Tópicos | 2023

Whindersson Nunes adora compartilhar sua vida com os fãs e seguidores, mas uma declaração feita na última quinta-feira (1º), pelo humorista deu o que falar. Isso porque, o artista perguntou aos internautas como funciona a legislação brasileira sobre barrigas solidárias, quando um pai solo pretende ter um filho dessa forma.

Rapidamente o assunto chamou a atenção no X, antigo Twitter. Nos comentários da publicação, Whindersson recebeu várias críticas, em algumas as pessoas relembravam uma teoria de que seus relacionamentos terminavam pois ele só estava focado em ter filhos.

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Rebatendo essas falas, Nunes escreveu que poderia estar pensando em um método de se tornar pai sem laços com a genitora para não colocar outra mulher no meio das críticas: "Ou por ter acabado com a vida de algumas mulheres, como elas mesmo saem dizendo, eu posso querer tentar ter uma família sem botar a reputação de alguém em risco".

Mesmo com essa resposta, Whindersson continuou sendo muito mencionado e recebendo críticas. Por isso, ele decidiu revelar que sem ninguém saber ele passou por maus bocados nos últimos tempos e até mesmo perdeu outro filho em 2023: "Ano passado tive outro filho e perdi mais uma vez, quase morri de um choque anafilático numa sauna na Inglaterra, quebrei a mão em uma praia no triângulo das bermudas, minha vida não é a novela que você quer que seja".

Outra polêmica causada pelos tweets do humorista foi ele responder uma moça que sugeriu adoção afirmando querer gerar um filho por ter perdido os bebês: "E o que tem a ver com a MINHA experiência de perder um filho e querer gerar da mesma forma?"

A taxa anual média de desemprego em 2023 foi de 7,8%, a menor desde 2014, disse nesta quarta-feira, 31, a coordenadora de Trabalho e Rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Adriana Beringuy. Mais cedo, o IBGE divulgou a taxa de desemprego do quatro trimestre de 2023. Ela foi de 7,4%, a menor para um trimestre móvel desde a registrada em janeiro de 2015 e a menor para um trimestre encerrado em dezembro desde 2014.

Beringuy explicou que a metodologia de cálculo do indicador foi modificada a partir desse ano. Antes, o IBGE calculava a taxa anual como uma média aritmética das taxas de desocupação dos quatro trimestres do ano, o que carregava para o índice todas as respostas de um mesmo entrevistado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua). Agora, o instituto considera somente as respostas da primeira visita de cada entrevistado.

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Sobre o resultado anual médio, com a série já adaptada ao novo formato de cálculo, Beringuy observa a redução com relação a 2022, quando a taxa anual de desemprego ficou em 9,6%. Em 2021, devido à pandemia de covid-19, essa taxa anual bateu o recorde, 14%, após 13,8% registrado em 2020, primeiro ano da crise sanitária.

O resultado de 2023 (7,8%) é o menor desde 2014, quando a taxa média anual ficou em 7%. Aquele foi o último ano antes do início da crise econômica.

O Governo de Pernambuco anunciou que fechou 2023 com superávit orçamentário de R$ 1,02 bilhão e superávit primário de R$ 1,2 bilhão, revertendo o quadro de déficits orçamentário e primário registrados no fechamento do ano anterior (2022). As informações constam dos relatórios fiscais relativos ao exercício do ano passado (de janeiro a dezembro), publicados no Diário Oficial do Estado deste sábado (27). Os resultados ocorreram em meio a um cenário fiscal que somou aumento de gastos com pessoal (que alcançou 44,56% da Receita Corrente Líquida), investimentos recordes com educação (26,08%) e dificuldades de arrecadação com ICMS e FPE e apontam para o sucesso do Plano de Qualidade dos Gastos, um dos primeiros atos da governadora Raquel Lyra, em janeiro do ano passado.

Com os resultados superavitários e comprovando disponibilidade financeira de R$ 719 milhões no início de 2024, o Estado de Pernambuco apresenta os requisitos para voltar a garantir o selo Capag quando da avaliação da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) em torno da obtenção de créditos com aval da União.  A receita realizada de 2023 somou R$ 49,89 bilhões, enquanto em 2022, o total de receita foi superior em R$ 1,5 bilhão - R$ 51,40 bilhões.

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“Pernambuco cumpriu com o objetivo no nosso primeiro ano de governo. Com muito esforço e trabalho árduo, fechamos o ano com superávit, certamente um dos resultados fiscais mais consistentes do País. Isso tudo foi feito em meio a um orçamento que estava distante da realidade, alterações nas receitas e cumprindo com folga os limites constitucionais de despesas com educação e saúde. Nossa equipe entrega ao Tesouro Nacional dados que certamente trarão de volta o selo de capacidade de pagamento para Pernambuco”, comemorou a governadora Raquel Lyra, que anunciou o resultado de R$ 608 milhões em economia de gastos não obrigatórios. “O nosso Plano de Qualidade foi decisivo para o resultado, que nos permite iniciar 2024 com mais previsibilidade para realizarmos o plano de investimentos como pactuado com a população”, concluiu.

A publicação do Relatório Resumido de Execução Orçamentária (RREO) relativo ao 6º bimestre e do Relatório de Gestão Fiscal (RGF) do 3º quadrimestre – ambos relativos ao fim de dezembro de 2023 – apontou que o Estado de Pernambuco executou R$ 8,25 bilhões em Despesas com Manutenção e Desenvolvimento do Ensino (MDE), alcançando o índice de 26,08% em relação à Receita Corrente Líquida (RCL - R$ 31,6 bilhões). É obrigatório o gasto mínimo de 25% com MDE. Em relação às Despesas com Saúde, que precisam alcançar pelo menos 12% da RCL, o Estado de Pernambuco alcançou o índice de 17,38%. No âmbito das despesas com pessoal, por conta de reajustes contratados, o índice do Executivo somou 44,56% (o primeiro limite, de alerta, é de 44,10%). Um dos mais importantes índices para o Tesouro Nacional conceder o selo Capag “A” ou “B” é a disponibilidade de caixa líquida de recursos não vinculados. Enquanto em 2022 o STN apurou esse índice em R$ 370,6 milhões negativos, os números da Fazenda agora apontam resultado positivo em R$ 718,9 milhões. 

Para o secretário da Fazenda de Pernambuco, Wilson José de Paula, os resultados de 2023 são consistentes e animadores, mas o trabalho de garantia da qualidade do gasto e de controle fiscal precisam ter continuidade. Ele destaca, por exemplo, o índice de poupança corrente, que passou para 94,9% no ano passado (quanto mais alto, menor). Isso significa que apesar dos bons resultados, o Estado não dispõe de sobras significativas e precisará manter atenção perante sua política fiscal.

“Nós vencemos 2023 e garantimos um ano de 2024 com melhores e mais sólidas expectativas em meio a um orçamento que veio desajustado e nos apresentou desafios que vencemos. O Estado de Pernambuco sob a gestão da governadora Raquel Lyra tem a solidez fiscal como um valor e isso seguirá guiando nosso trabalho para garantir o uso dos recursos dos impostos onde a população mais precisa, garantindo mais captação de crédito e levando os investimentos públicos para um novo patamar”, afirmou.

*Da assessoria de imprensa

Os casos de homicídio no Estado de São Paulo chegaram ao menor patamar da série histórica, iniciada em 2001, e fecharam 2023 com uma queda de 10,4% em relação aos registros do ano anterior. Os dados foram divulgados pela Secretaria da Segurança Pública paulista nesta sexta-feira, 26, e apontam também queda nos roubos. Por outro lado, os crimes de estupro e feminicídio bateram recorde no ano passado.

Ao todo, 2.728 pessoas foram assassinadas em cidades paulistas ao longo de 2023, enquanto no ano anterior o número havia ficado em 3.044. O dado do ano passado é o menor desde que os registros passaram a ser divulgados de maneira uniformizada em 2001. Naquele ano, 13.133 foram vítimas de homicídio doloso, dado que vem caindo paulatinamente desde então.

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O governo destaca que, assim, a taxa de casos de assassinatos por 100 mil habitantes ficou pela primeira vez abaixo de 6 (5,72). São Paulo tem o menor indicador de homicídios entre os Estados do País.

A região do Estado que registrou a maior queda de homicídios foi a Grande São Paulo, segundo o governo, com redução de 110 casos entre 2022 e 2023. "Já a capital paulista vem em segundo lugar, com 481 casos notificados no ano passado, 14,1% a menos que em 2022, que teve 560 registros. Em ambas as regiões, a taxa de homicídios dolosos bateu recorde de queda desde o início da série histórica, com 5,24 mortes para cada grupo de 100 mil habitantes na região metropolitana e 4,01 para a mesma população da cidade de São Paulo."

Até as 10h desta sexta-feira, a Secretaria não havia divulgado o dado do último trimestre do ano passado, o que permitiria finalizar o balanço do ano sobre mortes cometidas por policiais. O dado tem chamado atenção por altas consecutivas ao longo de 2023 (até o terceiro trimestre), e tem sido alvo de debate em torno da política de câmeras corporais nos uniformes dos agentes. Ainda não foi informado quando o número será tornado público.

Roubo

Os números da SSP mostram que o Estado registrou 228.028 casos de roubos, o equivalente a 624 crimes dessa natureza por dia. O número é 6,2% menor do que o registrado em 2022, quando aconteceram 242 mil roubos.

A incidência de crimes patrimoniais, que se concentram em casos de roubo de celular, é umas das preocupações centrais do governo diante do impacto sentido sobre a sensação de insegurança da população.

No ano passado, o Estadão mostrou que a Avenida Paulista se tornou um dos maiores focos de ladrões na cidade para roubos de telefones. A facilidade de fazer transações bancárias, como o Pix, por meio dos aparelhos tornou o delito muito atraente para os bandidos, que também têm feito sequestros para extorquir as vítimas, como no caso do ex-jogador Marcelinho Carioca.

No centro de São Paulo, tem aumentado a atuação de gangues de ladrões de bicicletas e de criminosos que quebram vidros de carros, a exemplo "Bonde do Elevado", também têm assustado paulistanos. E, com o espalhamento da Cracolândia, o comércio da região tem sofrido com o aumento da sensação de insegurança e episódios de saques.

O governador Tarcísio de Freitas e o prefeito Ricardo Nunes (MDB) têm se mobilizado para encontrar alternativas para reduzir os índices de criminalidade. Com destaque para o centro da cidade, que concentrou alguns do casos mais emblemáticos de insegurança do ano passado, como o ataque a pedradas ao Bar Brahma em dezembro.

Como forma de tentar contornar a situação, a Prefeitura anunciou que prevê pagar 30% a mais para policiais militares que atuarem na região da Cracolândia, no centro da cidade, por meio da Operação Delegada, convênio firmado com o governo do Estado para contratar agentes de segurança em horário de folga.

