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O presidente da Infraero, Gustavo do Vale, reafirmou hoje que nenhum funcionário da entidade será demitido em função da privatização dos aeroportos de Guarulhos, Campinas e Brasília, realizada hoje.

Ele disse que nos primeiros seis meses após a assinatura do contrato todos permanecerão onde trabalham hoje e, após esse prazo, a concessionária poderá escolher com quais funcionários deseja permanecer. "Os demais serão realocados nos 63 aeroportos que continuam sob gestão da Infraero. Não contrataremos novos funcionários até que todos esses profissionais sejam realocados", afirmou Vale.

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O ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Wagner Bittencourt, ressaltou ainda que, pelas regras do edital, as tarifas não vão poder subir livremente. Marcelo Guaranys, presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) complementou dizendo que as tarifas estabelecidas são tarifas-teto. "Estamos inserindo a concorrência nos aeroportos brasileiros. Os consórcios podem cobrar tarifas menores do que as tarifas-teto."

Terminou há pouco a primeira etapa do leilão dos aeroportos de Guarulhos (SP), Campinas (SP) e Brasília, que está sendo realizado na sede da BM&FBovespa, em São Paulo. Essa etapa consistiu na abertura dos envelopes com as propostas entregues na última quinta-feira. O aeroporto de Guarulhos recebeu dez propostas, o de Campinas, quatro, e o de Brasília, oito.

A maior proposta pelo aeroporto de Guarulhos foi feita pelo consórcio liderado pela Invepar em parceria com a sul-africana ACSA, de R$ 16,213 bilhões, o que significa um ágio de 373% em relação ao preço mínimo estabelecido pelo governo. O segundo maior lance para Guarulhos foi da EcoRodovias, de R$ 12,863 bilhões, um ágio de 275%.

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Para o aeroporto de Brasília, a maior proposta foi do consórcio liderado pela Engevix, com oferta de R$ 3,513 bilhões, o que representa ágio de 503%. A oferta da Invepar ficou próxima, com lance de R$ 3,213 bilhões, e ágio de 452%.

Em Campinas, a Triunfo (TPI) fez o maior lance, de R$ 3,821 bilhões, ágio de 159%, seguido pela Odebrecht, que propôs R$ 2,524 bilhões, ágio de 71% ante o preço mínimo estabelecido.

Irão para a disputa viva-voz os consórcios que ofereceram as três maiores ofertas válidas para cada um dos três aeroportos e os que apresentaram ofertas cujo valor for equivalente a pelo menos 90% da maior oferta válida.

Os vencedores finais serão os consórcios cujas ofertas combinadas dos três aeroportos propiciarem ao governo a maior arrecadação. A Infraero permanece nos aeroportos concedidos com participação acionária de 49%.

O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Aroldo Cedraz, aprovou com ressalvas as mudanças feitas pelo governo federal no edital de licitação dos aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília. Essas ressalvas, no entanto, não impedem a realização do leilão, marcado para o dia 6 deste mês.

"Nenhum desses pontos justifica medidas acautelatórias", afirmou o ministro ao destacar mudanças que possam ser adotadas em futuras licitações. "Voto para que o Tribunal aprove o acórdão com ressalvas, expedindo recomendações à Agência Nacional de Aviação Civil e ao Conselho Nacional de Desestatização." Cedraz afirmou ainda que este "não é o modelo ideal, mas é o modelo possível", dada a urgência do processo.

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A Agência Nacional de Aviação Civil só informará amanhã se recebeu ou não pedidos de impugnação referentes ao edital do leilão dos aeroportos de Guarulhos, Brasília e Viracopos. Hoje, expirou o prazo para a apresentação desses pedidos. A Anac aguarda a consolidação das informações de suas sedes no Rio de Janeiro, em São Paulo e Brasília para então fazer a divulgação.

O leilão está marcado para o dia 6 de fevereiro, na sede da BM&FBovespa, em São Paulo. A data-limite para a entrega das propostas pelos interessados é 2 de fevereiro. Segundo o advogado Frederico Dieterich, do escritório Azevedo Sette, mesmo que tenham sido apresentados pedidos de impugnação, eles não impedem que o leilão seja realizado na data marcada, pois a avaliação final sobre as impugnações pode ser anunciada posteriormente.

