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Um São João sem discriminação e acessível para todos os públicos. É com essa ideia que toda prefeitura que se preze deve preparar os festejos juninos para atender bem a população. Em Caruaru, no Agreste pernambucano, esse trabalho pode ser visto no camarote da acessibilidade, que proporciona para pessoas portadoras de necessidades especiais um local seguro e de boa visibilidade para as apresentações musicais realizadas no Pátio Luiz Gonzaga.

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Na noite deste sábado (8), o grande público se diverte ao som de muito forró no Pátio e, os portadores de necessidades especiais não ficam de fora da diversão no camarote. “Esse espaço é fruto de uma parceria da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos de Pernambuco com a Prefeitura de Caruaru. É um espaço educativo que mostra que todas as pessoas têm o direito de curtir os grandes eventos”, explicou o coordenador do camarote, Edmilson Silva.

Márcia Melo é mãe de Weverton e Otávio Belo. Ambos usam cadeira de rodas e aproveitam o camarote da acessibilidade para se divertir ao som da banda Aviões do Forró, uma das atrações desta noite. “É muito bom ver a festa daqui. O local é de fácil acessibilidade e é muito confortável”, opinou Otávio.

“Para mim, o camarote está ótimo. O espaço é seguro, climatizado e tem acessibilidade. O Governo do Estado e a Prefeitura estão de parabéns”, avaliou Márcia. De acordo com a coordenação do espaço, para atender o público, o local tem o trabalho de intérprete da Linguagem Brasileira de Sinais (Libras) e aparelhos de reprodução de áudio para cegos. Por dia de festa, o ambiente pode receber até 50 pessoas.

 

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A praça da Encruzilhada, no bairro da Encruzilhada, Zona Norte do Recife, está com 90% das obras concluídas. A Prefeitura da Cidade investiu, até agora, cerca de R$ 58 mil na estruturação do espaço, realizando obras de restauração da pavimentação, substituição de bancos de madeira por granito, recuperação de meio-fio, além de inclusão de rampas de acessibilidade e pintura geral.

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De acordo com o presidente da Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb), Antônio Barbosa, até o fim do mês, a praça da Encruzilhada será entregue à população. Confira mais detalhes na reportagem da TV LeiaJá.

 

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Depois da Ilha de Fernando de Noronha e da praia de Boa Viagem, Porto de Galinhas é o terceiro balneário pernambucano a receber o Praia Sem Barreiras. O projeto tem o objetivo de dar as pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida o mesmo direito de todos os cidadãos: acesso ao lazer em um dos destinos litorâneos mais procurados em todo o Brasil.

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Para o secretário de Turismo do Estado, Alberto Feitosa, o projeto permite que um desejo deste grupo vire realidade. “Foi feita uma pesquisa pelo Governo Federal onde foi identificado que pessoas com mobilidade reduzida têm muito mais vontade de banho de mar do que conhecer pontos turísticos como o Corcovado e Cristo Redentor (no Rio de Janeiro)”, explicou.

O projeto de acessibilidade contou com uma mudança desde na rua que leva à área das piscinas naturais. O lugar foi adaptado para a passagem de cadeira de rodas e assim como a parada de ônibus. Quatro cadeiras anfíbias, que levam os portadores de necessidades especiais ao mar, uma esteira de acesso à praia e profissionais capacitados para o banho assistido completam a atividade. 

Um dos monitores, Jefferson Wagner, de 20 anos, estava animado para participar do projeto. “É muito gratificante poder fazer isso por alguém que não poderia fazer sozinho. Levar alguém para tomar o primeiro banho de mar”, falou.

Para o prefeito da cidade de Ipojuca, Carlos Santana, o Praia Sem Barreiras, valoriza a vida e ajuda a agregar as família. “A gente fica extramente feliz quando vê a alegria de cada cadeirante desse de poder usufruir dessas águas”, relatou.

Ainda de acordo com o prefeito, o projeto em Porto de Galinhas é apenas o primeiro dos que serão implantados em todo o litoral ipojucano. “Pelo sucesso dele vamos implantar também em Nossa Senhora do Ó e Camela. É possível ainda esse ano a gente faça isso e no ano seguinte a gente faz o complemento nos demais distritos”, prometeu.

Novidades – Durante a solenidade de inauguração do Projeto Praia Sem Barreiras, o prefeito de Ipojuca, Carlos Santana, anunciou wi-fi grátis a partir deste fim de semana (11 e 12), na Vila de Porto de Galinhas. Além disso, a segurança com instalação de câmeras, ampliação da guarda municipal com a aquisição de viaturas, além de quatro quadrículos, quarenta motos para vistoriar os 42 km de orla. Ainda segundo o prefeito, falou da parceria com o Governo do Estado para implantar a Patrulha do Bairro que ficarão em Ipojuca, Camela, Porto de Galinhas, Nossa Senhora do Ó e Serrambi. 

Sete dos dez museus mantidos pelo governo de São Paulo mais visitados na capital não desenvolvem ações de acessibilidade além das adaptações na estrutura física. Apenas a Pinacoteca, o Museu do Futebol e o Museu da Casa Brasileira possuem um conjunto de materiais complementares para auxiliar pessoas com deficiências mentais, visuais, auditivas e físicas na compreensão das obras de arte exibidas. Além desses três, a reportagem visitou o Catavento Cultural, o Museu da Língua Portuguesa, o Museu de Arte Sacra, o Museu Afro Brasil, o Museu da Imagem e do Som, o Memorial da Resistência e a Casa das Rosas.

Deficientes auditivos, por exemplo, só encontram videoguia explicativo na Pinacoteca. É possível ter visitas guiadas por um educador habilitado na língua brasileira de sinais (LIBRAS) em sete dos dez museus, mas a recomendação é que o portador de deficiência auditiva faça o agendamento prévio da visita. O acompanhamento só não é oferecido no Catavento Cultural, na Casa das Rosas e no Museu da Casa Brasileira.

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Piso tátil e audioguias para auxiliar pessoas com deficiência visual só são encontrados na Pinacoteca e no Museu do Futebol. Nesses dois espaços culturais e no Museu da Casa Brasileira são oferecidos também conteúdos em Braille.

