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O aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros importados no Brasil prejudicou o resultado da montadora francesa PSA Peugeot Citroën em 2012. A avaliação está no balanço anual divulgado nesta quarta-feira. Segundo a empresa, apesar de o mercado de veículos ter crescido no ano passado na América Latina, especialmente no Brasil, a Peugeot e a Citroën perderam espaço na região.

Segundo o balanço divulgado nesta quarta-feira, a demanda no Brasil puxou o mercado latino-americano de veículos em 2012, que cresceu 5,6% na comparação com 2011. Apesar disso, as vendas do grupo PSA Peugeot Citroën caíram 8,3% e as duas montadoras terminaram o ano passado com 277 mil unidades vendidas na América Latina.

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"No Brasil, o imposto sobre a venda de veículos importados ajudou principalmente o segmento de veículos populares, mercado em que o grupo não tem presença", cita o balanço. Outro motivo, diz a empresa, foram as obras de ampliação da fábrica de Porto Real, no interior do Rio de Janeiro. Segundo o balanço, esses trabalhos afetaram negativamente a produção.

Outros mercados

Entre outros mercados, as vendas cresceram 4,4% na Argentina, 7,4% na Rússia e 9,2% na China. A expansão nesses mercados emergentes compensou a queda das vendas na Europa. Na sede, por exemplo, o faturamento caiu 13,3% em um ano. Com isso, as filiais de fora da Europa respondem por 38% das vendas do grupo. Em 2015, a montadora quer alcançar 50% da receita fora da Europa.

Para 2013, a filial brasileira da empresa aposta as fichas na retomada do crescimento das vendas com o início da produção do modelo Peugeot 208 na fábrica do interior do Rio. A montadora também prevê reforço das vendas do Citröen C3, o que deve ajudar na melhora dos números em 2013.

A Air France-KLM negou, nesta segunda-feira, a informação veiculada na imprensa italiana segundo a qual companhia aérea negocia a compra da participação de investidores italianos na Alitalia.

"A Air France-KLM confirma que não há negociação de compra de todas ou parte das ações detidas por investidores italianos", disse uma porta-voz da companhia, por meio de um comunicado distribuído por e-mail.

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No domingo (06), o jornal italiano Il Messaggero publicou que o grupo franco-holandês tinha planos de comprar a Alitalia de investidores locais até o verão (no hemisfério norte), sem citar fontes.

Em 2008, a Alitalia estava à beira da falência quando foi adquirida por um grupo formado pelos principais industriais italianos. No começo de 2009, eles fundaram uma segunda companhia aérea, a Air One SpA, na qual a Air France-KLM detém uma participação de 25%. O período de bloqueio da venda de ações pelos investidores italianos termina no próximo dia 12. As informações são da Dow Jones.

O comércio, representado por 20 ações, foi o setor com melhor desempenho em 2012 na BM&FBovespa, com valorização média de 64,06% até quarta-feira (26), conforme levantamento realizado pela consultoria Economatica. Nesse estudo, foi analisado o retorno médio ponderado pelo volume financeiro das ações de 23 setores na Bolsa. No mesmo período, o Ibovespa tem alta de 7,41%. Sozinha no setor de bolsa de valores e commodities, a ação da própria BM&FBovespa apresenta desempenho de 49,10% no acumulado do ano, o segundo melhor da amostra.

Na sequência, em terceiro lugar, vem o setor de máquinas industriais. Com cinco ações, o retorno médio ponderado do grupo foi de 43,29%. Na quarta colocação está papel e celulose, com cinco ações e avanço de 40,55%. O segmento "outros", com 76 empresas, também teve alta de 40,55%.

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Software e dados acumula valorização de 39,57%; têxtil, 37,59%; veículos e peças, 34,33%; transportes, 31,69%; agro e pesca, 29%; alimentos e bebidas, 28,22%; química, 24,01%; seguradoras, 17,56%; siderurgia e metalurgia, 15,52%; minerais não metálicos, 11,17%; bancos, 10,53%, e mineração, 9,91%.

