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A Rússia afirmou nesta sexta-feira (18) que destruiu drones ucranianos aéreos e navais em Moscou e no Mar Negro, alvos frequente das tropas de Kiev nas últimas semanas.

"Esta noite, em uma tentativa de atacar Moscou, as forças de defesa aérea destruíram um drone", afirmou o prefeito da capital russa, Serguei Sobianin.

"Os destroços do drone caíram na área do Centro de Exposições e não provocaram danos significativos ao edifício ou vítimas", acrescentou o prefeito.

O Ministério da Defesa atribuiu a ação Kiev. Um comunicado afirma que o ataque aconteceu às 4h (22h de Brasília, quinta-feira) contra "alvos em Moscou e sua região".

O Centro de Exposições, na zona oeste da cidade e a apenas cinco quilômetros do Kremlin, recebe vários congressos profissionais.

A agência estatal de notícias TASS informou que uma das paredes do pavilhão desabou parcialmente. O espaço aéreo nas proximidades do aeroporto de Vnukovo foi fechado por alguns minutos.

Os ataques com drones da Ucrânia contra territórios russos controlados pela Rússia aumentaram nas últimas semanas, mas geralmente não provocam vítimas ou danos.

A capital russa, que no início do conflito não sofreu com as hostilidades, virou um alvo frequente de ataques. No final de julho e início de agosto, a Força Aérea interceptou drones sobre o distrito financeiro de Moscou. Os destroços provocaram danos a um arranha-céu.

Em maio, dois aparelhos foram derrubados nas proximidades do Kremlin.

Há algumas semanas, o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, advertiu que a "guerra" estava chegando à Rússia, "a seus centros simbólicos e a suas bases militares".

- Hostilidades no Mar Negro -

Outro foco de hostilidades é o Mar Negro, especialmente desde que a Rússia abandonou em meados de julho o acordo, mediado pela ONU e a Turquia, que permitia a exportação de grãos ucranianos.

Na quinta-feira à noite, as forças russas impediram um ataque com um drone naval contra sua frota na região, que também é um alvo recorrente de Kiev, informou o Ministério da Defesa.

O drone ucraniano tinha como alvos dois barcos de patrulha que "cumpriam tarefas de controle de navegação na parte sudoeste do Mar Negro, 237 km ao sudoeste de Sebastopol", afirmou o ministério.

"O aparelho inimigo sem tripulação foi destruído pelos disparos dos navios russos sem conseguir cumprir seu objetivo", acrescenta uma nota oficial.

Um dos alvos era o navio "Vassili Bykov", que no domingo disparou tiros de advertência contra um cargueiro de uma empresa turca que seguia para o porto ucraniano de Izmail.

Desde o fim do acordo de exportação de grãos, os dois lados ameaçam atacar os navios de carga que avançam em direção aos portos do lado considerado inimigo.

Apesar da tensão, na quinta-feira um cargueiro que zarpou da Ucrânia chegou a Istambul, segundo sites que monitoram o tráfego marítimo, o primeiro a completar o trajeto desde o fim do acordo.

Moscou intensificou nas últimas semanas os ataques contra as infraestruturas portuárias ucranianas no Mar Negro e no Danúbio.

As hostilidades acontecem de modo paralelo à contraofensiva militar iniciada em junho pela Ucrânia, que registra um avanço mais lento do que o esperado por Kiev, apesar dos novos equipamentos de defesa fornecidos pelos aliados ocidentais.

A Ucrânia anunciou, nesta quarta-feira (16), que um primeiro navio de carga comercial deixou o porto de Odessa por um novo corredor marítimo, desafiando a Rússia, que ameaçou afundar estes navios depois de abandonar o acordo que permitia a exportação de grãos ucranianos.

O navio "Joseph Schulte", com bandeira de Hong Kong, começou - segundo a Ucrânia - a navegar pelo Mar Negro, apesar de um novo bombardeio noturno contra depósitos de grãos e cereais no Danúbio, na região de Odessa (sul).

"O porta-contêineres 'Joseph Schulte' (...) saiu do porto de Odessa e navega ao longo do corredor temporário estabelecido para navios civis", anunciou o ministro ucraniano de Infraestruturas, Oleksandr Kubrakov, em um comunicado.

No dia 10 de agosto, a Ucrânia anunciou a abertura de corredores "temporários" no Mar Negro - controlado em grande parte pela Marinha russa - para permitir o trânsito dos navios que transportam os grãos do país.

No fim de semana, um navio de guerra russo disparou tiros de advertência contra um cargueiro que se dirigia para Izmail, porto do Danúbio.