Como mostrou o Estadão, até outubro, ao menos 11 endereços foram ocupados pela Cracolândia no ano, segundo mapeamento da Prefeitura. A gestão municipal espera ter, ao todo, cerca de 2,4 mil policiais inscritos na Operação Delegada, alguns deles agora também atuando no turno da noite.

Estupro e feminicídio

Os dados em queda contrastam com resultados negativos em outras áreas. A divulgação mostrou que o Estado teve 14.504 casos de estupro no ano passado, o maior número da série histórica para esse crime. Foi um aumento de 9,55% ante o dado de 2022. Dos 14,5 mil registros, 11,1 mil são referentes a estupros contra pessoas vulneráveis (crianças, adolescentes e outras vítimas consideradas incapazes de defesa).

No mesmo cenário, o balanço de feminicídio aponta novo recorde do registro, tabulado pela pasta desde 2018. Em 2023, foram 221 casos, uma alta de 13,4% em um ano. Em 2018, tinham sido 136 casos.

O governo e autoridades judiciárias falam que, em parte, a alta se dá pela melhor capacidade de registro e enquadramento de um homicídio como feminicídio. Ao mesmo tempo, especialistas apontam a possibilidade de estar havendo maior incidência criminal desde o período pós-pandemia.

Governo destaca programas para redução de crimes

"É consenso entre especialistas que o crime - que muitas vezes acontece no ambiente familiar - é o que tem maior índice de subnotificação. Para combater este problema, o governo faz campanhas frequentes para incentivar as mulheres a denunciar os agressores", declarou a Secretaria da Segurança.

Para atender as mulheres, o governo disse contar com 140 unidades territoriais de Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), DDMs online e 77 salas DDM em plantões policiais.

"A pasta proporciona atendimento 24h por dia, permitindo o registro de ocorrências via videoconferência com delegadas mulheres. A DDM está integrada em outras esferas governamentais, participa de operações nacionais e mantém parcerias com a Secretaria de Políticas para a Mulher, que tem, entre suas ações, o protocolo ‘Não se cale’."

Os dados positivos sobre homicídio foram destacados em nota divulgada pela SSP. "As reduções consecutivas são resultado das políticas criadas pela gestão para combater este tipo de delito, como o Sistema de Informação e Prevenção aos Crimes Contra a Vida (SPVida)", informou.

Lançada em fevereiro, a plataforma, segundo o governo, automatiza os dados e "auxilia as polícias a analisarem a dinâmica criminal dos crimes contra vida, para que, desta forma, seja possível elaborar diagnósticos e planos de ações com o intuito de reduzir as mortes".

Outra ação para combater a criminalidade, ressaltou a pasta, "foi o aumento do policiamento ostensivo com a Operação Impacto, que colocou 17 mil policiais nas ruas diariamente".

A Sony Brasil acessou o PlayStation Blog para lançar listas dos jogos PS4, PS5, PSVR e PSVR 2 mais baixados na PlayStation Store em 2023. Os principais títulos do ano passado incluem Beat Saber, Call of Duty: Modern Warfare III, Hogwarts Legado, Simulador de Trabalho e Pavlov. No entanto, os queridinhos mesmo são EA Sports FC 24 e FIFA 23, que dispararam no topo das listas dos PS4 e PS5. Em toda a Europa, EA também foi o mais baixado, segundo a publicação internacional da desenvolvedora. 

Confira as listas na íntegra 

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Jogos para PS5

1. EA SPORTS FC 24 

2. Hogwarts Legacy 

3. Grand Theft Auto V 

4. Resident Evil 4 

5. Marvel’s Spider-Man 2 

6. FIFA 23 

7. Call of Duty: Modern Warfare III 

8. Mortal Kombat 11 

9. Diablo IV 

10. Call of Duty: Modern Warfare II 

11. Baldur’s Gate 3 

12. Mortal Kombat 1 

13. Assassin’s Creed Valhalla 

14. FINAL FANTASY XVI 

15. God of War Ragnarök 

16. Resident Evil 3 

17. STAR WARS Jedi: Survivor 

18. ELDEN RING 

19. NBA 2K23 

20. The Witcher 3: Wild Hunt 

Jogos para PS4

1. FIFA 23 

2. EA SPORTS FC 24 

3. Red Dead Redemption 2 

4. Grand Theft Auto V 

5. The Last of Us Part II 

6. Minecraft 

7. Mortal Kombat 11 

8. Batman: Arkham Knight 

9. Hogwarts Legacy 

10. Need for Speed Heat 

11. Resident Evil 4 

12. NBA 2K23 

13. The Last Of Us Remastered 

14. Cuphead 

15. LEGO Marvel Super Heroes 2 

16. Injustice 2 

17. God of War Ragnarök 

18. NARUTO SHIPPUDEN: Ultimate Ninja STORM 4 

19. Mortal Kombat X 

20. Need for Speed Payback 

Jogos para PS VR2

1. Pavlov 

2. Beat Saber 

3. Kayak VR: Mirage 

4. Drums Rock 

5. Horizon Call of the Mountain 

6. The Dark Pictures: Switchback VR 

7. The Walking Dead: Saints & Sinners – Chapter 2: Retribution 

8. Job Simulator 

9. Star Wars: Tales from the Galaxy’s Edge 

10. Moss: Book II 

Jogos para PS VR

1. ASTRO BOT Rescue Mission 

2. The Walking Dead Onslaught 

3. Beat Saber 

4. PlayStation VR Worlds 

5. Batman: Arkham VR 

6. Sniper Elite VR 

7. Job Simulator 

8. SUPERHOT VR 

9. Until Dawn: Rush of Blood 

10. Dead Land VR 

Jogos Gratuitos

1. Roblox 

2. Fortnite 

3. Call of Duty: Warzone 

4. eFootball 2024 

5. Fall Guys 

6. Rocket League 

7. The Sims 4 

8. Overwatch 2 

9. Genshin Impact 

10. Disney Speedstorm 

 

Em 2023, a Apple emergiu como líder mundial em venda de smartphones pela primeira vez, garantindo uma quota de mercado de 20,1%, de acordo com um relatório recente da International Data Corporation (IDC). O aumento impulsionou a empresa à frente da líder e concorrente de longa data, Samsung, que agora ocupa o segundo lugar, com uma participação de mercado de 19,5%.  

Apesar de um declínio geral de 3,2% nas remessas globais de smartphones, a Apple se destaca como único player entre os três primeiros a apresentar um crescimento anual positivo, garantindo o cobiçado primeiro lugar. Desde 2010, a Samsung ocupada o topo do ranking. 

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“A Apple não é apenas a única empresa no Top 3 a apresentar crescimento positivo anualmente, mas também conquista o primeiro lugar anualmente pela primeira vez”, disse Nabila Popal, diretora de pesquisa da equipe Worldwide Tracker da IDC. “O sucesso e a resiliência contínuos da Apple devem-se em grande parte à tendência crescente de dispositivos premium, que agora representam mais de 20% do mercado, alimentados por ofertas agressivas de troca e planos de financiamento sem juros.” 

Embora a IDC observe que a Apple desempenhou um papel fundamental na retirada da Samsung do primeiro lugar, a empresa também viu intensa concorrência de outros fabricantes de Android, como Huawei, OnePlus, Honor e Google. Não é apenas a Samsung que é desafiada por estas empresas, Canalys observa que a “melhoria da força” da Huawei também pode ser um problema para o crescimento da Apple no mercado chinês. 

Confira as posições do ranking 

Fonte: IDC Worldwide Quarterly Mobile Phone Tracker, divulgado em 15 de janeiro de 2024 

1º lugar: Apple, quota de mercado em 20,1% 

2º lugar: Samsung, quota de mercado em 19,4% 

3º lugar: Xiaomi, quota de mercado em 12,5% 

4º lugar: OPPO, quota de mercado em 8,8% 

5º lugar: Transsion, quota de mercado em 8,1% 

 

As vendas no varejo tiveram queda de 1,3% em 2023, na comparação com 2022, aponta o Índice de Atividade Econômica Stone Varejo, elaborado com base nas movimentações com cartões, vouchers e pix dentro do grupo StoneCo. Em dezembro do ano passado, por sua vez, houve crescimento anual de 1,8% no volume de vendas, impulsionado pelas festas de fim de ano.

Apenas quatro meses tiveram resultado positivo em 2023: janeiro, setembro, novembro e dezembro, de acordo com os números divulgados pela Stone em parceria com o Instituto Propague.

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Já os segmentos que registraram alta no acumulado do ano foram hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,9%); e móveis e eletrodomésticos (0,5%).

Em dezembro, três segmentos tiveram aumento anual: hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (2,2%); tecidos, vestuário e calçados (1,8%); e artigos farmacêuticos (0,7%).

Balanço do Ministério da Saúde indica que o programa Mais Médicos registrou aumento de 105% no número de profissionais atuando em 2023. Com 28,2 mil vagas preenchidas em 82% do território nacional, 86 milhões de pessoas, segundo a pasta, foram beneficiadas pelo programa. Ao longo desse período, 744 novos municípios passaram a ser atendidos. 

Os números mostram ainda que todos os 34 distritos sanitários indígenas foram integrados ao Mais Médicos. “Um avanço importante diante da desassistência enfrentada por essa população nos últimos anos”, avaliou o ministério. No território Yanomami, o número de profissionais passou de nove para 28. Ao todo, 977 novos profissionais atuam na saúde indígena. 

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Ainda segundo a pasta, 41% dos participantes desistiram do programa em edições anteriores, “por falta de perspectiva profissional”. “A partir da retomada, em 2023, o Mais Médicos trouxe aos profissionais oportunidade de qualificação e aperfeiçoamento, além de incentivos e benefícios”.  

O Mais Médicos é classificado pelo governo federal como uma grande estratégia nacional para a formação de especialistas. A expectativa é que, nos próximos anos, cada equipe de saúde da família passe a contar com um especialista. Atualmente, o país registra mais de 50 mil equipes de saúde da família e mais de 10 mil médicos de família e comunidade.

Multidões animadas começaram neste domingo(31) a se despedir de 2023, um ano marcado por recordes de calor, o auge da inteligência artificial e as dolorosas guerras em Gaza e na Ucrânia.

A população mundial, que já supera oito bilhões espera em 2024 se livrar do peso do alto custo de vida e do tumulto global.

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Em Sidney, a autoproclamada "capital mundial do Ano Novo", mais de um milhão de pessoas lotaram as margens do porto para admirar um espetáculo de oito toneladas de fogos de artifícios.

Antes de anoitecer, milhares de pessoas se reuniram em torno da icônica Harbour Bridge, em um clima inusualmente úmido.

Entre os fatos notáveis do ano estão o primeiro transplante ocular completo do mundo e uma "Barbie mania" impulsionada pelo bem-sucedido filme dedicado à famosa boneca da Mattel.

Além disso, a Índia superou a China como o país mais populoso do mundo e se tornou o primeiro a pousar um foguete do lado escuro da Lua.

