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Após passarem dois anos sem apresentações e sem disputas, em virtude do cancelamento do Carnaval por conta da pandemia do novo Coronavírus, as agremiações de cultura popular de Pernambuco voltaram às ruas e passarelas, em 2023. Neste retorno, os grupos que disputam o título carnavalesco nas categorias de elite estrearam o novo endereço da passarela: a Rua João Lira, no centro do Recife.

Nesta terça (21), desfilaram agremiações de maracatu rural e urso, vindas de todas as partes do Estado. Os desfiles começaram por volta das 9h da manhã e à tarde, foi a vez dos ursos fazerem suas evoluções. Pela avenida, passaram os grupos Urso Branco do Cangaçá, Urso Teimoso da Torre, Urso Pé de Lã de Arcoverde, Urso da Tua Mãe e Urso Cangaçá de Água Fria; pelos grupo especial e um.

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Urso Branco do Cangaçá - Foto: LeiaJáImagens

Ao todo, 206 agremiações entre troças, blocos, clubes de frevo, maracatus de baque solto e virado, tribos de índios, Caboclinhos, bois, ursos e escolas de samba disputam, em diferentes categorias, os títulos de campeãs do Carnaval do Recife, além de premiações em dinheiro que chegam a mais de R$ 1,3 milhão, distribuídos entre elas. As vencedoras serão anunciadas na próxima quarta (23), durante a apuração no Pátio de São Pedro. 


 

A Polícia Militar do Rio de Janeiro foi criticada e virou piada nas redes sociais após divulgar as apreensões realizadas durante o megabloco Fervo da Lud, da cantora Ludmilla. Entre os itens apreendidos estão, tesouras sem pontas, bandeiras de plástico, leques, copo de vidro e tridentes de plástico - elemento da fantasia de diabo usada por foliões.

"Objetos perfurocortantes continuam sendo apreendidos em pontos de revista do Megabloco Fervo da Lud", divulgou a corporação nas redes sociais. 

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As apreensões, entretanto, foram bastante questionadas.

"Sério, vocês estão arrecadando os dedos das pessoas também? Porque claramente são instrumentos perfuro-contundentes", escreveu um internauta. "Obrigado! Só quem já foi assaltado por um tridente de plástico sabe o perigo que é! Agora posso sair mais tranquilo pra comprar pão na padaria", ironizou outro.

"A PM tinha que rever esses posts do Twitter, que coisa ridícula! A galera sendo furtada o tempo todo, assalto em qualquer lugar do rj, mas o importante é apreender agulha de costura, tesoura, leque e garfo de diabinho", criticou outra pessoa. "Parabéns, acabaram com a violência", brincou mais uma internauta.

Essa não foi a única postagem da PM que resultou em críticas. Em outras publicações, a polícia foi questionada por divulgar a apreensão de uma colher e uma sombrinha.

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Nesta quarta-feira (22), a partir das 6h, é dia de alegria, folia e muito sabor, com mais uma edição do bloco Munguzá de Zuza Miranda & Thais. A agremiação tradicional tem ponto de concentração no largo da Igreja da Sé, no Sítio Histórico. Nesta edição, a iniciativa completa 28 anos, trazendo como homenageadas 11 mulheres que contribuíram com a história da distribuição da iguaria gastronômica.

De acordo com a organização, os foliões poderão contar com muito frevo, ao toque da Orquestra do Munguzá; passistas; bonecos gigantes; caboclos de lança e malabaristas de rua.

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A programação de Carnaval ainda traz a Corrida dos Monstros, que premia os vencedores que tomarem uma dose de aguardente e conseguirem subir correndo a Ladeira da Sé. O primeiro lugar recebe a premiação de R$ 300, além da distribuição de cestas básicas aos demais colocados (monstros e monstrinhas).

Para a festa, de acordo com a organização, serão preparados dois mil litros de munguzá com leite de coco, divididos em seis grandes panelas. A expectativa é de distribuir, gratuitamente, mais de cinco mil copinhos, de 200ml cada.