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Os aeroportos brasileiros registraram 79.049.171 desembarques em 2011, informa o ministério do Turismo. O número representa um recorde e é 15,8% maior que 68.258.268 desembarques domésticos registrados em 2010. O balanço, que foi divulgado hoje, mostra também que o mês de dezembro de 2011 teve 7.039.826 chegadas, contra 6.499.031 de igual período de 2010.

Os aeroportos com maior número de desembarques domésticos no ano passado foram os de Guarulhos (8,8 milhões); Congonhas (8,3 milhões); Brasília (7,2 milhões); Galeão (5,3 milhões); e Santos Dumont (4,2 milhões). O ministério explica que o volume de desembarques refere-se ao fluxo de passageiros em voos regulares e não regulares nos 67 aeroportos brasileiros administrados pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).

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O ministério apresentou também dados sobre os voos internacionais, que representaram 9.005.165 desembarques no Brasil no ano passado. Isso representa alta de 13,95% em relação às 7.902.531 chegadas de 2010. É o mais alto número registrado desde o ano 2000, quando teve início a série histórica, no ano 2000. Somente em dezembro de 2011 foram 735.362 desembarques de voos internacionais, 6,5% a mais que os 689.898 de dezembro de 2010.

"Todas as nossas projeções e expectativas para 2011 se confirmaram. Os dados mostram que o turismo se consolida como um dos principais setores da economia brasileira, um grande vetor de geração de empregos, divisas e de diminuição das desigualdades no Brasil", comenta o ministro do Turismo, Gastão Vieira, em nota. Segundo o Ministério do Turismo, a atividade turística impacta mais de 50 segmentos da economia e responde por 3,6% do Produto Interno Bruto (PIB).

Ao referir-se aos desembarques domésticos, o ministro avalia que o recorde reflete o aumento da renda dos brasileiros, que colocaram o turismo entre as prioridades de consumo; além das facilidades de acesso ao crédito no País. "Viajar pelo Brasil está nos planos de uma em cada três famílias brasileiras", disse o ministro.

A situação dos aeroportos do País é tranquila no início da tarde de hoje. Após o registro de alguns atrasos no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, durante a manhã, o sistema está normalizado, conforme consta no site da Infraero. O índice de atrasos é de 1,5% do total de voos, com maior taxa de ocorrências em aeroportos como Belém (PA) e Fortaleza (CE). Dentre os aeroportos do País com maior fluxo de passageiros, os maiores atrasos são registrados no Santos Dumont (RJ), com 3,1% dos voos, no de Campinas (SP), com 4,7%, e no Tancredo Neves (MG), com 3,6%.

No Galeão, onde o número de atrasos no total de voos deste domingo é de 12,3% desde o início do dia, a taxa na última hora foi de apenas 1,4%. Desde o início do dia até 12 horas foram realizados 886 voos, dos quais 46 (5,2%) registraram atrasos e 26 (2,9%) foram cancelados. O maior número de cancelamentos ocorreu no Santos Dumont (quatro voos), no Galeão (três) e em Brasília (três).

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O movimento dos aeroportos no mês de dezembro ajuda o poder público a avaliar o que precisa ser feito nos anos seguintes para que o nosso sistema de tráfego aéreo ganhe mais musculatura e garanta conforto e qualidade aos passageiros, mesmo em épocas de grande movimento – como será na Copa Mundial de Futebol de 2014. Este momento também é bom para voltarmos a defender no Senado um projeto de lei, de minha autoria, sobre a assistência aos passageiros de voos atrasados.

O Projeto de Lei do Senado nº 264/2011 amplia os direitos assegurados hoje pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) garantindo, entre outras coisas, o acesso gratuito a serviços de comunicação e alimentação em caso de atraso superior a uma hora de início do voo, inclusive quando a espera ocorrer no interior da aeronave. Hoje, por exemplo, questões básicas como a alimentação só é oferecida depois do cliente esperar 2 horas decorrentes do atraso das companhias. As garantias servem tanto para a espera do início do voo quanto no caso de escalas e conexões.

