Tópicos | Acessibilidade

Por Juliana Gomes

A Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) realizará, nesta quarta (28) e quinta-feira (29), o 1° Seminário Amazônico de Acessibilidade, Inclusão e Tecnologia. A temática debatida será "Estudos e Práticas Multidisciplinares para a Programação da Inclusão da Pessoa com Deficiência". 

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O objetivo do evento é estudar e pesquisar tecnologias, metodologias, técnicas, terapias e ferramentas que possibilitem a inclusão da pessoa portadora de deficiência em diferentes lugares da sociedade, com base em três linhas de atuação: educação, tecnologia e terapia assistida por animais.

O Ministério dos Esportes publicou, no Diário Oficial desta quarta-feira (5), uma lista de instalações que deverão destinar, no mínimo, 1% da capacidade total para pessoas com deficiência. Na portaria estão as 12 arenas que vão receber os jogos da Copa das Confederações de 2013 e da Copa do Mundo de 2012 e os 54 centros de treinamentos de seleções incluídos no catálogo da FIFA.

Portanto, no Nordeste, os estádios são os seguintes: a Arena Pernambuco, a Arena Fonte Nova (em Salvador), o Castelão (em Fortaleza) e a Arena das Dunas (em Natal). Já os centros de treinamento são o Estádio Rei Pelé (em Maceió), o Estádio Municipal Antônio Carlos Magalhães (em Porto Seguro) e o CT Praia do Forte (em Mata de São João - BA).

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A medida está prevista na Lei Geral da Copa, sancionada em agosto. Em caso de mudança na lista de centro de treinamentos, uma nova portaria poderá ser publicada pelo Ministério dos Esportes.

O Projeto de Lei 3512/12, do deputado licenciado Romero Rodrigues (PSDB-PB), que obriga as escolas de todos os níveis a oferecer condições de acessibilidade para estudantes com deficiência, está sendo analisado pela Câmara.

De acordo com a Agência de Notícias da casa, a proposta também exige que as escolas ofereçam equipamentos adequados a esses alunos, além de mobiliário. Ainda segundo a agência, o projeto tramita em conjunto com a proposta que cria o Estatuto da Pessoa com Deficiência (PL 7699/06), e ainda aguarda a inclusão na pauta do Plenário.

*Com informações da Agência Câmara de Notícas.

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A mostra do artista paulistano Hercules Barsotti (1914 – 2010) em cartaz na capital paulista traz um diferencial para o público que não pode enxergar. Cada uma das 30 obras expostas vem acompanhada de uma reprodução tridimensional, que permite aos deficientes visuais tatearem um material transparente, translúcido e emoldurado em acrílico, representando o conteúdo das obras. Aparelhos com a áudiodescrição também ajudam esse público na compreensão das obras enquanto passeiam pela galeria.

A exposição, que foi aberta ao público no último sábado (21) e fica em cartaz até dia 23 de setembro, traz serigrafias no estilo neoconcreto. Sob o nome de Hercules Barsotti – Além do Olhar, a mostra pode ser apreciada também por pessoas sem deficiência. “Elas, inclusive, interessaram-se por sentir as obras por meio das réplicas em vez de apenas olhar. A gente fez isso [a réplica] para o público não vidente, mas o resultado foi tão interessante que as pessoas que enxergam também querem tocar a obra e senti-la”, diz a curadora Cláudia Lopes.

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Segundo a curadora, a seleção das obras foi baseada na pesquisa da forma e da cor que consagrou Barsotti na arte brasileira. Ela descreve as pinturas como serigrafias de figuras geométricas, que tratam, sobretudo, do deslocamento do quadrado. “Isso é mostrado nas 30 serigrafias, tem 18 em preto e branco e 12 coloridas”, disse.

Esse estilo do artista instigou nos organizadores do evento a ideia de desenvolver as réplicas para os deficientes visuais. “Estudando a obra, nós percebemos que teria a possibilidade de inclusão”. De acordo com Cláudia, somente 5% das pessoas que visitam as exposições têm deficiência visual.

Cláudia conta que as versões destinadas a quem não pode enxergar servem como homenagem ao artista. Nascido na cidade de São Paulo, Barsotti morreu, em 2010, aos 96 anos tendo sofrido perda de visão no final de sua vida. Por isso, a curadora acredita que a exposição em São Paulo tem um significado especial. “Quando a gente envelhece, perde alguns dos sentidos, mas nem por isso deixa de sentir”.

