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Até mesmo Neuza Inês Back foi pega de surpresa ao descobrir que iria representar o Brasil na Copa do Mundo do Catar, que será disputada entre novembro e dezembro deste ano. A árbitra assistente catarinense foi escolhida como uma das seis mulheres que vão atuar na arbitragem no Mundial masculino.

O anúncio foi feito na manhã de quinta-feira, mas ela só soube horas depois, após ser informada pelas amigas. "Eu soube pela imprensa. Na verdade, quando as minhas amigas que estão aqui comigo no jogo me falaram: 'Nossa, você vai pra Copa do Mundo!' E eu falei: 'Hã?'. Eu não tinha nem visto aí comecei ver as reportagens e as notícias e eu fiquei assim: 'Calma, eu preciso sentar'", disse a bandeirinha, em entrevista ao canal SporTV.

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Neuza já estava no Recife quando recebeu a notícia, a poucas horas de ser uma das assistentes do jogo entre Náutico e CSA, pela Série B do Campeonato Brasileiro. "Eu fiz uma chamada de vídeo no grupo da família, só que a galera estava toda trabalhando e não me atenderam. Aí mandei no grupo da família. Eu coloquei a foto e falei assim: 'Vê se vocês acham algum nome conhecido aí. Aí o pessoal identificou e disse: 'Nossa, que legal!'"

A vaga surpreendeu porque foi a primeira vez na história que a Fifa escolheu mulheres para apitar uma Copa do Mundo masculina. Serão seis: três árbitras e três assistentes. Neuza vai representar o Brasil.

"É muito legal, indescritível, é um momento, assim, de alegria, de gratidão e um pouco também de senso de responsabilidade, por eu ser a única mulher eu sei que preciso ir lá e representar todas nós muito bem", afirmou a bandeirinha de 37 anos.

A escolha de Neuza não foi por acaso. Considerada uma das melhores assistentes do Brasil, ela já atuou em mais de 100 jogos do Brasileirão, Copa Libertadores e Copa do Brasil. Entre as partidas mais importantes em que esteve se destaca o primeiro jogo da final do Paulistão de 2020, entre Corinthians e Palmeiras.

O destaque em nível nacional a levou para competições internacionais. Neuza esteve na Olimpíada de Tóquio, no Mundial de Clubes da Fifa de 2020 e no Mundial feminino, em 2019.

Neuza nasceu na pequena cidade de Saudades, em Santa Catarina, mas está filiada à Federação Paulista de Futebol (FPF) porque se transferiu para Jundiaí nos últimos anos para ganhar mais oportunidades em âmbito nacional. A estratégia deu certo.

"É o sonho de todo árbitro estar em uma Copa do Mundo e responsabilidade porque precisamos ir lá prestar um bom trabalho para o futebol, representar bem as mulheres. É muito legal saber que a gente conseguiu levar a arbitragem feminina para esse patamar, a ponto da Comissão de Arbitragem da Fifa confiar em levar as mulheres para trabalhar nesse grande evento", comemora.

O Brasil terá dois árbitros na Copa do Mundo do Catar. Raphael Claus e Wilton Sampaio foram escolhidos pela Fifa para o Mundial, que será disputado entre novembro e dezembro deste ano. Pela primeira vez na história, a entidade escalou mulheres para apitar jogos do grande evento. O País será representado pela auxiliar Neuza Back.

Claus e Sampaio eram os mais cotados para representar o Brasil na Copa porque vinham participando com frequência dos cursos da Fifa. Mas a expectativa era de que apenas um deles seria o escolhido. Com a definição, será a primeira vez desde a Copa do Mundo de 1950, sediada no Brasil, que o País terá dois árbitros num Mundial.

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Sampaio esteve na Copa da Rússia, em 2018, como árbitro de vídeo. Na época, o juiz principal brasileiro foi Sandro Meira Ricci, já aposentado e hoje comentarista de TV. A aposentadoria abriu espaço para Claus, que foi eleito o melhor do Brasileirão nos anos de 2016, 2017 e 2018. Sampaio levou esse prêmio em 2019.

"Como sempre, o critério que usamos é 'qualidade em primeiro lugar' e os árbitros selecionados representam o mais alto nível de arbitragem em todo o mundo", afirmou Pierluigi Collina, presidente do Comitê de Arbitragem da Fifa. "A Copa do Mundo de 2018 foi muito bem-sucedida muito em parte por causa do alto nível da arbitragem. E nós vamos dar o nosso melhor daqui a alguns meses, no Catar."

Os dois brasileiros estão agora na lista de 36 árbitros que vão comandar os jogos da Copa do Catar. O Brasil será representado ainda por cinco auxiliares entre os 69 escolhidos pelo mundo: Bruno Boschilia, Rodrigo Figueiredo, Bruno Pires, Danilo Simon e Neuza Back - todos estreantes em Copas. Na relação de 24 árbitros de vídeo, o País não contará com representantes.

MULHERES

A arbitragem da Copa do Catar já será histórica por conta da decisão de Fifa de escalar mulheres para apitar alguns jogos. Serão três árbitras - a francesa Stéphanie Frappart, a ruandesa Salima Mukansanga e a japonesa Yoshimi Yamashita - e três assistentes, entre elas Neuza. As demais são a mexicana Karen Díaz Medina e a americana Kathryn Nesbitt.

"Escalamos árbitras mulheres pela primeira vez na história das Copas do Mundo. Isso conclui um longo processo que começou há alguns anos com o desenvolvimento de árbitras mulheres em torneios juvenis e de adultos da Fifa. Enfatizamos que é a qualidade que conta para nós, e não o gênero", afirmou Collina.

"Espero que, no futuro, a seleção de árbitras mulheres da elite para torneios masculinos importantes seja percebido como algo normal, e não mais como algo sensacional. Elas merecem estar na Copa porque apresentaram performance em alto nível de forma constante e isso é um fator importante para nós", complementou o responsável pela arbitragem na Fifa.

Wilson Luiz Seneme deu novos passos em direção à reformulação que pretende fazer na comissão de arbitragem da CBF, setor que chefia desde o início de abril. Nesta segunda-feira, foram oficializados os desligamentos de dez funcionários, que tinham cargos de comando na arbitragem brasileira. As mudanças também fazem parte de um conjunto de medidas que estão sendo postas em prática pelo presidente Ednaldo Rodrigues.

Entre os demitidos estão nomes importantes, como Sérgio Corrêa, ex-presidente da comissão de arbitragem (2007-2012, 2014-2016) e que era responsável pelo VAR, Manoel Serapião, que fazia análise sobre o desempenho dos árbitros, coronel Marcos Marinho, que foi levado para a CBF por Marco Polo Del Nero, e o ex-árbitro José Roberto Wright.