A matéria altera o Código Brasileiro de Aeronáutica (Lei nº 7.565, de 1986), considerando as mudanças que ocorreram no transporte aéreo nos últimos anos. A desregulamentação do setor, ocorrida a partir da década de 90, e o aumento do poder aquisitivo da população provocaram um forte crescimento no número de viagens aéreas domésticas e internacionais. Estas medidas, se aprovadas, contribuirão para fortalecer o transporte aéreo de passageiros, beneficiando os milhões de brasileiros que passaram a fazer uso do serviço.

Para se ter uma ideia, apenas entre os anos de 2009 e 2010, o número de embarques cresceu 22% no Brasil, segundo o Anuário do Transporte Aéreo publicado pela Anac. Em mais de 90% dos casos todas as etapas de voo previstas – medidas pelo índice de regularidade – foram cumpridas. Porém, em períodos de festas e férias, como no mês de dezembro, somente 74,3% dos voos foram considerados pontuais. Todos nós temos de contribuir para mudar esses números.

A ministra da Casa Civil, Gleise Hoffmann, interrompeu as férias que se estenderiam até domingo para acompanhar a situação das chuvas em Minas Gerais e os atrasos dos voos nos aeroportos do País. Ela retoma as atividades hoje à tarde. Às 15h30 Gleise despacha com o secretário-executivo, Beto Vasconcelos, e em seguida receberá, em encontros separados, o ministro interino da Integração Nacional, Sérgio Castro, e os diretores da Infraero, Geraldo Moreira Neves (Comercial) e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Cláudio Passos Simão (Aeronavegabilidade).

Segundo a assessoria da ministra, ela propôs à presidente Dilma Rousseff, que está na Base Naval de Aratu, na Bahia, retornar ao trabalho para acompanhar de perto os problemas que afligem a população de Minas Gerais e turistas nos aeroportos neste início de ano. O retorno de Gleise coincide com a entrada em férias do marido, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.

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Rio de Janeiro – O mau tempo no Rio de Janeiro provocou a suspensão das operações de pouso no Aeroporto Santos Dumont, no centro da cidade, em dois momentos. Na primeira vez, o aeroporto ficou fechado para pousos das 8h30 às 9h10.

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Às 10h30, o terminal voltou a suspender as operações de pouso, retomando-as apenas às 12h15. Na segunda vez, a restrição operacional provocou o atraso de seis voos e o redirecionamento de três aviões para o Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim/Galeão.

Os aeroportos brasileiros registravam 105 voos atrasados e 130 cancelamentos desde a meia-noite até as 19 horas deste domingo (1º), de acordo com o mais recente boletim da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). Os atrasos correspondiam a 5,7% do total de voos em todo o País (1832) e, os cancelamentos, a 7,1%. Neste momento, 27 voos (1,5%) permanecem atrasados.

No Aeroporto Internacional André Franco Montoro, em Guarulhos, 16 (8,3%) dos 192 voos programados para o primeiro dia do ano foram cancelados. Os atrasos representavam 15,1% do total, com 29 voos. No Aeroporto de Congonhas, dez dos 157 voos programados foram cancelados, ou 6,4%, e seis atrasaram (3,8%). Em Viracopos, em Campinas, interior paulista, dos 91 voos previstos, nove foram cancelados (9,9%) e nove atrasaram (9,9%).

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No Rio de Janeiro, dos 125 voos programados para sair do Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, seis foram cancelados entre meia-noite e as 19 horas deste domingo e seis sofreram atraso. No Santos Dumont, seis dos 95 voos previstos foram cancelados e três atrasaram.

No Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília, dos 132 voos programados para este domingo, seis foram cancelados e dois atrasaram. No Aeroporto Tancredo Neves, em Belo Horizonte, capital mineira, dos 103 voos programados, sete foram cancelados e oito atrasaram.

Em Porto Alegre, dez dos 71 voos programados foram cancelados e um sofreu atraso. No Recife, dos 82 voos, cinco atrasaram e seis foram cancelados. Em Salvador, seis voos atrasaram e 12 foram cancelados, de um total de 110.