De forma geral, o recurso mais utilizado pelos museus é a interação por meio do tato com obras originais, maquetes arquitetônicas, miniaturas e réplicas dos objetos em exposição. Esses materiais são utilizados em visitas guiadas com portadores de deficiências intelectuais, visuais e auditivas. Apenas três dos museus visitados não apresentam o recurso - a Casa das Rosas, o Museu da Língua Portuguesa e o Museu da Imagem e do Som.

No Museu Afro Brasil, por exemplo, os visitantes podem manipular esculturas e máscaras africanas, instrumentos musicais, maquetes tridimensionais com legendas em tinta e Braille, reproduções de obras de arte e jogos educativos. Já no Museu da Casa Brasileira, os portadores de deficiência visual recebem luvas plásticas para tocar nos móveis originais em exposição. "É fundamental desenvolver metodologias de acesso ao conteúdo em exposição e não apenas ao espaço", disse Thelma Lobel, coordenadora do Núcleo Educativo do MCB.

Apesar da carência de recursos para pessoas com necessidades especiais interagirem com as obras de arte, todos os museus visitados pela reportagem possuem rampas e elevadores de acesso, além de banheiros adaptados para cadeirantes. Algumas seções do Catavento Cultural só podem ser acessadas por meio de escadas. Na entrada da Casa das Rosas, há um lance de cinco degraus, sem rampa contígua. O Museu Afro Brasil não dispõe de elevador em suas instalações, mas é possível locomover-se apenas pelas rampas.

Melhorias

O secretário de Estado da Cultura, Marcelo Araújo, admite que muitos museus estaduais ainda não realizam ações que garantam um acesso amplo à pessoa com deficiência. "Muitas vitórias já foram conseguidas, mas tem uma imensidão de melhorias a serem feitas", disse Araújo quarta-feira, 24, durante o I Seminário sobre Cultura e Acessibilidade, na Oficina Oswald de Andrade, no Bom Retiro.

No evento foi anunciada a criação de um fundo de R$ 2 milhões a fim de viabilizar a implantação de recursos de acessibilidade em produtos culturais diversos, em um plano conjunto da Secretaria de Estado da Cultura e da Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Apesar de não ter sido definida uma cota para os museus, o secretário afirmou que será criado um edital específico para projetos que desenvolvam estratégias que tornem os conteúdos dessas instituições mais acessíveis a pessoas com diferentes tipos de deficiência.

"Nossa expectativa é que os recursos possam atingir aqueles museus que ainda não desenvolvam as atividades e que ainda, infelizmente, não têm esses programas, para que eles possam tomar consciência da necessidade de implantação e criar esses processos de acessibilidade comunicacional plena", afirmou Araújo.

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Nesta segunda-feira (25), a Câmara Temática de Acessibilidade, juntamente com um representantes do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), se reuniram no fórum técnico Calçadas do Recife: Mobilidade e Cidadania. O evento foi realizado no auditório do Hotel Mercure Metropolis, localizado no bairro da Ilha do Leite, área central do Recife.

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Na ocasião foi apresentado um estudo sobre as calçadas feito pelo IPMN, juntamente com alunos do curso de Arquitetura e Urbanismo no bairro das Graças, na Zona Norte do Recife, e um livro de autoria dos engenheiros Francisco Cunha e Luiz Helvecio, sobre o estado e o uso das calçadas em toda a cidade.

De acordo com dados do IPMN, 64% das calçadas no bairro das Graças estão em más condições, sendo 80% delas com algum obstáculo, como poste , lixeira ou orelhões, que atrapalham a acessibilidade. “Já existe uma lei das calçadas, mas infelizmente não é cumprida. Em toda cidade encontramos problemas e em alguns pontos até mesmo a ausência de calçada”, afirma o engenheiro Luiz Helvecio.

O livro intitulado “Calçada” relata a discrepância da situação das calçadas em bairros considerados de baixa renda e locais de classe média alta. “Ainda assim, encontramos problemas no bairro de Boa Viagem, como carros estacionados em cima da calçadas. Em bairros mais pobres, muitas vezes não há nem mesmo a calçada”, comenta Helvecio.

De acordo com o engenheiro, não há condições de inclusão de pessoas com necessidades especiais na cidade do Recife. “Árvores no meio da calçada, comércio informal, entre outras coisas impedem os cadeirantes e os cegos de transitarem no passeio público”, afirma Helvecio.

O coordenador do IPM, Sérgio Murilo Filho, ressaltou que a Prefeitura do Recife (PCR) precisa entrar em acordo com as empresas para que essas possam cuidar de suas calçadas. “Somente o morador é responsável por sua calçada. A prefeitura precisa negociar com as instituições, para que dessa forma possamos até mesmo, personalizar as calçadas com pinturas que estimulem a cultura pernambucana”, reforça.

Assuntos como mobilidade, patrimônio, segurança, controle urbano, acessibilidade e arborização serão os temas abordados pelo projeto Pelejas Urbanas. As discussões serão realizadas no auditório da Livraria Cultura do Paço Alfândega, localizado no Recife Antigo. A primeira acontecerá nesta terça-feira (26), às 19h.

Ação deverá ser um evento mensal, onde serão discutidos os mais variados temas inerentes ao Centro Metropolitano do Recife. Problemas, as potencialidades e as possíveis soluções para melhorar as condições dos usuários, serão debatidos por técnicos, gestores públicos e sociedade civil, a partir de uma visão integrada de desenvolvimento urbano, para uma melhor qualidade de vida.

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Um representante do Centro Vivo Recife, irá entrevistar duas pessoas do poder público e uma da sociedade civil. O primeiro tema será sobre Segurança Cidadã, onde o debate vai ter como foco a segurança urbana, focando a gestão dos espaços públicos.

Com informações da assessoria  

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O Programa VENCER dessa semana vai mostrar toda a festa de abertura do projeto "Praia sem Barreiras". 