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Outros nomes que não farão mais parte do quadro de funcionários da CBF estavam ligados à logística, funcionamento do VAR e desenvolvimento e relacionamento com os árbitros: Almir Alves, Érika Krauss, José Mocellin, Nilson Monção, Marta Magalhães e Cláudio Cerdeira.

Wilson Luiz Seneme deixou claro em seu início de trabalho e no breve contato que teve com a imprensa que fará importantes alterações na arbitragem brasileira para modificar sua imagem, perante os torcedores, clubes e jogadores.

Algumas orientações já foram passadas para os árbitros, que estão prezando por um jogo mais fluido, sem tantas interferências do árbitro de vídeo. Seneme também deve diminuir o número de juízes que atuarão na divisão de elite do Campeonato Brasileiro e deixar apenas os melhores.

"A gente gostaria que a arbitragem não fosse lembrada após os jogos. A gente gostaria que os outros segmentos do futebol lembrassem dos gols bonitos, das jogadas maravilhosas, e que se falasse pouco da arbitragem. O grande objetivo dos árbitros é influenciar os resultados dos jogos o mínimo possível. Essa é a nossa busca", declarou Seneme ao Estadão após ser empossado no novo cargo.

Foram só os primeiros 90 minutos da competição, mas o Santa Cruz já começou a sentir a dureza que deve encarar na série D do Campeonato Brasileiro. Primeiro, a qualidade do gramado, que impossibilitou jogadas mais trabalhadas, restando as conhecidas ligações diretas. Depois, a força dos times do interior em seus domínios. E por último a arbitragem.

Nos primeiros minutos do jogo, o Lagarto dominou as ações. Antes do relógio marcar 5 minutos, os donos da casa já haviam chegado com perigo duas vezes. A maioria dos lances criados pelo lado direito da defesa tricolor, com o rápido lateral Márcio Duarte.

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Aos poucos, o Santa pareceu se adaptar ao gramado e chegou a abrir o placar. Mateuzinho recebeu a bola em velocidade e driblou o goleiro. A bola sobrou para o camisa 9, que mesmo atrapalhado colocou a bola para dentro. Mesmo tendo corrido para o centro do campo, a árbitra assistente – vinculada à Federação Sergipana – ouviu reclamações dos jogadores do Lagarto e mudou sua decisão, anulando o gol do Santa por impedimento.

Duas grandes chances ainda aconteceram antes do fim da primeira etapa. O Santa teve a oportunidade em uma falta quase na linha da grande área, que Esquerdinha desperdiçou. Já o Lagarto quase marcou após Pedro Henrique ser lançado em velocidade, sozinho contra o Kléver, mas bateu para fora.

No segundo tempo, o Santa seguiu propondo o jogo, mas ainda sofrendo com os contra-ataques do Lagarto. Em tarde pouco inspirada, o meia Esquerdinha não conseguiu criar jogadas com mais perigo e acabou sendo substituído por João Cardoso.

Aos 26 minutos do segundo tempo, o volante Elyezer foi expulso. Segundo a arbitragem, o jogador tricolor agrediu o meia Davi Ceará e levou vermelho direto.

O jogo seguiu sem grandes chances, ainda mais com as péssimas condições de visibilidade do campo, muito pouco iluminado pelas tímidas torres do estádio Barretão.

Com um a menos, o Santa só se defendeu até o jogo terminar. Com um a mais, o Lagarto não teve forças para ameaçar a meta de Kléver.

Transmissão

Com qualidade sofrível e interrupções frequentes no sinal, a Instat Sport não conseguiu entregar a transmissão da estreia do Santa Cruz. Foram frequentes as queixas dos torcedores nas redes sociais. Muitos não conseguiram nem mesmo fazer login na plataforma. Nossa reportagem só conseguiu ver alguns lances no segundo tempo, e atualizando a página várias vezes.

Jogo antecipado

Programada para o próximo domingo (24), a segunda partida do Santa e estreia no Arruda, diante do Asa-AL, foi antecipado para o sábado (23), às 16h.

Presidente da Comissão de Árbitros da Conmebol nos últimos seis anos, Wilson Seneme deixou o cargo na confederação sul-americana nesta semana para voltar ao Brasil e chefiar o quadro do País. Ele assumiu o cargo de presidente da Comissão de Arbitragem da CBF na quinta-feira, a dois dias do início do Campeonato Brasileiro.

Aos 51 anos, o ex-árbitro diz que sabe o tamanho do desafio. Nesta entrevista ao Estadão, ele reconhece que a arbitragem nacional precisa melhorar, mas considera que muitas vezes as reclamações de cartolas sobre decisões de jogo "têm muito mais sentido político do que qualquer outra coisa".

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Seneme também defendeu o VAR no Brasil. "O VAR dá muita segurança para o futebol. É óbvio que ajustes, que pontos podem ser melhorados e modificados. Agora, não tenha dúvida nenhuma de que é um benefício muito grande", pondera. Confira os principais pontos da entrevista:

Por que o senhor decidiu deixar a Conmebol e assumir a Comissão de Arbitragem da CBF?

Não foi por um motivo único. Primeiro foi o meu ciclo na Conmebol. Foram seis anos que eu estive lá e eu sempre acreditei que a gente vive de ciclos. A gente não pode querer se perpetuar numa função e acredito que depois de seis anos eu contribuí com o desenvolvimento da arbitragem na América do Sul. O segundo motivo é em função da proposta que recebi do presidente Ednaldo, de acreditar na proposta de trabalho que ele tem para a CBF, na mudança que ele quer implementar de uma maneira geral. Isso passa pela arbitragem e a gente sabe que a arbitragem tem um fator importantíssimo para as instituições e a gente espera uma filosofia diferente de arbitragem na CBF. E o terceiro ponto, que fez com que eu tivesse certeza da minha mudança, foi o aspecto familiar. Tenho um filho de nove anos e esposa, que viveram comigo em Assunção. Eu adoro a cidade, sempre fui muito bem tratado, mas é longe de casa, longe dos meus pais. Eu quero estar mais perto deles. A família foi determinante.

É possível fazer um paralelo entre o desafio que o senhor teve seis anos atrás, quando assumiu essa função na Conmebol, e o desafio que terá a partir de agora?