Este porto tornou-se uma das principais rotas de saída dos produtos agrícolas ucranianos desde que Moscou encerrou, em meados de julho, o acordo sobre a exportação de grãos e cereais, fonte de renda para Kiev.

Na terça-feira à noite, o Exército russo atacou infraestruturas portuárias no Danúbio com drones.

"Como resultado de ataques inimigos em um dos portos do Danúbio, depósitos de grãos foram danificados", anunciou o governador regional de Odessa, Oleg Kiper.

Nesta quarta-feira, a Romênia condenou os novos ataques russos às infraestruturas portuárias do Danúbio, depois de vários ataques às portas deste país da Otan nas últimas semanas.

As forças ucranianas anunciaram que derrubaram 13 drones durante a noite nas regiões de Odessa e Mykolaiv.

O governador da região de Donetsk, Pavlo Kirilenko, informou na manhã desta quarta-feira que as forças russas mataram quatro pessoas e feriram sete na região nas últimas 24 horas.

- "A ofensiva continua" -

A Ucrânia anunciou a libertação de uma localidade da frente sul, onde se concentra a maior parte do esforço da sua difícil contraofensiva para liberar os territórios ocupados pela Rússia, iniciada em junho.

"Urozhaine foi libertada. Nossos defensores estão entrincheirados nos arredores. A ofensiva continua", disse a vice-ministra da Defesa, Ganna Maliar.

Localizada em uma zona limítrofe com as regiões de Zaporizhzhia e Donetsk, parcialmente ocupada pela Rússia, Urozhaine - cuja população antes da guerra era de cerca de 1.000 habitantes - faz parte de um grupo de localidades que as forças ucranianas tentaram libertar nas últimas semanas. Sua reconquista era esperada para o fim de semana.

Na segunda-feira, a Ucrânia já havia reivindicado alguns avanços no leste e no sul de seu território, especialmente em torno de Bakhmut.

Mas os avanços permanecem modestos após dois meses de combates. O Exército ucraniano também enfrenta dificuldades no nordeste, perto de Kupiansk.

A Rússia, por sua vez, afirma que as tropas ucranianas ficaram sem recursos e que sua contraofensiva fracassou, apesar da ajuda dos Estados Unidos e dos países da União Europeia.

"Os recursos militares da Ucrânia estão quase esgotados", disse o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu.

A Ucrânia insiste que sua contraofensiva avança metodicamente contra as linhas de defesa russas em trincheiras, campos minados e armadilhas antitanque.

O território russo fronteiriço com a Ucrânia é alvo de ataques ucranianos, vários deles com drones, alguns dos quais chegaram a Moscou.

Uma pessoa morreu e outras duas ficaram feridas na terça-feira em um bombardeio ucraniano na região russa de Belgorod, afirmou o governador regional Vyacheslav Gladkov nesta quarta-feira.

A Rússia também enfrenta dificuldades na área econômica. Sua moeda desvalorizou consideravelmente, a inflação aumentou e o comércio externo despencou, principalmente nas vendas de petróleo, como resultado das medidas restritivas adotadas pelos países ocidentais.

Depois de muita hesitação, o Banco Central russo finalmente decidiu aumentar a taxa básica de juros de 8,5% para 12%.

O cruzador Moskva, o navio-símbolo da frota russa do Mar Negro que foi gravemente danificado nesta quinta-feira (14), é uma embarcação altamente simbólica que participou de numerosas operações militares e também serviu de ferramenta da diplomacia russa.

- Origens soviéticas -

O navio entrou em serviço em 1983 durante a era soviética com o nome Slava (Glória). Esta embarcação lança-mísseis Atlant foi concebida para ser um destruidor de porta-aviões.

O navio de 186 metros de comprimento foi rebatizado em 1995 como Moskva (Moscou) e está dotado de 16 mísseis antinavio Bazalt/Voulkan, de mísseis Fort, que são a versão marinha dos mísseis S-300 de longo alcance. Também conta com lança-foguetes, canhões e torpedos.

Segundo a agência de notícias russa Ria Novosti, foi reformado duas vezes e modernizado, a última vez entre 2018 e 2020.

Pode abrigar até 680 tripulantes, segundo o Ministério da Defesa da Rússia.

- Três guerras -

O primeiro conflito em que participou foi o da Geórgia em agosto de 2008. A Rússia não informou quais foram suas missões, mas um alto responsável militar georgiano questionado pela AFP nesta quinta indicou que a embarcação entrou no porto de Ochamchire para bombardear as forças georgianas, que acabaram perdendo na época a única região que estava sob o seu controle no território dos separatistas.

