como é que funciona, lá é muito rápido o impeachment. Ontem eu conversei com o Silva e Luna, o presidente da parte brasileira de Itaipu. Estamos resolvendo este assunto. Pode deixar que o Marito vai ser reconhecido pelo bom trabalho que está fazendo no Paraguai", disse Bolsonaro.

A polêmica envolvendo a ata do acordo, aprovada em maio, também causou as demissões do presidente da Administração Nacional de Eletricidade (Ande), Alcides Jiménez, e do diretor paraguaio de Itaipu, Alberto Alderete. As demissões foram anunciadas na última segunda-feira (29) pelo porta-voz da presidência do Paraguai, Hernán Hutteman, que disse terem sido aceitas pelo presidente Mario Abdo Benítez.

Pesou nas demissões a acusação de que a ata do acordo havia sido debatida e aprovada sem a devida transparência. Autoridades e congressistas afirmaram que o acordo negociado seria prejudicial ao Paraguai e que poderia causar um prejuízo de até US$ 300 milhões. O Congresso paraguaio aprovou essa semana um projeto para anular os termos da ata. O texto diz que o governo deve encarar toda negociação "com o Brasil sobre Itaipu na base da transparência, em particular da plena soberania hidrelétrica". O projeto diz ainda que as negociações devem ocorrer com a ampla participação dos poderes do Estado. A decisão foi ratificada pelo presidente paraguaio. Com a revogação, o acordo volta a ser renegociado, no nível técnico, disse comunicado oficial da Presidência paraguaia.

 

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse que discutiu nesta quarta-feira, 31, com o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, uma aproximação comercial entre EUA e Brasil. Pelo Twitter, o presidente afirmou que os dois países "estão em enorme sintonia" e que a maior proximidade será benéfica a americanos e brasileiros.

"Recebi hoje (quarta) o Secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross. Discutimos formas de aumentar a cooperação, o comércio e os investimentos entre nossos países, que estão em enorme sintonia. A aproximação entre Brasil e EUA trará grandes benefícios para nossos povos", escreveu Bolsonaro.

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Na terça, 30, o presidente americano, Donald Trump, disse que vai trabalhar por um acordo de livre comércio entre EUA e Brasil, tendo dito que "o Brasil é um grande parceiro comercial" que cobra muitas tarifas dos americanos, mas que ele gosta do País. Trump também elogiou o governo Bolsonaro. "O presidente brasileiro é um homem especial", disse Trump.

O secretário de comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, tem uma viagem planejada ao Brasil para a próxima semana, segundo fontes que articulam a visita. A agenda de Ross ainda está sendo montada, mas há previsão de passagens do americano por Brasília, onde vai se encontrar com integrantes do governo, e por São Paulo.

A viagem é considerada pelos americanos e brasileiros como um dos passos de estreitamento das relações comerciais entre os dois países depois da visita do presidente Jair Bolsonaro a Donald Trump, em março.

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Na época, após encontro dos dois líderes na Casa Branca, Brasil e EUA concordaram em reduzir barreiras de comércio e investimentos - o que foi chamado de "parceria para a prosperidade" no texto da declaração conjunta.

Os dois países devem anunciar a retomada de um mecanismo bilateral chamado Diálogo Comercial. No passado, os encontros para incentivar comércio e investimentos eram conhecidos como MDIC-DoC - uma referência às siglas do então Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, no Brasil, e do Departamento de Comércio americano. Apesar de o mecanismo já existir desde 2006, EUA e Brasil querem avançar de forma mais ambiciosa em liberação de barreiras que não envolvam debate sobre tarifas, por exemplo, e temas de transparência em regulação.

Ross deve se encontrar com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas. Os americanos também articulam um encontro com Bolsonaro, que tem deixado claro que deseja intensificar a relação com os EUA.

Fontes do governo brasileiro querem aproveitar a presença de Ross para falar sobre a ideia de um acordo do Mercosul com os Estados Unidos. O presidente da Argentina, Mauricio Macri, falou publicamente da intenção, que também é tratada pelo governo brasileiro nos bastidores.

O tema já foi levado a Ross por integrantes da equipe econômica do governo brasileiro, mas Washington tem reagido de forma cética à entrada em um novo acordo de livre-comércio.

Desde a chegada de Trump à Casa Branca, os EUA decidiram se retirar ou renegociar acordos de livre-comércio - caso do Tratado Transpacífico (TPP, na sigla em inglês), do qual os americanos desembarcaram, e do Nafta, que foi refeito. Além disso, o governo americano tem esforços voltados para negociações comerciais travadas com a China.

Apesar de o Brasil querer explorar o tópico, a avaliação entre integrantes do governo é de que os EUA devem avançar nos temas regulatórios e não tarifários, em um primeiro momento. Fontes do governo americano afirmam que apesar do entusiasmo com a gestão Bolsonaro é preciso avaliar como o Brasil vai encaminhar reformas domésticas e conduzir negociações bilaterais, para que o avanço da relação diplomática e comercial aconteça de "forma fluida".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os Estados Unidos indicaram ao Brasil que vão adotar um sistema de cotas para a entrada de aço importado sem restrição tarifária. A sinalização foi dada pelo secretário de comércio dos EUA, Wilbur Ross, em reunião com o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira. Na conversa, o secretário reconheceu que o Brasil "não é um problema" para Washington na questão do aço e, por isso, terá o benefício. O governo brasileiro comemorou.

Após a crise comercial provocada pelo governo Donald Trump ao sobretaxar a entrada de aço importado em 25%, o imbróglio parece que começa a se resolver. Nessa quinta-feira, 12, Ross indicou que Washington tem interesse em resolver rapidamente a situação do Brasil no tema e propôs a adoção de um sistema de cotas para o aço de países que não são considerados "problema". Brasil e Coreia do Sul foram mencionados, sendo que as conversas com os coreanos estão mais avançadas. Representantes dos dois governos estão em Lima, no Peru, para participar da VIII Cúpula das Américas.

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Sem problemas

Nesse novo sistema de cotas, Washington não adotará nenhuma sobretaxa para o aço previsto na cota de cada país. A solução não deverá beneficiar China, Índia e Rússia. Ações de siderúrgicas reagiram positivamente e fecharam o dia em alta. Ao chanceler, o secretário norte-americano reconheceu que o aço do Brasil não é um problema para o governo Trump. O argumento é que, apesar de ser exportador do produto, a relação comercial entre os dois países é favorável para os EUA. Além disso, as empresas brasileiras têm investimentos no país, inclusive com geração de empregos no segmento siderúrgico. O governo brasileiro acredita que o novo sistema deve ser anunciado até o fim do mês - quando termina a isenção temporária ao material vindo do Brasil. Caso as negociações se estendam, o secretário dos EUA indicou ao Brasil que eventual sobretaxa teria compensação tributária posterior. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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