Em alguns aspectos, sim. Em termos de pressão na arbitragem, eu acredito que sim. Agora, em termos de estrutura, a gente pegou uma Conmebol que tinha (somente) uma secretária. Depois de seis anos, a Conmebol tem um centro de referência de VAR e de treinamentos para os árbitros. Onde tinha um heliporto, hoje tem um campo. Em termos de estrutura, a CBF já implementou o VAR - aliás, foi pioneira entre todos os países sul-americanos - já tem uma estrutura centralizada para o VAR, já tem todo um trabalho, uma estrutura de departamento de arbitragem. Talvez a gente tenha que fazer mudanças. Estamos numa fase de avaliação, mas talvez a gente tenha que fazer mudanças. Outro fato similar é o que queria o presidente Alejandro Domínguez e o que quer o Ednaldo, que são coisas muito parecidas. Eles querem melhorar, estão abertos e vão confiar no trabalho. Vão dar respaldo, tempo e condições para que o trabalho se desenvolva.

O senhor foi árbitro por muitos anos, depois teve cargo de dirigente de árbitros na Conmebol, e sabe que as críticas dos cartolas sempre existiram. Nos últimos anos, porém, elas se acentuaram bastante. Pelo que o senhor observou, os dirigentes têm razão nas críticas que vêm sendo feitas à arbitragem brasileira?

Na minha visão, muitas vezes, os dirigentes têm razão. Talvez a maneira e a exposição não sejam as ideais. Eu acredito que as pessoas possam elevar um pouco mais o nível de profissionalismo e buscar as instituições para resolver os problemas. Seria um caminho muito menos desgastante e mais inteligente. Eu penso que a gente não pode levar o futebol brasileiro a níveis de amadorismo, ao contrário, a gente tem que elevar o futebol brasileiro a se tornar cada vez mais profissional. A gente é aberto, sim, às críticas, e a gente sabe que os árbitros não são perfeitos. Mas vamos avaliar realmente o que são erros e o que não são. O que não pode é uma onda constante, como eu estava vendo aqui no Brasil - e eu via de fora - de queixas que às vezes não têm sentido esportivo. Às vezes têm muito mais sentido político do que qualquer outra coisa. Isso a gente não vai aceitar, eu não vou considerar. A gente vai precisar do apoio dos clubes. Esta gestão, que começou ontem (quinta-feira), não pode pagar pelo que fez até ontem. A gente vai trabalhar, não tenho dúvidas que a gente vai melhorar, mas ela não vai ser perfeita. Nenhuma categoria é perfeita. A gente costuma dizer que, para um clube ser campeão, ele tem que superar tudo, as lesões, os adversários, a covid-19, os erros dos árbitros - porque eles não erram só para um. Não se pode transformar a arbitragem em um único ponto de queixa.

Na sua visão, a experiência do VAR no Brasil está sendo satisfatória?

Está sendo muito satisfatória. A gente confirma isso se a gente disser assim: "vamos fazer a próxima rodada sem VAR?". O que será que o mundo do futebol vai achar disso? Eu acredito que as pessoas vão se sentir inseguras. O VAR dá muita segurança para o futebol É óbvio que ajustes, que pontos podem ser melhorados e modificados. Agora, não tenha dúvida nenhuma de que é um benefício muito grande. Os árbitros já estão adaptados, o meio já está, os jogadores já estão adaptados, o público já está entendendo melhor. A gente tem que seguir nisso. É óbvio, e isto está dentro do meu perfil, é que a gente não pode trabalhar em função do VAR...

Uma questão recorrente: há quem diga que o VAR tem servido como "muleta"...

São detalhes, não são todos... Os assistentes são como jogadores, um árbitro é como um jogador. Tem jogador que joga melhor, e tem jogador que não joga tão bem. Mas um campeonato precisa dos dois jogadores. É impossível você ter um campeonato e um clube ter só jogadores que são muito bons. Vão ter os que são melhores, os que são mais ou menos e os que não são tão bons. É a mesma coisa na arbitragem. Então, eu não posso responder que os assistentes estão falhando, e em jogadas em que eles poderiam levantar a bandeirinha eles não estão levantando. Pode acontecer, sim, de alguns serem mais inseguros do que outros. O que a gente vai fazer é fortalecer esses árbitros para que eles não sejam tão inseguros, e escalar mais vezes os que estão seguros. Isto é muito importante. O jogador de futebol joga de acordo com o seu rendimento. E um árbitro deve estar escalado de acordo com o seu rendimento. Quanto mais próximo disso você chega, mais você eleva seu nível de justiça, e mais você obriga os árbitros a melhorar rodada a rodada.

E como será feita essa avaliação?

Isso já existe, essa é uma vantagem que a estrutura da CBF já tem. Já existe um processo de preparação, avaliação e retorno de como foi cada jogo. A gente está avaliando se precisa ajustar algumas coisas. Eu vou estar acompanhando os jogos, a Comissão de Arbitragem vai acompanhar os jogos. Não é algo que a comissão receba dados e vai para o próximo. A gente assiste jogo, se você não assistir jogo você não poderá fazer a função de presidente de Comissão de Arbitragem. Você tem que assistir muitos jogos, para você ser justo com os árbitros.

O senhor acredita que as imagens do VAR devem ser liberadas nos telões dos estádios?

Acho que deveria ser permitido, mas desde que cada estádio tenha a tecnologia suficiente para fazer isso.

Se for possível nos dez estádios da Série A, o senhor é a favor, se não puder, é contra.

Basicamente é isso. É lógico que tudo isso tem que passar por aprovações da Fifa, do Ifab. Isso são opiniões que a gente pode dar e que não são necessariamente algo que iremos fazer.

Vai ser assim no Brasileirão?

No Brasileirão, não. Nos estádios não vai haver essa repetição. A gente pensa nas repetições depois dos jogos, apresentar um trabalho de transparência. A gente fez na Conmebol, e a Conmebol foi a primeira a fazer isso. A CBF implementou no fim do ano, e foi bom, está correto. Os áudios das revisões vão ser publicados, porque é transparência e é um direito da pessoa que pagou, do jogador que jogou entender porque o árbitro mudou ou não uma decisão.

Para finalizar: o Brasileirão começa neste final de semana. Como o senhor gostaria que a arbitragem fosse lembrada ao fim da 38ª rodada?

A gente gostaria que ela não fosse lembrada. A gente gostaria que os outros segmentos do futebol lembrassem dos gols bonitos, das jogadas maravilhosas, e que se falasse pouco da arbitragem. O grande objetivo dos árbitros é influenciar os resultados dos jogos o mínimo possível. Essa é a nossa busca.