O então presidente da Rússia, Dmitry Medvedev, expressou sua "gratidão" à tripulação do navio por sua "coragem e determinação" no conflito.

Depois, em setembro de 2015, o Moskva foi enviado para ajudar o regime de Bashar al Assad na guerra na Síria, no Mediterrâneo oriental, para assegurar, segundo o Ministério da Defesa russo, a proteção da base russa de Hmeymim.

Pouco depois, Vladimir Putin entregou para toda a tripulação a ordem Nakhimov em reconhecimento por sua "coragem e determinação".

A partir da cidade de Sevastopol, que abriga a base da frota russa que está no Mar Negro, na península da Crimeia, anexada por Moscou em 2014, o Moskva participa da ofensiva lançada em 24 de fevereiro de 2022 por Vladimir Putin contra a Ucrânia.

Em uma troca de mensagens de rádio que viralizou no início do conflito, os guardas fronteiriços ucranianos da pequena ilha das Serpentes responderam com palavrões ao ultimato feito pelos russos para que se rendessem. Pouco depois, o Moskva e outra embarcação bombardearam a ilha e tomaram como prisioneiros os militares ucranianos.

- Missões diplomáticas -

Quando o Moskva ainda levava o nome Slava, participou da Cúpula de Malta que reuniu o dirigente soviético Mikhail Gorbachev com o presidente americano George Bush, que ocorreu no navio Maxim Gorky em dezembro de 1989, pouco depois da queda do muro de Berlim.

O navio também participou da conferência para o desarmamento de Yalta, em agosto de 1990.

Várias autoridades estrangeiras subiram a bordo da embarcação. Em agosto de 2014, Putin recebeu com honras militares o presidente egípcio Abdel Fattah al Sissi e, em uma visita à Itália, recebeu o então chefe de governo Silvio Berlusconi.

Um navio de carga de uma empresa da Estônia afundou no Mar Negro, na costa da cidade ucraniana de Odessa, após uma explosão nesta quinta-feira (3).

O Helt tem bandeira do Panamá, mas é operado pela Vista Shipping Agency, companhia com sede em Tallinn, capital da Estônia, que é membro da União Europeia e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

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"Dois tripulantes estão em um bote na água e outros quatro estão desaparecidos", disse à Reuters o diretor da empresa, Igor Ilves.

De acordo com ele, a suspeita é de que o navio tenha atingido uma mina marítima. Odessa, situada na costa do Mar Negro, seria um dos próximos alvos da invasão russa na Ucrânia. 

Da Ansa

O presidente russo Vladimir Putin acusou, nesta quarta-feira (30), os Estados Unidos de estarem envolvidos no incidente na semana passada no Mar Negro com um navio da Marinha britânica, o que classificou como uma "provocação".

A Rússia afirmou ter realizado em 23 de junho disparos de advertência em direção ao destróier britânico "HMS Defender", para obrigá-lo a abandonar o que considera suas águas territoriais, na península da Crimeia, anexada em 2014.

Londres, que negou que este navio tivesse sido alvo da ofensiva russa, afirma que realizou uma "passagem inofensiva pelas águas territoriais ucranianas" e, portanto, agiu de forma "totalmente correta".

"Foi uma provocação!", afirmou Putin nesta quarta-feira, durante a sessão anual de perguntas e respostas com a população russa.

"Não participaram apenas os britânicos, os americanos também", continuou o presidente russo, afirmando que Moscou avistou na região nesse mesmo dia do incidente um "avião de reconhecimento dos EUA".

"Por que fazer isso? Por que demonstrar que não reconhecem a Crimeia (como russa)? Não a reconhecem, mas por que provocar?", acrescentou.

A Rússia afirma que realizou disparos de advertência naquele dia a partir de um navio patrulheiro de fronteiras e que realizou um "bombardeio de precaução ao longo do trajeto do destróier", usando um avião Su-24M.

"Mesmo que tivéssemos afundado este navio, o mundo não estaria à beira da Terceira Guerra Mundial, porque quem está fazendo isso sabe que não poderia ser o vencedor desta guerra", acrescentou.

O confronto russo-britânico no Mar Negro ocorreu alguns dias antes do início das manobras militares Sea Breeze 2021, nas quais participam, entre outros países, Ucrânia e Estados Unidos, que são vistos com desconfiança por Moscou.

O incidente aconteceu em frente às costas da Crimeia, onde a Rússia possui uma grande base naval e cujas águas foram palco de episódios parecidos no passado.

A Ucrânia anunciou nesta quinta-feira (25)que interceptou um petroleiro russo em um de seus portos no Mar Negro, por suspeita de estar ligado a um incidente naval envolvendo os dois países no final de 2018.