Confira a relação das mulheres homenageadas, na edição deste ano:

- Silvia Miranda 

- Acely Vitor;

- Andrea Lucena;

- Cica;

- Fernanda Miranda;

- Hirlene Gomes Feitosa;

- Mariana Miranda;

- Solange Miranda;

- Sônia Marina;

- Thaís Miranda Filha;

- Valentina Miranda Mendes.

- HISTÓRIA

O Bloco Munguzá de Zuza Miranda & Thais foi fundado, em 1995, pelos músicos e carnavalescos que dão nome à agremiação. O propósito, que se mantém até hoje, é de alegrar e alimentar, com bastante munguzá, os foliões que se concentram em frente à Igreja da Sé, na Quarta de Cinzas, para aguardar a saída do Bacalhau do Batata.

*De assessoria de imprensa

Os foliões que por ventura tenham perdido algum pertence durante o Carnaval de Olinda têm uma grande chance de encontrá-lo na Central dos Achados e Perdidos, que funciona 24h, na sede Guarda Municipal, localizada na Avenida Santos Dumont, 177, no bairro do Varadouro. O serviço também funciona pelo WhatsApp: 81 98979-0054.

No relatório parcial, divulgado pela Guarda Municipal de Olinda, 730 usuários estão cadastrados no sistema. Itens como bolsas, celulares e documentos estão entre os pertences mais encontrados durante a festa.

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Até esta terça-feira (21), 1.370 objetos estão na central aguardando seus donos. São 410 identidades, 50 CPFs, 164 carteiras de habilitação e três certidões de nascimento, entre outros vários documentos. Foram contabilizados ainda oito celulares e uma máquina fotográfica.

Após a quinta-feira (23), o serviço funciona das 8h às 17h, de segunda a sexta.

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Alvo de comentários negativos após fotos onde aparecia mostrando a barriga “estranha”, a atriz e influenciadora Flávia Pavanelli voltou a mostrar o corpo e provocou os críticos. Com um top todo decotado, ela exibiu mais uma vez o abdômen sarado e mostrou que não se abalou com os haters.

“Oops!... I did ir again (Ops, eu fiz isso de novo) ”, foi a legenda provocativa de Pavanelli na sequência de imagens onde aparece mostrando o corpão escultural.

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As fotos tiveram quase 90 mil curtidas e mais de mil comentários, a maioria defendendo a atriz das ofensas.

“Quem fala da tua barriga, é porque querem ter uma igual, mas não conseguem, certeza. Porque não tem como encontrar defeitos nisso não gente! Linda”, disse uma fã.

“Linda do jeito que é e como quiser ser. E quem disser o contrário, desconfie que é inveja”, concordou outra.

Mas os haters seguiram atacando a influenciadora e houve quem reforçasse as críticas feitas na postagem anterior.

“Não tá legal. Seja natural moça. Você era perfeita. Não caia na mesmice de ficar igual a todas. Seja você como Deus te criou. Beijos de luz”, atacou um.

“Flávia era tão bonita. Se perdeu nessa estilo ‘padrão’ (sic)”, criticou outra.

Confira os novos e "antigos" cliques:

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Considerado um dos blocos mais tradicionais de Olinda, o Patusco atraiu uma multidão à Rua do Amparo, nesta terça (21) de Carnaval. A origem curiosa do nome que acompanha uma bateria com mais de 230 integrantes foi revelada pelo idealizador Tuca Guimarães.

Com 61 anos de história no Carnaval de Olinda, o Pastuco foi formado por uma família apaixonada pela festa. Os desfiles começaram a chamar atenção pelas sátiras políticas, como no ano em que uma marionete do ex-presidente Fernando Collor foi colocada nas ruas do sítio histórico, lembrou Tuca.

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"A ideia era de a gente brincar. Não estávamos querendo concorrer com ninguém. A gente quer levar alegria para rua e para o povo e, principalmente, as famílias", disse o fundador.