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A partir de agora, de quinta a domingo, das 8h da manhã até o meio-dia, em Boa Viagem, as pessoas com mobilidade reduzida e com deficiência terão um espaço acessível. A ideia do projeto é proporcionar um banho de mar, sempre com o acompanhamento de monitores, que são alunos da UNINASSAU. 

A abertura contou com a presença do Governador de Pernambuco, Eduardo Campos, o prefeito da cidade do Recife, Geraldo Júlio, além de muitas pessoas que aprovaram a idéia.

O Vencer é exibido toda sexta-feira aqui, no Portal LeiaJá.

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Foi inaugurada neste domingo (17), uma arena - em frente ao Hotel Internacional Palace, localizada na Avenida Boa Viagem, zona sul do Recife – onde será implantado o projeto Praia Sem Barreiras. A área tem 200m² e será montada e desmontada todos os dias, de quinta a domingo, no horário de 8h às 12h, ao lado do novo posto do corpo de bombeiros.

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Além do banho assistido, os visitantes poderão desfrutar de 6 cadeiras anfíbias, 3 piscinas para o lazer de crianças, uma quadra para atividade esportiva de vôlei sentado, tenda de fisioterapia e enfermagem. Para a realização destas tarefas, 21 estudantes dos cursos de Fisioterapia, Educação Física, Enfermagem e turismo da UNINASSAU passaram por oficinas de capacitação e serão responsáveis pelo trabalho de assistência.

Suely Guimarães, que é cadeirante, contou sobre a sua experiência com este projeto. “É uma ação louvável para todos nós deficientes físicos e com mobilidade reduzida pois, agora teremos os mesmos direitos de qualquer cidadão de poder tomar um banho de mar. Será necessário apenas a implantação de uma esteira que venha até a beira da água, como já ocorre em Barcelona” afirmou.

Para facilitar o acesso ao local da arena, a Prefeitura do Recife (PCR) criará uma rota acessível que terá inicio na parada de ônibus na Avenida Conselheiro Aguiar, seguindo pela Rua Bruno Veloso, até a orla de Boa Viagem. Este percurso terá pisos táteis, rampas e travessias com semáforos sonorizados e haverá um estacionamento para idosos e pessoas com deficiência.

Banho de mar sem riscos - Um estudo foi realizado pelo Instituto de Pesquisas e Preservação Ambiental Oceanário de Pernambuco, identificando que a área escolhida foi a mais adequada contra ataque de tubarão. O local possui arrecifes, que formam cordões paralelos à costa e funcionam como importantes elementos que vão absorver o impacto das ondas e consequentemente contribuirão para uma baixa profundidade e declividade. Além disso, não existem registros de ataques de tubarões na área.

Localizada a cerca de 730 quilômetros do Recife, a cidade de Petrolina, Sertão pernambucano, poderá ganhar ainda neste ano recursos para a implantação do projeto do Veículo Leve sob Trilho (VLT). A declaração sobre o andamento da ação foi repassada pelo secretário de Planejamento e Urbanismo, Marcello Cavalcanti que também anunciou outros investimentos para a cidade.

De acordo com Cavalcanti a gestão 2013 tratará com profundidade a questão de mobilidade. “Trabalharemos o novo plano diretor com um olhar focado na mobilidade urbana e acessibilidade que são os nortes maiores da gestão”, declarou o secretário.

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O representante municipal comentou ainda que pretende concluir as obras em andamento como grandes avenidas que foram projetadas, resolver o problema histórico das antigas áreas como o entorno do aeroporto Senador Nilo Coelho que são ocupados por vários órgãos desde religiosos até a Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) e resolver a situação de posse de terras. “Iremos regularizar esses terrenos e concluir o projeto de imediato da 4ª perimetral. A iniciativa possui 26 km e começa na Orla da cidade e segue até a BR 428km, caminho para Recife”, explicou.

Centro administrativo – Marcello Cavalcanti falou ainda sobre a centralização da administração municipal. O projeto prevê que todos os órgãos municipais, exceto o gabinete do prefeito fiquem no mesmo lugar. “Já identificamos o local que é o Centro de Abastecimento de Petrolina (Ceape) e inclusive é uma área onde está sendo construídos uma agência da Caixa Econômica e dois Shoppings”, frisou o secretário.

Como o Ceape possuía vários comerciantes que vendiam diversos produtos no local, esses trabalhadores estão sendo relocados aos poucos para outras áreas. “Localizando alguns locais para colocarmos os permissionários e agora partimos para o processo de capitação de recursos municipais e federais para implantar o Centro Administrativo”, argumentou Cavalcanti que prever um prazo de três anos para finalização do centro.

VLT -  Sobre o projeto do Veículo Leve sob Trilho que vem se arrastando desde 2012, o secretário disse que já foi concluído e há indicações favoráveis que o governo federal venha custear grande parte dessas obras. “O desenho das ruas por onde a linha passará já foi toda definida. A ideia agora é conseguir ainda neste ano o início das obras”, declarou.

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Na sexta-feira pré-Carnaval, o programa Vencer não poderia ficar de fora da folia. A edição desta semana do programa está no ritmo das festas do reinado de Momo e traz uma matéria sobre o oitavo desfile do bloco "Me segura se não eu caio".

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A festa reúne, todos os anos, um grande número de pessoas com e sem deficiência de todos os segmentos, para sair pelas ruas festejando o Carnaval. Na reportagem você acompanha todos os detalhes dessa festa de inclusão em Pernambuco.

O programa Vencer é exibido toda sexta-feira, aqui no portal LeiaJa.com.

Até o fim de 2014, todos os ônibus terão de oferecer acessibilidade a deficientes físicos. A obrigatoriedade, estipulada em decreto federal, será cobrada pela secretária especial da Pessoa com Deficiência, Marianne Pinotti (PMDB). Ontem, em entrevista à TV Estadão, ela disse que São Paulo está no caminho certo, mas, por enquanto, só alcançou metade do índice. Hoje, 8,9 mil veículos dos 15 mil estão adaptados. "Há outros problemas: as pessoas precisam chegar até o ponto de ônibus e as interligações com metrô ou trem são feitas em estações não completamente acessíveis", disse a secretária, que buscará parceria do Estado.