O movimento nos principais aeroportos brasileiros é tranquilo neste domingo de Natal. Segundo a Infraero, dos 1.532 voos programados para todo o Brasil até as 17 horas, 43 sofreram algum atraso e outros 87 foram cancelados.

O aeroporto com mais atrasos é o de Cumbica, em Guarulhos (SP). Das 163 partidas previstas, sete saíram fora do horário e outras 14 foram canceladas. O Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, teve um voo atrasado e cinco cancelados, de um total de 125 previstos.

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Os aeroportos brasileiros seguem bastante movimentados neste sábado, mas dentro de um cenário de normalidade para uma véspera de Natal. Até as 15 horas, dos 1.542 voos domésticos programados, 6,4%, ou seja, 98, decolaram com atraso superior a meia hora. A Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária, Infraero, informa ainda que 3,3% do total, 51 voos, foram cancelados e que, no início da tarde, das 14 horas às 15 horas, os voos que decolaram com atraso representaram apenas 0,7% dos programados, ou seja, 11 voos.

No Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, dos 149 voos agendados, até as 15 horas, 7,4% (11) partiram com atraso e 4,7% (7) foram cancelados. Em Congonhas, na capital paulista, dos 119 voos marcados, 1,7% (2) decolaram com mais de meia hora além do horário marcado e 5,9% (7) foram cancelados. A Infraero informa também que, dos 120 voos internacionais agendados até as 15 horas, 10% (12) partiram com atraso superior a meia hora e 3,3% (4) foram cancelados.

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A situação nos aeroportos brasileiros é de bastante movimento, porém dentro da normalidade para uma véspera de Natal. Dos 858 voos domésticos programados entre meia noite e 10 horas do sábado, 7,8% (67) decolaram com atraso superior a 30 minutos e 3,7% (32) foram cancelados. Na última hora, porém, das 9h às 10h, os voos que decolaram com atraso representaram apenas 1,9% dos voos programados.

Dos 75 voos internacionais agendados até as 10h deste sábado, 9,3% (7) partiram com atraso superior a meia hora e 2,7% foram cancelados.

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No Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, dos 83 voos agendados, 8,4% (7) partiram com atraso e 7,2% (6) foram cancelados. Em Congonhas, em São Paulo, dos 58 voos marcados, 3,4% (2) decolaram com mais de 30 minutos além do horário marcado e 12,1% (7) foram cancelados.

Greve suspensa

Os aeroviários (funcionários dos aeroportos que trabalham em terra) suspenderam ontem a greve que haviam iniciado na quinta-feira em alguns Estados, mas não descartam retomá-la na próxima semana. Segundo a assessoria de imprensa do Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA), o secretário-geral da entidade, Marcelo Schmidt, participará na próxima segunda-feira de uma audiência no Ministério do Trabalho, em Brasília.

Uma nova assembleia será realizada na terça-feira para definir os rumos da paralisação. Os aeroviários recusaram a proposta do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea), que representa as companhias aéreas, de reajuste salarial de 6,5%. Eles reivindicam aumento de 10%.

A proposta de 6,5% de reajuste foi aceita por alguns sindicatos da categoria, como o que representa os aeroviários em São Paulo. Os aeronautas (que trabalham nos voos, como pilotos e comissários de bordo) também aceitaram ontem o reajuste oferecido.

O Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, ainda registrava atrasos de mais de meia hora em metade das decolagens programadas até as 13 horas de hoje. Segundo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), entre os 110 voos previstos para o período, 53 (48,2%) partiram com atrasos e outros 12 (10,9%) registram atrasos na última hora. Vinte foram cancelados. No Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, 16 voos sofreram atrasos entre os 124 voos programados. Quatro foram cancelados. Em todo o país, entre os 1.381 previstos, 66 foram cancelados e 350 tiveram atrasos de mais de meia hora.