Eleito presidente da CBF há duas semanas, após exercer o cargo interinamente por pouco mais de sete meses, Ednaldo Rodrigues anunciou nesta quinta-feira a nomeação de Wilson Seneme como novo presidente da Comissão de Arbitragem da entidade. O ex-árbitro presidiu o mesmo setor na Conmebol durante seis anos, trajetória encerrada na última quarta-feira para iniciar o trabalho na confederação nacional.

"A gente já estava trabalhando nessa reestruturação da arbitragem brasileira desde dezembro. E também, nesse momento em que você chega para dar sequência a esse trabalho, quero agradecer muito todo o desprendimento que teve nosso colega e amigo Alejandro Domínguez, Presidente da Conmebol, que foi muito compreensivo e entendeu a situação, que realmente é para melhorar a qualidade da arbitragem da América do Sul", declarou Rodrigues.

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Seneme chega à CBF para preencher oficialmente a lacuna deixada após a saída de Leonardo Gaciba, demitido da Comissão de Arbitragem em novembro do ano passado, após uma série de episódios polêmicos envolvendo árbitros na reta final do Brasileirão. Até agora, o cargo era ocupado interinamente por Alício Pena Júnior.

Enquanto trabalhava na Conmebol, Seneme comandou uma reformulação no quadro de árbitros atuantes nas competições de clubes e seleções organizadas pela entidade. Além disso, participou da implantação do VAR nos mesmos campeonatos. Antes disso, construiu uma longa carreira como árbitro nos gramados.

Paulista de São Carlos, ele começou a apitar em 1998 e virou parte do quadro de árbitros da CBF em 2000. Após estrear no Brasileirão em 2001, conseguiu ingressar no quadro da Fifa em 2006 e chegou a apitar 31 jogos internacionais. Aposentou-se em 2014, dois anos antes de ser nomeado chefe da Comissão de Árbitros da Conmebol.

Após o treinador Gilmar Dal Pozzo detonar a arbitragem da final da Copa do Nordeste, conquistada pelo Fortaleza, neste domingo (3), foi a vez do presidente do Sport, Yuti Romão, soltar o verbo. Ainda na Arena Castelão, o dirigente falou com exclusividade ao LeiaJá sobre as polêmicas do confronto.

“É um sentimento de tristeza, mas também de indignação. Acho que a partida poderia ter sido diferente, não vejo necessidade de um árbitro prejudicar tanto o espetáculo, os refletores serem apagados, isso não é digno de uma final de uma Copa do Nordeste disputada com as equipes valorizando a competição”, desabafou.

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“No final, maculou tudo isso, todo um trabalho, um planejamento, com uma arbitragem medíocre. Tudo isso a gente precisa rever no futebol. Nós do Sport Club do Recife fazemos futebol de forma responsável”, completou.

Yuri, porém, fez questão de parabenizar o Fortaleza e elogiar o presidente Marcelo Paz. “Marcelo Paz é um dirigente diferenciado, o que o Fortaleza vive hoje deve-se a ele. Acho que ele não teve nada a ver com o que aconteceu. Fomos prejudicados pelo VAR, não é discurso de perdedor. Saímos muito maiores do que entramos. Vamos ganhar dentro de campo, já foi-se o tempo do Bangu de Castor de Andrade”, afirmou.

“Parabenizo o Fortaleza, uma bela equipe, mas quero parabenizar a minha equipe, mais do que tudo. O Sport foi crescendo ao longo da competição e a gente já pode ver o ressurgimento da raça rubro-negra. Quarta já tem outra batalha na Ilha, vamos pra cima e tentar chegar na final”, encerrou Yuri.

Com informações de Luan Amaral

Ovidiu Hategan se destacou apitando os últimos jogos entre seleções da Europa e foi o árbitro principal no duelo de volta entre Manchester United e Atlético de Madrid. O bom desempenho o fez ser pré-selecionado para representar a Romênia na Copa do Mundo. Mas, neste domingo, ele sofreu um ataque cardíaco, foi operado às pressas e pode até abandonar a carreira com somente 41 anos.

Hategan treinava normalmente em casa, em Arad, para manter a forma, quando sentiu fortes dores no peito. Médico de profissão, ele pegou seu carro e foi dirigindo até um pequeno hospital da cidade. Por causa da gravidade, após a realização de exames, acabou transferido às pressas para um hospital de Timisoara, onde passou por cirurgia.

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"Agora estou bem. Está tudo bem. Ainda estou sob observação médica. Preciso de paz e descanso", afirmou Hategan, em um comunicado divulgado no site oficial da federação romena.

Apesar de garantir que o pior já passou, Hategan não sabe se poderá voltar a apitar jogos por causa do forte esforço físico que a profissão exige. Ele passará por baterias de exames e testes regulares nos próximos meses para saber se terá condições de voltar aos gramados.

O árbitro ficará internado até o fim de semana, sob observação. Foi instalado um Sten em seu coração após o diagnóstico de um veia entupida. Ele não apitava na Liga Romena desce o dia 3 de março. E estava sem trabalhar em jogos desde Manchester United x Atlético de Madrid, dia 15.

O empate do Paris Saint-Germain com o RB Leipzig pela quarta rodada da Liga dos Campeões sobrou para Neymar. Irritado com a arbitragem e com o uso do VAR, o técnico Jesse Marsch detonou a turma do apito no empate de 2 a 2 e disse que o juiz sueco Andreas Ekberg se rendeu ao talento e à fama do camisa 10 do clube francês, um dos principais candidatos a ganhar a competição da Europa.

"Em muitos momentos, parecia que o árbitro queria um autógrafo do Neymar quando lhe mostrou um cartão amarelo. Sei que o PSG tem muitos craques, mas deixem-nos ter um jogo normal onde as decisões sejam justas. Até no segundo pênalti, que foi claríssimo, ele precisou ir ao VAR confirmar", disse o treinador do clube alemão.

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Sem Lionel Messi, machucado, coube a Neymar e Mbappé conduzir o PSG em busca de sua classificação. Não foi fácil porque o rival jogou bem e saiu na frente. Desde o começo do jogo, o treinador do Leipzig se viu às turras com a arbitragem. Após o empate, ele não economizou em seus argumentos.

"Estava irritado com a atuação do árbitro desde o primeiro minuto. Já estou habituado a ver os grandes clubes a serem exageradamente respeitados pelos árbitros, em detrimento dos pequenos. Portanto, ou deixo passar ou digo o que penso e tento obter mais respeito da parte da arbitragem."