Também foi o ano mais quente desde o início dos registros em 1880, com um série de desastres provocados pelo clima que afetaram da Austrália ao Chifre da África e a bacia do Amazonas.

O mundo se despediu da "Rainha do Rock 'n' Roll" Tina Turner, do ator de "Friends" Matthew Perry, do cantor e compositor anglo-irlandês Shane MacGowan e o mestre do romance distópico Cormac McCarthy.

Porém 2023 será lembrando, sobretudo, pela guerra no Oriente Médio, iniciada com os ataques do Hamas em 7 de outubro no sul de Israel e as represálias israelenses.

- Que a guerra termine -

A Organização das Nações Unidas (ONU) calcula que quase dois milhões de habitantes de Gaza tenham sido deslocados desde o início do conflito, aproximadamente 85% da população em tempos de paz.

Os outrora movimentados bairros da Cidade de Gaza foram reduzidos a escombros e há poucos locais para celebrar o Ano Novo e menos entes queridos para festejar.

"Foi uma ano obscuro cheio de tragédias", disse Abed Akkawi, que fugiu da cidade com a esposa e três filhos para um abrigo da ONU em Rafah, no sul.

O homem de 37 anos conta que a guerra destruiu sua casa e matou seu irmão. Ainda assim, mantém esperanças para 2024.

"Deus queira que esta guerra termine, que o novo ano seja melhor e que possamos voltar para nossas casas e reconstruí-las, ou mesmo viver em uma barraca sobre os escombros", afirmou.

A Ucrânia, onde a invasão russa se aproxima do segundo aniversário, vive entre a esperança e o desafio após o novo ataque de Moscou.

"Vitória! Estamos lhe esperando e acreditamos que a Ucrânia vencerá", disse Tetiana Shostka enquanto sirenes antiaéreas soavam em Kiev.

Na Rússia, também há cansaço em relação ao conflito.

"No novo ano gostaria que a guerra terminasse, que houvesse um novo presidente e a vida voltasse ao normal", disse Zoya Karpova, cenógrafa de 55 anos e residente em Moscou.

Putin é o presidente há mais tempo no poder na Rússia desde Josef Stalin e seu nome voltará às urnas quando os russos votarem em março.

No Vaticano, o papa Francisco rezou pelos povos que sofrem com as guerras, citando ucranianos, palestinos, israelenses, sudaneses e rohingyas.

"No final de um ano, se tenha a coragem de perguntar: quantas vidas humanas foram perdidas em conflitos armados? Quantos mortos?", disse Francisco após o último Angelus de 2023.

- As urnas -

O ano de 2024 se anuncia como o ano das eleições, já que o destino político de mais de 4 bilhões de pessoas será decidido em votações na Rússia, Reino Unido, União Europeia, Índia, Indonésia, México, África do Sul, Venezuela e muitos outros países.

Porém, uma eleição promete consequências globais. Nos Estados Unidos, o democrata Joe Biden, de 81 anos, e o republicano Donald Trump, de 77, parecem dispostos a repetir em novembro a corrida presidencial de 2020.

Como presidente em exercício, Biden já deu mostras de sua idade avançada e mesmo seus partidários se preocupam com as consequências de outros quatro anos no poder.

Mas se por um lado há esta preocupação, por outro há temores pelo retorno de Trump.

O ex-presidente enfrenta várias acusações e os eleitores poderão decidir se ele irá para o Salão Oval ou para a prisão.

2023 foi um ano de grandes mudanças no cenário da política nacional, sendo a principal delas a posse do presidente Lula (PT), eleito pela terceira vez para ocupar a chefia do Executivo Nacional. O início de uma nova legislatura, na Câmara e no Senado, também mudou os ânimos no Congresso Nacional, com episódios polêmicos e votações históricas. Confira algumas personalidades que se destacaram no cenário político no país este ano. 

Presidente Lula (PT)  

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Foto: Ricardo Stuckert/PR 

Eleito presidente da República pela terceira vez não-consecutiva, no pleito de 2022, Lula tomou posse em Brasília no dia 1 de janeiro, e subiu a rampa do Palácio da Alvorada levando consigo a promessa de recolocar o país nos trilhos da prosperidade e do reconhecimento internacional. A missão tem dado certo ao longo do ano, na medida do possível. 

Entraves com o Congresso Nacional para aprovar textos, falas controversas, www.leiaja.com/politica/2023/09/27/capacitista-senadora-rebate-fala-de-l...">http://www.leiaja.com/politica/2023/09/27/capacitista-senadora-rebate-fa...">como os comentários considerados capacitistas que fez em determinados momentos, além de uma aparente dificuldade em indicar pessoas para cargos de alto poder, como o Supremo Tribunal Federal (STF), que tragam a diversidade tão prometida no início de seu terceiro mandato, fizeram o governo Lula terminar o ano com uma queda no índice de aprovação popular, segundo pesquisas divulgadas no início de dezembro. 

Ministro Flávio Dino 

Foto: Pedro França/Agência Senado 

O ex-governador do Maranhão foi indicado ministro da Justiça e Segurança Pública, e esteve à frente de importantes episódios ao longo do ano. O principal deles, logo no início do novo governo, foram os inquéritos abertos para encontrar os responsáveis pelos atos golpistas do 8 de janeiro, com a invasão de grupos bolsonaristas à Praça dos Três Poderes, em Brasília. 

Mas o caminho de Dino vai mudar em 2024. Indicado por Lula para ocupar uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF), no lugar da ministra Rosa Weber, ele vai tomar posse no dia 22 de fevereiro, deixando o Ministério vago. Ainda não há confirmação de quem assumirá a pasta. 

Ministra Marina Silva  

Foto: Diogo Zacarias/MMA 

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima assumiu a pasta no início do ano, e se destacou pelos projetos de combate ao desmatamento na Amazônia e no Cerrado, biomas fundamentais para o equilíbrio climático no mundo. 

Durante sua participação na 28ª Conferência das Partes (COP28), organizada pela Organização das Nações Unidas (ONU), em Dubai, a ministra apresentou os resultados que ações de fiscalização de órgãos como o Ibama e o ICMBio tiveram no plano de recuperação ambiental. De acordo com levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a área sob alerta de desmatamento na Amazônia caiu 49,7% na Amazônia de janeiro a outubro, e foi possível evitar o lançamento de 250 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera. 

Governadora Raquel Lyra (PSDB)  

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado 

Desde sua posse, em janeiro, a primeira mulher a governar Pernambuco foi alvo de críticas e elogios. Dos grandes destaques de seu primeiro ano no executivo estadual, Lyra assinou a exoneração em massa de mais de 2,7 mil cargos comissionados e gratificados do estado, e foi responsável por trazer para Pernambuco investimentos em diversos setores. 

Governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP)  

Foto: Francisco Cepeda/Governo do Estado SP 

Entre os governadores, outro destaque vai para Tarcísio de Freitas, à frente do estado de São Paulo. O governador do estado mais populoso do Brasil chegou no segundo semestre de governo com 30% de aprovação, segundo levantamento do Instituto DataFolha, divulgado em setembro. Eleito pela base bolsonarista do estado, tendo tido apoio do ex-presidente da República, Freitas acabou sendo alvo de críticas devido a seus posicionamentos e suas escolhas políticas, como a colocação de Gilberto Kassab (PSD) para liderar a secretaria de Governo e Relações Institucionais. 

Senadora Eliziane Gama (PSD-MA)  

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado 

A senadora maranhense teve alcance nacional este ano por ter sido a relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apurou os atos golpistas do dia 8 de janeiro, quando grupos bolsonaristas invadiram a Praça dos Três Poderes, em Brasília. Enquanto relatora, Gama participou de todas as sessões e formulou o relatório final da comissão. 

Senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG)  

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado 

Entre os principais destaques do ano para o presidente do Senado Federal, Pacheco esteve à frente de importantes votações no Congresso, como a recente promulgação da Reforma Tributária, que modifica o sistema de cobrança e pagamento de impostos no Brasil. 

Deputada Erika Hilton (PSOL-SP)  

Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados 

Já dentro da Câmara dos Deputados, um grande destaque deste ano foi a atuação da deputada Erika Hilton (PSOL-SP) que, eleita junto com a deputada Duda Salabert (PDT-MG), formou a primeira bancada trans da Casa Legislativa nacional. Seus discursos e votos foram acompanhados por muitos, mas Hilton se destacou por seus posicionamentos em episódios em que sofreu qualquer tipo de preconceito, principalmente em se tratando de transfobia no ambiente parlamentar. 

Deputado Nikolas Ferreira (PL-MG)  

Foto: Reprodução/TV Câmara 

Dentre os principais deputados federais com mandato ativo em 2023, o parlamentar mineiro foi um dos que teve maior palco, ainda no primeiro trimestre, quando se apresentou à tribuna, no dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, com uma peruca na cabeça, criticando a identidade das pessoas trans. Nikolas Ferreira já chegou a virar réu, pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais, acusado de praticar transfobia contra uma adolescente.  

Michelle Bolsonaro (PL)  

Foto: Flickr/PL 

Mesmo estando distante dos holofotes políticos, a ex-primeira-dama se destacou este ano após assumir a presidência nacional do PL Mulher, partido do qual seu esposo, Jair Bolsonaro, também faz parte. Michelle ainda fez algumas aparições e pronunciamentos devido ao seu possível envolvimento no escândalo relacionado às joias ganhadas por Bolsonaro, enquanto ainda presidente da República, pelo governo da Arábia Saudita. 

 

A governadora Raquel Lyra afirmou que um dos maiores desafios da sua gestão em 2023 foram as obras paralisadas e enalteceu a retomada de algumas intervenções públicas inacabadas em Pernambuco. Com entregas de habitacionais na capital e no interior, retomada de obras como a do Canal do Fragoso, em Olinda, do Hospital da Mulher do Agreste, em Caruaru, e reorganização do escopo de intervenções como a da pista do Aeroporto de Fernando de Noronha e da triplicação da BR-232, na saída do Recife, entre outras, o Governo do Estado recolocou as obras entre as prioridades, garantindo investimentos só esse ano de mais de R$ 650 milhões. 

“Obra iniciada e paralisada foi um dos maiores desafios que encontramos em Pernambuco e significa um volume gigantesco de desperdício de recursos públicos. No nosso governo, temos o compromisso de anunciar uma obra só quando temos os recursos garantidos. Isso significa planejamento e responsabilidade com o gasto público. Obra é para começar, se construir e entregar à população. Nosso time conseguiu destravar muitos entraves, como na Estrada da Muribeca, na triplicação da 232 e no Hospital da Mulher de Caruaru, ações que estão em andamento para entrega nos próximos meses”, disse a governadora Raquel Lyra. 