Maiores quedas

Na outra ponta, petróleo e gás é o grupo que teve maior queda no ano, até quarta. As nove ações do setor acumulam desvalorização média ponderada de 26,29%. O segundo setor com maior baixa é o de energia elétrica, com 50 ações e perda acumulada de 17,32% neste ano. Entre os 23 setores analisados, somente cinco registram queda este ano: além de petróleo e gás e energia, aparecem construção (-4,71%), outras atividades relacionadas a investimentos financeiros (-4,64%) e eletrônicos (-1,87%).

Ibovespa

Entre as 69 ações da carteira teórica do Ibovespa, 45 têm rentabilidade positiva em 2012 até 26 de dezembro, e as demais 24 ações registram queda do preço no mesmo período, segundo o levantamento da Economatica. A ação com melhor desempenho em 2012 é a da Hypermarcas (HYPE3), com valorização de 91,29%, seguida pela B2W (BTOW3), com alta 86%. Na terceira posição, está a Sabesp (SBSP3), com avanço de 73,23%. Entre as ações com maiores quedas, OGX Petróleo (OGXP3) lidera com -67,84%, seguida por Eletrobras ON (ELET3), com -60,32%, e Eletrobras PNB (ELET6), com -57,55%.

No primeiro dia de pregão depois do feriado de Natal, as ações da Gol tiveram alta recorde no ano. Isso porque, na sexta-feira à noite (21), a companhia anunciou que teve bons resultados em novembro e também que o programa de milhagem Smiles agora é uma empresa independente, que poderá ter ações negociadas em Bolsa.

Com as notícias, os papéis da companhia dispararam 16% na quarta-feira (26). Graças a essa alta, a empresa conseguiu reverter uma perda no ano de 9,5%, acumulada até o fim da semana passada. Agora, a Gol passou a ter valorização de 4,9% em 2012. No mesmo período, o índice Bovespa ganhou 7,5%.

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“O cenário mudou”, destacaram analistas do banco BTG, em relatório sobre a companhia divulgado na quarta-feira (26). Em novembro, a empresa diminuiu em 16,9% a oferta doméstica de assentos na comparação com o mesmo mês do ano passado. A redução ocorreu devido à oferta menor nas operações da Webjet - empresa comprada por R$ 70 milhões em julho de 2011. No mês passado, porém, a Gol decidiu encerrar as atividades da controlada.

No relatório de novembro, a Gol também divulgou que teve ocupação de 69,8% dos assentos, com crescimento de 5 pontos porcentuais em relação a novembro de 2011. O valor médio pago por passageiro a cada quilômetro voado (yield líquido consolidado) teve aumento de aproximadamente 8,5% na comparação com o mesmo período de 2011, ficando entre R$ 23,20 e R$ 23,60. A receita líquida de passageiro por quilômetro subiu 17% na comparação anual.

“A decisão de reduzir capacidade e aumentar a exposição a passageiros de negócios permitiu à companhia reportar um robusto crescimento”, disse o analista do UBS, Victor Mizusaki. Ele também ressaltou que os bons números da Gol são resultado da nova administração. Desde junho, Paulo Kakinoff, ex-presidente da Audi do Brasil, assumiu o comando executivo da companhia no lugar de Constantino de Oliveira Júnior, dono da companhia de aviação.

Seguindo uma estratégia adotada pela rival TAM em 2010, a Gol divulgou que estuda “a possibilidade de realizar uma oferta pública inicial de ações da Smiles, sem que haja qualquer estimativa ou previsão para a conclusão dessas análises”.

Na sexta, a empresa divulgou que o Smiles, que até agora era administrado pela VRG Linhas Aéreas S.A. (a holding que controla as empresas VRG Linhas Aéreas S.A. e o grupo Gol), agora passa a ser a Smiles S.A., sociedade recentemente constituída e controlada pela companhia. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

O BTG Pactual está autorizado pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) para atuar no mercado de seguros. A informação está publicada do Diário Oficial da União desta quarta-feira. O banco recebeu a chancela do órgão para trabalhar com seguros de danos e de pessoas em todo o País. Também foi aprovada, de acordo com a publicação, a denominação do nov negócio, BTG Pactual Seguradora.

Conforme adiantado pela Agência Estado, o capital social da seguradora do banco será de R$ 50 milhões, dividido em 50 milhões de ações ordinárias, sem valor nominal. O montante está acima da exigência mínima da Susep, de R$ 15 milhões.