Com a vitória do Manchester City diante do Club Brugge por 4 a 1, o time de Pep Guardiola assumiu a liderança do Grupo A, com nove pontos, mas ainda sem garantir matematicamente sua classificação para a fase de mata-mata da Liga. O PSG, com o empate, chegou a oito pontos, em segundo lugar. O resultado contra o time francês eliminou da briga o Leipzig, o que explica todo o desabafo do treinador. Com apenas 1 ponto em quatro partidas, o time não tem mais chance de se classificar.

A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) divulgou nesta quarta-feira que Néstor Pitana apitará a final da Copa Libertadores entre Palmeiras e Flamengo, marcada para o dia 27 de novembro, às 17 horas (de Brasília), no estádio Centenário, em Montevidéu, no Uruguai. O argentino de 46 anos será auxiliado pelos compatriotas Juan Belatti e Gabriel Chade.

Julio Bascuñán, do Chile, será o responsável por comandar o VAR (árbitro de vídeo) na decisão entre os últimos dois vencedores do torneio continental. Na cabine também estarão German Delfino, da Argentina, Alexander Guzmán, da Colômbia, e Leodán González, do Uruguai.

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Experiente, Néstor Pitana é árbitro Fifa desde 2010 e foi o dono do apito da decisão da última Copa do Mundo, realizada na Rússia, em 2018, que terminou com vitória da França sobre a Croácia. O juiz apitou outros quatro jogos daquele torneio - em 2014, comandou quatro partidas do Mundial disputado no Brasil. Já na atual competição sul-americana, foi o árbitro principal em seis partidas.

Uma preocupação para a torcida do Palmeiras, no entanto, é que o time não tem boas lembranças na Libertadores com o árbitro em campo. Néstor Pitana estava no gramado nas eliminações do clube alviverde paulista nas quedas para Barcelona-EQU e Grêmio, nas edições de 2017 e 2019, respectivamente.

O Flamengo, por outro lado, costuma ter boas lembranças com o argentino no apito. No bi da Libertadores, em 2019, ele comandou quatro jogos do time rubro-negro: vitórias sobre San José (fase de grupos) e Emelec (oitavas de final), além do empate com Grêmio (semifinal) e derrota para a LDU (fase de grupos).

Apesar disso, Néstor Pitana esteve em campo no revés por 2 a 0 diante do Cruzeiro, nas oitavas da Libertadores de 2018 - os cariocas foram eliminados no jogo de volta, após ganhar por 1 a 0. O triunfo contra o Emelec, na fase de grupos de 2014, foi outro confronto apitado pelo veterano.

O Criciúma é mais um clube insatisfeito com a arbitragem e o VAR (árbitro de vídeo). A diretoria do clube catarinense, com auxílio da Federação Catarinense de Futebol (FCF), prometeu enviar um ofício à Comissão de Arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para reclamar sobre supostos erros contra o time durante o empate sem gols contra o Botafogo-PB, no último sábado, no estádio Heriberto Hülse, em Criciúma (SC), pela segunda fase da Série C do Campeonato Brasileiro.

"Anexo ao documento estarão as imagens da expulsão do volante Dudu Vieira, que entendemos ter havido uma precipitação do árbitro Paulo César Zanovelli da Silva; da não expulsão do lateral-direito Sávio, aos 48 minutos do primeiro tempo, quando o mesmo já havia recebido cartão amarelo em um lance anterior; e, por último, do lance da expulsão do volante Léo Costa, quando a imagem claramente mostra que o atleta do Criciúma recebeu um pisão antes de revidar. Portanto, os dois atletas deveriam ter sido expulsos", disse a nota oficial do Criciúma.

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Esse foi o segundo empate sem gols em casa na segunda fase. O Criciúma, apesar do tropeço, ocupa a vice-liderança do Grupo C com cinco pontos, a um da liderança, que está com o Ituano. Mas nem isso acalma a diretoria, que reclamou do VAR.

"Tal ação do clube tem como objetivo evitar que erros como esses aconteçam novamente. O VAR (árbitro assistente de vídeo) é uma ferramenta criada para evitar qualquer tipo de injustiça durante a partida, e queremos que ele seja utilizado de forma correta", finalizou a nota.

Na abertura do returno, o Criciúma voltará a enfrentar o Botafogo-PB, desta vez em João Pessoa, neste sábado, às 19 horas. Apenas os dois primeiros colocados de cada grupo garantem o acesso à Série B de 2022.

Dono do apito na final da Copa do Mundo de 1982, entre Itália e Alemanha, na Espanha, Arnaldo Cezar Coelho marcou gerações com seu trabalho como comentarista de arbitragem na TV Globo, com parceria duradoura com Galvão Bueno e criação de bordões célebres. A regra é clara, mas as discussões sobre arbitragem sempre estão sobre as mesas (de bar, programas esportivos e das redações) mundo afora e, normalmente, não adianta recorrer a novos ângulos, tecnologias e imagens para determinar impedimentos ou gols, porque, no futebol, o trabalho de convencimento tem um grande rival: as paixões.

Longe das câmeras, Arnaldo continua sua vida como empresário, mas está ligado em lances duvidosos e é consultado por amigos para desvendar erros e acertos dos árbitros no futebol brasileiro. Comumente, usa de metáforas com questões cotidianas para exemplificar decisões que tomaria se ainda estivesse apitando.

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Com experiência na função, o ex-comentarista revelou ter sido convidado, após deixar a televisão, a assumir a chefia de arbitragem da CBF, cargo ocupado atualmente por Leonardo Gaciba. Ele também aponta problemas da arbitragem no País, do uso exagerado do VAR e nega que sinta falta do trabalho na TV. Confira sua entrevista no Estadão.

Como o senhor avalia o momento da arbitragem brasileira e a falta de um critério único entre os árbitros?

A arbitragem sempre teve problemas sérios. Aqui no Brasil, você ter um critério único é difícil, porque o País é muito grande. Um instrutor de arbitragem no Sul talvez dê instruções diferentes de um instrutor em Manaus. Ainda mais porque o brasileiro, de um modo geral, tem temperamentos diferentes. Com a criação do VAR (árbitro de imagens), praticamente muitas interpretações e conceitos foram alterados, e você passa a ver coisas que confundem muito o torcedor.

A falta de conhecimento das regras por parte dos jogadores, torcedores e da própria imprensa gera essas polêmicas recorrentes?

Se você não tiver educação esportiva, sim. Jogador brasileiro, infelizmente, está muito mal-acostumado. Reclamam até de lateral. Os árbitros estão omissos quanto a esse tipo de lance. A única coisa que o árbitro não pode perder é o respeito. E os árbitros perderam o respeito completamente, não estão se impondo. Esse é o maior defeito da arbitragem brasileira.