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O Hospital da Mulher do Agreste, em Caruaru, foi uma das obras retomadas, onde somente neste ano o Governo de Pernambuco já investiu R$ 18 milhões. A unidade contará com 174 leitos, sendo 20 de UTI neonatal e outros 17 de UCI neonatal. A obra deveria ter sido entregue em 2015, mas diversas paralisações atrasaram completamente o cronograma. Com a nova gestão, os trabalhos foram reiniciados e a previsão de entrega agora é em março de 2024. 

“Esse é um passo enorme que damos no processo de interiorização da saúde, que é uma marca do governo Raquel Lyra. É um avanço para toda a região, a unidade vai atender pacientes de vários municípios, reduzindo as distâncias para um atendimento de maior complexidade”, afirmou a secretária estadual de Saúde, Zilda Cavalcanti. Outro exemplo de obra que estava inacabada e foi retomada e entregue este ano foi o novo ambulatório do Hospital Agamenon Magalhães, no Recife, esperado desde 2013. Com investimentos de R$ 25 milhões, o novo ambulatório passou de 25 para 43 salas disponíveis.

Na Região Metropolitana do Recife, um exemplo de retomada foi em relação à obra do Canal do Fragoso, fruto de uma articulação junto ao governo federal. Em agosto, a fase 5 do projeto foi incluída pelo governo federal no Novo PAC, com recursos de cerca de R$ 130 milhões, em fase de licitação pelo Governo do Estado. O trecho prevê o alargamento e revestimento do Canal do Fragoso, no trecho da ponte de Rio Doce até a Ponte do Janga, e 1,1 quilômetro de vias marginais.

A entrega de habitacionais também foi uma prioridade. Em julho, foram entregues 232 unidades do Residencial Mulheres de Tejucupapo, no bairro da Iputinga, no Recife. As obras, iniciadas em 2011, receberam R$ 16 milhões em investimentos, com recursos do Governo Federal e do Tesouro Estadual. Também foram entregues, ainda em abril, o Habitacional Canal do Jordão, em Jaboatão dos Guararapes, com 272 unidades, também inacabado há dez anos, e o Residencial Severino Quirino, em Caruaru, que recebeu R$ 970 mil para conclusão, entregando 192 unidades. 

Na área de transportes, as tratativas para o início das obras de requalificação da pista do aeroporto do Arquipélago de Fernando de Noronha foram bem sucedidas e mais de 60% do material já foi transportado para Noronha. A previsão é que as obras sejam realizadas entre fevereiro e abril do próximo ano. Para o destravamento da triplicação da BR-232, o Departamento de Estradas de Rodagem de Pernambuco (DER-PE) reestimou o contrato, colocando de volta no escopo da obra itens excluídos em 2022, como a passarela para pedestres e a ciclovia. Agora, com um aditivo assinado, aprovado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE), as obras serão aceleradas e concluídas até abril. 

Com recursos do empréstimo do Banco do Brasil num total de R$ 900 milhões, a requalificação das rodovias pernambucanas saiu do estágio das promessas para a concretização das realizações. Iniciativas prometidas e com ordem de serviço assinadas há tempo foram contempladas com a retomada real dos serviços, a exemplo da Estrada de Muribeca (PE-17), em Jaboatão dos Guararapes, da requalificação da PE-15, em Olinda, da PE-45, ligando Escada a Vitória de Santo Antão e da APE-009, que liga Nossa Senhora do Ó a Muro Alto, sendo fundamental para a infraestrutura do turismo no Litoral Sul.

*Da assessoria de imprensa

A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) teve um ano agitado com mudança da Mesa Diretora e a aprovação de textos importantes. Alguns projetos polêmicos ganharam visibilidade no plenário e, muitas vezes, os debates deixaram a Casa e tomaram as ruas com o posicionamento da população.

O ano começou a criação dos Auxílios-Saúde, Moradia e Alimentação, aprovados em sessão virtual. Os benefícios somados aumentaram os gastos com cada deputado em R$ 12.377,37 a partir de fevereiro.

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Aceito pela maioria, o Auxílio-Moradia equivale a 22% do subsídio dos parlamentares e foi fixado em R$ 6.483,39. Votaram contra os deputados João Paulo (PT), Waldemar Borges (PSB), o coletivo Juntas (PSOL), Clarissa Tercio (PP) e Aluísio Lessa (PSB).

O Auxílio-Saúde foi definido em R$ 2.946,99, correspondente a 10% do salário. Foram contra as deputadas do coletivo Juntas (PSOL), Waldemar Borges (PSB), João Paulo (PT), Dulci Amorim (PT), Teresa Leitão (PT), Clarissa Tercio (PP) e Aluísio Lessa (PSB).

Já o Auxílio-Alimentação também foi estipulado em R$ 2.946,99. Votaram contra João Paulo (PT), Clarissa Tercio (PP), Teresa Leitão (PT), Juntas (PSOL) e Waldemar Borges (PSB).

LeiaJá também: OAB PE repudia criação de auxílios para deputados na Alepe

Após a saída do ex-presidente Eriberto Medeiros (PSB), os parlamentares aprovaram por unanimidade o projeto de lei que antecipou a votação da Mesa Diretora em quase um ano. Originalmente, a convocatória para as eleições só seria possível entre 1º de dezembro de 2024 até 1º fevereiro de 2025, quando acaba o atual mandato do recém-empossado, Álvaro Porto (PSDB).

Com a aprovação, o processo pôde iniciar em 1º de novembro e o atual presidente foi reeleito. Álvaro Porto fica no comando da Casa até o fim de 2026.

Outro destaque do ano da Alepe foi a discussão sobre o reajuste do piso salarial dos professores da rede estadual. O aumento indicado no texto na Câmara dos Deputados atualizava o salário em 14,95%, sendo assegurado o pagamento de R$ 4.420,50 aos docentes que trabalham 200 horas mensais e R$ 3.315,41 àqueles com carga de 150 horas por mês.

A proposta discutida no legislativo estadual estabelecia o congelamento do piso salarial, além de desconsiderar os vencimentos dos profissionais aposentados. O governo do estado chegou a defender o projeto, mas ele foi rejeitado. Em outra tentativa de votação de revisão, não houve quórum suficiente diante da grande mobilização do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe).

Os deputados aprovaram dois projetos do pacote fiscal que alteraram os cálculos de três impostos: ICMS (sobre circulação de mercadorias e alguns serviços), IPVA (sobre veículos automotivos) e ICD (sobre heranças e doações). As mudanças propostas pelo governo através do programa Descomplica PE foram aceitas pela Alepe, que aumentou a alíquota modal de ICMS de 18% para 20,5%, diminuição de alíquota de IPVA de 2,5% para 2,4% para automóveis e isenção para mototaxistas e veículos escolares.

A Assembleia Legislativa também aprovou a proposta do governo do estado que redefiniu o cálculo do repasse anual do ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) aos municípios. O texto criou uma compensação entre as prefeituras para garantir que 23 cidades menores tenham em 2024, pelo menos, a mesma receita arrecadada em 2023.

O texto foi questionado por alguns gestores pela perda do acréscimo de arrecadação esperado para o próximo ano. O valor excedente de R$ 14 milhões do ICMS de cidades como Cabo de Santo Agostinho, Ipojuca, Recife e Goiana seria destinado para os municípios com menos de 30 mil habitantes.

No mês da Consciência Negra, a Alepe inovou ao promover a 1ª Jornada Antirracista. O evento ocorreu entre os dias 6 e 10 de novembro, com o objetivo de promover debates para avançar na valorização da luta do povo negro.

A ação pioneira contou com a exposição “Cirandar é resistir”, em homenagem à dançarina e cantora Lia de Itamaracá, além de performances de artistas, escritores, cantores, grupos de maracatu e afoxés. A Alepe ainda lançou o “Selo Alepe Antirracista”, rótulo de identidade para várias ações contra o racismo que a Casa se propôs a promover dentro e fora da instituição.

O Senado fechou 2023 com a retomada de alta produtividade após a declaração do fim da pandemia de Covid-19, em maio deste ano: foram 664 reuniões de comissões permanentes, 17  encontros de subcomissões, 196 sessões em Plenário, 812 matérias aprovadas, bem como duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs), uma concluída e a outra instalada, integradas apenas por senadores, e uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), composta por senadores e deputados, e 89 indicações de autoridades, entre elas dois indicados para o Supremo Tribunal Federal (STF). O balanço do primeiro semestre já apontava para o marco, consolidado com a chegada de dezembro e o encerramento do ano legislativo. 

Na última sessão do ano, na quarta-feira (20), o presidente da Casa, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse não ser tarefa fácil selecionar as principais matérias abordadas no Senado em 2023. De acordo com balanço da Secretaria-Geral da Mesa (SGM), foram votadas 5 Propostas de Emendas à Constituição (PECs), 151 projetos de lei, 22 medidas provisórias, 53 projetos de resolução do Senado, 42 projetos de decretos legislativos, além de 10 projetos de lei complementar e 440 requerimentos. 

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Pacheco escolheu, como exemplo, a PEC 45/2019, da Reforma Tributária, votada no Senado em novembro e cuja versão final foi aprovada pela Câmara dos Deputados em 15 de dezembro. O texto foi promulgado em sessão do Congresso Nacional no dia 20 de dezembro, em cerimônia que contou com a presença dos presidentes dos três Poderes e diversas outras autoridades. 

— Promulgada numa sessão histórica do Congresso Nacional, essa é uma medida de fato histórica, que se compromete com a modernização do sistema tributário brasileiro, trazendo mais eficiência e justiça fiscal para a nossa economia e para o povo do nosso país. [...] Durante este ano, o Senado trabalhou com uma dedicação e um vigor sem precedentes, debruçando-se sobre questões de notável interesse do nosso país. Debatemos e aprovamos medidas cruciais que não apenas respondem aos desafios atuais de nossa nação, mas também pavimentam o caminho para o futuro mais promissor e justo para todos os brasileiros. Cada proposição legislativa, cada discussão e cada voto refletiram o nosso compromisso inabalável com o progresso e com o desenvolvimento do Brasil —  declarou o presidente.

Produtividade

Outros senadores também comemoraram a produtividade da Casa Alta brasileira nos dez meses de intensa atuação parlamentar, que culminou, por exemplo, com o pedido de indiciamento de 61 pessoas pela CPMI do 8 de Janeiro. Além da presença do Senado na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP-28), em Dubai, no começo de dezembro, com participação ativa dos parlamentares. 

O recorde de comissões funcionando simultaneamente, batido em 31 de maio, foi novamente superado em 14 de novembro, quando 18 colegiados promoveram reuniões presenciais na mesma data (confira com mais detalhes no final desta matéria). O empenho dos parlamentares nas pautas econômica e ambiental e na defesa dos direitos humanos também foi destacado pelos senadores Vanderlan Cardoso (PSD-GO), presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), Humberto Costa (PT-PE), que conduz as comissões de Assuntos Sociais (CAS) e Mista Permanente de Mudanças Climáticas (CMMC), e Paulo Paim (PT-RS), que preside a Comissão de Direitos Humanos (CDH). 

