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Cientistas russos conseguiram obter anticorpos capazes de bloquear a interação do coronavírus SARS-CoV-2 com os receptores celulares ACE2, evitando que o vírus adentre as células do corpo humano.

O resultado das pesquisas foi o primeiro deste tipo a ser obtido na Rússia por cientistas do Instituto de Biologia Molecular (IMKB, na sigla em russo) na cidade de Novossibirsk, na Sibéria.

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Em publicação feita pelo órgão, foi comunicado que foram utilizadas amostras de sangue de doentes com COVID-19, assim como tecnologia única de triagem de linfócitos B unitários.

Criando uma barreira que impede a integração entre o coronavírus SARS-CoV-2 e os receptores celulares ACE2, os anticorpos evitam que o coronavírus invada células saudáveis.

Sendo assim, os cientistas agora se dedicam à criação de meios de terapia específica e profilaxia da COVID-19.

Além disso, os resultados das pesquisas ajudarão o estudo das peculiaridades do sistema imunológico em caso de infecção por coronavírus, além de ajudarem no aprimoramento de vacinas.

Atualmente, a pandemia do coronavírus já matou quase 580 mil pessoas pelo mundo, tendo o número de infectados ultrapassado os 13 milhões, segundo dados da Universidade Johns Hopkins, nos EUA.

No Brasil, o número de infectados passa do 1,9 milhão, sendo o país o segundo com a maior concentração de infectados.

Da Sputnik Brasil

A imunidade baseada em anticorpos, adquirida após a cura da Covid-19, desapareceria em alguns meses, de acordo com um novo estudo, o que poderia complicar o desenvolvimento de uma vacina eficaz de longo prazo.

"Este trabalho confirma que as respostas de anticorpos protetores em pessoas infectadas com SARS-CoV-2 (...) parecem decair rapidamente", afirmou nesta segunda-feira o Dr. Stephen Griffin, professor associado da Escola de Medicina da Universidade de Leeds (Reino Unido).

"As vacinas em desenvolvimento deverão ou gerar proteção mais forte e duradoura contra infecções naturais ou ser administradas regularmente", acrescentou o médico, que não participou do estudo.

"Se a infecção fornece níveis de anticorpos que diminuem em dois a três meses, a vacina potencialmente fará a mesma coisa e uma única injeção poderá não ser suficiente", declarou a Dra. Katie Doores, principal autora do estudo, ao jornal Guardian.

O estudo do prestigiado King's College de Londres, que ainda não foi revisado, foi publicado no site medrxiv.

Os pesquisadores estudaram a resposta imunológica de mais de 90 casos confirmados (incluindo 65 por testes virológicos) e mostram que os níveis de anticorpos neutralizantes, capazes de destruir o vírus, atingem o pico médio em torno de três semanas após o início dos sintomas, depois diminuem rapidamente.

De acordo com exames de sangue, mesmo os indivíduos com sintomas leves tiveram uma resposta imune ao vírus, mas geralmente menor do que nas formas mais graves.

Apenas 16,7% dos indivíduos ainda apresentavam altos níveis de anticorpos neutralizantes 65 dias após o início dos sintomas.

O estudo também tende a minar a hipótese de imunidade coletiva, que supõe uma proteção global, após uma alta porcentagem da população adquirir imunidade após ser infectada.

Especialistas apontam, no entanto, que a imunidade não se baseia apenas em anticorpos, o corpo também produz células imunes (B e T) que desempenham um papel na defesa do organismo.

"Mesmo que você não tenha anticorpos circulantes detectáveis, isso não significa necessariamente que você não tem imunidade protetora, porque provavelmente possui células de memória imune que podem rapidamente entrar em ação para iniciar uma nova resposta imunológica se ficar exposto ao vírus novamente, para que você possa ter uma infecção mais leve", afirma o professor de imunologia viral Mala Maini, consultor da University College de Londres.

Até que mais informações sejam aprendidas, "mesmo aqueles com um teste de anticorpos positivo - especialmente aqueles que não sabem onde foram expostos - devem continuar a ter cautela, distanciamento social e uso de uma máscara apropriada", alerta James Gill, professor honorário da Warwick Medical School.