A brincadeira não tinha nome até surgir a oportunidade de participar de um concurso de fantasias da Empetur. O figurino do ano era feito de plástico e lembrava um pato. Uma busca de última hora no dicionário para preencher a ficha de inscrição encontrou a mensagem que o Patusco escolheu levar ao Carnaval.

"A gente chegou em casa e foi no dicionário atrás de uma coisa parecida com pato. Patusco quer dizer 'pessoas que se juntam para brincar e se divertir', aí encaixou", revelou Tuca.

A segunda e última noite de desfiles das principais escolas de samba do Rio de Janeiro começou às 22h de segunda-feira (20) e terminou às 5h45 desta terça-feira (21). Não faltaram luxo, emoção, torcida e lamentação.

A Paraíso do Tuiuti abriu os trabalhos com uma exibição simples, mas competente e provavelmente capaz de mantê-la na elite; a Portela, alvo da maior expectativa da noite, fez um desfile histórico, mas teve um carro quebrado e problemas suficientes para impedir que ela retorne no desfile das campeãs, que reúne as seis escolas mais bem classificadas e vai acontecer no próximo sábado (25); e a partir daí seguiram-se quatro escolas que têm chances de vencer o campeonato: Unidos de Vila Isabel, Imperatriz Leopoldinense, Beija-Flor e Viradouro.

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Elas concorrem com Mangueira, Salgueiro e Grande Rio, destaques da primeira noite - mas Salgueiro e Grande Rio tiveram problemas de evolução e têm menos chances de vitória. A escola rebaixada deve sair da primeira noite de desfiles - Mocidade e Império correm riscos.

A primeira escola a desfilar na segunda noite de exibições foi a Paraíso do Tuiuti, agremiação do morro do Tuiuti, em São Cristóvão (zona norte do Rio) que exaltou o estado do Pará a partir da história da chegada dos búfalos à ilha. Penúltima colocada no concurso de 2022, a escola queria se manter na elite, e certamente atingiu esse objetivo: fez um desfile correto, em vários aspectos superior a escolas tradicionais como Mocidade Independente de Padre Miguel e Portela, que tiveram problemas com carros alegóricos e vão perder pontos por isso.

As fantasias e alegorias da Tuiuti eram simples, comparadas à oponência de Salgueiro ou Grande Rio, mas o enredo foi muito bem contado, como é praxe no trabalho da consagrada carnavalesca Rosa Magalhães, maior vencedora de desfiles na "era sambódromo", como é chamado o período a partir de 1984, quando a atual passarela do samba foi inaugurada. Rosa divide a função de carnavalesca da Tuiuti com João Victor Araújo.

O desfile começou contando a importância dos búfalos na Índia e o comércio de especiarias e outros produtos indianos com o mundo. Aí chegou ao Pará, porque no século XIX um navio saiu da Índia rumo à Guiana Francesa levando especiarias e búfalos, mas naufragou na costa brasileira e só os animais sobreviveram. Eles chegaram à ilha de Marajó e se tornaram um símbolo dela, servindo como atração turística, montaria para a polícia e fornecedores de leite, por exemplo. Tudo isso foi narrado durante o desfile, com fantasias coloridas e um samba com refrões fáceis de cantar.

O segundo desfile da noite foi da Portela, cuja apresentação era a mais esperada da noite. A escola de Madureira (zona norte do Rio), recordista de títulos no carnaval carioca (22), comemora seu centenário neste ano e contou sua própria história na avenida. A escola não era considerada grande candidata ao título, porque houve dificuldades na preparação do carnaval, mas havia expectativa de uma apresentação inesquecível e da volta no desfile das campeãs.

Mas o terceiro carro alegórico teve problemas desde o início da exibição e quebrou pouco antes da primeira cabine de jurados. Chegou a bater na grade que separa as frisas da pista, e causou a abertura de um espaço de aproximadamente cem metros na pista (que tem 700 metros). Isso vai gerar perda de pontos e tornou muito improvável que a Portela consiga voltar entre as campeãs.

