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Os animais de estimação tendem a desenvolver doenças nos dias mais frios, e de acordo com particularidades como raça, porte, peso e idade, algumas dessas enfermidades podem desencadear problemas graves. "Na estação fria, o ar fica mais seco. Como consequência, podemos observar o desencadear de algumas doenças respiratórias, como bronquites, e doenças infecciosas, como a gripe canina e felina, que ganha maior probabilidade de disseminação pelo ar", explica a médica veterinária e professora da Universidade Guarulhos (UNG) Flávia Ponce.

A especialista explica que a traqueobronquite infecciosa, popularmente conhecida como gripe canina ou tosse dos canis, é causada pelo vírus da parainfluenza canina e pela bactéria Bordetella Bronchiseptica. Os sintomas são semelhantes a da gripe humana. A transmissão não é passável do animal para o homem, e os cães acometidos podem apresentar tosse seca, secreção nasal e ocular e febre.

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A gripe dos gatos, causada pelos agentes herpes felino, calicivírus felino e pela bactéria Chamydophila Felis, pode levar o gato a apresentar perda de apetite, secreção nasal e ocular, tosse e espirros. A médica Flávia afirma que é importante a vacina anual para a manutenção da saúde físicas dos pets.

Segundo a médica veterinária, outra questão pouco abordada nos consultórios também deve ser tratada com atenção neste período: a obesidade em cães e gatos. Animais obesos propensos a desenvolver maiores casos de doenças, como o agravamento de enfermidades articulares já existentes, diabetes, cardiopatias e tumores malignos. "No inverno, há a tendência de aumentar a quantidade de petiscos, induzindo sua ingestão calórica combinada com uma rotina reduzida de atividade física, sendo este, um ponto para ficar atento", explica.

Flávia dá dicas para manter a saúde física dos pets nesse período mais frio, como enriquecer o tempo de brincadeiras e investir em brinquedos e prateleiras escaláveis para os felinos.

 

A pandemia do novo coronavírus não afetou apenas os humanos. Em vários países, aumentou o número de animais domésticos abandonados. Uma das causas para isso é, provavelmente, econômica. Mas o receio de que os pets sejam vetores da Covid-19 também pode ter colaborado para o problema. O que é um equívoco: apesar da falta de estudos mais aprofundados sobre o tema, o risco de animais contraírem Covid-19, ou contaminar seus próprios donos, praticamente não existe.

É o que explica o médico veterinário Paulo Abilio Varella Lisboa, pesquisador do Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict), da Fiocruz. Que acrescenta: em vez de perigo, animais domésticos podem ser muito benéficos para a saúde, em tempos de isolamento, ao colaborarem para diminuir o estresse e a ansiedade dos humanos. Nesta entrevista, ele explica os cuidados com a higiene dos bichos, que devem ser tomados mesmo fora do período pandêmico.  

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Icict: Qual o risco da Covid-19 para cães e gatos domésticos? Eles podem se contaminar e até morrer?


Paulo Abilio Lisboa: Até agora, há menos de 25 relatos em todo o mundo de cães e gatos de estimação infectados com SARS-CoV-2, e nenhum relato de animais positivos no Brasil. Isso apesar de, em 9 de junho, o número de pessoas infectadas ultrapassar 6,2 milhões no mundo e mais de 740 mil casos no Brasil. Além disso, nenhum relatório oficial publicado sugere que animais de estimação sejam fonte de infecção para seres humanos. Há evidências de que as infecções nos animais são geralmente resultado de um contato próximo de pessoas — tutores ou tratadores — infectadas com Covid-19. Mas há pouca ou nenhuma evidência de que os animais domésticos sejam facilmente infectados com SARS-CoV-2. E, considerando que a população mundial de cães e gatos está em torno de 2 bilhões, o número de animais infectados representa menos de 0,001% do total e, por isso, não representa nenhum risco potencial de transmissão para outros animais ou pessoas.

Icict: Mesmo que não se contaminem, cães e gatos domésticos podem transmitir a doença a seres humanos ou levar o vírus para dentro da casa de seus donos, oferecendo risco de contaminação? 

Paulo Abilio Lisboa: Não há evidência ou estudos nesse sentido. Os poucos animais infectados parecem ter adquirido a infecção dos seus donos, pelo contato direto, e não o inverso. Tampouco há evidência de que animais sejam vetores mecânicos ou possam carregar o vírus, ou que o vírus possa se replicar nos animais. 

Icict: O vírus pode grudar no pelo do animal? A sujeira que as patas trazem da rua pode representar risco? E as fezes e urina dos animais, podem transmitir o vírus?