CPMI

Destinada a investigar os atos de ação e omissão ocorridos durante a invasão às sedes dos Três Poderes da República, em Brasília, no começo do ano, a CPMI do 8 de Janeiro funcionou entre os dias 25 de maio e 18 de outubro, quando foi votado o relatório da senadora Eliziane Gama (PSD-MA). Aprovado depois de mais de sete horas de discussão, por 20 votos favoráveis, 11 contrários e nenhuma abstenção, o texto pediu o indiciamento de 61 pessoas, dentre as quais o ex-presidente Jair Bolsonaro. O relatório seguiu para a Procuradoria-Geral da República (PGR), a Polícia Federal e o Supremo Tribunal Federal (STF) para que aprofundem investigações e apurem as responsabilidades. 

Após entregar o documento ao ministro do STF Alexandre de Moraes, em outubro, Eliziane disse que o magistrado se comprometeu em anexá-lo a inquéritos em curso na Corte sobre os atos golpistas. Além das 1.331 páginas do relatório, os senadores obtiveram informações digitalizadas de até sete terabytes, que resultaram de autorizações judiciais para quebras de sigilos fiscais, telefônicos e telemáticos, bem como dos depoimentos colhidos nos cinco meses de funcionamento da CPMI. 

— O recebimento do relatório pelo ministro nos trouxe a certeza de que o conjunto de dados e informações que nós catalogamos foram robustos e consistentes e darão uma relativa contribuição a investigação em curso hoje por parte do Supremo [sobre atos golpistas]", disse Eliziane Gama, ao citar as "dezenas de inquéritos" presididos por Moraes, como o das milícias digitais, das fake news, dos executores, financiadores e do núcleo político do atos do dia 8 de janeiro — comentou Eliziane na ocasião. 

Mudanças climáticas

A liderança da Comissão Mista Permanente de Mudanças Climáticas (CMMC) junto à COP-28, em Dubai, por exemplo, foi destacada pelo presidente do colegiado, senador Humberto Costa (PT-PE). À Agência Senado, ele afirmou que foi possível participar de importantes debates no evento, integrando ativamente as discussões. O parlamentar considerou que o Brasil tem exercido uma “liderança verde” e deu, como exemplo, o fato de o país sediar a COP-30, em Belém, no Pará, em 2025. 

— A presidência do G-20, do Brasil, nos abriu oportunidades ainda mais amplas na condução desta pauta. Passamos o ano mais quente da história da humanidade, o mais quente, aliás, em 125 mil anos. E o Brasil sentiu o rigor desses efeitos, com cheias e temporais no Sul e seca de rios inteiros no Norte. Penso que o Congresso Nacional está à altura do desafio, no combate ao negacionismo climático e engajado com a responsabilidade de evitar que o planeta entre em colapso — declarou Humberto.

Igualdade salarial

A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) também é presidida por Humberto Costa, que avaliou como “de alto relevo social” o trabalho do colegiado em 2023. Ele citou, como exemplo, a aprovação da Lei 14.611, de 2023, que impõe igualdade salarial e de critérios remuneratórios entre os gêneros. A norma teve origem no PL 1.085/2023, aprovado pelo Senado em junho. 

— Há quase um ano como presidente da CAS, tenho conduzido o colegiado para que amplie também a participação popular e promova o debate de outros temas importantes envolvendo a população. Somente em 2023, foram cerca de 60 projetos aprovados, muitos que já viraram o lei, como da igualdade salarial entre homens e mulheres. São enormes os desafios e extensa a nossa pauta, mas, com trabalho e disposição, vamos construindo caminhos juntamente com as brasileiras e os brasileiros. Afinal, o Brasil passa pela CAS — refletiu. 

Economia

A pauta econômica foi relevante no Senado em 2023. A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) se reuniu 59 vezes e aprovou 156 matérias. Foram 15 audiências públicas, “com ricas discussões que acrescentaram muito para o entendimento e a formação da convicção dos senadores, trazendo ainda mais consistência e qualidade às decisões tomadas”, como disse o presidente, senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), no último encontro do grupo, em 19 de dezembro. 

O parlamentar destacou medidas de impacto na sociedade, como o programa de renegociação de dívidas Desenrola Brasil (PL 2685/2022); o Arcabouço Fiscal, que propôs novo regime fiscal (PLP 93/2023); a prorrogação da desoneração da folha de pagamentos e o Estatuto Nacional de Simplificação de Obrigações Tributárias Acessórias (PL 334/2023). 

— Igualdade salarial entre homens e mulheres; marco legal das garantias; marco legal dos jogos eletrônicos; recursos para a expansão da Defensoria Pública; licença-maternidade para atletas profissionais; dedução do Imposto de Renda às doações a projetos de pesquisa científica e tecnológica; oferta de procedimentos estéticos reparatórios pelo SUS; garantia de reserva de recursos para atender calamidades públicas no Orçamento da União [...]. Essa relação é apenas uma breve síntese da importância que a atuação desta comissão teve neste ano legislativo. 

Direitos humanos

Na última reunião do ano da Comissão de Direitos Humanos (CDH), em 13 de dezembro, o presidente Paulo Paim (PT-RS) lembrou que o âmago do colegiado é a responsabilidade de fiscalizar e avaliar as políticas públicas relacionadas aos direitos humanos, propondo medidas que visem à sua melhoria e correção de eventuais violações. 

Discriminação, violência, feminicídio, direitos das mulheres; acesso à educação, saúde, ensino técnico, emprego e renda, povos indígenas, pessoas com deficiência, racismo no futebol, desastres ambientais, direitos dos ferroviários, idosos, aposentados e pensionistas foram pontos abordados pela CDH em 2023, considerados por Paim “fundamentais para a construção de uma sociedade justa”. 

— Realizamos 26 reuniões deliberativas, 74 audiências públicas, 100 encontros promovidos no total. Ouvimos relatos e realizações de sete ministros de Estado, cada um dedicado a conduzir e fortalecer seus respectivos setores em benefício do bem-estar de nossa sociedade. A CDH aprovou sete projetos de lei de minha autoria, como o que limita a duração do contrato de trabalho em 25 horas semanais; relatei 15 projetos de lei aprovados, como o PL 4.498/2020, que inclui população em situação de rua no censo demográfico. Sublinho meus cumprimentos e meus agradecimentos a todos os senadores e senadoras integrantes deste colegiado, bem como aos servidores que dão amparo ao nosso trabalho. 

Ministros

Em dezembro, o Senado aprovou o nome de Flávio Dino para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Senador licenciado e ministro da Justiça, ele teve a indicação feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva aprovada com 47 votos a favor e 31 contrários, além de 2 abstenções. Antes, no mesmo dia, Dino foi sabatinado por mais de dez horas pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que aprovou o parecer do senador Weverton (PDT-MA) com 17 votos favoráveis e 10 contrários. Com 55 anos de idade, Dino terá de deixar a Corte quando completar 75, em 2043. 

Anteriormente, em junho, foi a vez de a CCJ sabatinar e aprovar o nome do advogado Cristiano Zanin, após quase oito horas de arguição. A indicação recebeu 21 votos favoráveis e 5 contrários no colegiado e seguiu para o Plenário, onde o nome de Zanin foi aprovado com 58 votos a favor e 18 contrários. O relator da indicação foi o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB).  Zanin, que assumiu aos 47 anos de idade, deverá ocupar o cargo por quase três décadas, ou seja, até 2050. 

Procuradoria-Geral da República

Na mesma sessão em que a CCJ sabatinou Flávio Dino, em 13 de dezembro, a comissão fez a arguição e aprovou o nome do subprocurador-geral da República Paulo Gonet para chefiar a Procuradoria-Geral da República (PGR). Ele recebeu 23 votos favoráveis e quatro contrários, no colegiado, e 65 votos a favor 11 contrários, além de uma abstenção, no Plenário. A indicação (MSF 89/2023) foi relatada pelo senador Jaques Wagner (PT-BA). 

O presidente da CCJ, senador Davi Alcolumbre (União-AP), agradeceu aos colegas pelo empenho e falou do ineditismo histórico da sabatina de duas autoridades pela comissão ao mesmo tempo: 

— Agradeço a todos os colegas senadores e senadoras, pela confiança nesta Presidência. De maneira inédita, fizemos a sabatina de duas autoridades relevantes do ponto de vista institucional para a República Federativa do Brasil, um membro do Ministério Público, indicado pelo presidente da República para o cargo de procurador-geral da República, e um membro do Poder Judiciário, indicado pelo presidente da República para o Supremo Tribunal Federal. Pela primeira vez, na história do Brasil, tínhamos as duas indicações abertas para o cargo de procurador e uma cadeira vaga para o cargo de ministro da Suprema Corte Brasileira. E, nesse sentido, me coube, como presidente da comissão, seguir as orientações do presidente do Congresso [o senador Rodrigo Pacheco], que convocou semana de esforço concentrado exclusivamente para a deliberação de autoridades — esclareceu Davi ao fim da reunião. 

Outros exemplos

Os presidentes das comissões apresentaram balanços das atividades em suas últimas reuniões, ocorridas entre os dias 11 e 19 de dezembro. Entre eles, o senador Sérgio Petecão (PSD-AC), que está à frente da Comissão e Segurança Pública (CSP), a senadora Daniella Ribeiro (PSD-PB), que conduz a Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO), o senador Flavio Arns (PSB-PR), presidente da Comissão de Educação (CE), e a senadora Mara Gabrilli (PSD-SP), à frente da Subcomissão Permanente de Direitos das Pessoas com Doenças Raras (Casraras). 

Em seu primeiro ano de funcionamento, a CSP, aprovou matérias como o PL 2.326/2022, que libera porte de arma de fogo aos funcionários da Fundação Nacional do Índio (Funai) em atividades de fiscalização. O texto seguiu para a Comissão de Meio Ambiente (CMA). Sérgio Petecão analisou que a segurança "está na ordem do dia da Casa" e defendeu que a CSP "foi uma das que mais trabalhou em 2023".

Outras proposições aprovadas pelo colegiado são o projeto de lei complementar (PLP 150/2021) que cria mecanismos de proteção à população LGBTQIA+ encarcerada e seguiu para votação em Plenário, e proposta que inclui na lista de hediondos diversos crimes praticados contra crianças e adolescentes. Além disso, o texto torna crime a prática de bullying e cyberbullying. Depois de passar na CSP, o PL 4.224/2021 foi aprovado também pelo Plenário e seguiu para sanção presidencial.

Na Comissão de Educação e Cultura (CE) foram realizadas 109 reuniões, entre audiências públicas, discussões e votações de projetos. A CE apreciou mais de 150 matérias e aprovou 90 projetos em decisão terminativa, além de mais de 60 matérias com decisão não terminativa, muitas delas já aprovadas no Plenário do Senado.