De toda forma, o desfile foi histórico pelo enredo e pelas homenagens. O que não faltou foram celebridades e personagens históricos da escola, como Paulinho da Viola, Zeca Pagodinho, Marisa Monte, Diogo Nogueira, Luiza Brunet e Adriane Galisteu. Uma novidade foi um conjunto de drones que formaram no céu palavras ou expressões como "Portela", "100 anos", "Monarco" e "Clara", esta referência à cantora portelense Clara Nunes.

A terceira escola a desfilar foi a Unidos de Vila Isabel, de novo sob as ordens do carnavalesco Paulo Barros. Ele apresentou festas religiosas pelo Brasil e pelo mundo, um enredo simples, expresso em alegorias e fantasias muito luxuosas e de fácil compreensão. Foi o primeiro desfile que a escola faz sob a gestão do presidente Luizinho Guimarães, filho de Ailton Guimarães Jorge, o Capitão Guimarães, contraventor e um dos fundadores da Liga Independente das Escolas de Samba. Ele é figura constante nos desfiles da Sapucaí e iria desfilar junto com o cantor e compositor Martinho da Vila, presidente de honra da escola.

Mas desde dezembro Guimarães cumpre prisão domiciliar, sob acusação de ter mandado matar o pastor Fábio Sardinha, assassinado em junho de 2020. Então, restou ao filho Luizinho dedicar o desfile ao pai: "isso acaba trazendo mais motivação ainda pra poder entregar esse título pra ele. Sei que ele vai ficar orgulhoso vendo a Vila em casa", afirmou. Questões policiais à parte, a Vila fez um excelente desfile, digno dos melhores momentos de Paulo Barros, e deve voltar entre as campeãs - e talvez encerre o desfile, como campeã do ano.

A quarta escola a desfilar foi a Imperatriz Leopoldinense. Na estreia da segunda passagem do carnavalesco Leandro Vieira (ele já havia trabalhado na escola em 2020, quando a Imperatriz disputou e venceu o concurso da segunda divisão), a escola contou a morte de Lampião e a tentativa dele de ingressar no inferno e no céu. Recusado em ambos, acabou indo... desfilar na Imperatriz. A história pode soar fantástica demais, mas foi muito bem contada pela escola de Ramos (zona norte do Rio), que esbanjou luxo em fantasia e alegorias.

A Beija-Flor foi a penúltima escola a desfilar e levou um susto a poucos minutos do início de sua apresentação: o carro abre-alas sofreu um princípio de incêndio quando faíscas atingiram material inflamável. Mas o problema foi sanado antes de o desfile começar, então não causou reflexos na avenida. Apenas o susto de um integrante, Edson Gouveia, que iria desfilar na plataforma atingida pelo fogo. Recomposto, ele foi reintegrado ao carro alegórico.

Resolvido esse problema, a Beija-Flor falou sobre os 200 anos da expulsão das tropas portuguesas da Bahia, que ocorreu em 1823 e consolidou a independência brasileira - a escola defendeu a ideia de que essa foi a verdadeira independência do Brasil. Com carros alegóricos e fantasias muito luxuosas e a habitual disposição dos desfilantes, que não pararam de cantar o samba interpretado por Neguinho da Beija-Flor em parceria com Ludmilla.

Coube à Unidos do Viradouro, de Niterói (região metropolitana do Rio), encerrar a segunda noite de desfiles das escolas de samba do Rio. A agremiação homenageou Rosa Maria Egipcíaca (1719-1771), africana que aos 6 anos de idade foi escravizada e trazida ao Brasil. Inicialmente obrigada a fazer serviços domésticos, depois ela foi vendida a donos de minas de ouro, que passaram a explorá-la sexualmente.

Como tinha sonhos e visões que se concretizavam, passou a ser considerada bruxa pela Igreja Católica, embora cultuada pelo povo. Foi presa em um convento no Rio, onde aprendeu a ler e escreveu um livro autobiográfico - o primeiro livro escrito por uma mulher negra no Brasil. Com alegorias muito bem trabalhadas, fantasias luxuosas e desfilantes muito animados, a escola encerrou sua exibição já sob os primeiros raios de sol, aos gritos de campeã.