Paulo Abilio Lisboa: Em teoria, um tutor pode infectar os animais através do espirro ou da tosse e a partir de partículas em suspensão. Porém não há estudos que mostrem a permanência do vírus nos tecidos cutâneos (pele e pelos) de cães e gatos. Em teoria, animais que circulam ou possam ter acesso a áreas contaminadas na rua poderiam carregar o vírus para dentro de casa, mas não há estudos demonstrando essa evidência. De qualquer forma, é recomendável a higienização das patas e do focinho com uma combinação de água e sabão neutro em pano umedecido. Mas essa higienização deveria ser feita habitualmente em todos os animais que vão à rua, independentemente da epidemia. Sobre urina, fezes e também saliva, não há nenhum estudo ou evidência cientifica da transmissão do vírus.

Icict: É recomendável os donos adotarem alguma mudança de atitude com seus animais domésticos por causa da epidemia? Como, por exemplo, reforçar alguma medicação preventiva ou mudar a alimentação? 

Paulo Abilio Lisboa: Não há necessidade de nenhuma mudança. Os cuidados de saúde já utilizados pelo dono devem ser mantidos, inclusive os calendários de vacinação e emergências médicas. As clínicas veterinárias e os profissionais veterinários são classificados como atividades essenciais e estão trabalhando normalmente.

Icict: Deve-se usar álcool em gel para limpar cães e gatos domésticos?

Paulo Abilio Lisboa: Não. O álcool em gel ou o álcool líquido em todas as suas concentrações pode ser abrasivo para a pele dos cães e gatos, principalmente se utilizado de forma rotineira ou crônica, e ocasionar lesões alérgicas ou tópicas.

Icict: É verdade que a epidemia aumentou o abandono de animais domésticos por seus donos?

Paulo Abilio Lisboa: Percebemos um maior abandono por conta de notícias veiculadas pela imprensa e a partir de ONGs e grupos de apoio e cuidados de animais. Há três fatos a considerar. Em primeiro lugar, as notícias iniciais de que cães e gatos foram infectados pelo SARS-CoV-2, o que gerou uma primeira onda de medo e abandonos por conta da desinformação e fake news. Em seguida, houve o abandono intencional, que possui duas características de cunho muito social. Em várias regiões, famílias ou pessoas idosas – que viviam de forma isolada ou sozinhas e que, por conta da quarentena, foram morar com outros parentes – tiveram que migrar ou abandonar sua moradia e, em muitos casos, não tiveram condições de levar o animal que morava com elas. Por outro lado, houve aspectos socioeconômicos: algumas pessoas, por desemprego ou diminuição da renda, abandonaram animais próximos a instituições ou parques públicos, ou mesmo nas ruas, para diminuir a responsabilidade sobre os cuidados do animal. E, por fim, alguns tutores pediram ajuda exatamente por conta de pessoas que abandonaram as casas e deixaram os animais. E isso aconteceu de forma mundial, principalmente nos EUA, que tem os dois maiores abrigos de animais do mundo, em Denver e Nova York.

Icict: A notícia vinda da Europa de que os donos de gatos teriam alguma imunidade contra a Covid-19 faz sentido?

Paulo Abilio Lisboa: Tivemos relatos neste sentido, a partir da publicação de uma médica na Espanha, que observou que tutores de gatos tinham sinais menores em relação à doença ou não apresentavam sintomas. A informação da médica da Espanha é observacional e sem base científica nenhuma. Por isso, não devemos considerar essa hipótese. Mas temos outro aspecto menos falado que é o papel dos animais domésticos na casa das pessoas, diminuindo a sensação de isolamento e criando um momento diário de convívio e felicidade – reduzindo assim o estresse e a ansiedade, contribuindo com a saúde mental em tempos de isolamento. Pessoas felizes tem menos estresse e têm melhor escore imunológico, sendo naturalmente menos suscetíveis a doenças.

Icict: Outros animais domésticos – como papagaios, canários, periquitos, calopsitas, hamsters – podem representar risco de contaminação para seus donos? 

Não temos evidências (relatos, estudos ou pesquisas) de outros pets se infectarem pelo SarsCov-2. 

Icict: Morcegos, que eventualmente entram em casas, são um risco de Covid-19 para os humanos? O SARS-CoV-2 veio mesmo de um morcego? 

Paulo Abilio Lisboa: Não, morcegos não representam risco. No Brasil a maior preocupação em relação aos morcegos é a possível transmissão do vírus da raiva. Sobre a origem do SARS-CoV-2, temos dois cenários possíveis. O primeiro tem o vírus evoluindo através de seleção natural em um hospedeiro não humano e pulando para humanos. Não há casos documentados de transmissão de um coronavírus de morcego para humanos. Mas todos os coronavírus anteriores passaram por um hospedeiro mamífero intermediário antes da infecção humana. A identidade do hospedeiro intermediário SARS-CoV-2 é atualmente desconhecida, mas vários animais foram sugeridos, principalmente pangolins. Em um cenário alternativo, uma versão não patogênica do vírus teria pulado de um hospedeiro animal para humano e depois evoluído dentro de humanos para seu estado patogênico atual. Mas nenhuma dessas hipóteses foi confirmada até o momento.