O petroleiro participou, segundo Kiev, da apreensão pela Rússia de navios militares ucranianos ao largo da costa da Crimeia em novembro.

Ele chegou na quarta-feira (24) no porto ucraniano de Izmail, na região de Odessa, onde foi interceptado, disseram os serviços de segurança ucranianos em um comunicado.

Uma tromba d´água, que consiste na formação de grande quantidade de vapor de água em nuvens que se movem formando um cone, assustou alguns turistas que estavam neste último final de semana no Mar Negro, na cidade de Arkhipo-Osipovka, na Rússia. Quem estava nas redondezas do local conseguiu avistar esse fenômeno.

Nas redes sociais, algumas pessoas que captaram o fato acabaram compartilhando o ocorrido, que muito se assemelha a um tornado. Em um dos compartilhamentos, o vídeo publicado no Instagram já chega a quase 4 mil visualizações. Confira o flagra.

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Mergulhadores russos encontraram nesta terça-feira (27) uma das caixas-pretas do avião militar que caiu no último domingo (25) no Mar Negro, durante um voo para a Síria. "Nas buscas na cabine do piloto, foi encontrada uma das caixas-pretas da aeronave. Ela será levada imediatamente à superfície", disseram as autoridades russas.

Outras duas caixas-pretas precisam ser encontradas ainda, pois contêm códigos e informações sobre o voo que podem desvendar as causas do acidente.

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Além dos equipamentos, os mergulhadores russos encontraram no Mar Negro corpos e restos mortais de outros três passageiros.

Até o momento, foram encontrados 12 corpos, das 92 pessoas que estavam a bordo do avião, segundo a Agência Ansa.

O avião militar russo, modelo Tupolev Tu-154, caiu no dia de Natal, durante um voo para a Síria. A aeronave levava membros do Coral do Exército russo, também conhecido como Ensemble Alexandrov. Eles deveriam se apresentar para soldados russos que estão em combate na Síria na noite de Ano Novo.

As autoridades investigam a causa do acidente e não descartam nenhuma hipótese, nem mesmo a de terrorismo. Mas Moscou crê que há mais chances do acidente ter sido provocado por uma falha técnica ou erro humano do que um ataque externo.

A imprensa russa divulgou trechos de um áudio da tripulação com os controladores de voo que demonstra que havia problemas a bordo.

Vários destroços da aeronave russa Tupolev-155, que caiu no mar Negro com 92 pessoas a bordo neste domingo (25), foram encontrados nesta segunda-feira (26), de acordo com o Ministério Russo de Emergência. Em torno de 150 fragmentos foram localizados a 27 metros de profundidade, a cerca de mil milhas da costa, segundo Rimma Thernova, porta-voz da equipe de resgate baseada na estação balneária de Sotchi, um resort russo no Mar Negro.

As informações são da Rádio França Internacional. Também já foram localizados onze corpos, de acordo com o Ministério da Defesa do país. As operações de busca envolvem 32 navios, cinco helicópteros, um avião e drones. Além disso, 80 mergulhadores foram enviados à área do acidente e 100 serão enviados em breve.

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O avião militar russo caiu pouco depois da decolagem em Sotchi. A aeronave ia para Síria. As causas do acidente ainda não são conhecidas, mas os investigadores já afastaram a hipótese de atentado terrorista.

Pelo menos 12 pessoas morreram um naufrágio neste sábado em um barco de passageiros no Mar Negro, perto de Odesa, no sul da Ucrânia, anunciaram as autoridades regionais.

"A causa da tragédia foi uma forte tempestade e a ausência dos coletes salva-vidas. Foram encontrados 12 corpos e há outra pessoa desaparecida", disse Volodymyr Jmak, vice-governador da região de Odesa, acrescentando que o acidente ocorreu por volta das 12h30 GMT.

Um total de 36 pessoas foram encontradas a bordo, incluídos três tripulantes, informou. As 23 pessoas restantes foram resgatadas e 18 delas foram hospitalizadas, acrescentou Jmak.

A Marinha dos EUA enviou um destroier equipado com mísseis para o Mar Negro, para "exercícios de rotina". A medida eleva as tensões na região da península da Crimeia, pertencente à Ucrânia e onde a Rússia tem uma importante base naval.

Segundo o comunicado da Marinha, o destroier USS Truxtun deixou o porto da Baía Souda, na Grécia, para fazer exercícios conjuntos de treinamento com forças navais da Romênia e da Bulgária. "Enquanto estiver no Mar Negro, o navio vai conduzir uma visita a porto e exercícios de rotina previamente planejados com aliados e parceiros na região", diz o comunicado, que insiste que a missão "foi marcada com bastante antecedência da partida dele dos EUA".