Para acelerar uma reforma ampla no calçamento público, a secretária defende ainda uma mudança na atual legislação que impõe multa ao contribuinte que não faz manutenção de sua calçada. Para Marianne, a autuação não deveria ser imediata, como ocorre hoje. "Dessa forma, ele poderia usar o dinheiro para arrumar a calçada", disse.

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A secretária ainda planeja espalhar pela cidade novas rotas de acessibilidade. "Elas visam a atender os centros dos bairros, onde estão comércio, sistema de saúde e de educação." Em função da Copa de 2014, rotas sairão do Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, com destino ao Vale do Anhangabaú, onde será montado um telão, e ao Itaquerão, estádio que receberá a primeira partida do Mundial.

Com R$ 12 milhões de orçamento, a pasta espera ter financiamento federal. A ideia é receber uma fatia do programa Viver sem Limite, que prevê R$ 7,6 bilhões em ações afirmativas. "Vamos elaborar os projetos e buscar os recursos." As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

O Projeto “Praia Sem Barreiras”, foi criado pela Secretaria de Turismo de Pernambuco (Empetur) para que pessoas com mobilidade reduzida ou deficiência possam tomar banho de mar em Fernando de Noronha com segurança e comodidade. O plano disponibilizou na Praia do Sueste, cadeiras anfíbias que possibilitam o banho assistido.

Yoko Farias, que há nove anos ficou tetraplégica e há três não ia à praia, falou da felicidade de voltar a tomar banho de mar. “Foi um momento mágico. Uma sensação indescritível. No início, estava um pouco receosa, mas os monitores são muito cuidadosos e nos passam segurança. Ao final, já estava bastante à vontade”, declarou a jovem.

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Turistas serão acompanhados por oito profissionais da Eco Noronha, qualificados para o banho assistido, que acontecerá todos os dias, das 8h às 18h. A Secretaria de Turismo de Pernambuco (Setur-PE) promoveu cursos de capacitação para funcionários do Aeroporto de Noronha e Funcionários da Eco Noronha, visando o melhor atendimento para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.

O secretário de Turismo de Pernambuco, Alberto Feitosa, explicou porque Fernando de Noronha foi o primeiro destino a receber o projeto Praia Sem Barreiras. “Noronha tem investido em acessibilidade. Além das trilhas acessíveis para o Mirante dos Golfinhos e Praia do Sancho, a ilha conta com pousadas e restaurantes adaptados”.

O secretário também anunciou que a Praia de Boa Viagem, no Recife, será a próxima a receber o projeto, no dia 12 de março, aniversário da cidade. 

Acessibilidade também nas trilhas 

Ao visitar o Parque Nacional Marinho Fernando de Noronha, o visitante com deficiência física ou dificuldade de locomoção tem acesso facilitado ao Mirante dos Golfinhos, por meio da trilha suspensa, totalmente acessível e construída com madeira biossintética. 

Além do Mirante dos Golfinhos, o turista pode também conhecer o Mirante do Sancho, onde poderá observar a Praia do Sancho e também, o Mirante Dois Irmãos que é o principal cartão postal da ilha. Ambas as trilhas possuem acessibilidade assistida e foram construídas pela Eco Noronha.

Com informações da assessoria

Conforme vistoria realizada pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Pernambuco (CAU/PE), o Aeroporto Internacional dos Guararapes está tomando as medidas corretas para garantir uma boa estrutura de acessibilidade, mas, ainda precisa de alguns ajustes.

A representante da CAU/PE, Ângela Carneiro Cunha, afirmou que a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) tem projetos de acessibilidade para a Copa do Mundo 2014. “A Infraero está com projetos muito interessantes. Os ajustes que precisam ser feitos são todos viáveis, não precisamos nos assustar agora”, explicou a representante.

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Reformas que estão sendo feitas nos banheiros e o projeto dos balcões de atendimento no conceito do desenho universal – sem que sejam necessárias mesas específicas para pessoas portadoras de deficiência –, são os pontos positivos vistos pela arquiteta.

A área externa do aeroporto é onde os principais ajustes ainda precisam ser feitos. As calçadas do estacionamento estão mais estreitas do que o ideal e as escadas também precisam ser adaptadas. Além disso, há a necessidade de se priorizar mais o pedestre na circulação do estacionamento. "Acessibilidade significa atender a todos os grupos de pessoas", pontuou a representante do Conselho.

O problema não é de hoje. Dificuldade de locomoção, transporte ineficaz, ruas e calçadas esburacadas são problemas diários que pessoas portadoras de deficiência sofrem constantemente. Mesmo com tantas obras nas principais vias de trânsito das cidades, os problemas viários não estão cem por cento solucionados.  Na teoria, todos têm direito de ir e vir. Na prática, a questão não é tão simples quanto parece.

Segundo a lei, a adaptação dos logradouros é obrigatória, dos edifícios de uso público e dos veículos de transporte coletivos atualmente existentes, a fim de garantir acesso adequado às pessoas portadoras de deficiência, conforme o disposto no artigo de lei da Constituição Federal.

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No sistema de transporte público, o acesso às linhas de ônibus é gratuito às pessoas com qualquer tipo de deficiência: mental, sensorial ou física com a carteira de livre acesso em toda Região Metropolitana do Recife (RMR). Apesar da acessibilidade garantida, boa parte do transporte público não está adaptada para receber portadores de deficiência física.

A dificuldade é enfrentada por Antonio Carlos Zarzar, 25 anos, que quando anda de ônibus, perde a paciência. Certo dia, ele chegou a esperar mais de 40 minutos para chegar até a casa dele, pois nem todos os ônibus são adaptados “Espero que melhore por que diversas vezes as situações são constrangedoras. Não dá nem vontade de andar nisso” lamentou. 

O problema que Antonio enfrenta não é apenas no uso do transporte coletivo, é também na própria rua, que não é calçada. Segundo ele, que é morador de Candeias, em Jaboatão dos Guararapes, nem as pessoas, nem as cidades estão preparadas para lidar com portadores de necessidades especiais “Na minha rua, o problema é a lama quando chove, que entra até na minha casa, são os buracos, enfim. É sempre assim. Além dessas dificuldades, o pior é quando na Prefeitura diz que a rua já está calçada. Um absurdo total” contou.