A rapper Slipmami, de 22 anos, conhecida como "Malvadeza" ou "Trem Balinha", pisou no Recife pela primeira vez para um show histórico no palco do Festival Rec-Beat. Em ascensão no rap nacional, a também cantora e compositora se disse surpresa com a recepção do público, que se manteve elétrico do começo ao fim do show. O set foi iniciado com músicas do "Malvatrem", primeiro álbum de estúdio da Slip, mas terminou com os hits mais antigos, como "Big Momma Freestyle", inspirada no clássico do rap da velha escola do Notorious B.I.G. 

Sempre repetindo o vulgo "trem balinha da V.U.", Slipmami parece ter um vocabulário próprio, mas o significado é simples: ela é nascida e criada em Vila Urussaí, bairro de Duque de Caxias, na Baixada, periferia do Rio de Janeiro. No entanto, sua origem familiar vem do estado do Maranhão, no Nordeste brasileiro. Em entrevista ao LeiaJá, Slip comentou sobre suas referências pessoais, especialmente enquanto "cria da baixada".

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"Eu nasci no mato, cresci no mato, em uma família pobre. Não tinha muita perspectiva, eu nunca imaginei que seria rapper. Ser da 'V.U.' é significativo por causa disso. Na real, o que eu faço é diferente de tudo o que tem. Estou fazendo um bagulho [sic] bem único e diferente, e isso está dando certo, o que é bem surpreendente. Tem gente que me diz 'nossa, você vai precisar fazer assim pra conseguir vingar', mas as pessoas estão me ouvindo, então acredito que estou fazendo certo", disse.

Uma dúvida comum entre os foliões é se a terça-feira de Carnaval — este ano, dia 21 de fevereiro — é feriado nacional. A resposta é simples: não é. Não existe, na legislação brasileira, determinação para a isenção de atividades trabalhistas e comerciais nos dias de Carnaval, o que também inclui a segunda-feira e a quarta-feira de cinzas. Assim, o feriado se torna facultativo e pode ser adotado pelas esferas municipais e estaduais.

O único estado brasileiro que legisla feriado carnavalesco é o Rio de Janeiro. No restante do país, o caráter opcional prevalece. Em cidades como Salvador e Recife, onde o Carnaval é uma festa de grande adesão popular, a lei não confere feriado à festa, mas a tradição leva o comércio e as repartições a funcionarem de forma especial. No entanto, os expedientes de trabalho ainda podem ser mantidos pelo empregador e a falta por parte do empregado implica em subtrações no salário, como qualquer outra faria.

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Os únicos feriados brasileiros, legislados a todo o território nacional, são: 1º de janeiro, 21 de abril, 1º de maio, 7 de setembro, 12 de outubro, 2 de novembro, 15 de novembro e 25 de dezembro.

A cerimônia da Noite dos Tambores Silenciosos teve início no Pátio do Terço, no Recife, nesta segunda-feira (20), e arrastou um público diverso, como é sua característica, para prestigiar as celebrações do sincretismo religioso.

É o caso da antropóloga Julia Mistro, natural de Porto Alegre (RS), e que veio prestigiar os desfiles das nações pela primeira vez. A surpresa tem sido a cada minuto, e as expectativas antes do início dos desfiles estavam altas.

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“Eu já tinha alguma expectativa, era meu sonho. Eu tinha sonho de ver um caboclo de lança, tinha sonho de ver o Estrela Brilhante [desfilar], de ver as nações de maracatu tocando. É tudo sensacional, muito além do esperado”, contou.

Conhecendo o novo

Julia já tinha ouvido falar da Noite dos Tambores Silenciosos por meio de vídeos na internet, mas ela percebeu que nada se compara com o evento ao vivo. “Ver batuqueiro, batuqueira, mestre, mestra vivendo tudo isso em uma dimensão muito grande. É muito diferente para mim, que venho do extremo sul, e é importante ter o entendimento de todo um tempo passado.”, ela compartilhou.