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O USS Truxton é parte do grupo de ataque liderado pelo porta-aviões George HW Bush, vinculado à 6ª Frota da Marinha dos EUA, que atua no Mediterrâneo. O único navio de guerra norte-americano atualmente no mar Negro é a fragata USS Taylor, que está em reparos no porto de Samsun, na Turquia, depois de ter encalhado no mês passado.

Nesta quarta-feira, o Pentágono já havia anunciado o plano de enviar mais caças F-15 para patrulhas no espaço aéreo dos países bálticos (as ex-repúblicas soviéticas da Estônia, Letônia e Lituânia) e uma intensificação do treinamento de pilotos da Polônia.

No porto de Sebastopol, na península da Crimeia, fica a sede da frota do Mar Negro da marinha russa, por um acordo feito entre Rússia e Ucrânia após a dissolução da União Soviética, à qual os países pertenciam, em 1991. A derrubada de um presidente ucraniano pró-Moscou por forças apoiadas pelos EUA e seus aliados europeus, há dez dias, levou a Rússia a movimentar tropas na região. Fonte: Dow Jones Newswires.

Um navio cargueiro afundou nesta terça-feira em uma tempestade no Mar Negro e uma equipe de resgate enviada para buscar os náufragos, por sua vez, bateu em um recife e afundou. Pelo menos três pessoas morreram nos dois naufrágios e outras dez estão desaparecidas, disseram oficiais da Marinha da Turquia. O cargueiro Volgo Balt 199, de bandeira da nação caribenha de St. Kitts and Nevis, transportava carvão da Rússia para o porto turco de Antalya e naufragou perto de Istambul, com 11 ucranianos e um russo como tripulantes, informou a agência de notícias turca Anadolu.

A Marinha turca conseguiu retirar quatro tripulantes das águas, recuperou um corpo e buscava pelos outros sete, quando um dos barcos de resgate atingiu as rochas e afundou, matando dois dos socorristas turcos, informou o Ministério dos Transportes. Três outros socorristas permanecem desaparecidos.

Enquanto isso, a Marinha turca despachou mais dois barcos que tentam resgatar os tripulantes de outro cargueiro desgovernado, o Adriatic, de bandeira da Antígua e Barbuda, que tem 14 tripulantes e está à deriva no Mar Negro, perto do Bósforo. O Mar Negro enfrenta terríveis tempestades de outono. "As condições do mar estão terríveis, o que torna muito difíceis as operações de resgate", disse Salih Oracki, chefe da Autoridade Costeira da Turquia.

As informações são da Associated Press.

As autoridades falharam em avisar de forma apropriada os moradores da região do Mar Negro sobre as enchentes que mataram pelo menos 171 pessoas e deixaram milhares desabrigadas, reconheceu o ministro de Emergências da Rússia, elevando a indignação popular sobre a forma como o desastre foi tratado.

As chuvas torrenciais e as enchentes de sábado transformaram as ruas de Krymsk e cidades próximas em rios lamacentos, o que obrigou as pessoas a fugirem de suas casas e a subir em árvores e telhados. Cerca de 19 mil pessoas perderam tudo o que tinham por causa das enchentes.

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O Ministério de Emergências disse que enviou avisos por mensagem de texto, mas alguns moradores locais disseram que não receberam os alertas. O ministro Vladimir Puchkov reconheceu, sob pressão, que as mensagens foram insuficientes para avisar a todos a tempo.

"Foi criado um sistema para avisar os moradores", disse Puchkov durante uma reunião na qual foi duramente questionado pelo vice-primeiro-ministro. "Mas, infelizmente, nem todos foram alertados a tempo."

A Rússia tem registrado uma série de desastres naturais e provocados pelo homem nos últimos anos, muitos dos quais em razão do envelhecimento da infraestrutura do país ou da fraqueza das regras de segurança. A forma inadequada como o governo têm cuidado dos desastres intensifica a desconfiança no governo. O presidente Vladimir Putin agiu rapidamente na tentativa de conter a raiva do povo.

Putin, que no passado foi criticado por responder de forma retardada ou por ser aparentemente indiferente aos desastres, foi para a região de Krasnodar, no sul da Rússia, no final de semana para mostrar que estava assumindo o controle da situação.

Procuradores federais investigam se a população tem sido protegida de forma adequada de "catástrofes naturais e tecnológicas".

As chuvas torrenciais na região promoveram precipitações de 304 milímetros em menos de 24 horas. Segundo a agência meteorológica, este volume é cinco vezes maior do que a média mensal. As informações são da Associated Press.

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