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Ainda falta, porém, a autorização para o banco de André Esteves operar em resseguros, atividade que a instituição pretende atuar como uma companhia local (com sede no Brasil). A resseguradora do BTG terá capital de R$ 100 milhões, também superior aos R$ 60 milhões exigidos pela autarquia.

A aprovação da Susep foi considerada rápida por uma fonte de mercado, uma vez que o pedido para a constituição de uma seguradora e uma resseguradora local foi feito pelo banco há cerca de seis meses. "O prazo de aprovação é extremamente recorde. Foram quase seis meses, enquanto outros processos têm demorado mais de um ano e meio para serem avaliados pelo órgão", comentou o executivo.

Atraído pelos grandes contratos de infraestrutura a serem gerados por conta da Copa de 2014, da Olimpíada de 2016 e das obras do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), o foco do BTG Pactual é o seguro garantia, apólice que garante que uma obra vai ser concluída conforme estabelecido em contrato.

Tanto a operação de seguros como a de resseguros serão comandadas por André Marino Gregori, ex-presidente da Fator Seguradora, especializada em seguros de garantia.

O consumidor que vive em cidades do interior do País gasta cerca de 20% mais em compras no comércio eletrônico em relação às lojas do varejo físico, revela uma pesquisa feita pelo instituto de pesquisas Officina Sophia, com 520 consumidores na primeira semana deste mês.

A pesquisa mostra que o consumidor que mora fora das capitais desembolsou nos últimos três meses cerca de R$ 1.400 em compras na internet com eletroeletrônicos, eletrodomésticos, equipamentos de informática e telefones celulares. Nas lojas físicas, esse consumidor gastou R$ 1.151,90 com esses mesmos itens. A pesquisa foi feita com consumidores que compraram um desses itens nos últimos três meses.

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“Esse resultado indica uma boa oportunidade de negócio para as lojas físicas do interior”, observa a coordenadora da pesquisa, Tânia Rodrigues. Ela explica que esse diferencial no gasto em favor do comércio virtual sugere que há deficiências no sortimento das lojas físicas localizadas fora das capitais.

A enquete foi feita por telefone com consumidores residentes na capital paulista e em cidades com mais de 100 mil habitantes, como Catanduva (SP), Apucarana (PR) e Patos de Minas (MG), que ficam a 300 quilômetros das capitais de seus respectivos Estados. Além de gastar mais no comércio online, o consumidor do interior dá preferência para as lojas virtuais líderes de mercado no comércio tradicional, como Casas Bahia e Magazine Luiza. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Antes de encerrar o ano, a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, abriu um novo conflito com os produtores rurais de seu país. A Sociedade Rural Argentina (SRA) confirmou que os pecuaristas vão fazer um locaute de 24 horas amanhã, para protestar contra decreto presidencial que expropriou o tradicional edifício de exposições La Rural, em Buenos Aires. O decreto pegou os produtores de surpresa na véspera do fim de semana.

"Vamos paralisar a comercialização em reação não só aos ataques reiterados do governo contra o campo, especialmente contra a tentativa de confisco da Sociedade Rural", explicou à reportagem o presidente da SRA, Luis Miguel Etchevehere. Segundo ele, o locaute é também contra a decisão oficial de impedir a Federação Agrária (FAA) de emitir um certificado (chamado de 1116), que facilitava a comercialização de grãos entre os associados. A FAA agrupa os médios e pequenos produtores.

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O certificado em questão desburocratizava o processo de comercialização e era vendido pela FAA aos seus sócios. Esse é o segundo documento que o governo tira das mãos da FAA. O primeiro foi a chamada "carta de portabilidade", sem a qual nenhum caminhão pode circular com alimentos produzidos pelo país. Ambos os papéis, que passam a ser emitidos eletronicamente pelo governo, provocam perdas de fluxo de recursos para a instituição e complicam seu financiamento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Trabalhadores sindicalizados da Southern Copper Corp. entraram em greve no Peru nesta segunda-feira (24), para apoiar as exigências por aumento de salários, informou uma autoridade do sindicato.