— E todos os temas nacionais fundamentais foram debatidos: sistema nacional de educação, ensino médio, valorização dos profissionais da educação, segurança escolar, o novo Plano Nacional de Educação. Então, nós estamos assim, inclusive, à frente, como comissão, de todos os debates que vêm acontecendo no Brasil — avaliou Flávio Arns.

Por sua vez, Mara observou, no encerramento das atividades da subcomissão, que o plano de trabalho da Casraras, aprovado em agosto, foi moldado com um olhar abrangente e amplo, pensando em abarcar todos os cidadãos com doenças raras do país:

—  Não por acaso, a subcomissão deu ênfase à fiscalização de duas importantes políticas públicas: o Teste do Pezinho do Programa Nacional de Triagem Neonatal (Lei 14.154/2021) e a Política Nacional de Atenção Integral em Genética Clínica (Portaria do Minsitério da Saúde 81, de 2009 e posteriores). São medidas urgentes e que precisam sair do papel, uma vez que irão facilitar o acesso ao diagnóstico e, com isso, oferecer uma rede assistencial especializada para tratamentos desde a infância, já que 75% das doenças raras afetam os bebês e as crianças e ainda 80% das doenças raras são de origem genética — pontuou a senadora.

CPI das ONGs

A atuação de organizações não governamentais na Amazônia também foi alvo de investigação pelos senadores em 2023, por meio da CPI das ONGs. Instalado em junho, o colegiado promoveu 30 reuniões, nas quais ouviu 28 depoimentos. Entre esses, o da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva; os presidentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), Rodrigo Agostinho, e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Mauro Oliveira Pires; os ex-ministros Ricardo Salles e Aldo Rebelo; e vários representantes de comunidades indígenas e de organizações não governamentais.

Os trabalhos da CPI foram presididos pelo senador Plínio Valério (PSDB-AM) e o relatório final foi elaborado pelo senador Marcio Bittar (União-AC). Aprovado em 12 de dezembro, o parecer trouxe seis projetos legislativos e o pedido de indiciamento do presidente do ICMBio, Mauro Oliveira Pires. Ele foi acusado de corrupção passiva e improbidade administrativa.

CPI da Braskem

Apesar de ainda não ter entrado em pleno funcionamento, a CPI da Braskem engrossa a produção do Senado em 2023. Instalada em 13 de dezembro, a comissão parlamentar de inquérito vai investigar os danos ambientais causados em Maceió (AL) pela empresa petroquímica Braskem. A extração do mineral sal-gema, que ocorre desde os anos 1970 nos arredores da Lagoa Mundaú, na capital alagoana, provocou danos estruturais em ruas e edifícios, com afundamento do solo e crateras. Mais de 14 mil imóveis foram afetados e condenados, e os casos já forçaram a remoção de cerca de 55 mil pessoas da região. As atividades de extração foram encerradas em 2019, mas os danos podem levar anos para se estabilizarem.

O requerimento (RQS 952/2023) para a CPI foi apresentado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), assinado por outros 45 parlamentares e lido em Plenário em 24 de outubro. Com 11 titulares, o colegiado tem 120 dias para concluir seu relatório e disporá de um orçamento de R$ 120 mil reais. Para presidir os trabalhos foi eleito o senador Omar Aziz (PSD-AM) e, como vice-presidente, foi escolhido o senador Jorge Kajuru (PSB-GO). O relator ainda não foi designado.

Recorde

O recorde de comissões que funcionaram no mesmo dia no segundo semestre foi alcançado em 14 de novembro, quando 18 colegiados promoveram reuniões presenciais. Anteriormente, esse marco de reuniões simultâneas das comissões foi alcançado pelo Senado no dia 31 de maio, quando 15 eventos foram realizados ao mesmo tempo. Em entrevista à Agência Senado, o diretor da Secretaria de Comissões (Scom), Marcos Machado Melo, lembrou a intensidade de atuação, tanto dos senadores quantos dos servidores, para que todo o trabalho saísse perfeito: 

— As reuniões são feitas em oito plenários diferentes, distribuídos nas alas Senador Alexandre Costa e Senador Nilo Coelho. Esse dia, por exemplo, [14 de novembro] foi uma loucura porque tivemos de fazer 18 reuniões com 8 plenários disponíveis. Embora com horários de início diferentes, chega um momento em que todos os auditórios estão funcionando simultaneamente. 

Também ficaram marcadas em 2023 a volta do funcionamento das comissões mistas de medida provisória que haviam sido interrompidas pela pandemia de Covid-19, bem como a criação de três novos colegiados permanentes: a Comissão de Comunicação e Direito Digital (CCDD), a Comissão de Defesa da Democracia (CDD) e a Comissão de Esportes (CEsp). Marcos falou da responsabilidade de manter todos os colegiados em pleno funcionamento e enfatizou que o Senado desempenhou “um trabalho de excelência em 2023”. 

— Além de duas CPIs simultâneas, a criação das três novas comissões permanentes e a volta do funcionamento das comissões mistas de medida provisória tornaram o ano repleto de desafios. Somos cerca de 190 colaboradores na SCom, entre efetivos, comissionados, terceirizados e estagiários, dando assessoria ao trabalho dos parlamentares. Tudo é desafiador e nos move, mas também nos dá a clareza de que chegamos ao final de mais um ciclo tendo cumprido nossa missão — comemorou. 

*Da Agência Senado

Em 2023, os gastos do cartão corporativo utilizado pelo Governo Federal diminuíram em pouco mais de 35%, quando comparados aos gastos de 2022. Segundo as informações do Portal da Transparência, na sessão “Cartões de Pagamento”, até esta última semana do ano, foram utilizados R$ 273,93 milhões nos cartões disponíveis para o Governo e para a Defesa Civil. No ano passado, as despesas foram de R$ 422,92 milhões ou R$ 149 milhões a mais que no ano corrente. 

Ainda de acordo com as informações de transparência, seis órgãos são responsáveis pela maior parte do uso do cartão corporativo: Presidência da República (28,42%), Ministério da Justiça e Segurança Pública (26,33%), Outros (18,07%), Ministério de Planejamento e Orçamento (10,28%), Ministério da Educação (9,09%) e Ministério da Defesa (7,84%). 

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Apenas o gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) gastou R$ 22 milhões, o que, isoladamente, está acima da média dos últimos cinco anos. De 2019 a 2023, a média de gastos da Presidência no cartão corporativo é de R$ 20,98 milhões, sendo o ano com menos despesas o de 2019 (R$ 15,7 milhões) e o com mais despesas o de 2022 (R$ 26,5 milhões). 

O Governo Federal gastou, no total, R$ 79,6 milhões, com um valor médio por portador de R$ 14.462,70. Já a Defesa Civil gastou R$ 194,3 milhões, com um valor médio por portador de R$ 449.772,62. O Cartão de Pagamento de Defesa Civil (CPDC) é destinado ao pagamento de despesas com ações de resposta - socorro, assistência às vítimas e restabelecimento de serviços essenciais. 

Apesar das equipes do Governo Lula serem maiores, o número de utilizadores ou portadores de cartões de pagamento também foi menor, em comparação ao registrado no último ano do Governo Bolsonaro. Foram 5.937 utilizadores em 2023 e 6.567 em 2022. A gestão de Jair Bolsonaro (PL), que conseguiu enxugar os gastos em 2020 e 2021 - R$ 170,8 e R$ 241,5 milhões, respectivamente -, gerou a segunda maior despesa da década, em 2022, ficando atrás apenas de 2017, período da gestão de Michel Temer, quando a cifra chegou a R$ 453 milhões. 

Compare

2022

2023

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrentou um primeiro ano de mandato repleto de desafios. Ocupando o assento presidencial pela terceira vez, Lula pegou, no Legislativo, propostas travadas do Governo Bolsonaro e anteriores, além de altos índices de pobreza e fome. O desemprego, apesar de ter sido reduzido em 2023, segue alto e é uma preocupação para a redução das desigualdades sociais, seguido pela criminalidade, que enfrenta uma onda de crescimento em todo o país. 

Sendo minoria no Congresso Nacional, que tem uma frente adversária e bolsonarista expressiva, Lula e seus ministros sofreram uma leva de derrotas com os parlamentares, mas também conseguiram aprovar projetos históricos, como a reforma tributária. Além disso, o Governo Federal reforçou suas relações exteriores, foi vice-líder em captação de fundos internacionais e voltou a ser porta-voz da agenda ambiental mundial.  

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Relembre os pontos altos e baixos do Governo Lula em 2023 

Pontos altos

Política externa e agenda ambiental 

Elogiado pela articulação diplomática desde que foi presidente do país pela primeira vez, em 2003, Lula conseguiu, este ano, reposicionar o Brasil em agendas internacionais importantes, sobretudo a ambiental e a econômica. Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil foi o segundo país que mais atraiu Investimento Estrangeiro Direto (IED) no primeiro semestre de 2023, atrás apenas dos Estados Unidos, se destacando como líder na América Latina. No ano passado, o país ocupava a 5ª posição, tendo, assim, subido três posições no ranking. Além disso, a COP 30, conferência na Organização das Nações Unidas (ONU) sobre mudanças climáticas e que ocorrerá em 2025, será sediada no Brasil. A notícia foi dada após líderes brasileiros demonstrarem um bom desempenho durante a COP 28, este ano, com iniciativas sobre preservação ambiental e rumo à descarbonização. 

Marina diz que Brasil chegará a COP 30 como "protagonista" https://m.leiaja.com/politica/2023/06/29/marina-diz-que-brasil-chegara-cop-30-como-protagonista/

Minha Casa, Minha Vida 

Em julho deste ano, o presidente Lula sancionou a lei que cria o novo Minha Casa, Minha Vida. A meta do governo é contratar mais dois milhões de moradias pelo programa durante o primeiro mandato. Um dos destaques da medida é a ampliação da faixa de renda das famílias, que passou a ser de até R$ 8 mil mensais, em áreas urbanas, e de até R$ 96 mil anuais, em áreas rurais. Um outro destaque é que o Governo Federal perdoou, em setembro, as prestações pendentes de beneficiários do Bolsa Família ou  do Benefício Prestação Continuada. Cerca de 712 famílias - 1,98 milhão de pessoas - serão beneficiadas com o perdão das dívidas, segundo estimativa da Caixa Econômica. Os três Estados mais beneficiados pela medida, em relação ao total da população, são Alagoas, Maranhão e a Bahia. 

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Desenrola Brasil 

Até setembro, mais de 10 milhões de brasileiros com dívidas até R$ 100 foram desnegativados. Isso aconteceu na primeira fase do Desenrola Brasil, um programa do Governo Lula com foco na renegociação de dívidas e na recuperação do acesso ao crédito. A plataforma é voltada para pessoas com renda de até dois salários mínimos ou inscritas no Cadastro Único (CadÚnico). O programa foi prorrogado até 31 de dezembro, após a segunda fase ser aprovada no Senado e sancionada pelo presidente Lula, em outubro. Na plataforma, estão abertas a renegociação de dívidas bancárias e não bancárias, como contas de luz, água, varejo, educação, vencidas entre 2019 e 2022.  