Os níveis de anticorpos encontrados em pacientes recuperados da Covid-19 diminuíram rapidamente dois a três meses após a infecção em pacientes sintomáticos e assintomáticos, de acordo com um estudo chinês, o que cria dúvidas a respeito da duração da imunidade contra o novo coronavírus.

A pesquisa, publicada no periódico científico Nature Medicine no dia 18 de junho, enfatiza o risco de se usar os "passaportes de imunidade" da Covid-19 e justifica o uso prolongado de intervenções de saúde pública como o distanciamento social e o isolamento de grupos de alto risco, disseram pesquisadores.

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Autoridades de saúde de alguns países, como a Alemanha, estão debatendo a ética e a viabilidade de se permitir que pessoas que tiveram um exame de anticorpos positivo circulem com mais liberdade do que as que não tiveram.

A pesquisa, que estudou 37 pacientes sintomáticos e 37 assintomáticos, descobriu que, dos que tiveram exames positivos para a presença dos anticorpos IgG, um dos principais tipos de anticorpos induzidos após a infecção, mais de 90% mostraram declínios acentuados dentro de dois a três meses.

A porcentagem média de declínio foi de mais de 70% em pacientes sintomáticos e assintomáticos.

Para anticorpos neutralizadores de soro, a porcentagem média de declínio em indivíduos sintomáticos foi de 11,7%, e em indivíduos assintomáticos foi de 8,3%.

O estudo foi realizado por pesquisadores da Universidade Médica de Chongqing, uma filial do Centro de Controle e Prevenção de Doenças da China e de outros institutos.

Jin Dong-Yan, professor de virologia da Universidade de Hong Kong que não participou do grupo de pesquisa, disse que o estudo não nega a possibilidade de outras partes do sistema imunológico poderem oferecer proteção.

Algumas células memorizam como lidar com um vírus quando são infectadas pela primeira vez e podem apresentar uma proteção eficiente se houver uma segunda rodada de infecção, disse. Cientistas ainda investigam se este mecanismo funciona para o novo coronavírus.

"A descoberta neste estudo não significa que o céu está desabando", disse Dong-Yan, observando ainda que o número de pacientes estudados foi pequeno.

Cientistas da Universidade de Oxford, responsáveis pelos estudos mais promissores na busca por uma vacina contra a Covid-19, estão avançando também em estudos paralelos para um tratamento com anticorpos. Segundo pesquisadores, a terapia deve ser importante para idosos, grupo de risco da Covid-19, e pessoas que não respondam bem a uma eventual vacina, ainda em fase de desenvolvimento.

Pascal Soriot, executivo-chefe da AstraZeneca, conglomerado farmacêutico parceiro da universidade britânica, descreveu o tratamento como uma "combinação de dois anticorpos" ou "anticorpos clonados" para tentar reduzir o risco de resistência a um deles. Os cientistas da gigante farmacêutica no Reino Unido e nos Estados Unidos afirmam que os testes estão em "velocidade máxima" e esperam que o tratamento possa entrar em produção no próximo ano.

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Tratamentos com anticorpos são diferentes de vacinas. No primeiro caso, a "defesa" do organismo é injetada diretamente no sangue do paciente. Uma injeção de anticorpos, que arma o corpo instantaneamente para neutralizar o vírus, pode ser decisiva nos primeiros estágios da Covid-19. Já a vacina estimula o sistema imune a produzir sua própria defesa.

Nos dois casos, seja com vacina ou com a terapia com anticorpos, a intenção é reduzir ou impedir a replicação do vírus no organismo, acelerando a recuperação. Tratamentos semelhantes com anticorpos já se mostraram eficientes contra outras doenças virais, como H1N1. Embora um tratamento eficaz com anticorpos possa ser vital, principalmente para idosos, os executivos reafirmam a vacina como uma prioridade. A razão seriam os custos. Terapias com anticorpos são mais caras do que as vacinas.