"A greve está acontecendo em nas minas de Cuajone, Toquepala e Ilo", disse Ricardo Juarez, secretário-geral do sindicato em Ilo. Segundo ele, a greve de dois dias é um aviso à companhia de que, se não houver a elaboração de um novo contrato, uma greve geral e por tempo indeterminado começará no dia 15 de janeiro.

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Conversas entre a Southern Copper e sindicatos, buscando um acordo, foram suspensas. "As negociações não estavam progredindo", disse Juarez, acrescentando que a empresa contratou funcionários temporários durante a greve. A Southern Copper explora minas no México e no Peru. O Grupo Mexico detém participação majoritária na empresa. As informações são da Dow Jones.

Um confronto entre funcionários terceirizados e seguranças numa fábrica da siderúrgica indiana Tata Steel deixou cerca de 25 feridos em Jamshedpur, no leste da Índia. Cinco dos feridos, incluindo um repórter fotográfico, ficaram feridos quando a equipe de segurança disparou balas de borracha contra os manifestantes, segundo um porta-voz da empresa.

Os manifestantes também destruíram carros, queimaram algumas motocicletas e quebraram os portões da fábrica, informou a Tata Steel em comunicado. A companhia não informou as razões do confronto, mas o porta-voz disse que não se trata de disputas salariais ou demissões. "Ainda estamos tentando descobrir porque isso aconteceu", disse o porta-voz, acrescentando que a polícia está no local.

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Segundo um porta-voz do Sindicato dos Trabalhadores da Tata Steel, Shahnawaz Alam, não quis comentar porque os trabalhadores envolvidos no confronto eram terceirizados e não são sindicalizados.

Algumas outras grandes companhias indianas também enfrentaram violentos conflitos com trabalhadores neste ano. A maior fabricante de carros do país, Maruti Suzuki India, foi uma das empresas mais atingidas e chegou a suspender suas operações numa fábrica no norte da Índia por cerca de um mês após um gerente sênior ser morto e partes da fábrica serem destruídas num violento protesto realizado no dia 18 de julho por alguns trabalhadores. As informações são da Dow Jones.

A maioria das empresas que pretendia captar dinheiro na Bolsa em 2012 encerrou o ano com o bolso vazio - ou menos cheio do que esperava. O ano foi de vacas magras para as ofertas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês), que movimentaram apenas R$ 3,9 bilhões em 2012, o menor patamar desde 2004, quando o mercado de capitais brasileiro começou a deslanchar. O cenário de incertezas fez oito companhias que planejavam abrir o capital cancelarem suas ofertas ao longo do ano.

O grupo inclui nomes conhecidos do mercado, como a agência de viagens CVC, a rede de farmácia Pague Menos e a CPFL Renováveis, além de novatas como a mineradora Manabi e a rede de agências de viagens Brasil Travel. Também estão na lista a Isolux Infrastructure, de concessões de energia e rodovias, a prestadora de serviços para o setor de petróleo Seabras e a Biosev, resultado da fusão de LDC Bioenergia com a Santelisa Vale.

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A maré ruim é reflexo, em parte, das incertezas geradas pela crise na Europa, que trazem volatilidade à Bolsa brasileira. Mas questões econômicas do País pesaram mais. O Brasil vem crescendo menos e deve fechar o ano com uma alta de cerca de 1% do PIB (Produto Interno Bruto).

"O baixo volume de IPOs reflete a diminuição do apetite de investidores estrangeiros pelo Brasil. O País perdeu em atratividade para outros mercados, como o México", disse o diretor da área de ofertas de ações do Credit Suisse, Marcelo Millen. Segundo a BM&FBovespa, os investidores estrangeiros respondem por cerca de 70% dos recursos aplicados nas ofertas iniciais.

Outras questões, como a ingerência do governo na economia e uma desconfiança gerada após promessas não cumpridas de companhias que fizeram o IPO anteriormente, levaram os investidores a ficar ainda mais cautelosos. "Casos como o das empresas de Eike Batista, que prometeram um resultado e apresentaram outro, deixaram os investidores menos tolerantes a companhias pré-operacionais. E os investidores ficaram ainda mais desconfiados após o IPO da Unicasa, que divulgou seu primeiro balanço bem abaixo do esperado", disse uma fonte de mercado, que não quis se identificar. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Dos 452 voos domésticos programados nos aeroportos brasileiros entre 0h e 9h de hoje, 7% foram cancelados, de acordo com informações da Infraero. A maioria é da Gol e foi registrada no aeroporto de Guarulhos (SP). No período, os voos atrasados totalizam 4%. Já os atrasados entre 8hs e 9hs somam apenas 1,1% do total.