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Reforçando as origens

Entre os prestigiadores da celebração é comum encontrar famílias reunidas para fortalecer os laços ancestrais. É o caso de Natália Nascimento e Rai France, quem vêm todos os anos com seus filhos e parentes para festejar sua religião. “Reviver nossos antepassados e poder estar aqui comemorando depois de dois anos sem. Queremos refazer esses anos em uma noite”, conta Natália.

A designer de unhas é de religião de matriz africana, do Terreiro de Oyá de Chicão, do bairro da Mangueira. Ela vê a Noite como um espaço de acolhimento de quem é e também de quem não é de nenhuma religião. “Aqui é um espaço para todos, mas quem vem sabe porque está aqui”, explica.

Segundo Rai, os toques de tambor celebram Exu, orixá que abre os caminhos. “Ele é o dono da rua”, comenta.

Mais de 30 nações e grupos de maracatu se reuniram no Pátio do Terço, no bairro de São José, nesta segunda-feira (20), para celebrar a Noite dos Tambores Silenciosos no Carnaval do Recife. O início dos desfiles foi feito pelo Maracatu Nação Linda Flor, que homenageou Oxum em sua apresentação.

A celebração é realizada toda segunda-feira de carnaval, como forma de marcar o sincretismo religioso que moldou a história do País. Nações de diversas partes da Região Metropolitana do Recife se reúnem para desfilar e honrar a ancrestalidade dos povos escravizados no Brasil. À meia-noite, os tambores emudecem e as luzes se apagam para dar início à cerimônia, onde se honra os Eguns, espíritos que protegem o povo negro no plano dos vivos.

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O Carnaval de Olinda espera receber mais de 2 milhões de foliões em 2023. Público que promete muita alegria e também movimentar a economia da cidade neste período. É nisso que apostam também os comerciantes e vendedores ambulantes - que pretender faturar bastante após dois anos sem a festa de momo no município.

A TV LeiaJá conversou com os vendedores sobre o trabalho deste ano. Confira os detalhes na matéria.

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O festival Rec-Beat, que ganha vida no tradicional polo do Cais da Alfândega, no Recife Antigo, deu luz às criações locais do brega funk durante a realização do terceiro dia de evento, nesta segunda-feira (20).

O projeto "Baratino Loko", com sucesso, proporcionou ao público apresentações de Laryssa Real, MC de Casa Amarela; MC CH da Zona Oeste; e Mun Há, primeira MC travesti na história do gênero musical.

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O Baratino Loko foi introduzido por Calani, mas comandando pelo DJ Marley No Beat, dono de hits como "Julieta". A apresentação teve o acompanhamento de um intérprete da Língua Brasileira de Sinais (Libras), que agitou a multidão com uma interpretação coreografada.

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Tradição nas ladeiras de Olinda desde a década de 30, os bonecos gigantes têm origem na Europa e chegam para abrilhantar ainda mais o carnaval pernambucano. Na segunda-feira de carnaval, em Olinda, já é tradição a Apoteose dos Bonecos Gigantes saindo em cortejo do Alto da Sé.

As personalidades homenageadas vão desde o quintal de casa, com Chico Science, Alceu Valença e Luiz Gonzaga, por exemplo, até as estrelas mundiais, com nosso saudoso Pelé, Michael Jakson, Os Beatles e tantos outros.

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A Companhia de dança Giselly Andrade se apresentou em Olinda, nesta segunda-feira (20). Há 23 anos esbanjando frevo na ponta do pé, o grupo formado por mulheres voltou a se apresentar nas ladeiras de Olinda.

Enaltecendo sempre o orgulho em fazer parte da cultura pernambucana, Viviane Dias, passista, conta o que representa estar de volta ao carnaval, "É muito gratificante poder mostrar todo esse amor e essa felicidade com a cultura do nosso estado", disse.

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Completando 17 anos de fundação, a Bateria Balança Enredo fez a alegria de quem passou pelo Carmo, nesta segunda-feira (20), em Olinda.

Sem esconder a emoção, Pedro da Hora, vocalista do grupo, contou como foi retornar às ladeiras após o período pandêmico, "É emocionante voltar a cantar em Olinda, no carnaval", disse.