Outro exemplo é o da aposentada Clarita Francisca, 80, se queixa das altas paradas e também dos degraus dos ônibus. Para ela, que anda de muletas, é difícil, pois o problema no joelho dificulta toda vez que ela tenta subir no transporte coletivo desde onde mora - no bairro de Cajueiro, Zona Norte do Recife. “É muito complicado, pois sempre tenho uma dor muito forte. Muitas vezes tiro dinheiro de onde não tenho para pegar um táxi por que nos horários de pico nem espaço tem nas conduções” contou.

Os portadores de deficiência sofrem ainda com o tamanho dos buracos existentes em calçadas por toda a cidade. No Recife, nas ruas do Centro, essas críticas sempre podem ser ouvidas por todos os pedestres. Até quem não é portador de algum tipo de deficiência, como a estudante Cláudia Oliveira, 24, diz que os problemas são inevitáveis inclusive para quem não é portador de nenhuma necessidade especial. “Eu não sou, mas todos os dias passo sufoco aqui na cidade. Falta planejamento para que essas pessoas possam sair de casa sem tanta dependência de outras pessoas para ajudar. Além dos buracos, tem as calçadas muito altas, sem acesso as pessoas que precisam de atenção especial para se locomover” explicou.

De acordo com a assessora executiva da Secretaria de Controle, Desenvolvimento Urbano e Obras da Prefeitura do Recife, Glória Brandão, um projeto de acessibilidade está sendo viabilizado. “Um projeto de acessibilidade na Conde da Boa Vista, onde recebemos mais reclamações, já foi feito e já está dando os primeiros passos para as devidas soluções. Por solititação do Ministério Público de Pernambuco, esse levantamento foi pedido e já foi entregue, afim de resolver os devidos problemas para que os órgãos responsáveis verifiquem e façam os reparos necessários" afirmou. 

 

 

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O programa Vencer desta semana traz uma matéria sobre a Exposição Para Todos, que conta a história da evolução do movimento político das pessoas com deficiência no Brasil e no mundo, antes de Cristo até os dias atuais. Recife é a sétima cidade a receber a mostra itinerante, que está em cartaz no Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes.

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No quadro Sem Acesso, você confere uma matéria sobre a falta de acessibilidade numa rua do bairro da Mangueira e na praia de Boa Viagem, ambas no Recife. O Vencer também traz o quadro Karras Komenta e as dicas sobre empregabilidade, com a consultora Isabela Albuquerque.

O Vencer é exibido toda sexta-feira aqui, no portal LeiaJa.com.

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Um recente levantamento elaborado pelo jornal Folha de São Paulo em parceria com o Instituto Datafolha apontou a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) como uma das 10 melhores universidades brasileiras. A instituição ocupa a 10ª posição, em um levantamento que analisou 191 universidades e 41 faculdades ou centros universitários. No entanto, na semana da pessoa com deficiência, a universidade não tem muitos motivos para comemorar, segundo relatos de professores e alunos que frequentam a universidade diariamente.

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O professor efetivo de educação inclusiva da UFPE, Francisco José Lima, 48 anos, pessoa cega em decorrência de glaucoma congênito, não poupa críticas à falta de acessibilidade e respeito para com os alunos e educadores da instituição. Descumprimentos das leis que versam sobre acessibilidade são relatados pelo professor paulista, erradicado no Recife há 10 anos, mesmo tempo que trabalha na Federal. As queixas são inúmeras. Entre elas, degraus irregulares (ora mais altos, ora mais baixos) e falta de sinalização adequada nas escadas, falhas que aumentam os riscos de acidentes, principalmente quando são enceradas ou estão empoeiradas e nos dias de chuva. Ele também reclama da ausência de rampas e da existência de plataformas elevatórias que “nunca funcionam”, estruturas que facilitariam a acessibilidade dos cadeirantes, cegos e pessoas de baixa visão ao piso superior da universidade.

O professor também questiona a aplicação errada dos pisos táteis, a sinalização visual ineficiente e relata que os banheiros do Centro de Educação (CE) não estão em acordo com as normas técnicas.

Francisco Lima revela que, enquanto professor com deficiência, sente na pele o ônus da falta de acessibilidade. “Galhos de árvore no rosto, torções de pé nas calçadas, golpes na coluna por desníveis não sinalizados, frustração no acesso a informações que me seriam úteis, prejuízo acadêmico e econômico por razão de inacessibilidade aos editais e formulários disponibilizados. São editais que, por exemplo, tratam sobre progressão profissional”, explica. Sem falar sobre o assédio moral por parte de meus pares, quando tento reivindicar direitos de acessibilidade e riem na minha cara, enquanto me negam os meus direitos”, desabafa.

Os casos de desrespeito às leis relatados pelo professor foram constados pela reportagem do LeiaJá, que, enquanto observava o quantitativo de vagas para pessoas idosas e com deficiência, flagrou um taxista parar em uma vaga das duas vagas reservadas. A passageira não tinha nenhuma deficiência.

Para o aluno do 3º de pedagogia, Luiz Fernando de Bezerra, 24, a UPFE não está bem preparada para receber pessoas com deficiência, especialmente visual e física. O universitário, que aos 10 anos recebeu o diagnóstico de espondilite anquilosante (doença inflamatória crônica, incurável por enquanto, que afeta as articulações do esqueleto axial, especialmente as da coluna, quadris, joelhos e ombros), lamenta o fato de o elevador destinado às pessoas com deficiência do bloco que estuda (CE) não funcionar. “Devido à minha doença, não posso ficar fazendo grandes esforços, mas as salas dos professores e os centros de estudo ficam no piso superior e só temos acesso pelas escadas porque o elevador não funciona. E não é só esse elevador que não funciona, até o do CFChinho, que foi inaugurado há cerca de um ano, está parado”, comenta o rapaz em frente ao equipamento que está trancado e tem teias de aranha na parte interna.