Nesta semana, a AstraZeneca anunciou acordos internacionais para a produção de 1,7 bilhão de doses da vacina e continua em busca de novos parceiros. Os acordos já firmados são com o Reino Unido, os Estados Unidos, a Coalition for Epidemic Preparedness Innovations (Cepi), a Aliança de Vacinas (Gavi) e o Instituto Serum, da Índia, um dos maiores fabricantes mundiais de vacinas. O instituto indiano está explorando parcerias "paralelas" com a AstraZeneca e pode aumentar o financiamento para o tratamento com anticorpos.

Promissora

Das mais de cem vacinas contra a Covid-19 em desenvolvimento hoje no mundo, a de Oxford é a que está na fase mais avançada de testes, a 3, que vai aferir a eficácia do imunizante em pelo menos 10 mil pessoas. A meta dos pesquisadores é conseguir antes do fim deste ano um registro provisório da vacina e um sinal verde dos órgãos reguladores para seu uso em caráter emergencial.

A vacina será testada também no Brasil, em pelo menos dois mil voluntários. O Brasil é o primeiro país fora do Reino Unido a participar da testagem. Os testes serão coordenados pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Serão mil voluntários em São Paulo e outros mil no Rio, os dois Estados que concentram a maioria dos casos brasileiros da Covid-19.

O País foi escolhido para participar do teste porque a epidemia ainda está em ascensão por aqui - diferentemente do que ocorre no Reino Unido. O Brasil está em negociações para se tornar um dos produtores mundiais da vacina. A produção brasileira abasteceria toda a América Latina. O acordo do governo com a iniciativa privada colocaria o País na dianteira, em um momento em que corria o risco de estar no fim da fila da vacina. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pesquisa inédita nos seis distritos com maior incidência de covid-19 na cidade de São Paulo mostra que até o início desta semana 5,19% dos moradores dessas localidades desenvolveram anticorpos ao vírus, destaca o Estadão. O levantamento aponta também que 91,6% dos casos de infecção estão fora das estatísticas oficiais.

O estudo, comandado por cientistas da Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) com apoio do Instituto Semeia e participação de profissionais do Laboratório Fleury e Ibope Inteligência, fez exames sorológicos em 520 pessoas com mais de 18 anos nesses seis distritos. E 27 apresentaram anticorpos. Estudos com testes sorológicos são importantes porque ajudam a avaliar se uma determinada população está próxima ou distante da chamada "imunidade de rebanho" - momento em que o vírus passa a ter poucas rotas de contágio, pois a maioria das pessoas apresenta anticorpos por já ter sido contaminada. Com isso, autoridades planejam com mais precisão estratégias de flexibilização das medidas restritivas.

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Na quarta-feira, o governo do Rio Grande do Sul divulgou os resultados de estudo segundo o qual apenas 0,2% dos gaúchos já foram contaminados com o novo coronavírus. O levantamento, coordenado pela Universidade Federal de Pelotas, também estimou alta subnotificação: haveria nove casos para cada um dos notificados até o momento pelo sistema de saúde. Também na quarta-feira, o governo da Espanha anunciou dados de uma pesquisa em que cerca de 61 mil pessoas foram testadas em todo o país. O resultado decepcionou os que esperavam estar próximos da imunidade. Na média nacional, 5% dos espanhóis já foram contaminados pelo novo coronavírus - ou seja, 95% da população ainda é suscetível. Outro estudo, feito pelo Instituto Pasteur, na França, chegou a resultado parecido: 4,4% de contaminados na média do país.

Não se sabe com segurança qual é o porcentual de habitantes que precisam desenvolver anticorpos até que se atinja a imunidade de rebanho. No caso do novo coronavírus, há estimativas que variam de 70% a 90%. Segundo o infectologista Celso Granato, diretor clínico do Fleury e um dos responsáveis pelo projeto, o número inicial reforça a necessidade das medidas de isolamento. "A Espanha teve três meses de lockdown. Nós estamos em plena fase de subida da curva e já temos mais de 5%", disse ele. Os cientistas planejam refazer os exames pelo menos uma vez por mês. No primeiro teste foram escolhidos os três distritos com maior registro de contaminação (Morumbi, Bela Vista e Jardim Paulista) e os três com maior número de óbitos (Pari, Belém e Água Rasa), segundo a Prefeitura.