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Em sua primeira edição, o Bloco do Artesão, representando um segmento fundamental da cultura pernambucana, desfilou em Olinda e promete manter a tradição para os anos seguintes.

A ideia do grupo é confraternizar entre os amigos em um momento de alegria para todos.

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No Pátio do Terço, bairro de São José, área central do Recife, já começaram a ecoar os sons dos tradicionais tambores, com a Noite dos Tambores Mirins do Carnaval 2023, nesta segunda-feira (20). Grupos de maracatu de diversas regiões se apresentaram no palco, desfilando com seus tambores e cânticos, fortalecendo a resistência das religiões de matriz africana e o sincretismo religioso.

Ao todo, foram 17 nações mirins e grupos de maracatu que se apresentaram no local, mantendo viva a tradição e a força das raizes afro-brasileiras nas crianças. É o que contou, para o LeiaJá, Chacun Viana, coordenador do Polo Afro do Carnaval.

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“Fazer com que as crianças aprendam desde cedo a valorizar a cultura popular, a cultura de terreiro, a história que foi criada pelos nossos antepassados aqui no Pátio do Terço, pelas nossas mulheres escravizadas, sinhá, iaiá, e por tudo o que nosso povo viveu aqui nesse pátio, é fazer com que esse legado não morra, que ele tenha continuidade”, explicou. Viana.

A ideia da Noite Mirim surgiu há 20 anos, no início dos anos 2000, de modo a reverenciar a Noite dos Tambores Silencioso, que acontece toda segunda-feira de Carnaval há mais de 60 anos. Mesmo sendo uma celebração de nações e grupos mirins, Viana explica que não há idade específica para fazer parte. “Antes de engatinhar, já começa a batucar. E até à idade adulta, quando não consegue mais batucar e volta a engatinhar”, explanou, fazendo um paralelo do ciclo da vida humana.

A Noite dos Tambores Silenciosos é realizada, netsa segunda-feira (20), a partir das 20h, no Pátio do Terço, no centro do Recife.

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Está eternizado na letra do seu próprio hino: "Se a turma não saísse, não havia carnaval". E a turma saiu! A tradicional troça carnavalesca voltou a desfilar nas ladeiras após o período pandêmico e arrastou milhares de foliões.

Hermes Cristo, carinhosamente chamado de Herminho, presidente da Pitombeira, conta com emoção a importância de estar de volta, "Muito feliz em saber que a Pitombeira está voltando as ruas depois de 2 anos. Foi de avô para mim e, agora, estou passando para o meu filho", disse.

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Nas roupas vermelhas e brancas, o Bloco Lírico Carnavalesco Cordas e Retalhos desfilou na cidade do Recife nesta segunda-feira (20). Durante seu cortejo, a orquestra tocou “parabéns para você” aos cantos dos foliões que acompanhavam o bloco, em homenagem à porta-estandarte, que fez aniversário recentemente.

Sandra Helena é a homenageada e faz parte do bloco há mais de duas décadas. Desfilante veterana, ela completou seu quinquagésimo aniversário no dia anterior ao desfile e agradeceu os parabéns de seus colegas.

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“É muito especial comemorar meu aniversário com eles. Cada um aqui, todos, são da minha família. Já faz muitos anos que eu faço parte desse bloco e ele faz parte já da minha vida, então é importante demais isso”, comenta.

O Cordas e Retalhos foi fundado em 1998 e é reconhecido por suas plumas das cores vermelha e branca. Pelas ruas do Recife Antigo, o bloco matou a saudade de desfilar durante o carnaval depois dos tempos de pandemia. Sandra conta como é voltar às ruas:

“Olha, é uma sensação de alegria. Porque frevo para nós é alegria, é lirismo, é vida, é pulsação. Para nós que somos brincantes, a gente espera o ano todo. E esse ano é aquilo que não foi vivido por dois anos e dessa vez a gente tá vivendo agora isso, então é uma emoção realmente grande. É diferente de outros anos”, explica.

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