Os atrasos podem estar relacionados com a paralisação de cerca de 75% dos aeroviários, que cruzaram os braços na manhã de hoje, segundo o sindicato. Segundo nota da companhia aérea Gol, uma das afetadas em Congonhas, "todos os seus colaboradores permanecem em seus postos de trabalho, realizando suas atividades normalmente. A companhia esclarece que algumas de suas decolagens sofrem atraso por causa de uma manifestação sindical que impacta as operações de todas as empresas no Aeroporto de Congonhas".

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O Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp), que administra 31 aeroportos regionais no Estado, informa que em função da greve dos aeroportuários, dois voos da TAM, com origem no aeroporto de Congonhas (São Paulo), tiveram atrasos no destino, nesta manhã e que "não ocorreram atrasos em relação às demais companhias, já que os voos da WebJet, Passaredo, Trip e Azul para os aeroportos de São José do Rio Preto, Marília, Araçatuba, Presidente Prudente, Ribeirão Preto e Bauru/Arealva não saem de São Paulo. A expectativa do Daesp é que apenas as companhias TAM e Gol (ambas com voos de origem em São Paulo) sofram atrasos nesta quinta.

Manifestação

Na manhã de hoje, aeroviários promoveram uma manifestação no saguão do aeroporto de Congonhas, sendo interrompida às 12 horas. Segundo o sindicato, os manifestantes iriam participar de uma mesa de conciliação no TRT, no Centro, para discutir o dissídio salarial. A manifestação deve recomeçar às 17 horas.

Os aeroviários de São Paulo entraram em greve na madrugada de hoje, e realizam manifestação reivindicando aumento salarial na manhã de hoje, no Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo. Segundo o presidente do Sindicato dos Aeronautas do Município de São Paulo, João Pedro Passos de Souza Leite, a greve foi deflagrada às 4h45 e vai continuar ao longo do dia, atingindo boa parte do pessoal de apoio em terra.

"A maior parte dos trabalhadores parados faz parte do apoio em terra, como pessoal de rampa, push-back e descarga", explica. Segundo ele, por conta da paralisação, os voos da companhia aérea TAM são os mais prejudicados. De acordo com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), os guichês da TAM eram os que apresentavam maior volume de passageiros nesta manhã. Ao menos seis decolagens da empresa e um da Gol estavam com atrasos até as 7h30.

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Para João Pedro, "a tentativa de começar a greve nesta quinta-feira, foi para sensibilizar as empresas aéreas para que ofereçam uma nova proposta para os trabalhadores". Segundo ele, a paralisação dos aeroviários no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, deve começar no final da tarde de hoje.

(Solange Spigliatti/07h29)

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) praticamente enterrou a possibilidade dos trabalhadores do setor aéreo pararem os aeroportos do País a partir da noite de amanhã. O presidente da corte, João Oreste Dalazen, determinou hoje que pelos menos 80% dos aeronautas e aeroviários trabalhem nas vésperas do Natal e ano-novo. Se a determinação não for cumprida, os sindicatos das duas categorias poderão pagar multa diária de R$ 100 mil.

No início desta semana, os trabalhadores protocolaram no TST um aviso formal de greve, prevista para iniciar amanhã, depois do fracasso das negociações com representantes das companhias aéreas sobre o reajuste salarial.

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Na quarta-feira, sindicatos do município do Rio de Janeiro e do Estado do Amazonas, ligados à Força Sindical, firmaram um compromisso com as empresas aéreas aceitando a proposta de reajuste apresentada - um aumento de 6,17%.

O porcentual mínimo de 80% dos trabalhadores nos aeroportos terá que ser cumprido nos dias 23, 24, 29, 30 e 31 de dezembro, de acordo com a decisão do presidente do TST, que atendeu a um pedido do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea).

Após o feriado de ano-novo, pelo menos 60% dos funcionários terão de trabalhar, caso a greve seja efetivamente iniciada.

As empresas aéreas fecharam, nesta terça-feira (20), um acordo com os sindicatos ligados à Força Sindical que, na prática, reduz as chances de greve nos aeroportos durante o final do ano, e isola a Central Única dos Trabalhadores (CUT) nas negociações salariais. Ao mesmo tempo, o governo assegurou que não haverá caos aéreo e aposta que a greve não vai acontecer.