Nos voos internacionais, o número de cancelamentos é maior chegando a quase 11% do total previsto (55 voos). Os atrasados entre 8hs e 9hs representam 1,8%. Já os voos que atrasaram entre 0h e 9h deste domingo somam 12,7% do total, conforme a Infraero.

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A subsidiária peruana do Grupo Tigre deverá registrar neste ano um aumento de 20% do seu faturamento, a maior taxa de crescimento entre os dez países, incluindo o Brasil, onde o maior fabricante brasileiro de tubos e conexões tem operações. Tamanho êxito está levando o grupo a investir US$ 32 milhões no país vizinho em 2013, incluindo a construção de uma nova fábrica na região da capital Lima.

Ao longo dos últimos dez anos, o Peru juntou-se ao Chile como o mais novo modelo econômico de sucesso na América do Sul e está atraindo cada vez mais investimentos de empresas brasileiras, em busca de um mercado consumidor robusto e em rápida expansão.

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"O sucesso do Peru é resultado de uma combinação de fatores: uma economia estável, inflação sob controle e juros que permitem fazer investimentos com bom retorno, além da disponibilidade grande de crédito", disse à Agência Estado o presidente da Tigre, Evaldo Dreher. A unidade peruana, em operação desde janeiro de 2008, já é responsável pelo quarto maior faturamento do grupo.

O Produto Interno Bruto (PIB) peruano deverá crescer 6% neste ano, segundo estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI), a maior taxa de expansão entre os países sul-americanos. De 2001 a 2011, o país cresceu em média 5,8% ao ano, enquanto a inflação média anual foi de 2,5%, conforme dados do banco central daquele país. O investimento bruto fixo da economia peruana passou de 18,6% do PIB em 2001 para 24,1% em 2011, depois de atingir o pico de 25,9% em 2008. O investimento estrangeiro direto, que atingiu 4,3% do PIB em 2011, deve ficar ao redor de 4% neste ano.

"O Peru fez ajustes macroeconômicos muito importantes ao longo da última década", diz o economista-chefe para América Latina do banco HSBC, André Loes. "O país tem um ambiente de negócios muito acolhedor e uma economia bastante competitiva com custos baixos de produção, além de perseguir contas fiscais equilibradas, com superávits nominais há vários anos". Além de escolhas acertadas de política econômica, o Peru foi beneficiado por um ciclo favorável de preços e de demanda de commodities.

Em momentos de desaceleração da economia global e um esfriamento da demanda por commodities, um maior grau de abertura da economia e um ambiente mais acolhedor aos negócios deixaram o país andino mais resiliente aos efeitos negativos da crise mundial, ressaltou Loes, citando, como exemplo, a boa colocação do Peru no ranking do Banco Mundial de países onde é mais fácil a abertura de empresas e a realização de operações comerciais. No relatório "Doing Business" de 2012, do Banco Mundial, o Peru ficou em 41º lugar entre 183 países onde o ambiente regulatório, tributário e burocrático é mais ou menos acolhedor para a implantação e operação de novas empresas. Na América Latina, apenas o Chile teve uma colocação melhor: 39º lugar. O Brasil ficou em 126º. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

La Suíza é uma das mais miseráveis favelas que compõem o Petare - maior cinturão de pobreza da Venezuela, com 1 milhão dos 30 milhões de habitantes do país. Em La Suíza falta coleta de lixo, eletricidade e água, mas a maior preocupação é com a saúde. Não das 80 famílias que moram ali, mas a do presidente Hugo Chávez. Dela depende, creem, os subsídios em comida, moradia e transporte que explicam a onipresença do bolivariano.