Equipes formadas por técnicos do Fleury e pesquisadores do Ibope foram de casa em casa para coletar amostras de sangue venoso dos moradores escolhidos por critérios exclusivamente estatísticos, inclusive os que não apresentaram sintoma.

Próximo passo

O próximo levantamento, marcado para começar no dia 10 de junho, vai incluir toda a cidade. "São Paulo é o epicentro da pandemia no Brasil. Nós queríamos o epicentro do epicentro. Agora vamos fazer em toda a cidade", disse o biólogo Fernando Reinach, colunista do Estadão, responsável por aglutinar os diversos agentes envolvidos no levantamento. A partir dos números coletados na próxima pesquisa será possível calcular a velocidade com que a doença está se espalhando na cidade. "Os dados divulgados hoje são o ponto zero. Na próxima etapa vamos saber qual a velocidade", disse a CEO do Ibope Inteligência, Marcia Nunes Cavallari.

A pesquisa ajuda a dimensionar o alto índice de subnotificação. Segundo o levantamento, 91,6% dos casos estão fora dos números oficiais. O motivo é a falta de testes. Com poucos recursos, apenas os casos mais graves, de pessoas que chegam a ir aos hospitais, são testados e contabilizados. Os pacientes assintomáticos ou com sintomas leves dificilmente chegam a ser testados. Estima-se que, entre os infectados, 80% desenvolvam sinais leves da doença como cansaço, febre ou dor de garganta. Já a nova pesquisa fez exames sorológicos com precisão de até 99,5% em pessoas escolhidas de acordo com critérios estatísticos, desconsiderando se os examinados desenvolveram ou não sintomas da doença. "Até agora essas pessoas eram invisíveis nas estatísticas oficiais", disse Reinach.

Outro número revelador é a taxa de letalidade de 0,95% do vírus, bem inferior à média nacional de 6,9% do Ministério da Saúde. O motivo da diferença, mais uma vez, são pessoas assintomáticas ou com sintomas leves. "O índice de letalidade logicamente é mais alto entre as pessoas que tiveram sintomas graves, foram ao hospital ou morreram", disse o biólogo.

Em artigo publicado nesta sexta-feira, a revista científica britânica The Lancet destaca a importância dos testes sorológicos para detectar indivíduos que desenvolveram anticorpos na formulação de políticas pós-pandemia. "A discussão atual, por exemplo, aborda a noção de que a ampliação do teste de anticorpos determinará quem é imune, fornecendo assim uma indicação da extensão da imunidade do rebanho e confirmando quem poderia entrar novamente na força de trabalho", diz o artigo. "Mas quanto tempo dura a imunidade? A melhor estimativa vem dos coronavírus intimamente relacionados e sugere que, em pessoas que tiveram uma resposta de anticorpos, a imunidade pode diminuir, mas é detectável além de um ano após a hospitalização. Obviamente, estudos longitudinais com duração de pouco mais de um ano são pouco tranquilizantes, dada a possibilidade de outra onda de casos de covid-19 em 3 ou 4 anos." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Estudo recente de um hospital de Nova York analisou 624 pessoas com Covid-19 e concluiu que 99% desenvolveram anticorpos contra o novo coronavírus. É preciso verificar ainda se esses anticorpos conferem a imunidade suficiente para que alguém infectado não volte a ter a doença.

O estudo, que é ainda preliminar e tem de ser revisto por outros especialistas, sugere que a quantidade de anticorpos gerados é independente da idade, género ou gravidade da doença. Outro estudo  feito na China com 175 infectados indica que os pacientes com sintomas mais graves produzem mais anticorpos.

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Os especialistas norte-americanos admitem que os doentes alcancem o pico da produção de anticorpos cerca de 15 dias depois do aparecimento de sintomas e sugerem que é apenas nessa altura que se devem realizar os testes de imunidade. Essa poderá ser a razão pela qual outros estudos, desenvolvidos precocemente, não detectaram anticorpos nos pacientes.

A quantidade de anticorpos de um paciente está relacionada à capacidade do plasma para neutralizar o vírus, de acordo com o estudo do hospital de Nova York, publicado na revista Nature Medicine. Por essa razão, o plasma dessas pessoas pode vir a ser um dos tratamentos possíveis para outros pacientes.