Icict: E os micos que entram pelas janelas em alguns prédios e casas próximo de matas? Apresentam risco? 

Paulo Abilio Lisboa: Também não há qualquer relato de infecção do Sars-CoV-2 em primatas. Assim, não há risco de transmissão de micos ou primatas para o homem. 

Icict: E nas fazendas? Vacas, cavalos, cabras, patos, porcos, esses animais trazem algum risco? 

Paulo Abilio Lisboa: Não temos nenhum relato de infecção de Sars-CoV-2 em animais de produção. Assim, também não há risco de transmissão.

Da assessoria da Fiocruz

Em meio a proliferação de coronavírus (Covid-19), as dúvidas em diferentes áreas são frequentes e uma das que mais intrigam a população é saber se os animais domésticos podem ser contaminados ou transmitir o vírus.

Cães e gatos podem contrair um tipo de coronavírus próprio de suas espécies - que não tem a ver com a Covid-19 - e que não é transmitido para o homem. "Nós humanos somos contaminados só de ter contato com alguém doente. Os animais não, eles não vão se contaminar com o vírus humano nem transmiti-lo", explica a médica veterinária Karla Oliveira, que também orienta para os cuidados com o pet em meio a pandemia. "É não deixar o animal farejar muito e limpar as patas, caso continue a rotina de passeio. Alguns profissionais não notam perigo no álcool gel para os bichinhos, mas é preferível lenços umedecidos que evitam possíveis alergias", complementa.

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Antes do isolamento, o contador Bruno Christian, 22 anos, costumava dar algumas voltas pelo bairro com a yorkshire Nina. Mas esse hábito teve algumas mudanças. "Agora, em quarentena, só a levo para fazer necessidades, já que moro em apartamento. Com uma saída de 10 minutos resolvo essa situação. Como o espaço no imóvel é limitado, procuro entretê-la com brinquedos e ossinhos", conta.

Outubro é o mês conscientização da prevenção do câncer de mama, porém, essa não é uma doença que preocupa apenas as mulheres. Animais domésticos, principalmente as fêmeas que não são castradas, também precisam de atenção, pois podem desenvolver tumores nas mamas.

A castração de cachorras e gatas é a conduta mais eficaz para prevenir a doença. Os tumores crescem rápido e de maneira desordenada, na maioria das vezes sofrem influência hormonal. Sem a produção dos hormônios, não há estímulo para o surgimento de tumores. "A recomendação é castrar as fêmeas logo após o primeiro cio para garantir maior proteção", orienta a especialista em oncologia veterinária do Centro Seres da Petz, Simone Crestoni.

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Os sintomas da deonça entre os animais são muito parecidos com os dos os seres humanos, com o surgimento de caroços, inchaço ou dilatação e secreções com odor nas mamas. Ao identificar o tumor, é necessário fazer uma biópsia, que ajuda identificar se é benigno ou maligno. "Após a análise podemos definir o tratamento. Dependendo do caso, o pet pode ser encaminhado para sessões de quimioterapia", explica Simone.

Os tratamentos quimioterápicos, dependendo da evolução, podem aumentar as chances de cura do animal e reduzir os riscos de metástases. "Os pets sentem náuseas e ficam apáticos quando fazem quimioterapia, mas eles são muito mais tolerantes aos efeito do que os seres humanos", afirma a veterinária.

Para gatas e cachorras que não são castradas e têm tumores mamários, recomenda-se que seja feita a castração junto a cirurgia de mastectomia, pois alguns tumores apresentam receptores hormonais e os utilizam para crescer. "Nesses casos específicos, a castração é uma maneira de tratamento e não de prevenção", explica Simone.

Assim como entre os humanos, o câncer de mama também pode atingir os pets machos, porém a incidência é bem pequena se comparado aos casos entre as fêmeas. Segundo a médica veterinária, a castração é também importante entre cães e gatos, pois ajuda a prevenir tumores testiculares e outras doenças, como a hiperplasia prostática benigna, que é comum em machos idosos. "O momento ideal da castração para os machos é logo após o primeiro ano de vida".

Normalmente no mês de agosto acontece a campanha de vacinação em cães e gatos contra a raiva, porém este ano, no estado de São Paulo, a imunização não será realizada nos bairros, pois as vacinas não serão fornecidas pelo Ministério da Saúde.

Mesmo sem a campanha nos bairros, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de São Paulo informou que a imunização está disponível em 13 postos de vacinação em diferentes regiões da capital paulista.