A exposição Hercules Barsotti – Além do Olhar pode ser vista de terça-feira a domingo, das 9h às 21h, na Caixa Cultural em São Paulo, que fica na Praça da Sé, 111. Os visitantes com deficiência visual contam com monitores treinados para conduzi-los pela galeria. A recomendação etária é livre e a entrada é gratuita.

O candidato socialista a prefeito de Petrolina, Fernando Filho tem mantido sua agenda de campanha nos bairros da periferia da cidade e se aproximado se demais setores da sociedade civil organizada em busca de apoio a sua candidatura. Nesta quarta-feira (11), Fernando Filho e seu vice Gennedy Patriota visitaram o Centro de Convivência das Pessoas com Deficiência (CCD) e receberam a notícia de apoio dos representantes da instituição a coligação Unidade por Petrolina.

A confirmação do apoio foi anunciada pelo presidente do Centro, Vandeílson dos Santos. “Vamos lutar juntos até a vitória. Sei que Fernando é comprometido com as pessoas com deficiência e vamos trabalhar para chegar lá”, disse.

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De acordo com Fernando Filho, o seu programa de governo vem tratando a acessibilidade como prioridade. “Estamos cientes de que temos que fazer a prefeitura cumprir o dever de garantir os direitos dos cidadãos e cidadãs que tem deficiência. Segundo o Censo IBGE 2010, existem quase 60 mil pessoas com deficiência na cidade e nosso compromisso é de que a acessibilidade não será só discurso. Estou explicando porque quero ser prefeito em Petrolina: um dos nossos objetivos é colocar em prática políticas públicas voltadas para as pessoas com deficiência. Temos uma coordenadoria na campanha para tratar só desse assunto”, explicou Fernando.

Fernando Filho ainda respondeu diversas dúvidas dos presentes. Falou principalmente das suas propostas para a saúde, tema que foi muito questionado pelas pessoas que assistiam à palestra e os serviços municipais desta área foram alvo de críticas. “Além da UPA que está sendo construída pelo Governo do Estado, que terá 16 especialidades de atendimento, o secretário estadual de saúde garantiu que fará de tudo para que ainda este ano comece a ser construído um Centro de Reabilitação para pessoas com deficiência auditiva, motora, visual, intelectual. Serão R$ 8 milhões de investimentos, divididos ente os governos federal e estadual”, anunciou Fernando.

 

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Marco Antonio Raupp, deve inaugurar no dia 20 de julho o Centro Nacional de Referência em Tecnologia Assistiva (CNRTA) que ficará em Campinas (SP). O centro será o principal articulador de uma rede nacional de 25 núcleos de tecnologia assistiva (laboratórios e unidades de pesquisa) que deverão desenvolver tecnologias para aumentar a acessibilidade de pessoas com deficiência.

A criação do centro faz parte do Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência - Viver sem Limite, lançado em fevereiro deste ano pela presidente Dilma Rousseff. Os núcleos, em 18 estados e no Distrito Federal, terão vínculo com universidades federais e unidades de pesquisa do MCTI. O nome das instuições escolhidas foi publicado nesta terça-feira (3). Nenhuma Universidade do Estado de Pernambuco recebeu um núcleo do programa.

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No total, R$ 3 milhões do Orçamento da União 2012 já foram destinados ao centro e aos núcleos. Cada projeto poderá receber entre R$ 100 mil e R$ 500 mil. Os recursos serão transferidos para as unidades de pesquisa e universidades, dinheiro que será usado na aquisição de equipamentos e materiais para a instalação do núcleo. O pessoal que desenvolverá os projetos já é do quadro das unidades ou recebem bolsas de pesquisa do Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico (CNPq) ou da Comissão de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Segundo o secretário de Ciência e Tecnologia para a Inclusão Social do MCTI, Eliezer Moreira Pacheco, o desenvolvimento das tecnologias desse programa é estratégico para o país, que ainda depende da importação de alguns materiais, como próteses. “Mais de 50% dos produtos disponíveis no Catálogo Nacional de Produtos de Tecnologia Assistiva são importados”, afirma o secretário.

Além da produção limitada há poucos fornecedores no país, que estão concentrados entre o Sul e o Sudeste. “Há um número limitado de empresas, uma ou duas, no máximo, por estado nas regiões Sul e Sudeste, principalmente fabricantes de cadeiras de roda e de próteses com produção industrial ainda restrita”, afirmou Pacheco.

Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a partir do Censo Populacional 2010, indicam que há 24 milhões de brasileiros com algum tipo de deficiência. Em outro levantamento, a Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic 2009), o IBGE verificou que 53,1% das sedes das prefeituras não têm nenhum dos 16 itens de acessibilidade investigados, como, por exemplo, a rampa para cadeirantes ou aparelhos de telefone para surdos e mudos.

Os festejos  juninos da cidade pernambucana de Gravatá, no Agreste de Pernambuco, tem espaço para todo mundo. A prefeitura municipal, através da sua Secretaria de Ação e Desenvolvimento Social, montou um camarote especial para pessoas portadoras de necessidades especiais. O objetivo é fazer com que elas possam assistir as apresentações artísticas com segurança e comodidade. O espaço fica no pátio de evento da cidade, área central do município.

A estrutura tem rampas, cadeiras de rodas disponíveis, banheiros especiais e possui uma visão privilegiada para os dois palcos do pátio. “Nós sempre montamos esse tipo de camarote nas festas da cidade. Desde o início dos eventos juninos, recebemos 150 pessoas, junto com seus acompanhantes”, explica uma das integrantes da secretaria, Ester Gomes.

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Animados e curtindo o forró, Maria do Carmo, e o seu filho Lucas Inaldo, que é portador de necessidade especial, aprovou e elogiou muito o espaço. “O camarote é muito importante, pois traz acessibilidade para todos que precisam. Eu também gosto muito de aproveitar o São João daqui”, disse Maria. “Gosto de dançar e cantar todas as músicas”, falou Lucas, com um largo sorriso no rosto.

O cadeirante Alexandre Rogério também gostou do camarote. Há dois anos ele frequenta as festas de Gravatá e destacou o espaço reservado. “Para as pessoas deficientes o camarote ajuda muito. O espaço é maravilho, dá uma ótima visão dos palcos, e nos deixa seguro”, comentou Alexandre.

O Ministério Público Federal apresentou uma ação civil nesta sexta (18) para que a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) crie regras de acessibilidade em telefones celulares para pessoas com deficiência visual. A Agência tem um prazo máximo de 120 dias para estabelecer normas para que sejam vendidos aparelhos que indiquem, por som, as operações e funções que aparecem na tela do celular.

A ação foi motivada por reclamações de deficientes visuais sobre dificuldades na aquisição de celulares visuais. A Anatel teria informado ao órgão que diversos modelos posssuem acessibilidade, porém, ao conferir o número de aparelhos vendidos no Brasil com acessibilidade, constatou que a lista é pequena.

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Segundo a procuradoria, grande parte dos celulares listados pela Anatel têm tela sensível ao toque, o que dificulta o uso por deficientes visuais. “O software 'leitor de mensagens' que acompanha esses aparelhos opera apenas nos idiomas inglês e finlandês”, informa a ação.

Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual, instituição consultada pelo órgão, analisou o software "leitor de mensagens" e concluiu que ele não atende às necessidades das pessoas com deficiência visual, já que não possui recursos que indiquem de forma sonora todas as operações disponíveis no visor. Além disso, o deficiente visual teria que adquirir o software “talks”, que custa aproximadamente R$ 700,00 e instalá-lo em aparelhos compatíveis.

Em parceria com a franquia de cinema americana Regal Entertainment, a Sony está trabalhando em óculos especiais que irão exibir legendas de filmes diretamente para os usuários.

Segundo a empresa, o aparelho é voltado para pessoas com deficiência auditiva, que precisa ler os diálogos, mas também pode ser usados por estrangeiros que terão a legenda em seu próprio idioma.

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A empresa também tem planos de criar uma versão com fones de ouvido, que podem fazer uma descrição em áudio para pessoas com deficiência visual. A Sony tem previsão de lançamento do aparelho em cinemas americanos a partir de 2013.

 



Apesar de trazer a leveza no nome, o espetáculo Leve confronta, por meio da dança, a paz de espírito dos espectadores através da encenação que faz uso de cenário e figurinos introspectivos, questionando os medos e contradições inerentes ao ser humano.

Mas o que chama atenção mesmo na temporada de Leve é a forma como é tratada a acessibilidade. A temática de abrir as portas para todos os públicos, sem distinção e limitações para quem quer ver a peça é uma louvável iniciativa nas artes cênicas pernambucanas.