A cada novo período, Luiz também se preocupa com a localidade que a sua turma será levada. “Até agora a minha turma teve aula no piso inferior do prédio, mas se tiver que ir para as salas da parte superior do prédio será complicado para mim, pois não posso ficar subindo escadas sempre”, relata. O universitário ainda comenta as dificuldades que enfrenta ao passar pelas catracas que dão acesso a entrada da UFPE. “Tem dias que é complicado para eu passar nelas e não vejo necessidade que elas existam. Para um cadeirante então é impossível passar por essas catracas. Para eles, a única opção é entrar pela reitoria, única entrada que não tem catracas”, diz Luiz.

Na parte pedagógica, a falha fica por conta da ausência de tradutor de Libras para atender os alunos que têm deficiência auditiva. No edital de contratação de novos professores, não está listado profissional da área. “Além disso, há poucos livros em Braille e não existe uma máquina para produzir livros em Braille. O balcão da biblioteca é alto demais, o que dificulta os alunos cadeirantes, que têm que ficar gritando para um funcionário venha lhes atender”, lamentou o universitário.

Segundo o professor Francisco, as queixas feitas à nossa reportagem foram transmitidas a universidade ao longo dos 10 anos que nela trabalha. Porém, o professor avalia que a UFPE, “descumpre descarada e vergonhosamente a lei, deixando ao trabalhador e demais pessoas com deficiência, que dessas acessibilidades necessitam, em situação de risco e frustração”.Sem obter sucesso nas solicitações encaminhadas à universidade, o professor procurou a Justiça Federal para que a UFPE ofereça igualdade de condições às pessoas com deficiência que nela trabalham e estudam. “O juiz de sobrenome Batista analisou e julgou favorável o meu pedido na sexta-feira 30 e a UFPE já deve ter sido notificada. Espero que cumpra com as determinações judiciais e que nós (deficientes) possamos ser atendidos de maneira isonômica”, comemorou o professor.

“Infelizmente a universidade tem muitas barreiras físicas e arquitetônicas que dificultam a acessibilidade das pessoas com deficiência. Apesar da UFPE promover muitas palestras que tratam sobre o tema, ela não está preparada para nos receber”, completou Luiz.

A reportagem do LeiaJá entrou em contato com a assessoria da UFPE, que ficou de responder sobre as demandas relatadas. No entanto, em outro momento afirmou que as respostas teriam que ser dadas pela Prefeitura da Universidade. A reportagem tentou entrar em contato, por telefone, com a prefeitura da UFPE, mas não conseguiu ser atendida.

Viajar sempre gera uma expectativa. Antecipar a compra das passagens, reservar a hospedagem, preparar um roteiro para cada dia com o que fazer e onde comer, fazer um checklist para não se esquecer de colocar nada na mala. Tudo isso faz parte. Imagine o transtorno quando a bagagem é danificada pela companhia aérea, por exemplo? Ainda mais, quando entre os volumes despachados, está algo indispensável como uma cadeira de rodas?

Foi o que aconteceu com Ricardo Shimosakai, que há onze anos usa cadeira de rodas, depois de ter levado um tiro num sequestro relâmpago que o deixou paraplégico. “Já é comum ter cadeiras de rodas danificadas. Já aconteceu com vários amigos meus. Eles jogam de qualquer jeito, como uma bagagem qualquer. Mas a cadeira não é um simples objeto. Se não houver condições de uso, não terei como me locomover. É preciso ter mais cuidado”, salienta. Mesmo quando a empresa aérea compra outra cadeira de rodas, o transtorno é grande. “Você tem que brigar para conseguir receber uma nova. A própria empresa que vende a cadeira me informou que as empresas aéreas são as maiores clientes, porque sempre estão comprando para usuários que tiveram a cadeira danificada durante a viagem”, conta.

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E esse não foi o único caso. “Ano passado, quando voltei da Argentina, fiquei mais de uma hora dentro do avião esperando pelo ambulift [elevador especial] para desembarcar em Garulhos. O que me disseram é que o equipamento estava atendendo outros voos. Todos os passageiros do voo de volta para Buenos Aires precisaram esperar para que eu desembarcasse”, lembra. De acordo com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), o recomendado é que o embarque e o desembarque sejam feitos pelas pontes e que os elevadores e cadeiras das próprias companhias aéreas sejam usados apenas em casos em que entrada e saída não puder ser feito pelas pontes.

Os problemas, especialmente nos aeroportos, são comuns. Deficientes visuais são barrados quando estão com cão-guia, surdos nem sempre têm intérpretes de Libras (Língua Brasileira de Sinais), cadeirantes têm problemas para circular nas aeronaves e despachar cadeiras e baterias. Falta de treinamento e informações por parte dos funcionários dos aeroportos e tripulações estão na lista de reclamações. “O mais indicado seria a criação de um departamento específico para atender a pessoas com deficiência em cada terminal. Isso já acontece no exterior e é um sucesso. Mas aqui no Brasil, há uma resistência da Anac e Infraero”, diz.

A infraestrutura da hospedaria, dos pontos turísticos, além de bares e restaurantes, também é uma questão delicada para quem gosta de viajar. “Muitos hotéis instalam barras e rampas e já dizem que são acessíveis, mas você nem consegue entrar no banheiro com a cadeira de rodas. Não é tão simples assim”, frisa. Diante das dificuldades que encontrava para viajar, Ricardo Shimosakai resolveu começar a trabalhar para tornar o turismo mais acessível, unindo ao gosto que sempre teve em passear. “Fiz faculdade de turismo e, desde então, atuou como agente de viagem. Sempre me preocupo em entender as necessidades dos meus clientes para encontrar a melhor opção”, explica ele que também presta consultoria sobre acessibilidade e inclusão.

Turismo
Com a realização de grandes eventos esportivos no Brasil, a acessibilidade tornou-se tema comum entre representantes do poder público e da iniciativa privada. Uma iniciativa do Ministério do Turismo pretende melhorar a visitação, inicialmente, nas doze cidades-sede da Copa do Mundo 2104. O programa Turismo Acessível, lançado no mês passado, investirá R$ 100 milhões para que, pelo menos, dez pontos turísticos de cada cidade sejam adaptados.