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Reforma tributária 

Um dos maiores trunfos do Governo Lula em 2023, e o passo mais bem sucedido de Fernando Haddad à frente do Ministério da Fazenda, a reforma tributária foi finalmente destravada este ano, após quase quatro décadas de tentativas. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45/2019 foi aprovada com 365 votos favoráveis e 118 contrários, no segundo turno. O projeto, que será promulgado ainda este ano, prevê ações como a criação da Cesta Básica Nacional; o chamado “Imposto Seletivo”, e revê a substituição de cinco tributos (PIS, Cofins e IPI, de competência federal; e ICMS e ISS, de competências estadual e municipal, respectivamente) por um Imposto sobre Valor Adicionado (IVA); dentre outras ações.  

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Novo PAC 

O presidente Lula lançou, em agosto, o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que vai investir nos municípios, estados e federação, R$ 1,7 trilhão, com recursos orçamentários federais (R$ 371 bilhões), de empresas estatais (R$ 343 bilhões), de financiamentos (R$ 362 bilhões) e do setor privado (R$ 612 bilhões). No lançamento do programa, o presidente Lula destacou que o novo PAC irá viabilizar obras, como rodovias, ferrovias, portos, aeroportos, linhas de transmissão, fontes de geração de energia de baixo carbono e mobilidade urbana, entre outros. O objetivo é diminuir as desigualdades regionais e investir em soluções sustentáveis que gerem emprego, renda e reindustrialização. 

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Pontos baixos

Derrotas no Congresso Nacional 

Sendo minoria no Congresso, a base do Governo Lula enfrenta desafios tanto para emplacar projetos, como para vetá-los. Apesar de ter obtido uma vitória significante com a aprovação da reforma tributária, a gestão federal acumulou derrotas no Legislativo neste primeiro ano de atuação. Algumas dessas votações foram: decretos no marco do saneamento (perdeu por 295 votos contra 136), Medida Provisória (MP) da Mata Atlântica, que foi editada no Governo Bolsonaro, mas votada na atual gestão (364 votos contra 66); veto 30/2023 aposto ao marco temporal (destaque no Senado perdeu por 53 votos contra 19 e 321 votos contra 137 na Câmara); desoneração na folha de pagamentos de empresas (60 votos contra 13 no Senado, 378 votos contra 78 na Câmara).  

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Haddad e as taxações 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, recebeu, nas redes sociais, a alcunha de “Taxaddad”, após diversas menções e medidas voltadas à taxação de diferentes setores. Certamente, a que fez mais barulho foi a regularização do imposto sobre produtos importados, que acontece sob maior fiscalização e novas alíquotas de ICMS. As empresas mais visadas foram as de e-commerce, em especial as BIG3 asiáticas: Shein, Shopee e Aliexpress (Grupo Alibaba). O ministro também defendeu a taxação de super-ricos, a taxação dos fundos exclusivos (que correspondem a 12,3% dos fundos do Brasil) e a taxação de offshores. 

Gestão de segurança pública 

A segurança pública e soluções enviadas aos estados e municípios é um dos maiores desafios do Governo Lula, junto à fome e ao desemprego. Em capitais como Recife, Bahia e Rio de Janeiro, o índice de mortes violentas por disparo de arma de fogo, além de estupros e furtos, cresceu em comparação aos anos anteriores. Os assaltos à mão armada em São Paulo e a letalidade policial na Bahia, além das disputas com o tráfico - que se expande em todo o país - são outros problemas expressivos. Uma pesquisa do Datafolha mostrou que a violência escalou como preocupação dos brasileiros e lidera o ranking de problemas, empatado com a saúde: 17% citaram a insegurança como o maior problema do país, contra 6% em dezembro de 2022, o mais recente levantamento com essa pergunta. 

Gastos no cartão corporativo 

Lula já gastou mais de R$ 14 milhões no cartão corporativo da Presidência. Em setembro, a conta estava em 8 milhões de reais e chegou a R$ 14,8 milhões em novembro. Os gastos são influenciados por uma intensa agenda de viagens internacionais, além da presença de comitivas na íntegra. Quando a conta chegou a R$ 8 milhões, o Governo Federal emitiu nota justificando os gastos e disse que a maior parte “refere-se a serviços de apoio de solo das aeronaves em viagens internacionais” e que as viagens que resultaram diretamente em R$ 111,5 bilhões em novos investimentos para o país nos seis primeiros meses do ano. 

Baixa aprovação 

O presidente Lula irá encerrar o ano de 2023 com a redução do índice de aprovação. Segundo a nova pesquisa da Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (20), a avaliação positiva da gestão do petista recuou de 38% para 36%, em comparação ao levantamento anterior feito pelo instituto em outubro. A reprovação do presidente se manteve em 29%. Outros 32% consideraram o seu mandato regular e 3% não souberam ou não responderam. 

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Desde agosto de 2022, quando assumiu a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro do Superior Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, tem tido suas decisões observadas e analisadas pela sociedade. Os principais destaques, relacionados aos inquéritos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e as eleições presidenciais do ano passado, fazem de Moraes um dos ministros do STF que marcou 2023. Confira abaixo algumas de suas decisões que tiveram grande repercussão a nível nacional. 

1- Inelegibilidade de Jair Bolsonaro  

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Jair Bolsonaro, ex-presidente da República. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil 

Em junho, uma decisão importante foi tomada na suprema corte eleitoral, que tornou o ex-presidente da república, Jair Bolsonaro (PL) inelegível por oito anos. A votação foi unânime, tendo sido considerado que o então chefe do executivo nacional utilizou indevidamente dos meios de comunicação durante uma reunião com embaixadores, realizada no Palácio da Alvorada em 2022. 

2- Defesa do sistema eleitoral 

Urna eletrônica. Foto: Antonio Augusto/Ascom/TSE 

Um dos pilares do TSE é a proteção do sistema eleitoral, sendo uma das ferramentas no Brasil, a urna eletrônica. Em 2023 foram realizados 35 planos de teste das urnas com especialistas e profissionais de tecnologia da informação (TI) para comprovar a lisura dos aparelhos, em termos de coleta e contagem dos votos. “É o momento em que o TSE abre suas portas para que todos os especialistas do Brasil avaliem a segurança das urnas”, afirmou o presidente da corte. 

3- Bases para combater abusos em eleições fixadas 

Fachada do TSE, em Brasília. Foto: Divulgação/Ascom/TSE 

Durante o balanço do ano, realizado nesta terça-feira (19), Moraes confirmou que as decisões tomadas pelo TSE em 2023 servirão para fixar as bases de combate à desinformação nas eleições municipais que ocorrerão em 2024. A medida visa evitar e punir possíveis casos de abuso de poder econômico e político no pleito. 

4- Acordo com Anatel para combater desinformação nas eleições 

Fachada da Anatel. Foto: Divulgação/Secom 

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) firmou um acordo, no início de dezembro, com o TSE que institui um fluxo de comunicação entre as entidades para combater a desinformação e as fake news no período eleitoral. A premissa é que as decisões por parte do Judiciário que determinam bloqueio de sites sejam cumpridas com maior celeridade pela Anatel. 

5- Exclusão das Forças Armadas como entidade fiscalizadora das eleições 

Forças Armadas em desfile cívico militar. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá/Arquivo 

Em setembro, o presidente da suprema corte eleitoral decidiu excluir as Forças Armadas da participação efetiva durante as próximas eleições, que acontecem em 2024. As entidades fiscalizadoras têm acesso aos sistemas eleitorais desenvolvidos pelo tribunal e ao código-fonte. A determinação retira da lista também o STF. As decisões se basearam no fato de que o STF já tem acesso aos processos protocolados pelo TSE, e que a atuação das forças armadas não se mostra necessário nem efetivo. 

6- Bloqueio de contas de influenciador digital 

Bruno Aiud, conhecido como Monark, está banido de redes sociais. Foto: Reprodução/Youtube 

Em junho, o ministro determinou que plataformas de redes sociais bloqueassem as novas contas criadas no nome do influenciador digital Monark, que já havia sido expulso do meio digital, também por ordem judicial. Moraes decidiu por obrigar as plataformas Discord, Meta Inc, Rumble, Telegram e Twitter a removerem o usuário devido a um inquérito que apura a responsabilidade do ex-apresentador do podcast Flow pelos atos golpistas que ocorreram no dia 8 de janeiro em Brasília. 

7- Determinação para Meta enviar vídeo de Bolsonaro sobre o 8 de janeiro 

Plataforma controla Facebook, Instagram e Whatsapp. Foto: Reprodução/Flickr 

Ainda sobre redes sociais, foi a vez da empresa Meta, detentora do Facebook, do Instagram e do Whatsapp, de cumpri uma ordem judicial proferida pelo ministro. Alexandre determinou no último dia 5, um prazo de 48 horas para que a plataforma fornecesse um vídeo feito pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que foi publicado após os atos golpistas de 8 de janeiro. O vídeo em questão foi publicado por Bolsonaro em suas redes sociais no dia 10 de janeiro, onde ele questiona a regularidade das eleições de 2022. 

8- Voto sobre porte de maconha 

Alexandre de Moraes destruindo pés de maconha quando era ministro da Justiça, em 2016. Foto: Reprodução/Youtube 

Um dos momentos marcantes da atuação do ministro neste ano aconteceu em agosto, quando ele proferiu um voto favorável à descriminalização do porte de maconha para consumo próprio. O ministro propôs que portadores de até 60 gramas de maconha, ou seis plantas fêmeas, sejam considerados usuários e não traficantes. O caso concreto em que se baseia o julgamento se refere a um homem que foi condenado por portar três gramas de maconha. 

9- Delação premiada de Mauro Cid 

Mauro Cid na oitiva da CPMI do 8 de janeiro. Foto: Pedro França/Agência Senado 

Já em setembro, uma decisão de Moraes moldou o rumo dos processos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, quando foi homologado acordo de delação premiada a seu ex-ajudante de ordens, o ex-tenente Mauro Cid. Além de ter ganhado a liberdade provisória, com uso tornozeleira eletrônica, o militar não pode sair de casa aos fins de semana e durante a noite. Cid foi preso em maio deste ano acusado de ter fraudado cartões de vacina e ter inserido informações falsas no sistema do Ministério da Saúde. 

10- Voto do Marco Temporal 

Julgamento do Marco Temporal no STF. Foto: Carlos Moura/SCO/STF 

Um dos debates fortemente discutidos no decorrer do ano foi sobre o entendimento da tese do Marco Temporal, que defende a demarcação das terras dos povos indígenas a partir de 5 de outubro de 1988. Alexandre de Moraes, por sua vez, votou contra a tese, argumentando que a demarcação de terras de uma comunidade retirada à força do local antes da promulgação da Constituição seria impossível. Apesar da decisão judicial, o texto foi levado ao Congresso Nacional, em forma de veto ao marco, que foi derrubado, na última quinta-feira (14), em votação conjunta do Senado e Câmara dos Deputados.  