Os árbitros perderam autoridade agora que as principais decisões passam pela validação do árbitro de vídeo?

Eles (os árbitros) se submetem ao VAR. Para mim, o VAR só deveria entrar quando for um erro escandaloso. O VAR está fazendo mais média que o próprio juiz. Antigamente se falava 'esse árbitro é fazedor de média', agora quem faz média é o VAR. A arbitragem está muito difícil, porque a presença de mais um ou dois interpretando na sala do árbitro de vídeo deixou o jogo gelado, e o videoteipe não pensa, é a imagem fria do lance. A arbitragem é pensar.

O que acha do protocolo adotado na arbitragem de deixar um lance ajustado de impedimento seguir até sua conclusão para evitar que seja assinalado incorretamente e anule um gol?

A palavra mais feia que existe hoje na arbitragem chama-se protocolo. E tem a palavra "ajustado". Ajustado era ter um terno um pouco folgado e você pedia para ajustar. Agora, ajustado é quando o lance é muito na linha. Nessa semana, houve um lance dificílimo que culminou em gol, e o assistente levantou a bandeira depois da bola entrar. Por que levantar a bandeira? Para mostrar que está em dúvida? Não precisa, deixa lá embaixo, porque o gol vai ser examinado. Qual é a função do assistente agora? Marcar tiro de meta, lateral e olhe lá.

Como classifica o trabalho de Leonardo Gaciba à frente da comissão de arbitragem da CBF?

Eu acho que ele insiste em determinados árbitros que já deram no que tinham que dar. Estou vendo que estão surgindo árbitros novos, e ele está fazendo esse trabalho de renovação. Uma coisa que você tem de prestar atenção e evitar é escalar árbitro mineiro para apitar o jogo do Flamengo, quando se sabe que Atlético-MG e Flamengo estão disputando o título, por exemplo. Mas é muito difícil ser presidente de comissão de arbitragem.

Você aceitaria essa função?

Não, já fui convidado e não aceitei, porque tenho outros afazeres. Quem aceita tem de virar um profissional no negócio. Hoje, o Gaciba mora em um prédio ao lado da CBF. Tem um salário bom, mas trabalha feito um condenado. Eles me convidaram quando eu saí da Globo, mas neguei. Propuseram criar uma comissão, e eu seria uma espécie de presidente, mas não... Fui convidado pelo próprio presidente Rogério Caboclo, por intermédio do secretário-geral Walter Feldman, que me ligou duas vezes. Agradeci a lembrança, mas tenho outras coisas que cuidar.

Qual árbitro brasileiro tem se destacado para representar o País na Copa do Mundo de 2022?

Tem dois candidatos: Raphael Claus e Wilton Pereira Sampaio. Eles têm características diferentes. O Claus era mais proativo, agora tem estilo mais sóbrio. Já o Wilton apita com convicção lances mais polêmicos, mas aumentam as chances de errar. O nível da arbitragem, com o ingresso do VAR, se igualou bastante. Hoje, o juiz usa o VAR como uma bengala ou paraquedas. Antes a marcação do árbitro era soberana, agora deixou de ser a decisão final. Quando você tira esse poder do árbitro, permitindo que algo mude sua decisão, você está acabando com a autoridade, e os jogadores, inteligentemente, usam de subterfúgio.

Profissionalização é a solução para a arbitragem?

Não. O juiz já é profissional. Sabe onde mora o Anderson Daronco? Ele vive no interior do Rio Grande do Sul. Sabe o que acontece com ele? Acorda de madrugada, pega o carro, dirige até Porto Alegre, sobe no avião e vai apitar no Recife. Chega na véspera, sai no dia seguinte ao jogo e já viaja para outro lugar. Ele não tem tempo de voltar para casa e trabalhar com outra coisa. Tem árbitro que junta R$ 30 ou 40 mil por mês, não precisam de outra atividade. Sei que isso não acontece com todos, mas não dá para dizer que a arbitragem não é profissional.

Em 1982, você apitou a final da Copa na Espanha. Quatro anos depois, foi a vez de Romualdo Arppi Filho. Em 1990, o José Roberto Wright passou perto de ser o juiz da decisão. Nesses últimos anos, o Brasil perdeu protagonismo na arbitragem internacional?

Não sei dizer. O árbitro argentino (Nestor Pitana) apitou abertura e final da Copa do Mundo de 2018. Não sei se é desprestígio ao Brasil. Sinceramente, não sei explicar.

Sente falta de ser comentarista de arbitragem?

Não, nada. Outro dia estávamos conversando e disse que chegou a hora de dar adeus. Ainda mais agora com essa história de árbitro de vídeo. Parecia que eu estava adivinhando. Ainda bem que eu parei. A Copa do Mundo da Rússia (2018) foi decidida pelo VAR. A dinâmica do jogo foi afetada. Depois de qualquer lance mais duvidoso, o juiz já coloca a mão no ouvido para escutar a opinião do árbitro de vídeo. E, muitas vezes, usa o VAR para coagir o jogador.

O que achou dos protestos dos árbitros no último fim de semana, após a agressão que o juiz Rodrigo Crivellaro sofreu no Rio Grande do Sul, no jogo entre Guarani e São Paulo pela divisão de acesso?

Como a Federação Gaúcha aceita a inscrição desse jogador? Precisa ser analisado seu histórico, seus antecedentes... É a impunidade. Precisa haver uma preocupação por parte dos clubes e da Federação.

Como está a amizade com o Galvão Bueno? Recentemente, estiveram juntos nos Estados Unidos. O narrador dá algum indício de aposentadoria?

Nós dois e as famílias se dão muito bem. O Galvão acha que pode e deve ir até os Jogos Olímpicos de Paris-2024, quando completa 50 anos de profissão. É uma questão dele para ser avaliada junto à Globo.

Com tanto tempo na televisão deve ser complicado se desligar dos holofotes...

Essa é outra coisa com a qual temos de nos acostumar. De uma hora para outra, você sai do vídeo e já começa a reparar que o reconhecimento na rua muda. Mas quem fez alguma coisa de bem para o esporte sabe que será sempre reconhecido.

A primeira derrota do Botafogo-RJ na Série B do Campeonato Brasileiro foi marcada por polêmicas da arbitragem. Após o término do jogo, neste domingo, no Estádio dos Aflitos em Recife (PE) com a vitória do Náutico por 3 a 1, os jogadores e membros da comissão técnica cercaram o trio de arbitragem. Nenhum jogador apareceu na coletiva após o jogo e coube ao presidente Durcesio Mello reclamar da arbitragem. Apesar da derrota, com oito pontos, o Botafogo é o quarto colocado.