Em Portugal já começou a colheita de plasma de doentes recuperados para ser usado em ensaios clínicos. Os testes desenvolvidos no Hospital Mount Sinai, em Nova York, foram aprovados pela agência federal FDA e tinham menos de 1% de hipótese de produzir falsos resultados positivos, com elevado grau de confiabilidade.

Os especialistas explicam que os anticorpos se unem à proteína S, que o vírus utiliza para entrar nas células humanas, evitando assim que surjam reinfeções. Frisam, porém, que falta determinar a quantidade de anticorpos necessária para que haja imunidade e se eles têm a capacidade neutralizadora suficiente.

O estudo de Nova York é o mais amplo realizado até agorato, contando com a participação de grande número de pacientes e utilizando o mais sensível teste a anticorpos disponível.

O governo britânico afirmou nesta quinta-feira (14) que negocia com o grupo farmacêutico suíço Roche para adquirir rapidamente grandes quantidades de seu teste de anticorpos para coronavírus, classificado como "extremamente confiável" por especialistas do governo.

Esse tipo de teste pode determinar se uma pessoa já foi infectada com o novo coronavírus. No entanto, a questão da imunidade continua sendo objeto de debate, pois a Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou em abril que não está provado que aqueles que já se infectaram uma vez não podem contrair a doença novamente.

"O teste desenvolvido pela Roche parece ser extremamente confiável, recebeu autorização das autoridades de saúde pública da Inglaterra (...) e atualmente estamos conversando com a Roche sobre esse assunto", disse à BBC o secretário de Estado de Saúde, Edward Argar.

"Estamos muito interessados em disponibilizar esse teste o mais rápido possível, pois ele tem o potencial de fazer uma diferença real", declarou.

Argar explicou que o teste se destina inicialmente a ser aplicado como uma prioridade ao pessoal da saúde que luta contra a pandemia e depois à população em geral.

"Se você tem um nível de imunidade, pode mudar a maneira de trabalhar, porque pode voltar ao trabalho sabendo que não se contaminará novamente", disse ele.

O professor John Newton, coordenador nacional do programa de testes de coronavírus do Reino Unido, descreveu esta etapa como "muito positiva".

O teste "pode indicar alguma imunidade a futuras infecções", disse ele ao The Telegraph, enfatizando que "até que ponto a presença de anticorpos indica imunidade permanece incerta".

A pandemia causou 33.186 mortes no Reino Unido, de acordo com o último balanço das autoridades de saúde na quarta-feira. Mas a realidade parece muito mais séria, porque o Escritório Nacional de Estatísticas (ONS) contabilizou mais de 36.000 óbitos com causa provável a Covid-19.

O ONS deve publicar os resultados de um estudo piloto sobre o número de pessoas na Inglaterra afetadas pelo coronavírus nesta quinta-feira à tarde.

Cientistas iranianos desenvolveram sua própria ferramenta de detecção rápida da doença utilizando anticorpos, e afirmam possuir 95% de precisão.

Cientistas do Irã criaram um nanoteste que seria capaz de detectar o novo coronavírus em 30 segundos, anunciou a vice-presidente de Ciência e Tecnologia do Irã, Sorena Sattari.

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O teste ainda não tem certificado, mas possui uma precisão de 95%, informa a agência Mehr.

Anteriormente, o Irã anunciou que lançaria em breve um kit de teste rápido feito no país para detectar a COVID-19 utilizando anticorpos. A Argentina também criou um teste de anticorpos que permitiria detectar a presença do SARS-CoV-2 em um espaço de duas horas.

O mundo registra quase 4,3 milhões de infecções da COVID-19 e mais de 293.000 mortes. O Irã tem mais de 112.000 infecções e 6.783 mortes, segundo a Universidade Johns Hopkins (EUA).

Da Sputnik Brasil

Madonna resolveu escrever um diário para registrar seus pensamentos durante a quarentena e tem compartilhado alguns dos seus escritos com os fãs em suas redes sociais. O último vídeo postado, na madrugada desta sexta (1º), no entanto, alarmou um pouco os fãs da cantora. Ela revelou ter testado positivo para anticorpos do coronavírus. 