"Se ele morrer, tudo isso se acaba. Será um retrocesso tremendo", afirma a faxineira e cozinheira Rosa Salazar. Aos sábados, ela caminha 100 metros - 50 se atalhar por um íngreme barranco de terra - até o Mercal, o centro de distribuição de alimentos espalhado pelo chavismo nos bairros mais pobres. Ali, compra frango, leite em pó e outros produtos desembolsando em média 40% do valor pago no pé do morro, em um mercado convencional.

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"Basta entrar na fila. Não é preciso dizer que vota em Chávez para comprar aqui. Mas posso garantir que 90% de quem vem é chavista", diz orgulhoso José Materan, de 46 anos, o tesoureiro da casa comunal que engloba o Mercal, uma sala com internet e um Simoncito - nome dado às creches para crianças de 3 a 6 anos, referência ao libertador Simon Bolívar. Conforme Materan, são distribuídas 3,5 toneladas de alimento, sempre aos sábados, aos madrugadores que conseguem uma das 17o fichas. "Se o frango vem pequeno ou não tem para todos, racionamos", conta.

Opositores de Chávez acusam o presidente de usar as casas comunais como ferramenta de campanha permanente. A "denúncia" não chega a ter repercussão, porque o governo não nega.

Tanto no Mercal quanto no centro de saúde em que Rosa busca antigripal para a neta, outros 50 metros morro acima, a propaganda bolivariana é aberta. Na parede do ambulatório coordenado por médicos cubanos, um cartaz anuncia: "Petare, território socialista". Sobre o balcão de atendimento, folhas ensinam como votar nos candidatos do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) e um jornal da agremiação saúda a "recuperação do comandante".

Chávez submeteu-se dia 11 em Cuba à quarta cirurgia contra o câncer, na qual houve um sangramento e uma infecção respiratória. Sua posse está marcada para 10 de janeiro. Caso não assuma, a Constituição prevê a convocação de eleição em 30 dias, mas dirigentes chavistas indicam que recorrerão ao Tribunal Supremo, o qual dominam, para adiar o processo.

Segundo especialistas, as reservas de petróleo do sexto produtor mundial explicam os subsídios não só da gasolina - o litro custa R$ 0,08 -, mas também a importação do frango brasileiro e outros produtos do Mercal. "É uma situação insustentável", diz Boris Ackerman, chefe do departamento de ciências econômicas da Universidade Simon Bolívar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Refinaria de Petróleo Manguinhos informa que, por meio de seus advogados, impetrou, em 1º de novembro, mandado de segurança perante o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro contra o ato do governador do Estado do Rio, que declarou de utilidade pública e de interesse social, para fins de desapropriação, a área onde se situa a empresa.

A companhia esclarece que, em 22 de novembro, o desembargador relator do caso pediu informações sobre o ato ao governador, que terá até 17 de dezembro para prestar os esclarecimentos. Ainda segundo a companhia, o mandado de segurança foi ajuizado com fundamento em pareceres dos professores e juristas Celso Antonio Bandeira de Mello e Kiyoshi Harada.

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Um navio cargueiro afundou nesta terça-feira em uma tempestade no Mar Negro e uma equipe de resgate enviada para buscar os náufragos, por sua vez, bateu em um recife e afundou. Pelo menos três pessoas morreram nos dois naufrágios e outras dez estão desaparecidas, disseram oficiais da Marinha da Turquia. O cargueiro Volgo Balt 199, de bandeira da nação caribenha de St. Kitts and Nevis, transportava carvão da Rússia para o porto turco de Antalya e naufragou perto de Istambul, com 11 ucranianos e um russo como tripulantes, informou a agência de notícias turca Anadolu.

A Marinha turca conseguiu retirar quatro tripulantes das águas, recuperou um corpo e buscava pelos outros sete, quando um dos barcos de resgate atingiu as rochas e afundou, matando dois dos socorristas turcos, informou o Ministério dos Transportes. Três outros socorristas permanecem desaparecidos.

Enquanto isso, a Marinha turca despachou mais dois barcos que tentam resgatar os tripulantes de outro cargueiro desgovernado, o Adriatic, de bandeira da Antígua e Barbuda, que tem 14 tripulantes e está à deriva no Mar Negro, perto do Bósforo. O Mar Negro enfrenta terríveis tempestades de outono. "As condições do mar estão terríveis, o que torna muito difíceis as operações de resgate", disse Salih Oracki, chefe da Autoridade Costeira da Turquia.