"Não vamos aceitar que o Botafogo seja tão prejudicado pela arbitragem. O trio de árbitro cometeu erros capitais, que interferiram diretamente no resultado e, portanto, causou a nossa derrota. Nosso trabalho é sério e o que aconteceu aqui é inadmissível", declarou o dirigente, acompanhando o discurso do técnico Marcelo Chamusca.

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A reclamação é de que o lance do primeiro gol pernambucano saiu após escanteio que não existiu. E, no lance que originou o pênalti no segundo gol, aos 43 minutos do segundo tempo, a bola teria saído antes da falta cometida por Paulo Victor em cima de Hereda, lateral do Náutico.

Antes deste pênalti, convertido por Jean Carlos aos 44 minutos, o Botafogo teve outra penalidade máxima cometida pelo próprio Paulo Victor sobre Erick. Mas o goleiro Douglas Borges defendeu a cobrança feita pelo atacante Kieza.

A direção do clube carioca também reclamou da pressão extra-campo do Náutico, tanto que o árbitro mineiro Wanderson Alves de Sousa relatou na súmula os xingamentos por parte de pessoas uniformizadas do time pernambucano. O próprio técnico Hélio dos Anjos foi expulso logo aos nove minutos de jogo por reclamações.

Na pressão após o jogo, o auxiliar técnico, Caio Autuori, foi expulso e depois citado na súmula. Acompanhe o relato: "Expulsei este referido auxiliar técnico por, após o término da partida, invadir o campo de jogo e vir em minha direção proferindo as seguintes palavras: "Você está de sacanagem, você é vagabundo safado, você nos prejudicou". Informo que o mesmo foi contido pelos seguranças para não se aproximar da arbitragem.".

Em assembleia realizada de forma remota na última sexta (7), o  Sindicato dos Árbitros de Pernambuco decidiu que a categoria não atuará, se escalada, na última rodada do quadrangular da permanência e nas finais do Campeonato Pernambucano. A decisão foi tomada após equipes locais solicitarem árbitros Fifa em suas partidas, em detrimento dos juízes do estado.

Através de nota oficial, o Sindicato explicou a decisão e suas motivações. Segundo o texto, a troca da equipe de arbitragem pernambucana do clássico entre Náutico e Santa, pela semifinal do Campeonato Pernambucano Série A, as solicitações feitas pelas equipes do Sport Clube do Recife e Retrô por árbitros de fora para atuarem em seus jogos na oitava e nona rodadas, foram alguns dos motivos que levaram à determinação.

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Ainda de acordo com a nota, tais situações geraram “um sentimento de humilhação e desprezo paa com os oficiais de arbitragem do quadro de Pernambuco”. Sendo assim, em assembleia realizada na última sexta (7), de forma remota, o sindicato decidiu que os profissionais pernambucanos não atuarão nas finais do campeonato local em caso de escalação.  

Em entrevista ao LeiaJá, na última quinta (6),  o presidente do Sindicato dos Árbitros de Pernambuco, Welson Silva, falou a favor dos profissionais locais e disse que o caso poderia ser levado à CBF. A gente é contra a participação de qualquer árbitro, independente de ser Fifa ou de outra federação para atuar em competições locais. Os árbitros de Pernambuco têm condições de atuar em qualquer partida. Vamos entrar com um documento para não atuar em jogos de categoria nenhuma das equipes que desejam arbitragem de fora”. 

O técnico do Náutico, Hélio dos Anjos, não ficou nada satisfeito nem com sua equipe e nem com a arbitragem, que chamou de ridícula, após a derrota deste domingo (2), por 3x0, para o Sport. Segundo ele, o time teve uma atuação fraca e a arbitragem interferiu diretamente no resultado com dois erros em lances cruciais.

Primeiramente, sobre o resultado, Hélio admitiu que o time sentiu a falta dos titulares que foram poupados por acúmulo de cartões, mas ainda assim cobrou que o time tivesse uma postura diferente.

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“Podemos até falar que sentiu, mas não é para sentir, um time de futebol não pode depender de quatro, ou cinco jogadores não. Temos um grupo bastante homogêneo em relação a qualidade, claro, sabíamos que esses jogadores são cruciais dentro da nossa estrutura, mas não é para sentir a falta não, tínhamos que ter um comportamento melhor”, cobrou.

Mas a equipe de arbitragem também virou alvo do treinador que acredita terem interferido no resultado e ele explica: “Você tem uma jogada de impedimento que o bandeira dá, sem meu jogador está impedido e com ele na cara do gol, aí daqui a pouco você tem um escanteio que só o árbitro viu, a bola não bateu e ele apitou como se a bola tivesse resvalado em Ronaldo. Foi decisivo, esses lances, na minha concepção, mas a reação da nossa equipe no primeiro tempo ainda foi boa, mas no segundo tempo nós deixamos o adversário jogar”, disse.

“Nossa atuação foi fraca, tivemos até controle do jogo no primeiro tempo, depois arbitragem ridícula em dois lances, o impedimento do Kieza e o escanteio que só o Rodrigo viu, nem os jogadores do Sport esperavam aquele escanteio e a partir disso aí acredito que nosso time jogou da forma que nós jogamos (...) erramos muito no segundo gol  e o segundo tempo não gostei”, completou.

Agora é página virada, a derrota e a boa primeira fase, e o foco é todo na conquista do estadual: ”Temos três jogos para chegar ao título e nós vamos em busca desse título, ninguém aqui está satisfeito com primeira colocação geral, tenho certeza que meu grupo vai reagir de acordo com suas condições”, encerrou o treinador.

A Federação Israelense de Futebol anunciou nesta terça-feira que terá a primeira árbitra transexual da história do futebol do país. Sapir Berman, de 26 anos, contou que decidiu assumir a nova identidade depois de anos em que teve medo da rejeição da família e da sociedade.

"Sempre me vi como uma mulher, desde uma idade muito nova. Primeiro não sabia como nomear. Existia uma certa inveja de outras mulheres, e vivia com isso", disse Sapir. "Como homem, fui bem-sucedido. Seja na associação de árbitros, na escola, ou até com garotas. Para a família, eu era um homem, mas sozinha, era uma mulher. Dividi esses mundos porque entendi que a sociedade não me aceitaria, não estaria ao meu lado. Então vivi assim por 26 anos", comentou.