 

Nomes curtos, bíblicos e originais lideram a lista de preferidos para registrar bebês no Brasil em 2023. A lista divulgada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil) é liderada por Miguel, que teve 25.140 registros neste ano. Em segundo lugar figura Helena, com 23.047 registros. Os dados foram atualizados até o dia 12 de dezembro - os dados completos do ano serão divulgados apenas em 2024.

Os rankings integram o Portal da Transparência do Registro Civil, administrado pela Arpen-Brasil, que reúne a base de dados de nascimentos, casamentos e óbitos registrados pelas unidades presentes em todas as 5.570 cidades brasileiras. Na plataforma é possível realizar buscas ano a ano em todo o território nacional, em regiões, estados e municípios, possibilitando ainda recortes por nomes simples e compostos.

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Ranking dos 10 nomes mais registrados em 2023

1º Miguel - 25.216 registros

2º Helena - 23.132 registros

3º Gael - 22.478 registros

4º Theo - 19.864 registros

5º Arthur - 19.838 registros

6º Heitor - 19.744 registros

7º Maria Alice - 19.270 registros

8º Alice - 17.605 registros

9º Davi - 17.067 registros

10º Laura - 16.823 registros

Ranking dos 10 nomes masculinos mais registrados em 2023

1º Miguel - 25.216 registros

2º Gael - 22.478 registros

3º Theo - 19.864 registros

4º Arthur - 19.838 registros

5º Heitor - 19.744 registros

6º Davi - 17.067 registros

7º Ravi - 16.369 registros

8º Samuel - 15.415 registros

9º Bernardo - 15.402 registros

10º Noah - 14.673 registros

Ranking dos 10 nomes femininos mais registrados em 2023

1º Helena - 23.132 registros

2º Maria Alice - 19.270 registros

3º Alice - 17.605 registros

4º Laura - 16.823 registros

5º Cecília - 15.072 registros

6º Maria Cecília - 14.186 registros

7º Maite - 13.756 registros

8º Heloísa - 10.297 registros

9º Maria Clara - 10.127 registros

10º Antonella – 10.013 registros

Miguel, Helena e Gael foram os nomes mais escolhidos para o registro de crianças em 2023 no Brasil. Os dados, fornecidos pelos Cartórios de Registro Civil do país, foram divulgados pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), nesta segunda-feira (18). Apesar de liderarem as três primeiras posições, as escolhas representam uma fatia pequena do total de nomes registrados no ano. Na lista, nomes bíblicos seguem populares, assim como as escolhas famosas entre influenciadores digitais. 

O nome Miguel não deixa o top 10 da Arpen desde 2015 e foi o mais registrado pelo quarto ano consecutivo, de 2020 a 2023. O último nome a superá-lo foi Enzo Gabriel, em 2019. Já para as meninas, Maria Eduarda e Maria Clara deixaram o top 10, após o crescimento de Helena, Alice e Maria Alice. 

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Outra curiosidade é que, agora, os nomes dos filhos de influenciadores digitais têm influenciado nas escolhas para o registro. Maria Alice, por exemplo, ganhou popularidade após a influencer Virgínia Fonseca e o cantor Zé Felipe escolherem esse nome para a filha. 

“Antes os nomes de personagens de novelas ou mesmo do futebol eram naturalmente destaque nos rankings, mas agora têm sido substituídos pelo fenômeno dos influenciadores digitais“, afirmou Gustavo Fiscarelli, presidente da Arpen-Brasil. 

Os 10 nomes mais escolhidos para crianças em 2023  

1. Miguel 25.584 

2. Helena 23.507 

3. Gael 22.822 

4. Theo 20.172 

5. Arthur 20.113 

6. Heitor 20.033 

7. Maria Alice 19.526 

8. Alice 17.848 

9. Davi 17.350 

10. Laura 17.067 

 

Nesta semana, o Google revelou o “Trends 2023”, uma espécie de retrospectiva da plataforma sobre os assuntos mais pesquisados ao longo do ano, como acontecimentos, personalidades, etc. No Brasil, os destaques foram para a Copa do Mundo Feminina, Submarino desaparecido e a Guerra em Israel entre Gaza. Confira a lista completa:

Acontecimentos

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1) Copa do Mundo Feminina

2) Submarino desaparecido

3) Guerra em Israel e Gaza

4) Eclipse solar

5) Terremoto na Turquia

6) Posse do Lula

7) Calor excessivo

8) Greve de metrô em SP

9) Reforma tributária

10) Lua Azul

 

Personalidades

1) Kayky Brito

2) Larissa Manoela

3) Ana Hickmann

4) Daniel Alves

5) Sidney Sampaio

6) Faustão

7) Jeremy Renner

8) Bruno Mars

9) Dalai Lama

10) Taylor Swift

 

Política

1) Posse do Lula

2) Anderson Torres

3) Alexandre de Moraes

4) Janja

5) Reforma tributária

6) Intervenção federal

7) Deltan Dallagnol

8) Marcos do Val

9) Sigilo de 100 anos

10) Bolsonaro inelegível

 

Clubes de futebol

1) Al-Hilal

2) Al-Nassr

3) Manchester City

4) Inter Miami

5) LDU

6) Vitoria

7) Nottingham Forest

8) West Ham

9) Fluminense

10) Al-Ittihad

 

Comidas

1) Tacacá

2) Bolo alagado

3) Salpicão de frango

4) Temaki frito

5) Roast beef

6) Zaatar

7) Arroz de cuxá

8) Ovo de Páscoa pistache

9) Pimenta de bode

10) Bolo de côco fofinho

 

Filmes

1) Barbie

2) Oppenheimer

3) Velozes e Furiosos 10

4) Guardiões da Galáxia Vol 3

5) Avatar 2

6) John Wick 4

7) Besouro Azul

8) Tudo em Todo lugar ao Mesmo Tempo

9) Five Nights at Freddy's - O Pesadelo Sem Fim

10) Gato de Botas 2

 

Games

1) Hogwarts Legacy

2) Baldur's Gate 3

3) Resident Evil 4

4) Diablo IV

5) Starfield

6) The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom

7) Final Fantasy XVI

8) Mortal Kombat 1

9) Street Fighter 6

10) Atomic Heart

 

Memes

1) Indo ali meme

2) Bellingham meme

3) Fake Natty meme

4) Suquinho de maracujá meme

5) Segovinha meme

6) 10/10 meme

7) Lá ele meme

8) Calor meme

9) Flavia Big Big meme

10) Que tristeza meme

 

Mortes

1) Glória Maria

2) Rita Lee

3) MC Marcinho

4) Matthew Perry

5) Tina Turner

6) Karol Eller

7) MC Biel Xcamoso

8) Walewska

9) Roberto Dinamite

10) Luana Andrade

 

Mulheres

1) Larissa Manoela

2) Ana Hickmann

3) Taylor Swift

4) Shakira

5) Andressa Urach

6) Key Alves

7) Bruna Griphao

8) Jenna Ortega

9) Janja

10) Sandy

 

Séries

1) The Last of Us

2) Loki

3) Wandinha

4) Rainha Charlotte

5) The Witcher

6) Friends

7) Outer Banks

8) Depois da Cabana

9) Todo Dia a Mesma Noite

10) The Chosen

 

Por que?

1) Por que a guerra em Israel e Gaza?

2) Por que a Rachel Sherazade foi expulsa?

3) Por que MC Kauan foi preso?

4) Por que não pode olhar para o eclipse solar?

5) Por que o Titanic afundou?

6) Por que está tão quente?

7) Por que Dudu Camargo saiu do SBT?

8) Por que faltou energia hoje?

9) Por que Daniel Alves foi preso?

10) Por que não existe flor preta?

 

Shows

1) Coldplay

2) Taylor Swift

3) RBD

4) Alok

5) Paul McCartney

6) Backstreet Boys

7) The Weeknd

8) Red Hot Chilli Peppers

9) Bruno Mars

10) Skank

 

Virou trend...

1) Trend Disney Pixar

2) Trend Barbie

3) Trend da Lua

4) Trend capa de álbum

5) Trend Bruno Mars

6) Trend bololo haha

7) Trend da noiva

8) Trend Império Romano

9) Trend do sobrenome

10) Trend do filho

A Região Metropolitana do Recife (RMR) teve 200 pessoas mortas a tiros dentro de casa em 2023, segundo o novo levantamento do Instituto Fogo Cruzado, que mapeia a violência armada em diferentes capitais e metrópoles do país. O acumulado é apenas parcial, de 1º de janeiro a 8 de dezembro, e pode sofrer alterações até 31 de dezembro. A marca é um recorde e supera a dos últimos anos; a última vez que o levantamento chegou perto de 200 mortes em residências na região foi em 2021, quando 192 morreram. 

Este ano, em média, foram 16 pessoas mortas dentro de casa por mês. No ano passado, foram 173 mortes em residências, entre 1º de janeiro e 8 de dezembro, tendo uma média de 14 mortes do tipo por mês. Além disso, o número de mortos em residência mapeados em 2023, até o dia 8 de dezembro, é superior ao total de mortos acumulados no ano todo de 2019 (127 mortos); 2020 (178 mortos); 2022 (183 vítimas); e se aproxima do acumulado em todo o ano de 2021 (202 mortos). 

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Das 200 vítimas, 186 eram adultos, sete eram adolescentes e dois eram idosos. Outros cinco não tiveram a idade revelada. Foi possível identificar a cor e raça de 66% deles (132 vítimas): 105 eram negros e 27 eram brancos. Não há informações de perfil racial de 68 vítimas. Os homens foram maioria entre os mortos (171). 

Apesar de serem minoria entre as vítimas, as mulheres tiveram que lidar com outro tipo de violência; das 29 mulheres mortas dentro de casa, quatro foram vítimas de feminicídio. Quanto à motivação das mortes, 194 foram vítimas de homicídio, outras três foram vítimas em ações e operações policiais e uma foi atingida durante briga. 

Entre os municípios, a distribuição de mortos dentro de casa ficou da seguinte forma: 

Recife: 49 mortos 

Jaboatão dos Guararapes: 40 mortos 

Cabo de Santo Agostinho: 24 mortos 

Paulista: 19 mortos 

Olinda: 16 mortos 

Ipojuca: 9 mortos 

Abreu e Lima: 8 mortos 

Camaragibe: 8 mortos 

São Lourenço da Mata: 8 mortos 

Goiana: 5 mortos 

Moreno: 5 mortos 

Igarassu: 4 mortos 

Ilha de Itamaracá: 4 mortos 

Itapissuma: 1 mortos 

 

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