No vídeo, Madonna diz: “Fiz um teste no outro dia. E descobri que tenho os anticorpos. Então amanhã, vou apenas dar uma volta longa em um carro, vou abrir a janela e respirar, vou respirar no ar de Covid-19. Sim. Espero que o sol esteja brilhando”, disse.

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Segundo a agência americana de controle de doenças, um resultado positivo desse teste indica que o indivíduo tem anticorpos que provavelmente resultaram de uma infecção pelo coronavírus. A cantora, no entanto, não deu mais detalhes nem tampouco revelou se chegou a ter os sintomas da doença ou se passou por ela de forma assintomática. 

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Os testes pré-clínicos de candidatas a vacina contra o novo coronavírus (Sars-CoV-2) na Itália apresentaram resultados positivos.

Em entrevista à ANSA nesta sexta-feira (10), Luigi Aurisicchio, CEO da empresa romana Takis Biotech, que conduz os estudos com cinco vacinas, disse que houve uma "forte produção de anticorpos" com uma única dose.

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"Os primeiros resultados nos modelos pré-clínicos demonstraram a forte imunogenicidade das candidatas a vacina", declarou Aurisicchio, acrescentando que duas delas parecem mais promissoras. Os resultados definitivos são esperados para meados de maio, e os testes em humanos podem começar a partir de setembro.

 Todas as cinco vacinas se baseiam em uma tecnologia chamada eletroporação, que consiste em um impulso elétrico no músculo para aumentar a permeabilidade das membranas celulares. Elas foram obtidas a partir de materiais genéticos correspondentes a diferentes partes da proteína "spike", que o vírus utiliza para agredir as células e se multiplicar.

De acordo com a Defesa Civil, a Itália contabiliza 147.577 casos do novo coronavírus e 18.849 óbitos, mas os números vêm desacelerando há algumas semanas em função das medidas de isolamento. 

Da Ansa

Uma pesquisa desenvolvida por cientistas de Madri, na Espanha, descobriu que os sobreviventes do ebola geram anticorpos capazes de identificar as partes vulneráveis do vírus e neutralizá-lo. A descoberta é considerada um primeiro passo para a produção de uma vacina eficaz para todas as variantes do ebola.

O pesquisador do Serviço de Microbiologia e do Instituto de Pesquisa do Hospital Universitário 12 de Outubro, Rafael Delgado, explica que o estudo faz parte de uma nova estratégia chamada "vacinologia reversa" que busca identificar antígenos vacinais contra alguns agentes. A estratégia consiste em descobrir quais são as áreas mais vulneráveis dos vírus, que geralmente estão na superfície – nas proteínas que o envolvem – e conseguir vacinas capazes de induzir os anticorpos a identificarem essas áreas.

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Dessa forma, os pesquisadores demonstraram que em pacientes sobreviventes de ebola existem anticorpos especiais em proporção muito pequena, mas que reconhecem essas áreas escondidas e mais vulneráveis do vírus, presentes em todas as cinco variedades do ebola.

A expectativa é conseguir desenvolver uma vacina eficaz mas, segundo Delgado, os pesquisadores ainda estão nos primeiros passos, já que antes é necessário realizar pesquisas em ratos. A estimativa é de que os resultados fiquem prontos em um ano.

A estratégia está sendo utilizada também para avançar no desenvolvimento de uma vacina com eficácia mais prolongada para o vírus da gripe, e para outra contra o HIV, já que se demonstrou a existência de anticorpos igualmente protetores que reconhecem as regiões mais vulneráveis e escondidas do vírus. "Induzir a produção desses anticorpos mediante vacinas é agora o desafio da vacinologia no futuro", afirma Delgado.

A maioria das vacinas funcionam por sua capacidade de induzir a produção de anticorpos que reconhecem e neutralizam a superfície dos vírus, como é o caso das de sarampo e hepatite B. No caso do ebola, da gripe e do HIV, uma de suas barreiras é a variabilidade e a capacidade desses vírus para esconder as áreas mais vulneráveis de seu revestimento.

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