“Também serão capacitadas oito mil pessoas que já atuam no mercado para atenderem a pessoas com deficiência. Também iremos premiar as melhores práticas no País, porque entendemos que essa é uma forma de criar referências e indicar o caminho certo”, explica Vinícius Lummertz, da Secretaria Nacional de Promoção do Turismo.

Segundo ele, a meta do governo federal é que 5% das unidades de hospedagem sejam adaptadas. Atualmente, o percentual é de 1,7%, com cerca de 4.000 quartos. “O nosso trabalho maior é de mobilização, para que os empresários entendam que esse é um investimento que tem retorno. É um público que viaja acompanhado. Quem seguir neste caminho estará fazendo a coisa certa”, frisa.

Eventos esportivos
Na preparação para os eventos esportivos, também há preocupação na adequação das arenas. Mas, segundo o presidente do Conselho Nacional da Pessoa com Deficiência (Conade), Moisés Bauer, as iniciativas são pontuais. “Não parece existir um esforço sincero em relação à acessibilidade. Tanto que a Lei Geral da Copa destina apenas 1% dos assentos no estádio para pessoas com deficiência, quando o recomendado pelo Conade foi 4%. O governo ignorou o que foi dito. Isso demonstra que não há empenho sincero”, destaca.

Já o secretário Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Antônio José Ferreira, acredita que 1% é o suficiente. “Em todo o mundo, 1% dá conta”, considera. Apesar de assumir as carências do País em relação à acessibilidade, ele minimiza os transtornos. “Não vai ser um caos como estão pintando por aí. Vamos, sim, ter dificuldades, mas não podemos ter uma visão pessimista. Nós vamos dar conta. Acho até que a Copa é um ‘bom problema’, porque ele traz respostas mais rápidas ao que já existe”, diz. Ele também defende que não haja comparação com países que já sediaram copas e olimpíadas. “Cada país tem sua realidade. A Inglaterra foi brilhante e lá tudo funciona. Mas aqui teremos o nosso povo, que sabe receber bem o turista como ninguém”, acredita.

Informações
O Ministério do Turismo tem uma série de recomendações para pessoas com deficiência que pretendem viajar. Clique AQUI e confira.

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Quem pode correr para pegar o ônibus que parou fora da parada, desviar dos obstáculos das calçadas, não sabe as dificuldades que os cadeirantes enfrentam para realizar esta mesma atividade. A pequena Ana Beatriz Pinheiro, de 5 anos, sofre de paralisia cerebral e há três anos é cadeirante. Ela não entende as dificuldades que ela mesma enfrenta para fazer seu tratamento na AACD, conta com a ajuda da sua mãe, a dona de casa Vera Lúcia da Silva, que depende exclusivamente do transporte público.

Dona Vera tem seis filhos e mora em Camaragibe, Região Metropolitana do Recife. Toda quinta-feira enfrenta o mesmo percurso e dificuldades para levar Ana Beatriz para as revisões na AACD. O primeiro desafio já começa no momento que sai de casa. Calçadas quebradas, buracos e quase nenhuma rampa que facilite o acesso a todas as paradas de ônibus. Para chegar ao seu destino, ela utiliza a linha Tiuma-Tabatinga, em seguida, pega o metrô para a estação Joana Bezerra. Desde 2009 é esse mesmo percurso e muitos dilemas vividos.“Tem pessoas que são bem ser humanas, param, ajudam. Alguns motoristas descem para ajudar, mas não são todos, muitos cortam a parada, fingem que não estão nos vendo. É horrível,” comenta Vera.

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Plataformas Elevatórias Veiculares (PEV) em manutenção ou quebradas, usuários que não querem esperar ou reclamam da demora para o cadeirante subir no ônibus, são dificuldades que os portadores de deficiência enfrentam diariamente para ter acesso a um direito que deve ser acessível para qualquer cidadão.

Desde o ano 2000 a Lei Nº 10.098 assegura que todo portador de deficiência ou com mobilidade reduzida tenha acesso ao transporte público e assegura normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade. Embora garantido por lei , na prática esse direito nem sempre funciona como deveria. Dona Vera sabe o quanto essa lei não é cumprida. “Já passei por situações que cheguei a chorar. Não existe respeito. Uma vez eu estava na estação Joana Bezerra, o motorista abriu a porta do meio e os passageiros começaram a subir  na plataforma que é exclusiva do cadeirante, com o tumulto, minha filha começou a ter convulsões, o motorista ficou sentado, não fez nada. Fiquei desesperada”, lamentou a dona de casa.

Como mora em Camaragibe, a mãe de Ana Beatriz geralmente utiliza a mesma linha para chegar até a AACD, mas de acordo com a Grande Recife Consórcio de Transporte a Associação de Assistência à Criança Deficiente é atendida atualmente por 26 linhas com 93 ônibus com plataforma. Ainda de acordo com o Consórcio, atualmente 60% da frota da Região Metropolitana do Recife possui a PEV e desde agosto deste ano são realizadas fiscalizações dos veículos que oferecem esse serviço através da Portaria nº 205/2012. Atualmente três mil ônibus são cadastrados no Sistema Público de Passageiros da RMR.

Karla Caroline Barbosa, 24 anos, também é cadeirante e precisa ir para a AACD. Ainda quando criança também frequentava a instituição para fazer o tratamento. Hoje, ela vai a associação como assistente de marketing, trabalha de segunda a sexta, e utiliza ônibus e metrô diariamente. “Na minha rota, como vou sempre no mesmo horário, os motoristas já me conhecem, mas quando pego uma rota diferente enfrento dificuldades”, comentou a jovem.

Outro dilema que a jovem enfrenta é quando vai sair com seu namorado que também é cadeirante. “Os ônibus só tem lugar para um cadeirante”, lamenta. Para conseguir sair, o casal conta com ajudar de pessoas que se dispõem carregar a jovem nos braços e colocá-la em uma cadeira. Quando a PEV está quebrada ou em manutenção, ainda tem a espera. “Os ônibus que estão com problemas não deviam nem circular”, afirma.