Até o início da noite de hoje, os sindicatos do município do Rio de Janeiro e do Estado do Amazonas, que representam empregados que trabalham em terra, firmaram um compromisso com o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) aceitando a proposta patronal de reajuste de 6,17%, em linha com a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

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O sindicato de aeroviários de São Paulo ainda poderá votar a proposta hoje, mas desde o início descartava uma paralisação das atividades, segundo Uébio José da Silva, presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores em Transporte Aéreo, ligado à Força Sindical. A entidade representa cerca de 25 mil do total de 60 mil empregados de companhias aéreas do País, segundo Silva.

Também ficou acertado um aumento de 10% para o valor dos pisos salariais, vale-refeição e cesta básica. Por último, foi criado um piso específico para operadores de equipamentos de R$ 1.000. "Há um clima de diálogo. Não há o menor ambiente para greve em nível nacional nas empresas aéreas. Ainda mais por causa de uma diferença de reajuste tão pequena e às vésperas do Natal", disse Odilon Junqueira, negociador das empresas.

 

Aumento - Segundo Silva, as companhias devem aplicar o reajuste salarial a todos os funcionários do País, independentemente do sindicato a que estão filiados. A decisão enfraquece a CUT e pode sepultar a paralisação. "Isso dificulta fazer a greve, é um pouco decepcionante porque ainda tínhamos dois dias para negociar, mas não me surpreende vindo da Força Sindical", afirmou Gelson Fochesato, presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas (tripulação).

Na segunda-feira, Fochesato e o Sindicato Nacional dos Aeroviários (pessoal de terra) notificaram o Tribunal Superior do Trabalho (TST) que os empregados de aéreas cruzariam os braços a partir das 23h da próxima quinta-feira. Eles queriam 7% de reajuste, que embute um aumento real de 0,83%. "Vamos submeter a proposta à assembleia. Por enquanto, a greve está mantida. Só depois da assembleia saberemos", disse a presidente do sindicato dos aeroviários, Selma Balbino.

Antes mesmo do acordo do Rio e Amazonas ser divulgado, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, descartou a possibilidade de apagão aéreo no final do ano. Mesmo se houver greve, o passageiro não sofrerá transtornos, segundo a ministra. Ela disse confiar nas previsões do ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt, que monitora a situação e mantém contato com as aéreas.

"Nós temos conversado com as empresas e acreditamos que elas estão com programas para atender as pessoas nos aeroportos", afirmou. "Acreditamos que não teremos problemas." Para a ministra, ainda há margem para avançar nas negociações entre trabalhadores e empresas aéreas. "Acreditamos que tudo vai se resolver bem." O Ministério Público do Trabalho informou que acompanha o caso e que poderá acionar o TST se for necessário.

Quando chegam as férias de fim de ano, quem planeja uma viagem sempre leva em conta a situação dos aeroportos, geralmente caótica nesta época. Voos cancelados, atrasos na decolagem e no pouso, extravio de malas, ameaça de greve de aeroviários. Para quem pode pagar mais para evitar essa chateação, uma viagem de férias sem filas de check-in ou tumulto na esteira de bagagem é possível. Hotéis e empresas de aviação executiva já estão vendendo um novo tipo de pacote: nele, a parte aérea é feita de jatinho.

Funciona assim: por um valor fixo, o cliente embarca em um hangar no Aeroporto de Congonhas - sem passar pelo saguão - e desembarca já dentro do hotel, em uma pista de pouso exclusiva. As malas seguem direto para o quarto, a diária tem café da manhã e jantar inclusos e, na volta, o jatinho está lá esperando no horário combinado. A exclusividade se reflete no preço: um fim de semana não sai por menos de R$ 30 mil por casal.

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Um pacote oferecido pela Global Aviation, por exemplo, saindo de São Paulo e pousando dentro do resort Kiaroa, na Península de Maraú, na Bahia, custa exatos R$ 34 mil. A mesma viagem em avião comercial sairia pelo menos 70% mais em conta.