As informações são da Associated Press.

A indústria fabricante de carroçarias de ônibus (urbanas, rodoviárias, micros, minis e intermunicipais) deve encerrar 2012 com produção de 36.915 unidades, um crescimento de 2,5% sobre o desempenho de 2011, que foi recorde. O resultado ficou acima das expectativas, já que era esperada uma queda de 18% a 20%.

No segmento de carroçarias de ônibus, no qual o Brasil é o quarto maior produtor mundial, a indústria deve encerrar o ano com 31,8 mil unidades destinadas ao mercado interno e 5.115 para o externo, o que representa um número praticamente igual ao de 2011 no mercado doméstico e 20% maior nas exportações.

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Os dados são do Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (Simefre), que não apresentou perspectivas para o segmento de carroçarias de ônibus em 2013.

O faturamento da indústria ferroviária brasileira deve fechar 2012 em R$ 4,3 bilhões, ligeiramente acima dos R$ 4,2 bilhões do ano passado.

O volume fabricado, porém, ficou abaixo das estimativas. A indústria ferroviária de veículos de carga estima encerrar o ano com 3.100 vagões entregues e 70 locomotivas - em dezembro de 2011 a estimativa do setor era de 3.500 e 110 unidades, respectivamente.

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Do total de 3.100 vagões produzidos, 3.070 foram destinados ao mercado interno e 30 exportados (25 unidades para o Gabão e 5 para a Colômbia). No caso das locomotivas, 56 foram vendidas para o mercado brasileiro e 14 unidades exportadas.

Em 2011, foram 5.616 vagões, a segunda maior produção da história, e 113 locomotivas, maior número histórico.

No setor de passageiros, a previsão é fechar 2012 com 240 carros (trens de metrô e de subúrbio, VLTs e aeromóvel), contra os 340 estimados.

Para 2013, a expectativa é fabricar cerca de 3 mil vagões de carga, 100 locomotivas e entre 350 e 400 carros de passageiros.

Os dados são do Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (Simefre).

A Petrobras lançou nesta sexta-feira um programa de logística que mudará a gestão na área e possibilitará reduções de até US$ 1,6 bilhão nos investimentos previstos entre 2012-2016, informou a companhia em nota. Até 2020, a redução deve ser de US$ 5,4 bilhões.

O Programa de Otimização de Infraestrutura Logística (Infralog) está estruturado em quatro grandes temas: apoio offshore, destinação de líquidos de gás natural, movimentação e exportação de petróleo e suprimento e distribuição de derivados.

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O programa também prevê aumento de investimentos na área por terceiros, como distribuidoras. Segundo a Petrobras, foram estabelecidos objetivos e metas que serão acompanhados de forma permanente pela empresa.

"A análise de forma integrada das soluções logísticas possibilitará o aproveitamento de sinergias e redução de custos de todos os negócios do Sistema Petrobras, contribuindo para a disciplina de capital, além de abrir oportunidades para aumento dos investimentos em infraestrutura logística por parte de terceiros", informou, em nota.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) financiará a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, com R$ 22,5 bilhões, o maior financiamento da história do banco, anunciou nesta segunda-feira o diretor de Infraestrutura do BNDES, Roberto Zurli. Segundo o BNDES, o investimento total em Belo Monte será de R$ 28,9 bilhões.

Israel realizou neste domingo um teste bem-sucedido de seu mais novo sistema de defesa para mísseis, segundo informou o exército. Esse é mais um passo para tornar operacional a terceira parte do que Israel chama de "defesa de mísseis multicamadas".

O sistema é designado para reter mísseis de média distância e interceptar projéteis que alcancem até 300 quilômetros.

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Israel também montou sistemas de proteção para ameaças provenientes do Irã que alcancem maiores distâncias. Um deles protege o país de foguetes atirados por militantes palestinos da Faixa de Gaza e guerrilheiros do Hezbollah, no Líbano. O sistema interceptou centenas de foguetes de Gaza na rodada de conflitos que ocorreu este mês.

O ministro de Defesa de Israel, Ehud Barak, disse que o sucesso desse sistema nos conflitos recentes reafirma sua "imensa importância". As informações são da Associated Press.

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