Para ir ao trabalho, Karla enfrenta o horário de maior fluxo de pessoas. Ela mora na Boa Vista e utiliza a Linha Circular até a Estação Recife, de lá segue para a estação Joana Bezerra. Nesse percurso, as dificuldades são inúmeras, principalmente com as calçadas. “Já tive que fazer manobras para chegar até a parada de ônibus. Na Boa Vista, tem muitas rampas, mas estão desgastadas. É cansativo, muito desgastante”, comenta.

A manutenção das calçadas é um processo  burocrático. De acordo com a prefeitura do Recife e o Grande Recife, a manutenção e reformas dependem muito de cada proprietário. Apenas imóveis que são da prefeitura, como praças e prédio públicos são cuidados pela gestão municipal.

Além de ônibus e metrô, o serviço de táxi também é uma opção para os cadeirantes. De acordo com a Tele Taxi, umas das maiores empresas do Recife, há carros exclusivos para atender cadeirantes em sua frota. Já a Servi Taxi, não possui carros específicos, mas atendem aos portadores de deficiência.

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O Ministério da Educação, através do plano Viver Sem Limite, tem realizado uma série de ações visando o fortalecimento da educação inclusiva – que prevê uma escola preparada para receber todos os alunos, com ou sem deficiência. "O MEC atende as demandas que chegam das secretarias estaduais, a fim de garantir que as pessoas com deficiência tenham as mesmas oportunidades das pessoas sem deficiência", explicou a diretora de Políticas de Educação Especial da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do MEC, Martinha Clarete Dutra.

Segundo ela, desde o início do plano, em novembro de 2011, 17.500 salas de recursos multifuncionais foram instaladas em todo o País. O governo federal também atualizou outras 30 mil salas, sendo 4.676 salas no Nordeste.

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Através dessa ação, as escolas recebem uma série de equipamentos que facilitam a integração dos estudantes com deficiência. “Parte do kit é comum a todas as escolas, contendo teclado estendido, mouse com diversos acionadores que colam no corpo para aproveitar o movimento que os alunos com deficiência física têm, jogos em Libras, computadores e notebooks com sintetizadores de voz, entre outras ferramentas”, explicou ela. A diferença entre os kits atendem o perfil dos alunos de cada instituição. “Se os alunos são cegos, a escola recebe impressoras em Braille, por exemplo. A ideia é que a escola pública atenda todos os alunos da comunidade, através inclusive do material didático assistivo adequado para aquele aluno”. Até 2014, a meta é termais de 41 mil escolas com as salas de recursos multifuncionais em todo o Brasil.

Os professores também são capacitados para saber usar esses recursos. Através da Rede Nacional de Formação Continuada (Renafor), o MEC, em parceria com instituições federais de ensino superior oferece especializações, cursos de aperfeiçoamento e extensão para professores que já atuam na área. "A capacitação é tanto sobre o uso das salas de recursos multifuncionais, como para o atendimento educacional e aperfeiçoamento da Lubras e Braille", explicou.

Outra ação é o Transporte Escolar Acessível, com a compra de ônibus adaptados. Ao todo, serão adquiridos 2.609 veículos através do PAC Equipamentos, para beneficiar 60 mil estudantes com deficiência. Em 2012, 454 municípios do Nordeste foram atendidos com 574 ônibus. Até 2014, a expectativa é atender 812 cidades na região, com 1.214 ônibus. De acordo com o MEC, a prioridade foi para os municípios com maior número de pessoas em idade escolar obrigatória que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e que estão fora da escola. Os veículos adquiridos irão transportar os estudantes tanto para as aulas quanto para o Atendimento Educacional Especializado (AEE), rural ou urbano.

A estrutura física das escolas também recebe atenção especial, através do programa Escola Acessível, que neste ano contemplou 3.640 escolas no Nordeste. "Os gestores educacionais fazem uma avaliação sobre o espaço físico da instituição e registram as necessidades. As secretarias de educação podem validar ou não", explicou Marinha Clarete. Se o relatório da escola for aceito, o MEC disponibiliza recursos financeiros através do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), para a melhoria de acessibilidade nos prédios escolares e compra de materiais e equipamentos de tecnologia assistiva.

Por meio dessa ação, as escolas podem adequar e construir rampas, sanitários acessíveis e vias de acesso; alargar portas, instalar corrimãos e equipamentos de sinalização visual, tátil e sonora; adquirir cadeiras de rodas e outros recursos.

Confira algumas indicações do Manual de Acessibilidade do MEC:

- Instalação de faixa de segurança e semáforo sonoro na frente da escola e rebaixamento da calçada para acesso à faixa;

- Sinalização de obstáculos com piso tátil  localizados fora da faixa livre para circulação;

- Pavimentação bem feita, e localizados fora da faixa livre para circulação;

- Instalação de rampas e/ou elevador;

- Vagas para pessoas com deficiência com pavimentação regular e sinalizadas com pintura no piso e placa de identificação;

- Piso táteis para identificação do sentido de circulação;

- Placas em Braille ao lado das portas e na altura das mãos, identificando os ambientes;

- Compra de mobiliário para uso de pessoas com deficiência, especialmente os cadeirantes.

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O programa Vencer desta semana apresenta uma matéria sobre esclerose múltipla, uma doença neurológica de causa desconhecida. A vencedora Ciçone Chaves, que convive com a doença há mais de 40 anos, mostra que se pode viver com qualidade e ter uma vida como a de qualquer outra pessoa.

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Também fomos até a AACD do Recife para mostrar a fisioterapia aquática, uma forma bem relaxante de trabalhar a recuperação do paciente. O propósito da "fisio aquática" é o mesmo da fisioterapia feita em solo, porém, o desenvolvimento é mais rápido para a criança. Ainda neste programa temos os quadros Sem Acesso que vai mostrar uma calçada na frente de duas escolas públicas, nas quais o lixo tomou conta de tudo. Sem esquecer do Karras Komenta e a Professora Isabela Albuquerque falando sobre empregabilidade da pessoa com deficiência.

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