"Mas tem a facilidade, o conforto e a certeza de que vou e volto sem atrasos, cancelamentos e overbooking", diz um executivo que viajou há algumas semanas com a mulher em um pacote com jatinho para a Bahia. "Viajo bastante de avião comercial, mas os voos estão em nível inaceitável, tanto em segurança quanto em atendimento ao passageiro. Os aeroportos brasileiros são de quinta categoria", acrescenta.

Segundo o presidente da Associação Brasileira das Agências de Viagens (ABAV-SP), William José Périco, esse tipo de pacote diferenciado ainda vai virar tendência no Brasil. "Nos Estados Unidos já é comum para curtas distâncias. Tem tudo para pegar aqui também." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Brasília - O Diário Oficial da União publicou ontem (15) à noite, em edição extra, o edital com as regras para a concessão dos aeroportos de Cumbica, em Guarulhos; Viracopos, em Campinas; e Juscelino Kubitschek, em Brasília. Também foi publicada resolução do Conselho Nacional de Desestatização que aprova a concessão para a exploração dos aeroportos. O leilão será no dia 6 de fevereiro de 2012, na Bolsa de Valores de São Paulo, de forma simultânea, em que as empresas poderão concorrer pelos três aeroportos, mas só poderão ganhar o direito de exploração de um deles.

De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o modelo foi escolhido para estimular a concorrência entre os participantes. Os prazos das concessões foram diferenciados por aeroporto: 30 anos para Campinas, 25 anos para Brasília e 20 anos para Guarulhos.

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Os três aeroportos foram incluídos no Plano Nacional de Desestatização em 21 de julho de 2011, por meio de decreto. Os estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental foram encaminhados ao Tribunal Contas da União (TCU), para avaliação, em outubro, e na semana passada os estudos foram aprovados, com recomendações. O edital e o contrato de concessão deverão ser encaminhados para apreciação do TCU até cinco dias úteis após a publicação dos documentos pela Anac.

O edital exige, ainda, que a licitante ou um dos integrantes do grupo licitante tenha experiência de cinco anos na administração de aeroportos. Para habilitação técnica, o operador aeroportuário deverá ter experiência na administração de aeroportos com processamento de pelo menos 5 milhões de passageiros ao ano. Poderão participar do leilão empresas brasileiras ou estrangeiras, consorciadas ou isoladamente.

Os valores de contribuição ofertados pelas vencedoras do leilão serão recolhidos anualmente. O montante será destinado, por meio do Fundo Nacional de Aviação Civil, a projetos de desenvolvimento e fomento da aviação civil e das infraestruturas aeroportuária e aeronáutica civil. Dessa forma, o governo federal busca garantir que os demais aeroportos do sistema aeroportuário nacional também se beneficiem dos recursos advindos da iniciativa privada, especialmente, o sistema de aviação regional.

A Secretaria de Aviação Civil informou hoje que o leilão dos aeroportos de Cumbica, em Guarulhos; Viracopos, em Campinas; e Juscelino Kubitschek (JK), em Brasília, será realizado no dia 6 de fevereiro de 2012. Os editais serão publicados ainda nesta noite em edição extra do Diário Oficial da União.

Os preços mínimos de outorga ficaram abaixo do recomendado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) na semana passada. No caso de Cumbica, o governo fixou em R$ 3,4 bilhões o preço mínimo, R$ 400 milhões a menos do defendido pelo TCU. Em Viracopos, o valor fixado foi de R$ 1,471 bilhão, enquanto o tribunal defendia o valor de R$ 1,7 bilhão. Em Brasília, o valor do edital é de preço mínimo de R$ 582 milhões. O TCU tinha recomendado R$ 761 milhões.

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A estimativa do governo é de investimentos pelos vencedores da licitação de R$ 4,6 bilhões em Guarulhos, R$ 8,7 bilhões em Campinas e R$ 2,8 bilhões em Brasília. A perspectiva de receita bruta é de R$ 17,6 bilhões, R$ 12,9 bilhões e R$ 5,3 bilhões respectivamente. A concessão valerá por 20 anos para Cumbica, 30 anos para Viracopos e 25 anos para Brasília.

O edital define que a Infraero terá participação de 49% na concessionária que será constituída para administrar os aeroportos.

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