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A entidade que controla o futebol no país comemorou a decisão. Sapir passou os últimos meses longe do trabalho na elite do futebol local para concluir o tratamento hormonal para mudança de gênero. A notícia causou repercussão fora do país, tanto é que a pribeira árbitra transexual da história, a inglesa Lucy Clark, comemorou o anúncio nas redes sociais. "Desejando o melhor a Sapir em sua jornada", disse.

A israelense disse estar muito feliz com a mudança e revelou que torce para para a sociedade ser mais inclusiva. "Aqui estou eu hoje. Ciente de mim mesma, confiante de que essa é a decisão correta, que tenho um vasto apoio por trás. Sinceramente, torço para que nossa sociedade melhore e seja tão boa e inclusiva quanto possível para todos os gêneros", comentou.

Nunca na história da NBA tantos árbitros foram afastados. Ao todo, 24 juízes ficaram fora durante a temporada 2020/2021. No momento são 10, incluindo alguns veteranos que apitaram finais. Nove em razão dos protocolos da Covid-19 e um por lesão. Há menos de um mês para os playoffs, que têm início no dia 22 de maio, essa questão preocupa os dirigentes das franquias, mas não é pontuada pela Comissão de Arbitragem.

A maioria das ausências está relacionada ao rastreamento de contato, medida da liga que afasta profissionais que tiveram qualquer tipo de relação com alguém que testou positivo para o novo coronavírus - mesmo que não seja diretamente, como um parente de um amigo.

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Com a curva da pandemia caindo cada vez mais rápido nos Estados Unidos, por conta da vacinação, a circulação da doença entre os árbitros ainda é alta. A razão para isso é que a arbitragem viaja sempre em voos comerciais, enquanto que os atletas e a delegação das franquias têm aviões privados.

"Nós na NBA temos medidas bastante rígidas, principalmente com os juízes, que pegam voos comerciais. Queremos que eles e os times envolvidos nos jogos que eles apitam se mantenham seguros. Por isso, afastamos pelo rastreamento de contato, mesmo se o risco for pequeno", afirmou Monty McCutchen, vice-presidente de treinamento e desenvolvimento dos árbitros da NBA em entrevista à ESPN americana.

McCutchen ainda relatou que as delegações de arbitragem diminuíram. Antes, três árbitros eram escalados para uma partida, hoje são apenas dois. Isso provocou um aumento no número de partidas dos seis juízes que estavam apitando na G League (liga de desenvolvimento da NBA). Nas temporadas anteriores, esses profissionais apitavam de seis a oito jogos. Neste ano, o número subiu para a faixa dos 20 a 25.

A FIFA anunciou na manhã dessa sexta-feira (23) o quadro de arbitragem escalado para apitar na Olimpíada de Tóquio, prevista para começar em julho. O Brasil terá três representantes: Edna Alves, como árbitra de campo, Neuza Back, como assistente, e Wagner Reway, como VAR.

O trio brasileiro estará presente tanto na modalidade feminina, como masculina, que ao todo contarão com 99 árbitros, sendo 25 de campo, 50 bandeirinhas, 20 para o VAR e 4 de apoio.

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O torneio feminino começa em 21 de julho, dois dias antes da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, com Grã-Bretanha x Chile, no estádio Sapporo Dome, na cidade de Sapporo, e termina na disputa do título em 6 de agosto no estádio Olímpico de Tóquio.

A competição masculina começa no dia 22 de julho com Egito x Espanha, também no Sapporo Dome, e o jogo da medalha de ouro será em 7 de agosto no estádio Internacional de Yokohama, que foi palco da final da Copa do Mundo de 2002.

Será a primeira vez em que haverá VAR no torneio e segundo publicação da FIFA, “a preparação dos árbitros nomeados para essas importantes competições será monitorada regularmente e de perto antes e durante os Jogos Olímpicos por uma equipe de treinadores técnicos, incluindo árbitros da FIFA e instrutores de árbitros assistentes de vídeo (VAR), preparadores físicos, fisioterapeutas e cientistas do esporte. Para fornecer aos árbitros, assistentes e os responsáveis pelo VAR a melhor preparação e apoio possíveis”.

Com Agência Estado

O Santa Cruz saiu derrotado para o Náutico por 2 a 1 em partida válida pela sexta rodada do Campeonato Pernambucano. Porém, alguns jogadores não se conformaram com o resultado, reclamando muito da arbitragem. Foi o caso do atacante Madson, que ficou revoltado porque um lance de pênalti não foi checado pelo VAR no campo.

O clássico das emoções serviu como teste para um VAR remoto, a distância, operado do Rio de Janeiro. A ferramenta funcionou no gol do Santa Cruz, que seria invalidado por impedimento e foi corrigido.

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Mas em suposto lance de pênalti na segunda etapa, onde o juiz não marcou a infração a favor do tricolor, os tricolores reclamaram que o VAR não foi usado.

No twitter, Madson publicou vídeo do lance com o texto: “Até parece que eu ia deixar de fazer o gol, pra cavar um pênalti! Pra quê serve a P***a desse VAR?”.

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O Sport saiu na bronca com a arbitragem em partida realizada nessa quarta-feira contra o 4 de Julho, pela Copa do Nordeste. O placar de 1 a 1 para o clube não retratou o jogo que teve dois gols a favor do Sport mal anulados pela arbitragem. Além da revolta em campo, Thiago Neves, que não estava na partida, criticou a situação em suas redes sociais.

A arbitragem foi comandada por Adriano Barros Carneiro, do Ceará. No twitter, Neves publicou que era impossível não ficar chateado com a arbitragem na partida dessa quarta e ainda deu a ideia de que os juízes deviam ser chamados a dar entrevista no fim do jogo para explicarem suas decisões durante os jogos.

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“Não tem como não ficar P... da vida com a arbitragem, o que fizeram hoje foi brincadeira! Tem que começar a chamar os árbitros para dar entrevistas após os jogos igual os jogadores, porque se a gente fala alguma coisa, acaba tomando uma suspensão. Tá na hora de começar a chamar eles (árbitros) a darem suas versões nas cagadas que eles fazem nos jogos! Porque ultimamente só o Sport tá se ferrando”.

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Zagueiro do 4 de Julho apoia decisões da arbitragem

Para Gilmar Bahia, zagueiro do 4 de Julho, a arbitragem tomou decisões corretas, acertando nos dois lances de gol anulados por impedimento. Ao ser entrevistado no fim do jogo, Gilmar foi perguntado se os gols foram bem anulados e disse:

“Sim, sim. O árbitro foi bem positivo, os dois lances estavam impedidos. Foi feliz por marcar os impedimentos, não é porque sou do outro time, mas estava impedido sim”.

Confira os lances:

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