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Trinta equipamentos fomentam a audiodescrição para pessoas com deficiência visual que não terão a oportunidade de acompanhar o espetáculo pelo olhar. Movimentos e figurinos das bailarinas, além da luz que invade o cenário serão revelados pela audição de quem não pode enxergar.

Por outro lado, quem não pode ouvir a trilha sonora e a interpretação do espetáculo não vai perder a compreensão da trama. Junto às bailarinas, um intérprete de libras ensaiou as letras das músicas e o texto falado para traduzir, simultaneamente, na linguagem dos sinais, toda a história.

A iniciativa fica por conta do projeto VouVer, da atriz Andreza Nóbrega e da psicóloga Liliana Tavares. O VouVer estruturou a consultoria para acessibilidade e audiodescrição.

Serviço
Espetáculo ‘Leve’
De 28/03 a 04/05, às quartas e quintas
Teatro Hermilo Borba Filho (Rua do Apolo, s/n, Bairro do Recife)
R$ 5 (preço único)
Informações: 81 3355-3320

Pólos de folia no Recife terão áreas destinadas a pessoas com necessidades especiais.  Programação das atrações do carnaval estará disponível em braile, intérpretes da linguagem de sinais, ônibus do Expresso da Folia com elevadores para cadeirantes, monitores especializados e banheiros com acessibilidade são algumas das iniciativas promovidas pela Prefeitura da cidade. No Galo da Madrugada, 100 foliões com necessidades especiais poderão assistir a passagem do bloco em um camarote especial, que contará com rampa para facilitar a entrada dos cadeirantes.

“Ainda estamos adaptando algumas coisas e vencendo muitas dificuldades, como a falta no mercado de oferta de banheiros químicos com acessibilidade, por exemplo, mas estamos conseguindo oferecer ao recifense e ao turista com necessidades especiais a oportunidade de conhecer e participar do nosso Carnaval”, disse Gloria Brandão, assessora executiva da Secretaria de Controle e Obras da Prefeitura do Recife.

Para ampliar as condições básicas de acessibilidade no período carnavalesco, a PCR criou o projeto Carnaval da Inclusão: Somos todos Iguais. A central de Atendimento ao Folião com Deficiência vai funcionar a partir desta sexta-feira (17) e em todos os dias da folia, das 15h às 2h, na avenida Rio Branco 155, bairro do Recife, no prédio do Sistema Público de Emprego.

No local, serão oferecidos os serviços de teleatendimento (através dos números 3355 2908 e 3355 2924) com informações da folia como programação dos pólos, linhas de ônibus especiais e serviços que funcionam nestes dias de festa. Haverá ainda intérprete em libras, programação do Carnaval em braile, coordenação da Secretaria de Saúde para serviços emergenciais e a base da coordenação do programa.

Os pólos inclusivos, localizados no Marco Zero, Praça do Arsenal, e bairros do Ibura, Casa Amarela, Várzea e Jardim São Paulo, terão a disposição da população com deficiência uma área reservada para foliões com deficiência motora ou visual além de área específica para embarque e desembarque. Haverá ainda, interprete em libras, banheiro acessível, serviços de supervisão e auxiliares para atendimento, definição de rota de circulação para o folião com deficiência que se destine aos pólos do Marco Zero e da Fantasia.

A Central do Carnaval, que já está funcionando no Armazém 12, também recebeu adaptações para se tornar um local inclusivo. Pessoas com baixa visão e deficiência visual terão a disposição cardápios em braile em todos os nove restaurantes da Arena Gastronômica. Outra novidade é que haverá um intérprete de libras de plantão no posto de informações da Central do Carnaval, diariamente, a partir da sexta-feira (17) à noite, dia de abertura do Carnaval do Recife.

Além disso, a Secretaria de Turismo do Recife providenciou 14 cópias da programação carnavalesca em braille, que foram impressos pela Associação Pernambucana de Cegos. São mais de cem páginas em braille com os horários, os locais e as atrações de todos os polos de Carnaval. Na Central do Carnaval existem, além do elevador, rampas e corrimãos que facilitam o acesso do público, além de banheiro químico para cadeirantes.

Já o Expresso da Folia, serviço de ônibus expresso promovido pela CTTU, vai permitir que os foliões deixem os carros nos estacionamentos seguros dos shoppings Boa Vista, Recife, Tacaruna e Plaza, pagando uma tarifa única de R$ 3, podendo ir (e voltar) do Recife Antigo para curtir a programação carnavalesca. Todos os ônibus utilizados no serviço são dotados de elevador para cadeira de rodas.

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