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A raiva é uma doença que pode ser transmitida para o ser humano por meio da mordida, de arranhões e até da lambida de cães e gatos infectados. “A doença não tem cura, apenas prevenção. Por isso é importante a vacinação em massa”, ressalta veterinária Monique Rodrigues.

A vacina é obrigatória anualmente para cachorros e gatos com mais de três meses de idade. Uma outra maneira de proteger os animais domésticos contra a raiva é não deixá-los sair de casa sozinhos, assim é possível evitar o contato com cães e gatos infectados. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, desde 1983 a cidade de São Paulo não registra casos de raiva em animais, graças às campanhas de vacinação.

 

Apesar de o inverno ainda não ter começado, o outono já vem apresentando temperaturas mais baixas em diversas regiões do país, deixando muitas pessoas preocupadas com os cuidados que os cães e gatos necessitam no frio. A médica veterinária Thayane Rodrigues, da Comportpet, selecionou para o LeiaJá quatro dicas para manter os animais aquecidos e saudáveis nessa época do ano.

1. Roupas

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Embora algumas pessoas acreditem que os pelos sejam suficientes para aquecer os animais domésticos, a veterinária explica a importância das vestimentas para o bem-estar dos bichinhos. “Vestir os pets com roupinhas auxilia a manter o calor dos animais, além de utilizar cobertas para evitar que eles fiquem expostos ao frio e manter as casinhas e caminhas em ambientes aquecidos, longe de correntes de ar”, afirma.

2. Alimentação

Tanto no outono quanto no inverno, o cardápio oferecido aos cães e gatos não precisa sofrer alterações. “Deve-se manter a quantidade normal de ração, sem a necessidade de oferecer mais alimento ao animal”, orienta Thayane. Segundo a veterinária, os donos também devem estimular que os bichinhos tomem bastante água. “O tutor deve ficar atento à ingestão de água, que diminui durante esse período, para evitar doenças renais, principalmente em gatos”, ensina.

3. Banhos

Em relação aos banhos, a veterinária recomenda que ocorram em uma frequência menor do que no verão e sempre em um ambiente aquecido e com água morna. “É indicado dar menos banhos nos animais e preferencialmente em dias menos frios, utilizando água morna e em um local com clima aquecido. O banho a seco, com produtos especializados para isso, também é uma boa opção”, explica.

4. Saúde

No frio, também é importante que os pets sejam vacinados para prevenir doenças como a gripe, que é mais comum nessa época. “Deve-se ficar atento aos sinais de tosse, espirros e secreção ocular e nasal. Caso forem observados, é necessário marcar uma consulta com o veterinário e verificar se todas as vacinas estão em dia”, recomenda a veterinária.

A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2013, do IBGE, divulgada nesta terça-feira (2), revela que os brasileiros preferem ter cachorros a gatos como animais domésticos. Em 2013, em 44,3% dos domicílios havia pelo menos um cão, o que equivale a 28,9 milhões de residências; 17,7% possuíam pelo menos um gato, ou 11,5 milhões de residências. As áreas rurais têm mais bichos.

A média nacional de cachorros é de 1,8 por domicílio; a de gato é de 1,9. A maior proporção de cães é no Sul (58,6%) e a de gatos é no Nordeste (23,6%).

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As informações foram incluídas na PNS porque servem ao Ministério da Saúde para o planejamento de compra de vacinas contra a raiva. Conforme a PNS, em 24,6% das residências os animais não haviam sido vacinados nos 12 meses anteriores à entrevista.

Uma ação voltada para o cuidado com animais domésticos no Recife aconteceu neste sábado (22) no bairro do Ibura, na Zona Sul da cidade. As atividades são parte da campanha Saúde Animal – Veterinários nos Bairros, promovida pela prefeitura com objetivo de levar às comunidades de baixa renda consultas veterinárias gratuitas para cães e gatos, e vai acontecer mensalmente, em bairros distintos.

O mutirão teve início às 7h, na Escola Municipal Professor Simões Barbosa, e atendeu a 187 animais, a maioria nunca havia sido levada para um veterinário. A auxiliar de construção Priscila Renata levou sua cadela, Preta, para ser examinada. “Peguei ela há uns 20 dias e achei uma maravilha quando soube que teriam veterinários aqui para examiná-la. Também tenho três gatos e vou cadastrá-los para serem castrados depois”, informou.

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O secretário-executivo de Direitos dos Animais, Rodrigo Vidal, justifica que o alto número de atendimentos em um dia revela que a população precisa desse tipo de serviço. “Muita gente não tem como arcar com os gastos de uma consulta veterinária, e queremos que as pessoas criem o hábito de levar seus animais ao veterinário”, afirmou.

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